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Esses são os 20 álbuns mais esperados de 2019

Fazendo um balanço geral, 2018 foi um ano bom pra música, né? Tivemos alguns retornos muito esperados, como o da Christina Aguilera, vimos a menina Ariana Grande fazer valer sua narrativa, observamos o comeback triunfal e nada convencional de Lady Gaga como estrela de cinema, com direito a trilha cheia de sucessos, e vimos também novas estrelas surgirem, como Camila Cabello e Cardi B. 

Mas se 2018 foi bom, 2019 promete ser ainda melhor. Com a quantidade e qualidade dos lançamentos prometidos para esse ano, e também daqueles que ainda são rumores, só podemos esperar um ano incrível pra fecharmos mais essa década musical.

É tanta coisa boa que tivemos que escolher apenas os 20 discos que estamos mais ansiosos para escutar. Então, em ordem alfabética, aí vão os álbuns mais esperados de 2019:

Ariana Grande

No dia 8 de fevereiro teremos o quinto disco de Ariana, sucessor do "Sweetener", lançado em 2018. Quem tem acompanhado a carreira da artista sabe: depois de muitos problemas em sua vida pessoal, ela resolveu fazer da música sua terapia e decidiu que vai lançar faixas e álbuns quando bem entender, como os rappers fazem. O novo disco levará o mesmo nome de seu atual hit, "thank u, next", e trará também as já lançadas "imagine" e "7 rings".



Beyoncé

Como sempre quando se trata de Beyoncé, não temos ideia alguma sobre seu novo projeto. Pode sair esse ano ou não, ou pode ser algo diferente, como no ano passado, quando ela lançou um disco, mas foi em conjunto com o JAY-Z. Pode vir com clipes, um filme ou algo que a gente nem imagina. Dizem por aí que ela tentou alugar o Coliseu por um dia também. Vai saber? A única coisa que sabemos é que vai ser foda.



Cardi B

Uma das maiores revelações da década, Cardi B chegou quebrando tudo, sendo aclamada por público e crítica e conquistando várias indicações ao Grammy, incluindo Álbum do Ano, com seu disco de estreia, "Invasion Of Privacy" (2018). Mas ela não quer parar por aí e já garantiu que em 2019 tem material novo. Será que Cardi vai contar um pouco sobre sua experiência com a maternidade do seu ponto de vista divertidíssimo e nada comum? Queremos.



Carly Rae Jepsen

Nome que apareceu na nossa lista de álbuns mais esperados de 2018, Carly resolveu fazer tudo com calma e não liberou seu tão aguardado novo disco no ano passado. Mas de 2019 não deve passar, até porque ela já lançou a ótima "Party For One", o primeiro single dessa nova era. Por favor, Carly, não demore porque precisamos de mais pop de qualidade sobre independência, amores perdidos e, sim, masturbação.



Chance The Rapper

Um dos melhores rappers da atualidade, Chance foi aclamadíssimo com a mixtape "Coloring Book", liberada em 2016, e confirmou que já está em estúdio para trazer seu sucessor. O cara tem trabalhado com Kanye no projeto, e o novo material deve seguir a linha dos últimos álbuns em que Ye esteve envolvido: conciso, com apenas 7 faixas. Poucas músicas? Sim, mas temos certeza de que o rapper vai conseguir fazer valer a pena.



Charli XCX

Tivemos a certeza de que 2019 prometia quando, logo nos primeiros dias, Charli compartilhou com a gente suas resoluções para esse ano: "fazer e lançar um disco". É difícil saber o que vem por aí, já que o último álbum da britânica foi o "Sucker", lá de 2014. Desde então, ela tem explorado bastante a PC Music, com direito a duas mixtapes e um EP. Seja como for, o trabalho vai ser bom, afinal, it's Charli, baby!



Dua Lipa

Depois de conquistar o sucesso mundial com seu disco de estreia, Dua tem em mãos o desafio de fazer um disco que supere seu primeiro, para o público e para a crítica, e que mostre evolução. Felizmente, a cantora aproveitou sua ascensão para fazer ótimos amigos ao emprestar sua voz para músicas de produtores como Diplo e Mark Ronson, que podem até aparecer no material. Vai saber? Ela também está compondo bastante com a Tove Lo, o que já é uma garantia máxima de hino.



