Na cena, Carioca interpretou uma paródia do grupo Raça Negra, em referência a um episódio do reality em que a participante Luiza Ambiel revelou ter sido a musa inspiradora da faixa “É tarde demais”, sucesso do grupo nos anos 90, e achou de bom tom se pintar de marrom para imitar o vocalista Luiz Carlos, reproduzindo uma prática racista e, há anos, em desuso no teatro, tv e cinema, justamente por sua origem ofensiva, violenta e estereotipada sobre pessoas negras.
O que esperar da Record? Black Face no próprio reality... Sinceramente... #EliminacaoAFazenda pic.twitter.com/EKq0loRaXw
— Matheus Pasquarelli (@mathpasquarelli) October 16, 2020
Meu Deus que absurdo, black face na a fazenda #EliminacaoAFazenda pic.twitter.com/sM1ttjw3bz
— PEDRAO (@Itspedrito) October 16, 2020
Blackface não é engraçado, é racismo.Óbvio que não espero menos de um metido a humorista abertamente bolsonarista, mas a @recordtvoficial precisa arcar com a responsabilidade de levar isso ao ar, sim. #RecordRacista #EliminaçãoAFazenda https://t.co/p0byMqAlPh— mc lana vamente (@GuiTintel) October 16, 2020
Chamado “SofaZenda”, essa não é a primeira vez que o quadro de Carioca é alvo de críticas por seu humor pastelão e atrasado até para a programação da Record. No ar desde a primeira semana do programa, é comum que, ao começar sua exibição na TV, o nome de Rafael Portugal, comediante que protagonizou esquetes de humor para o BBB, da Globo, entre para os assuntos mais comentados do Twitter, dada a quantidade de pessoas comparando a gritante diferença de qualidade entre os dois quadros de propostas tão semelhantes.
Fazer blackface em pleno 2020, por sua vez, tá longe de ser um simples traço de humor ruim ou mal feito. É racismo. Interpretado, produzido, editado, aprovado e colocado no ar por toda uma equipe que não contente em exibi-lo em rede nacional, ainda achou graça.
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