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10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 10/10): Banda Tereza, “Pra Onde A Gente Vai”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

Vamos ao que interessa?

BANDA TEREZA, “Pra Onde A Gente Vai”

Falou em música pop nacional de 2015, os primeiros nomes que nos vem em mente são da Anitta,Banda Uó e Karol Conká, mas enquanto eles tomaram conta de tudo o que esteve relacionado a esse gênero vindo do Brasil pela internet, teve uma outra banda entregando a melhor produção pop do ano, quase sem que ninguém notasse.



Formalmente apresentados aqui no blog em 2012, quando lançou o disco de estreia “Vem Ser Artista Aqui Fora”, a Banda Tereza voltou nesse ano com o álbum “Pra Onde A Gente Vai” e, ainda que não tenha tido outra oportunidade de aparecer por aqui com esse trabalho, nos deixou bastante surpresos com a sonoridade ainda mais radiofônica que o disco anterior, apostando equivalente aos trabalhos do Two Door Cinema Club e Passion Pit lá fora, só que em português.



Mesmo soando mais comercial, a banda não perdeu em nada seu talento e diferencial quanto às letras e, nesse disco, vão do despretensioso clima de festa às irônicas críticas sociais, sendo alguns dos maiores destaques a trap e introspectiva “DJ” e “Eu Não Vou Mais Ligar”, que traça um paralelo entre os novatos da Banda Uó e veteranos da saudosa Blitz. “Nos Deixem Em Paz”, quase no fim da tracklist, é o mais próximo que eles chegam de seu álbum de estreia.

Pra testar: “Pra Onde A Gente Vai”, “DJ”, “Não Sei”, “Eu Não Vou Mais Ligar” e “Nikity City”.


10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 9/10): Grimes, “Art Angels”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

Vamos ao que interessa?

GRIMES, “Art Angels”

Grimes chocou seus fãs quando, durante o set de uma balada em Ibiza, arriscou tocar uma música da Taylor Swift, mais ou menos como aconteceu quando a Björk tocou MC Brinquedo nesse ano, mas o que seu público não esperava é que essa queda por artistas mais pop pudesse, em algum momento, ser refletida em seu próprio trabalho.

Conhecida no meio alternativo, a canadense já trazia muitos elementos da cultura pop em seus videoclipes, sempre repletos de cores e referências, mas só no disco “Art Angels” conseguiu transformar todas essas influências em algo que realmente soasse mais comercial, sucedendo parcerias como “Entropy”, com a banda Bleachers, e “GO”, descartada pela Rihanna e produzida pelo Blood Diamonds, que mais tarde também produziu o disco do Bieber, “Purpose”, que já denunciavam essa possível transição.



Assim como é possível reconhecer logo em seu primeiro single, “Flesh Without Blood”, o disco “Art Angels” é gritantemente mais pop que seus discos anteriores, implodindo entre sintetizadores, riffs de guitarra e uma bateria pulsante, emprestada do pop-punk ou do último disco da Charli XCX.



Mas se tem algo que ainda remete aos trabalhos da artista, são alguns de seus traços mais marcantes, como essa vertente eletrônica sutilmente acentuada, bem como seu lirismo obscuro, bastante fora do comum para as rádios pop que não se cansam de tocar Taylor Swift. Arriscamos dizer que é um disco pop para quem não anda satisfeito com a atual música pop.

Pra testar: “California”, “SCREAM”, “Flesh Without Blood”, “Kill V. Maim” e “Venus Fly”.


10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 8/10): Lizzo, “Big GRRRL Small World”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

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Parte 1 / Parte 2 / Parte 3 / Parte 4 / Parte 5 / Parte 6 / Parte 7

LIZZO, “Big GRRRL Small World”

Dá pra contar nos dedos de uma mão a quantidade de mulheres negras que possuem alguma relevância na indústria atual e, se formos falar sobre quantas dessas estão dispostas a discutir publicamente sobre o racismo, conseguimos usar menos dedos ainda, mas a rapper, cantora, compositora e musicista, Lizzo, parece disposta a fazer a diferença.


Sucedendo o disco de estreia “Lizzobangers” (2014), ela lançou nesse ano o álbum “Big GRRRL, Small World” e, em meio às influências que vão do R&B e hip-hop, mas bebendo bastante da fonte de cultura pop, chegou tocando em vários assuntos que até estiveram em exposição, mas não dessa maneira TÃO empoderada.


Só pra você ter uma ideia, racismo, feminismo e a aceitação do seu corpo, independente dos padrões impostos, são alguns dos assuntos explorados por Lizzo nesse disco e, recusando a forçação de barra que algumas artistas fizeram pra pegar carona nessas discussões nesse ano, ela faz isso como ninguém e, o melhor, tocando na ferida mesmo, uma vez que é afetada por todas essas causas, sendo uma mulher negra e, como a própria descreve na baladinha “My Skin”, “grandona pra caralho”.