Hannah Diamond

A artista tem prometido seu disco de estreia desde 2017, mas aqui estamos nós em 2019 sem ainda termos escutado essa bíblia da PC Music. Nos últimos anos tivemos trabalhos bem interessantes no gênero, como a mixtape "Pop2", da Charli XCX, e o mais recente "Oil of Every Pearl's Un-Insides", da SOPHIE. A estreia definitiva de Hannah funcionaria para dar ainda mais força à dominação musical do ritmo. Vem fortalecer o movimento, Hannah!



Kendrick Lamar

No início do ano, a Polydor Records fez uma postagem, já deletada, em que revelava alguns lançamentos de 2019. Entre os nomes, um dos que mais se destacou, sem dúvidas, foi o de Kendrick. Adepto aos lançamentos surpresa e bem sigiloso com relação às suas músicas, é difícil até imaginar o que vem por aí, mas, tal como Beyoncé, não precisamos de muitas informações pra saber que um dos melhores álbuns do ano está a caminho.



Lady Gaga

Gaga fez seu retorno às paradas de sucesso de forma inesperada: através da trilha de um filme da qual ela é protagonista - e pelo qual ela está indicada ao Oscar. Se "A Star Is Born" serviu para a cantora lembrar a todos que ela nunca está fora do jogo, seu próximo álbum, que deve trazer produções de Boys Noize e SOPHIE (sim, uma produtora de PC Music!), pode ser o disco que vai trazer a Gaga pop que tanto amamos de volta. É esperar pra ver.



Lana Del Rey

Com o apoio de Jack Antonoff, nome por trás do "Melodrama" da Lorde, Lana Del Rey tem criado algumas de suas melhores músicas, como "Venice Bitch" e "Mariners Apartment Complex". Se elas forem uma prévia do que encontraremos em seu próximo disco, "Norman Fucking Rockwell", que deve estar entre nós ainda no primeiro semestre do ano, é certeza de que uma das melhores coisas de 2019 vem aí.



Marina

Marina (ex-And The Diamonds) se afastou da música para se dedicar aos estudos de psicologia, mas depois de um tempo de muitas reflexões sobre a vida, ela está de volta e com um novo nome (ou quase). A artista promete que seu novo material que, ao que tudo indica, já está finalizado, valerá a espera. E parece que o primeiro single dessa nova fase chega já na sexta-feira (8 de fevereiro).



Miley Cyrus

Miley revelou recentemente que seu novo álbum terá de tudo: pop-rock com produções do Mark Ronson, pop alternativo com o Wyatt, hip-hop com o Mike Will Made It e até músicas de pop beeem chiclete. Muitas personalidades pra agradar todo mundo! Para completar, rumores dizem que Miley quer celebrar sua carreira nessa nova era, com direito à turnê mundial e apresentação de hinos marcantes, como "The Climb". Sim, nós já estamos alimentando expectativas.



Normani

Enquanto não lança seu primeiro álbum pós-Fifth Harmony, Normani tem colaborado com ótimos artistas, como Calvin Harris, Khalid e Sam Smith, expandindo sua fanbase e conquistando terreno para seu primeiro lançamento solo. Seu disco de estreia deve ter colaborações de Missy Elliott e Ryan Tedder, além da participação de muitos produtores com os quais a artista sempre quis trabalhar. "Sonoramente e criativamente, eu posso fazer absolutamente o que eu quiser agora", contou Normani à Billboard. Soa promissor, né?



Rihanna

Rihanna está nos enrolando por anos após assumir o papel de revendedora oficial da sua linha de maquiagem, a Fenty Beauty, ao ponto de que vivemos um caso de abstinência coletiva de Riri em nossas vidas. A hitmaker já confirmou que o novo disco chega mesmo esse ano, mas não sabemos muito além disso. Rumores diziam que seu nono álbum exploraria o reggae, mas faz tanto tempo que essas informações saíram que não temos como ter certeza de nada. O que não importa muito, já que qualquer coisa que a Rihanna fizer em qualquer ritmo vai ser incrível.



