"Harry Potter" cresceu junto de uma geração durante 10 anos. "Crepúsculo" ousou ao transformar o romance entre uma humana e um vampiro em uma grandiosa franquia de sucesso. E, há sete anos, "Jogos Vorazes" redefiniu totalmente o conceito de franquia teen, apostando em temas de extrema urgência em meio a fantasia distópica criada por Suzanne Collins, totalmente inspirada pelo clássico japonês "Battle Royale".
No mesmo ano em que "Crepúsculo" chegava aos cinemas, a primeira edição de "Jogos Vorazes" chegava às livrarias. Com o sucesso de vendas, quatro anos depois chega a adaptação cinematográfica que não somente lança Jennifer Lawrence ao grande público, como também populariza as discussões propostas nos livros, como o Big Brother, pão e circo e por aí vai.
Na trama, somos apresentados à Katniss Everden, a cidadã do Distrito 12 de Panem que só quer garantir a proteção de sua irmã Prim e mãe. Anualmente, duas pessoas de cada um dos 12 distritos são sorteadas para um grandioso massacre, os Jogos Vorazes, onde somente um sobrevive. O "reality" serve não somente para entreter a população rica da Capital, como também um lembrete aos distritos dos tempos sombrios.
Com tímidos US$ 78 milhões para o orçamento, o filme arrecadou mundialmente US$ 694,3 milhões. O fenômeno estava se tornando real e os outros três longa-metragens vieram para provar isso.
A sequência, "Em Chamas", é dita por muitos como a melhor adaptação cinematográfica de todos os tempos, seja por traduzir muito bem os acontecimentos do livro nas telonas ou seja pela divulgação incrível que contou com inúmeros cartazes da Turnê da Vitória, a tour feita pelos tributos após os jogos, e da 75ª Edição dos Jogos Vorazes, na edição especial do Massacre Quartenário.
A genialidade resultou na arrecadação de US$ 865 milhões. Infelizmente, o mesmo não aconteceu com os dois últimos, que arrecadaram, respectivamente, US$ 755,4 milhões e US$ 653,4 milhões. A diferença se deu pela tentativa arriscada de dividir o último livro, "A Esperança", em dois.
Por mais que esta tenha sido a única divisão justificável em toda a história do cinema - o livro tem dois tons distintos, o ritmo lendo da "Parte 1", se comparado aos dois primeiros, assustou os espectadores comuns, o que pode ter contribuído para uma menor arrecadação da "Parte 2". É importante ressaltar que a divulgação também não foi uma das melhores.
Por mais que esta tenha sido a única divisão justificável em toda a história do cinema - o livro tem dois tons distintos, o ritmo lendo da "Parte 1", se comparado aos dois primeiros, assustou os espectadores comuns, o que pode ter contribuído para uma menor arrecadação da "Parte 2". É importante ressaltar que a divulgação também não foi uma das melhores.
Apesar da pequena decaída na arrecadação, a franquia faturou absurdos US$ 2,9 bilhões com somente 4 filmes. A arrecadação monstruosa desencadeou com que outros estúdios corressem atrás de sua série de livros teen e a adaptasse aos cinemas. Se até a Lionsgate - um estúdio bem menor se comparado aos demais - conseguiu, por que a Fox, por exemplo, não conseguiria?
A saga escolhida foi "Maze Runner" e, de certa forma, trouxe um sucesso mediano e um bom retorno ao estúdio, mas longe daquilo que "Jogos Vorazes" conseguiu. Com três filmes, a Fox quase chegou a casa do bilhão, com US$ 948,9 milhões. O lucro foi alto se levarmos em consideração que o orçamento foi baixíssimo e a campanha de marketing foi em uma escala bem pequena - logo, o estúdio sequer gastou altos valores com isso.
Infelizmente, outras tentativas de emular o sucesso foram frustadas. "Instrumentos Mortais" chegou aos cinemas, saiu dos cinemas e foi para a Netflix, em forma de série. "Divergente" teve seu último filme cancelado por inúmeros problemas. E ainda há algumas tentativas extremamente esquecíveis como:
A busca por um novo "Jogos Vorazes" cessou por enquanto, porém é inegável que é por conta dos livros de Suzanne Collins que muitas adaptações, principalmente aquelas para o público teen com uma pegada mais atual, chegam aos cinemas, ou pelo menos tentam. A dúvida que fica é se realmente teremos um novo fenômeno teen baseado em livros nos próximos anos ou ainda estaremos na onda dos super-heróis, que atrapalham um pouco essa corrida, né?
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