Protestos e mais protestos. Esse ano o Brasil foi palco de diversas manifestações e por diferentes motivos, desde a eleição de Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias até as últimas expressões populares de descontentamento com o aumento do preço de passagens de ônibus/trem/metrô em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
As manifestações em São Paulo já foram quatro em uma semana e as opiniões sobre são extremamente divergentes. Os argumentos de quem se posiciona contra os manifestos se baseiam na acusação de que os protestantes utilizam da violência para atingirem seu objetivo. Mas não se iludam, num geral os manifestantes não depredam patrimônio público e a medida mais extrema se limita a barragem do fluxo de carros.
Diante desse cenário nacional de descontentamento com medidas governamentais, que influenciam diretamente no bolso da população (não venham com ~blablação~ de "são só 20 centavos", pfvr!), resolvemos listar algumas das nossas canções revoltosas favoritas, ou seja, canções que foram escritas para protestar contra diversos assuntos, afinal música não é só sobre ser linda e poderosa (apesar da gente amar, rs ♥).
1) Björk - Declare Independence
A canção de 2007, terceiro single do álbum Volta, causou diversas polêmicas. Gritando "Declare independência, não deixe que eles façam isso com vocês", a islandesa mais icônica e querida do mundo pede a independência da Groelândia/Gronelândia/Groenlândia e das Ilhas Feroe, ambos territórios dependentes da Dinamarca, assim como um dia foi a Islândia, sua terra natal. A música nem causou tanto buzz assim nos territórios em que deveriam, mas quando a viking tecnológica entoou "Tibet" repetidas vezes entre os refrões, na China. Pra quem não sabe, o Tibete é ~propriedade~ chinesa e a China se manifestou em relação a performance, proibindo a cantora de se apresentar lá. Bafão.
2) P!nk - Dear Mr. President
Impossível não se apaixonar pelo single de 2006 da Rosa e Rosinha. Além de linda, a música tem críticas muito fortes ao governo Bush. A canção conseguiu abordar a guerra do Iraque, o No Child Left Behind Act, projeto voltado a educação de jovens, a reprovação por parte do, na época, candidato de Britney Spears em relação a direitos iguais para a comunidade LGBT, a falta de empenho para melhoria da classe média e mais baixas e o histórico do presidente com abuso de drogas ilícitas e álcool (seguido por suas filhas). Socorro, cansei só de pensar em tantos pontos negativos. Enfim, ouçam, assistam, chorem.
3) M.I.A. - Born Free
"Born Free" é sinônimo de babado e confusão. O vídeo da composição da cantora natural do Sri Lanka causou muitas divergências na indústria, chegando a ser banido do YouTube nos EUA e no Reino Unido. Com direção de Romain Gavras (que depois trabalhou com ela em "Bad Girls" também) o clipe é um curta de cerca de 9 minutos, onde se vê o exército americano caçando ruivos, assim, a troco de nada. É uma metáfora para acontecimentos de 2009, quando o exército do Sri Lanka, em ações extra judiciais mataram pessoas Tâmeis (grupo do Sri Lanka/India) e gravaram por câmeras de celulares, as imagens foram veiculadas mundialmente.