Selena Gomez

Selena ensaiou seu retorno definitivo diversas vezes, com singles avulsos aqui e ali, mas sempre parando no meio por conta do Lupus e de suas complicações. Recém-saída de uma clínica de reabilitação, na qual entrou para lidar com estresse e ansiedade, a cantora parece estar bem agora. Segundo a gravadora Polydor, esse ano o sucessor do "Revival" (2015) sai. Fica a torcida pra que 2019 seja cheio de saúde e disposição para a cantora, e que ela consiga se reerguer e transformar toda a sua dor em música boa, como a gente sabe que ela pode fazer.



Sigrid

Uma das maiores revelações do pop em 2018, Sigrid não nos decepcionou com nenhuma música que lançou até hoje, e não há razão para acreditar que com seu disco de estreia, chamado "Sucker Punch", vai ser diferente. O material incluirá a canção de mesmo nome, além de "Don't Kill My Vibe",  "Strangers" e "Don't Feel Like Crying" (R.I.P. "High Five"), e está previsto para dia 1º de março.



Tame Impala

Calling all the indies! Tava muito difícil ser conceitual sem um novo lançamento do Tame Impala, mas essa saudade vai ficar pra trás em 2019. A banda foi confirmada como headliner do Coachella desse ano e já deu a entender que um novo álbum vem aí, possivelmente no dia em que se apresentam no festival, 13 de abril. O material será o sucessor do aclamado "Currents", de 2015, que é uma das melhores coisas que o meio alternativo nos proporcionou nessa década.



The Weeknd

No início ano passado, The Weeknd lançou o EP "My Dear Melancholy,", ótimo, mas que não necessariamente saciou nossa vontade por um novo disco do cara. Felizmente, durante um show em Toronto no fim de 2018, o canadense avisou que seu seu sexto álbum chegaria em breve, e a gente decidiu que esse em breve não pode passar desse novo ano. À julgar pelo "Starboy", de 2016, e pelo EP, podemos ficar tranquilos porque, quando chegar, vai ser bom demais, como sempre.



The 1975

Donos de um dos melhores discos de 2018, os caras do The 1975 já lançaram o "A Brief Inquire Into Online Relationships" com a certeza de que nesse ano viria mais um álbum. O "Notes On A Conditional Form" é, segundo o vocalista Matty Healy, um disco de UK Garage (dance, música eletrônica) sobre "ansiedade social" e nele você poderá encontrar uma das melhores letras que ele já escreveu. Os caras sabem muito bem como criar expectativa na gente (e como atendê-las também).



***

Pra qual disco você tá mais ansioso? Esquecemos de incluir algum álbum muito importante e muito esperado na lista? Conta pra gente nos comentários!

Chance the Rapper critica campanha racista da Heineken e marca tira vídeo do ar

Pouco depois de se apresentar pela primeira vez no Brasil, como uma das atrações do Lollapalooza, o Chance the Rapper usou suas redes sociais pra se manifestar contra a nova campanha da Heineken, intitulada “Sometimes lighter is better” ou, em tradução livre, “às vezes o mais claro é melhor”.


Em seu Twitter, o hitmaker de “No Problem” disse acreditar que algumas marcas estejam cometendo erros grotestos pra chamarem a atenção, de tão inacreditáveis que são certas campanhas, e apesar de não querer promover a marca ou a nova campanha, não conseguiu se calar diante da propaganda racista.



“Acho que algumas empresas estão lançando propositalmente comerciais racistas para ter mais visualizações”, disse Chance. “A propaganda ‘sometimes lighter is better’ da Heineken é terrivelmente racista, meu deus! Não estou dizendo para boicotá-los, só estou apontando que isso acontece com frequência e acho que eles estão fisgando os consumidores. Eu não queria tuitar sobre isso, mas como não poderia?”

