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Ressaca literária? Selecionamos cinco livros para resolver seu problema

Já ouviu falar sobre a ressaca literária? Às vezes, ela acontece depois que você termina um livro muito bom e não consegue encontrar outro tão interessante assim; às vezes, ela surge quando você não se identifica com um livro e joga ele para o canto por um tempão; ou, às vezes, ela chega na hora da preguiça mesmo, sabe?

Na maioria das ocasiões, a dica para solucionar esse problema é muito mais sobre encontrar um gênero para chamar de seu —  ou um escritor, se preferir — e apostar em aplicativos de livros, com metas e históricos, como o Goodreads ou o Skoob.

Para dar um empurrãozinho, separamos cinco livros de gêneros diferentes para você ler e, principalmente, ocupar a mente nessa quarentena. Confira:

#1 E Não Sobrou Nenhum - Agatha Christie


Aqui no Brasil, os gêneros de mistério e policial não são tão populares assim, mas certamente você conhece ou já ouviu falar sobre o trabalho de Agatha Christie. Uma de suas obras mais conhecidas é “Assassinato no Expresso do Oriente”, que foi adaptado cinematograficamente em 2017. No livro “E Não Sobrou Nenhum”, Christie consegue dar um ar ainda maior ao mistério. A história gira em torno de uma ilha deserta, dez personagens intrigantes e um poema infantil pra lá de esquisito.

“Dez soldados vão jantar enquanto não chove; um deles se engasgou, e então ficaram nove. Nove soldados sem dormir: não é biscoito! Um deles cai no sono, então ficaram oito”... 

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Sinopse: uma ilha misteriosa, um poema infantil, dez soldadinhos de porcelana e muito suspense são os ingredientes com que Agatha Christie constrói seu romance mais importante. Na ilha do Soldado, antiga propriedade de um milionário norte-americano, dez pessoas sem nenhuma ligação aparente são confrontadas por uma voz misteriosa com fatos marcantes de seus passados.

Convidados pelo misterioso mr. Owen, nenhum dos presentes tem muita certeza de por que estão ali, a despeito de conjecturas pouco convincentes que os leva a crer que passariam um agradável período de descanso em mordomia. Entretanto, já na primeira noite, o mistério e o suspense se abatem sobre eles e, num instante, todos são suspeitos, todos são vítimas e todos são culpados.

#2 O Paraíso São os Outros - Valter Hugo Mãe 


Em outra lista para leitura na quarentena, citei “O Paraíso São os Outros”. Volto com ele para essa porque ele também me ajudou em uma ressaca literária. Escrito por Valter Hugo Mãe, a obra infantil dá um quentinho no coração em uma época tão complicada.  A história tem uma narrativa rápida e certeira, além de desenvolver várias análises importantes sobre relacionamentos.

Sinopse: em "O Paraíso São os Outros", uma menina volta seu olhar pueril para os casais. Casais de pessoas e de animais, de homem e mulher, de mulher com mulher, de golfinhos e de pinguins. Uma menina a quem o amor intriga e fascina. Uma menina que ao imaginar a vida dos outros, sonha com a pessoa que um dia irá amar. Sua voz inocente toca tanto as crianças quanto os adultos.

#3 Eu Te Darei o Sol - Jandy Nelson


Esse é outro livro daqueles que te dão conforto no final. O romance escrito por Jandy Nelson fala sobre relacionamentos amorosos, mas muito mais sobre o relacionamento familiar, principalmente entre irmãos. Cada capítulo desse Young Adult, é uma nova emoção. É impossível não amar os personagens.

Ah...tem um plot twist muito bem trabalhado nele.

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Sinopse: Noah e Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia. Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém.

#4 É Assim Que Acaba - Collen Hoover


Nesta semana escrevi uma crítica para o novo livro da Collen Hoover, “Verity”. Falei sobre o enredo, pontos negativos e coisas que gostei. Aqui, com “É Assim Que Acaba”, já não tenho nenhuma opinião contra a escrita ou Hoover —  uma das minhas autoras preferidas — apenas elogios e um muito obrigada por esse livro.