Toda a versatilidade e aparente despreocupação em seguir as tendências das rádios atuais de Lizzo com o álbum “Big GRRRL” nos lembra dos riscos assumidos por Azealia Banks, quando lançou o disco “Broke With Expensive Taste”, e pensando nos pensamentos defendidos por ambas, podemos dizer que elas têm mais em comum do que imaginam, o que inclui a notável inspiração em um dos maiores ícones femininos do hip-hop de todos os tempos, Lauryn Hill.

Pra testar: “Ain’t I”, “Ride”, “B.G.S.W.”, “En Love” e “My Skin”.


10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 7/10): Seinabo Sey, “Pretend”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

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SEINABO SEY, “Pretend”

Tentar classificar Seinabo Sey dentro de um só gênero pode ser complicado, mas, basicamente, a cantora, que nasceu na Suécia, consegue trabalhar facilmente do pop ao R&B, com uma vertente inquestionavelmente soul e, acredite, tudo isso de uma forma bastante eletrônica, quase como se Adele se deixasse levar pelas produções de alguns nomes em ascensão na EDM atual, mas sem perder sua essência tão cheia de alma.



Em seu disco de estreia, “Pretend”, Seinabo nos lembra a britânica, inclusive, também se assemelhando aos trabalhos de Sam Smith em alguns minutos, mas não se engane, ainda que traga essas semelhanças, ela consegue fazer do disco algo inédito nesse ano, tanto pela mistura inusitada quanto pela forma que aplica suas influências dentro dessa proposta, tornando tudo grandioso o suficiente pra que possa se locomover entre todas essas sonoridades quase sem sair do lugar.



Seja nos vocais robotizados de “Younger”, nos sintetizadores pulsantes de sua faixa-título ou na baladinha ao piano e facilmente comparável as novas músicas de Adele, “Sorry”, Seinabo se entrega de uma forma bastante honesta às suas canções e sob produções que podem soar simples de início, mas carregam uma enorme sofisticação em seus detalhes, que nos conquistam de maneira sutil, quase sem notarmos.

Pra testar: “Younger”, “Easy”, “Sorry”, “Still” e “You”.


10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 6/10): Bleachers, “Terrible Thrills, Vol. II”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

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BLEACHERS, “Terrible Thrills, Vol. II”

Bleachers é mais que a banda “com aquele carinha do fun.”, ainda que seja uma banda com aquele carinha do fun. O carinha em questão é o Jack Antonoff e, enquanto na outra banda ele apenas toca baixo, aqui ele é o cabeça e principal referência nos momentos de criação, o que lhe dá um crédito enorme pelo disco de estreia deles, “Strange Desire”, e o projeto que o sucedeu, “Terrible Thrills, Vol. II”.



Basicamente, Antonoff contou que, quando está compondo, costuma imaginar as músicas em vozes femininas, pois é como prefere ouvir música, e daí surgiu a ideia de adaptar TO-DO o álbum de estreia da banda, substituindo sua própria voz pelas de outras cantoras.

Ele já havia feito isso uma vez, com a banda Steel Train, em 2010, e com o Bleachers conseguiu um efeito ainda mais impactante, já que trouxe ao disco nomes grandes e em ascensão, com singularidades notáveis e que jamais imaginaríamos funcionando tão bem dentro do contexto sonoro da banda.


“Terrible Thrills, Vol. II” conta com a participação de artistas como Sia, Charli XCX, Carly Rae Jepsen, Tinashe, Brooke Candy, , Elle King e Sara Bareilles, além de uma proposta musical que passeia do synthpop ao rock alternativo, brincando também com um pouco de todos os nomes envolvidos.

Pra testar:Like A River Runs (feat. MØ)”, “You’re Still A Mistery (feat. MØ)”, “Shadow (feat. Carly Rae Jepsen)” e “Rollercoaster” (feat. Charli XCX)”.


10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 5/10): Alessia Cara, “Know-It-All”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

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ALESSIA CARA, “Know-It-All”

Você ainda ouvirá muito sobre ela: Alessia Cara. Não é sempre que um artista consegue tirar um hit logo no seu material de estreia e ela o fez com o EP “Pink Four Walls”, de onde extraiu a canção “Here”, e daí em diante as coisas só foram melhorando, já que, visando aproveitar o hype da canção, a gravadora agilizou os passos para a chegada do seu primeiro CD, “Know-It-All”.


Sendo toda a tracklist um reflexo de sua visão sobre o mundo, “Know-It-All” teve seu título inspirado num trecho da canção “Seventeen”, outra do seu EP, nA qual a cantora afirma que, aos dezessete anos, é a “sabe-tudo”, mesmo quando não sabe de nada.


Musicalmente falando, pode-se dizer que o material soa como uma versão mais jovem e, de certa forma, até mais ingênua, de artistas como Lily Allen e Amy Winehouse, tanto pelas duas serem prováveis influências para as músicas de Alessia, quanto pelas semelhanças que podem ser facilmente encontradas no seu primeiro sucesso mesmo, e ainda que traga essa ingenuidade, se comparada aos trabalhos de Allen e Winehouse, é imensamente mais interessante que qualquer outro disco que tenha recebido algum título por beber da fonte do soul ou R&B em 2015.

