Depois do tira casaco, bota casaco envolvendo a data oficial
do lançamento do novo disco de Nicki Minaj, “Queen”, a rapper finalmente
liberou o álbum em todas as plataformas digitais nessa sexta-feira (10). Consistente, apesar de um pouco
arrastado (são 19 faixas, gente!), o material tem momentos realmente incríveis e traz a rapper em ótima forma.
Já no começo, a segunda faixa do disco, “Majesty”, uma parceria pop-rap com Eminem e Labrinth, joga a vibe do projeto lá no alto e mostra que tem tudo para ser um single bem sucedido. Logo depois, chega “Barbie Dreams”, que começa calma e depois nos
surpreende com a força total do flow de Nicki. É uma das melhores coisas que a
rapper lançou em tempos, e dá até pra dizer que já é uma das melhores de sua
carreira.
E é nela mesmo que Onika solta um dos maiores shades
do álbum. Fazendo referência a declaração de DJ Khaled de que não faz sexo oral
em mulheres, ela responde com o verso “eu
tive que cancelar o DJ Khaled, não estamos nos falando. Nenhum cara gordo vai
me dizer o que ele não está comendo”. Mas ela insistiu que isso não foi um
ataque: ”eu só digo coisas sobre pessoas
que sabem levar na brincadeira e não ficam chateadas com isso”, contou em entrevista
à rádio Beats 1.
O CD vem recheado de muita autoafirmação, o que não chega a ser uma surpresa quando falamos de Nicki Minaj. E ainda que seja um tanto quanto cansativo, não é algo que especificamente nos incomodou no "Queen". Em “Chun Swae”, por exemplo, Nicki manda um recado para todo mundo que está escutando o disco, em meio a muitas risadas (AQUELAS risadas alá Nicki Minaj):
"Você está no meio do ‘Queen’ agora, pensando, ‘eu entendi porque ela chamou esse disco de ‘Rainha’. É porque ela é realmente a rainha!”
Outra sequência boa é a do trio que começa com o single anteriormente
lançado “Chun-Li”, continua com a dançante “LLC”, onde a a rapper faz
referências a Britney Spears, Ariana Grande e Katy Perry, e continua com o rap
com cara de anos 2000 em “Good Form”. A bunda chega a rebolar sozinha!
Apesar do trio de faixas matadoras, é aí que o “Queen” começa a perder seu fôlego. As canções que se seguem não conseguem trazer novas facetas de Minaj ou se igualar a explosão das já apresentadas, e a sensação que fica é que o disco poderia ter terminado com 13 faixas, para encaixar “Coco Channel”, que é ótima, mas acaba perdida nas músicas que sobram.
Apesar do trio de faixas matadoras, é aí que o “Queen” começa a perder seu fôlego. As canções que se seguem não conseguem trazer novas facetas de Minaj ou se igualar a explosão das já apresentadas, e a sensação que fica é que o disco poderia ter terminado com 13 faixas, para encaixar “Coco Channel”, que é ótima, mas acaba perdida nas músicas que sobram.
Ainda assim, o saldo é positivo, e finalizamos essa uma hora e seis minutos com a reafirmação (dessa vez, mais do que necessária) de que a rapper não está fora do jogo e que
ainda tem muito a falar e fazer no hip-hop e pelo hip-hop.
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