Em resposta às críticas do rapper e outros usuários pela internet, a marca retirou a propaganda do ar e reconheceu o erro em um comunicado, emitido via BBC:

“A Heineken desenvolveu um marketing diverso que mostra que há mais coisas nos unindo do que nos dividindo. Embora acreditemos que o anúncio faz referência à nossa cerveja Heineken Light, erramos o alvo e estamos levando a reação a sério e usaremos isto para influenciar campanhas futuras.”

Dono de três Grammys por seu trabalho com o disco “Coloring Book”, Chance the Rapper sempre esteve muito empenhado em usar seu nome em prol de causas sociais e, nos últimos anos, participou de inúmeros debates, movimentos e campanhas nos EUA, abordando tópicos como o desarmamento e a desigualdade racial no país.

Lolla Brasil 2018 começa com culto de Chance, benção de Iza e Zara homenageando Marielle

(Foto: Marcelo Brandt/G1)

Já era comecinho de tarde quando chegamos no Autódromo de Interlagos, para dar início a maratona Lollapalooza, que ainda vai nos render boas horas de música boa e dos mais variados estilos pelos próximos dias.

Na correria entre entrevistas, palcos e shows, a primeira apresentação que assistimos foi do rapper Rincon Sapiência, e não só por já amarmos seu disco seu disco de estreia, “Galanga Livre”, como também por sua grandiosidade ao vivo, terminamos o dia com a certeza de que não dava pra ter começado melhor.



Apesar dos poucos hits (a sua faixa mais conhecida é “Ponta de Lança”, recentemente incluída na novela adolescente “Malhação”), Sapiência não deixa ninguém parado e, como se precisasse de reforço, ainda trouxe a participação especial da cantora Iza, com quem apresentou sua nova colaboração, “Ginga”. Um dos pontos altos aconteceu quando o rapper pediu pelo fim do genocídio negro, prestando uma homenagem a vereradora Marielle Franco, brutalmente assassinada no Rio de Janeiro.



O dia seguiu ao som de Zara Larsson e Chance The Rapper, que se apresentaram no mesmo horário, respectivamente, nos palcos Onix e Budweiser. 

De um lado, a princesinha sueca entregou um show pop pra ninguém botar defeito: teve vocais ao vivo, teve coreografia, muito fôlego, presença de palco e interação com o público. Com uma carreira ainda breve, Larsson já tem hits de sobra pra chamar de seus, mas o destaque fica para as faixas “Never Forget You”, “Ain’t My Fault” e “Lush Life”, fora a parceria com o trio Clean Bandit, “Symphony”, que rendeu mais uma homenagem maravilhosa para Marielle.



Do outro, Chance The Rapper não fez apenas uma apresentação, mas, sim,um verdadeiro culto. Ao som de seus dois trabalhos, “Acid Rap” e o ganhador de Grammy “Coloring Book”, o rapper mescla faixas apoteóticas, repletas de corais e camadas instrumentais grandiosas com músicas dançantes e letras chicletes, ganhando de vez a atenção do público com o seu hit ao lado de DJ Khaled e Justin Bieber, “I’m The One”, que todo mundo tinha na ponta da língua. Outro destaque fica para o seu próprio sucesso, “No Problem”, com direito ao logo de grandes gravadoras e corporações sendo desfigurados no telão, e para a sua parceria com Kanye West, “Ultralight Beam”, que ainda nos arrancou algumas lágrimas.



Em sua segunda vinda ao Brasil, o duo Oh Wonder também deixa uma impressão maravilhosa. Donos de um synthpop dançante e manjado para festivais, Josephine e Anthony compensam a falta de hits com muita simpatia e troca de energia com o público que, a cada refrão recém-aprendido, não tardava em retribuir todo o carinho. Sem dúvidas, é um nome que queremos ver mais vezes por aqui.



Uma das atrações mais aguardadas desta sexta (23), os caras do Red Hot Chili Peppers entregaram um show sem muita enrolação ou inovação, do jeitinho que, pela reação do público, seus fãs já esperavam. Sem grandes surpresas no repertório, o destaque fica mesmo para o baixista Flea, que é quem veio de corpo e alma, dando uma energia inumana para o show.



