Não foi só a bebê Daisy Dove Bloom que Katy Perry colocou no mundo esta semana. Seu novo disco, “Smile”, chegou nessa sexta-feira (28) com o objetivo de nos fazer sorrir e, em uma primeira ouvida, podemos dizer que a artista foi bem sucedida em sua missão.
Diferente do “Witness”, um trabalho mais experimental (ao menos para os padrões de Katy), o “Smile” é, de certa forma, uma volta às origens em termos de sonoridade para a cantora, tendo alguns elementos aqui e ali de “PRISM” e até “Teenage Dream”. Ainda assim, o “Smile” se destaca na discografia de Katy por mostrar seu amadurecimento: como pessoa, mulher, artista, filha, futura esposa e, agora, mãe.
A artista reflete sobre os pontos baixos de sua vida que se sucederam após o desempenho moderado do “Witness” e o témino de namoro com seu atual noivo e pai de sua filha, Orlando Bloom. E é interessante notar que Katy poderia ter apostado em um álbum triste para contar essa história. Ao invés disso, ela fala de superação, força, amor e resiliência de forma leve, mas poderosa, nos convidando a dançar em meio às lágrimas.
Entre os destaques do disco, pontuamos “Cry About It Later” e “Teary Eyes”, que juntas com “Never Really Over” formam a tríade perfeita para a abertura de um álbum como esse; “Champagne Problems”, que em seu início soa como um divertido brega funk; e a deliciosa “Tucked”, a cara do verão.
Pelas músicas do “Smile”, muitas sendo possíveis hits, fica claro que Katy não mais busca o sucesso dos charts, embora haja potencial em várias dessas canções. Se o objetivo dela fosse o êxito comercial, ela teria escolhido outros singles e investido mais em rádios e playlists. Porém, percebemos que a artista está em um outro momento da vida dela, um em que sucesso pra ela é chegar ao final do dia sorrindo e sabendo que nos fez sorrir também. Então, pode ficar tranquila, Katy. Você conseguiu.