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Sem surpresas, o "LM5" é o melhor álbum da carreira do Little Mix

"Salute", já pode passar sua coroa!
O Little Mix continua melhorando a cada álbum, a cada era, por isso não é surpresa que agora, com seu quinto disco, “LM5”, lançado nessa sexta-feira (16), elas tenham alcançado o ápice. Mais confiantes do que nunca, as garotas falam de aceitação e igualdade de gênero em todas as narrativas: desde músicas sobre amizade e sororidade à canções de amor. 

Entre os pontos altos, temos “Strip”, o novo single do grupo e uma das melhores músicas da carreira. É difícil imaginar as meninas, donas de vozeirões, se despindo de todas as fórmulas para cantar uma faixa praticamente falada sobre... se despir de suas inseguranças. Mas é isso que elas fazem, enquanto proferem frases ligadas à sua trajetória pessoal no Little Mix: Leigh-Anne, a única negra da girlband, fala do poder de amar sua própria cor, enquanto Jesy, chamada por anos de “a gorda do grupo”, avisa que se sente confortável com seu peso. “Você sabe que eu amo tudo isso!”, ela diz.

Ainda que seja uma música diferente para os padrões do grupo e bem minimalista, a harmonia, característica do quarteto, está presente. É assim também em “More Than Words”, balada poderosa que explode em seu refrão com a ajuda não só das quatro misturinhas, mas também de Kamille, participação especial, e em “Told You So”, faixa acústica com foco nos vocais conjuntos das quatro sobre consolar uma amiga que se decepcionou com um cara. Canções belas e impactantes. 



Voltando a explorar seus vocais mais contidos e falados, o Little Mix aposta novamente em uma música diferente de tudo o que já fizeram. A mistura de Pussycat Dolls com “Don’t Hurt Yourself”, da Beyoncé (sim, é possível!), faz surgir “Wasabi”, faixa na qual cantam sobre como as pessoas, inclusive a mídia, amam odiar as mulheres.  

A ideia do Little Mix sempre foi promover uma mistura - daí o nome do grupo. Porém, o maior problema do “LM5”, apesar de ser ótimo, é que, mesmo em um quinto disco, as garotas ainda não encontraram um som próprio. Músicas boas, como as latinas “Think About Us” e “Love A Girl Right” (com sample de “Thong Song”, do Sisqo), e as com cara de Rihanna, “American Boy” e “Woman Like Me”, ficam perdidas quando analisamos o todo, mesmo que separadas sejam hits prontos.


Ainda assim, o “LM5” se mostra um grande acerto na discografia das meninas, que não via algo tão ousado desde o “Salute”. Jesy, Jade, Leigh-Anne e Perrie saíram da zona de conforto para criar músicas que vão perdurar como as melhores da banda e dar luz à um álbum que reflete perfeitamente seu tempo e sua geração. Não é à toa que elas definem o material como o disco que sempre quiseram fazer.

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