Já no palco eletrônico, o destaque é da dupla sueca Galantis, que só tem dois grandes hits, “Runaway” e “No Money”, e mesmo assim, embalou um dos shows mais animados da noite, não deixando o público parado com um set eletrônico na medida. Além de “Runaway”, outros destaques do show foram as apresentações de “Rather Be”, do Clean Bandit, e a repaginada em “I Wanna Dance”, da Whitney Houston, com ilustrações da cantora no telão e tudo mais.



O Lollapalooza Brasil 2018 ainda rola neste sábado e domingo, 24 e 25 de março, com apresentações de Liniker, Imagine Dragons, Mahmundi, Mano Brown, Khalid, The Killers e Lana Del Rey. A nossa cobertura, você pode acompanhar no nosso Instagram e, diariamente, também aqui no blog.

Chance The Rapper tá confirmado no Lollapalooza e Tyler The Creator também vem

O Lollapalooza não quis se meter em problemas com os fãs do Chance The Rapper e, segundo o jornalista José Norberto Flesch, o músico está mais do que confirmado na próxima edição do festival, que acontece entre os dias 23 e 25 de março em São Paulo, no Autódromo de Interlagos.

O dono do melhor disco de 2016, a mixtape “Coloring Book”, já havia sido cantado por nós há alguns dias, quando listamos as especulações e apostas para a line-up do festival, e agora se une aos outros nomes extra-oficialmente confirmados, como Zara Larsson, Lana Del Rey e Imagine Dragons.



Além de Chance The Rapper, o jornalista também confirmou a vinda de Tyler The Creator, que neste ano lançou o disco “Flower Boy”, com parcerias de Frank Ocean, Estelle, A$AP Rocky, Jaden Smith, entre outros nomes.

Tyler é rapper, cantor, compositor e produtor e, com o lançamento desse CD, também se tornou notícia por uma música em que revela ser homossexual, questão que nunca discutiu abertamente, sendo, inclusive, criticado pelo uso da palavra “faggot” (“bicha”, em tradução livre).



Com três dias de festival, o Lollapalooza Brasil 2018 tem tudo para ter uma das melhores escalações de todas suas edições e, entre os artistas de hip-hop, é esperado que outros nomes sejam anunciados. Nossas apostas ficam para o novato Lil Yachty e Macklemore, que neste ano lança seu álbum solo, após deixar a dupla com o produtor Ryan Lewis.



Outros nomes esperados no evento são The Killers, Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam, The National e The Neighbourhood.

Chance The Rapper, Zara Larsson, Lana Del Rey… Quem deve ou não vir ao Lollapalooza 2018?

A maior e melhor edição brasileira do Lollapalooza de todos os tempos. É isso o que esperamos do festival, que em 2018 acontecerá entre os dias 23 e 25 de março, mais uma vez no Autódromo de Interlagos, e com uma provável line-up de tirar o fôlego, tanto pelas atrações em si quanto pela correria entre os palcos.

Apesar de ainda não ter feito qualquer anúncio oficial sobre os nomes que se apresentarão na sua próxima edição, o Lollapalooza Brasil já teve alguns furos, de jornalistas e dos próprios artistas, e a cada especulação, mais interessante o evento fica.

Em seu Twitter, a cantora Zara Larsson já confirmou que vem. A cantora chega pra cota pop, em anos anteriores preenchida por Halsey, Marina & The Diamonds e também Lorde. Larsson lançou nesse ano seu disco de estreia mundial, “So Good”, após emplacar hits como “Lush Life” e “Never Forget You”. Uma atração imperdível, sem dúvidas.



Na ala dos rumores, entretanto, os nomes são mais fortes. Lana Del Rey deve chegar com seu disco “Lust For Life”; Imagine Dragons retorna ao festival ao som do “Evolve”; Royal Blood chega no hype do disco “How Did We Get So Dar?” e vai rolar até Pearl Jam. Alt-J, The National, The Neighbourhood, Mac DeMarco e Milky Chance também devem marcar presença, enquanto a música eletrônica, até então, fica representada por Yellow Claw e Kygo. Um headliner deve surgir. A gente aposta no Major Lazer.