Pra testar: “Overdose”, “Scars To Your Beautiful”, “Seventeen” e “Here”.




*O disco não está disponível no Brasil pelo Spotify. :(

10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 4/10): Alabama Shakes, “Sound & Color”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

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ALABAMA SHAKES, “Sound & Color”

Talvez o disco mais famoso dessa série de fim de ano, “Sound & Color” é o segundo CD da banda americana Alabama Shakes e, fora o hit “Don’t Wanna Fight” e os números acumulados em países como os EUA, Reino Unido e Austrália, conseguiu também nada menos que seis indicações ao Grammy Awards, incluindo a categoria Álbum do Ano, o que já diz muito sobre sua qualidade.


Segundo o Wikipédia, o disco pode ser classificado de “blues rock” ao “soul” e, numa linha geral, é bem por aí mesmo. Sucedendo o álbum “Boys & Girls” (2012), a banda, que conta com os vocais poderosíssimos da Brittany Howard (fizemos questão de deixar um vídeo ao vivo acima, só pra você ver com seus próprios olhos o que ela é capaz de fazer), investiu numa sonoridade que, por sua sofisticação, chega a soar vintage, mas com um ar alternativo que se encaixa perfeitamente na sonoridade dos músicos atuais, ainda que, por suas influências do soul, tragam um fator a mais.


Quebrando a monotonia do rock alternativo dos dias de hoje, “Sound & Color” é de uma autenticidade louvável, trazendo em sua tracklist uma versatilidade que, quando chegamos ao fim, mal conseguimos imaginar como consegue soar tão coesa e, ainda que não traga muito apelo para as rádios, convence por sua qualidade, sendo aquele tipo de música que você escutaria caso se preocupasse em mostrar ter bom gosto para alguém — não que isso realmente seja necessário.

Pra testar: “Don’t Wanna Fight”, “Gimme All Your Love”, “The Greatest” e “Gemini”.

10 ótimos álbuns que você provavelmente não ouviu em 2015, mas deveria (Parte 3/10): Purity Ring, “another eternity”

Já se tornou tradição que façamos as tão comentadas listas com os melhores lançamentos do ano, mas, como de costume, também acontecem vários casos de ótimos lançamentos ficarem de fora dos nossos escolhidos e pelas razões mais variadas possíveis.

Uma delas, talvez a mais comum, é o caso do disco não ter sido votado por membros o suficiente dentro da equipe, o que faz com que ele seja passado para trás por outros discos melhores colocados e, desta forma, termine fora dos eleitos na listagem final. 

Mas se tem uma coisa que a gente não tolera, é injustiça com boa música e exatamente por essa razão, começamos há dois anos o especial “10 músicas para ouvir nos últimos 10 dias do ano”, agora reformulado, com dicas realmente imperdíveis de lançamentos do ano que você deveria, mas provavelmente não escutou.

Assim como as duas edições anteriores, o especial será dividido em dez partes, sendo cada uma delas totalmente focada em um disco, e, pela primeira vez, temos ainda a possibilidade de apresentar o disco por completo para vocês no próprio post, graças às maravilhas da tecnologia e o Spotify.

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Parte 1 / Parte 2 /

PURITY RING, “another eternity”

Quando lançou seu disco de estreia, “Shrines”, ainda em 2012, o duo Purity Ring não imaginava estar a frente de uma das maiores tendências desse nicho pop alternativo: o trip-hop. Os sintetizadores de Corin Roddick, somados aos vocais de Megan James, causaram no público um efeito de, inicialmente, estranhamento, mas não custaram a ganhar seus semelhantes com o trabalho de vários outros artistas que vieram na sua cola.



No disco seguinte, “another eternity” (tudo em letras minúsculas mesmo), a banda precisou lidar com um mercado bem mais familiarizado com o que estavam dispostos a mostrar, mas, ainda assim, fizeram bem o seu trabalho, nos apresentando um material que soava como uma progressão natural ao seu álbum anterior, mesclando alt-pop, synthpop, trip-hop e hip-hop como poucos álbuns conseguiram com tanta assertividade no ano.



Os vocais de Megan James, quase angelicais, fazem um contraste e tanto com as batidas de Roddick, nos lembrando do trabalho de artistas como Ellie Goulding, Robyn, Grimes e CHVRCHES, e se somar isso aos refrãos cada vez mais chicletes e sintetizadores mais dispostos a te fazerem dançar do que o que você associa ao termo “alternativo”, dá pra ter uma boa noção do quão maravilhoso é esse disco, que é também o mais próximo que chegaríamos de um anel da pureza.

Pra testar: “push pull”, “repetition”, “dust hymn” e “flood on the floor”.

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