“É Assim Que Acaba” mostra a construção de um relacionamento abusivo de maneira genuína, intensa e, diria que, cuidadosa, apesar de existir gatilhos. Também vale a pena ler os agradecimentos da Collen no final do livro.

Sinopse: Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora.

Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco.

#5 O Diário de Anne Frank - Anne Frank


“O Diário de Anne Frank” se tornou um dos livros mais lidos no mundo inteiro. E que bom por isso. As páginas pessoais e, por muitas vezes, esperançosas escritas por Anne são tão necessárias para a forma que vivemos hoje. Este não é um livro fácil de ler, não é uma ficção, mas é indispensável.

Sinopse: o depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seus diário narra os sentimentos, medos e pequenas alegrias de uma menina judia que, com sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.


Crítica: “Verity”, o primeiro thriller de Colleen Hoover, é bom mesmo?


Se os gêneros literários New Adult e Young Adult estão entre os seus preferidos, certamente você deve conhecer a escritora norte-americana Colleen Hoover. Popular, principalmente, por “Um Caso Perdido” e a trilogia “Métrica”, agora ela apresenta  para o público seu primeiro Thriller, “Verity”

Em pouco mais de 300 páginas, o livro gira em torno de Lowen Ashleigh, uma autora insegura com seu trabalho, que não é muito reconhecido pelos leitores, e que está à beira da falência, prestes a ser despejada do apartamento em que vive. 

Sua vida, no entanto, parece mudar quando a jovem recebe uma proposta tentadora e bem remunerada para se tornar co-escritora dos últimos três livros de uma série de sucesso escrita por Verity Crawford, autora best-seller no auge da carreira e aclamada pela crítica, que está impossibilitada de concluir o trabalho milionário por causa de um súbito acidente. 

Depois de aceitar a proposta, a escritora precisa entender melhor a história dos livros e como funciona o processo criação de sua "parceira". Para isso, o marido de Verity, Jeremy, convida Lowen para passar alguns dias na casa da família Crawford, que ainda inclui o filho do casal, Crew, de cinco anos. 

Chegando lá e concentrada no trabalho, a co-autora encontra um manuscrito – uma espécie de autobiografia – entre as papeladas deixadas por Verity. Nele, está descrito uma série de fatos que aconteceram desde o dia em que a mulher conhece Jeremy, até as tragédias que fazem com que o casal perca as filhas gêmeas e os instantes anteriores ao acidente que a deixa de cama. 

Imersa nos assuntos da família, Lowen se mostra cada vez mais envolvida em uma rede de segredos e jogos psicológicos que rodeiam a casa e seus moradores, incluindo um envolvimento emocional e físico com Jeremy. A partir daí, a trama segue cheia de reviravoltas, expectativas e suspense. 

Como sempre, Colleen Hoover cumpre o papel de entreter os leitores. É impressionante e admirável como sua escrita consegue ser persuasiva em diferentes contextos, situações e gêneros. No entanto, a autora deixa brechas importantes em algumas partes do livro. Talvez, em algumas circunstâncias seja proposital, mas no todo isso acaba não combinando. 

Falar sobre esses pontos no desenrolar da história de Colleen, é algo novo para quem acompanha seus outros trabalhos, sem dúvidas. Mas é notável que o roteiro se perde um pouco, principalmente ao incluir temas impactantes como assassinato, obsessão no relacionamento e ódio pelos filhos sem dar uma continuidade para isso, deixando o "romance proibido" entre Lowen e Jeremy em primeiro plano. 

Logo, outro detalhe para destacar é que no livro existem várias cenas bem detalhadas de sexo, e isso não é algo novo para a autora. Nem algo ruim. Mas no momento em que você precisa de mais informações sobre outros personagens, as páginas de sexo contribuem negativamente para a obra. 

E então chega o final. Quando você lê um suspense, fica imaginando mil e um desfechos para a leitura, não é? Em “Verity” isso também acontece, mas no final, de todos os plots que o leitor provavelmente imaginou, o escolhido foi de longe o mais simples. 

Apesar de ter não ser a melhor história escrita por Colleen Hoover, "Verity" tem uma leitura fluida somada a personagens interessantes. É um thriller psicológico que consegue ser consumido certamente em um ou dois dias. E, sim, mesmo com esses adendos, é interessante. 


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