Chance The Rapper, que virou a indústria ao contrário após chegar ao Grammy sem o apoio de nenhuma gravadora com a mixtape “Coloring Book”, é esperado entre os nomes do hip-hop. Também havia uma conversa sobre Gorillaz, mas ninguém sabe se foi concretizada. Do R&B, falam em SZA e o novato Khalid. Seria nosso sonho. E tem o Lil Yachty, dono do disco “Teenage Emotions”, além do Macklemore, que agora está sem Ryan Lewis, seria bem foda.


Com três dias divididos em quatro palcos, dá pra gente esperar ao menos outros 10 nomes que acelerem nosso coração. Arcade Fire está fora da brincadeira, porque chega ao Brasil com sua própria turnê ainda esse ano, e o mesmo serve pra Paramore e LCD Soundsystem, que devem anunciar suas datas mais pra frente. Para o Lolla, entretanto, a gente ouviu sobre The Killers e Red Hot Chili Peppers. Dois puta nomes para uma puta edição.



BANKS, a cantora, tem sido pedida pelos fãs para acompanhar Zara Larsson e Lana Del Rey na cota pop, só que mais alternativa. A cantora tem dois discos, o álbum de estreia “Goddess” (2014) e “The Altar” (2016), uma boa pra anteceder o headliner de uma das noites. Como rolou com St. Vincent, por exemplo. E assim ficamos.



O Lollapalooza Brasil 2018 acontece entre os dias 23 e 25 de março e, até o final desse ano, devemos ter informações mais concretas sobre quem realmente vem ou não.

Por hora, a gente tem a playlist “Aquecimento Lollapalooza” para irmos nos preparando. Faça bom proveito:

O clipe de “16 Shots”, do rapper Vic Mensa, é mais importante do que você imagina

Se você ainda não ouviu falar de Vic Mensa, esta é a primeira vez e, provavelmente, não será a última. O rapper de Chicago está crescendo e é a nova aposta do hip-hop. Em sua bagagem, parcerias com Kanye West e Chance The Rapper, festivais como Coachella e contrato com a Roc Nation, gravadora do JAY Z. Em sua história, encarou a morte duas vezes na adolescência: uma descarga elétrica de 15 mil volts derrubou o artista de uma altura de nove metros, quando ele tentava se infiltrar no Lollapalooza. Dois anos depois, ele dirigia para casa após um longa noite no estúdio, quando o carro capotou.
Esses são os motivos pelos quais eu tenho 'Still Alive' tatuado na minha barriga. Eu digo que não é uma coincidência eu ainda estar vivo. Estou vivo para mudar o mundo e fazer coisas que são importantes. Eu não sei das outras pessoas, mas fui colocado nesta terra por uma razão.
Em seu mais novo vídeo, "16 Shots", que estreou exclusivamente no Tidal, Mensa vinga Laquan McDonald, um jovem negro assassinado com 16 tiros por um policial de Chicago, em 2014. O visual angustiante traz poderosas reflexões abordando o racismo, principalmente por parte da polícia.

O rapper, que aparece usando uma jaqueta com a palava "resist" (resistir), é agredido e baleado por policiais, mas permanece ileso, trazendo o ideal de que sua vontade de resistir não poderá ser oprimida ou silenciada. O vídeo permanece, então, retratando o modo violento como os negros são abordados pela polícia americana.
Nossas vidas não são respeitadas.

Ao final do clipe, que pode ser conferido logo abaixo, foi inserida uma gravação da noite em que Laquan foi morto, mostrando o jovem caminhando na rua enquanto os policiais chegam e os tiros são disparados cruelmente.

Os melhores álbuns do ano (até aqui)

Se você chegou até aqui com o pensamento de que 2016 não rendeu bons discos para uma lista como essa, precisa repensar o que andou ouvindo nos últimos seis meses.

Foi em janeiro que antecipamos nossos “30 discos mais aguardados do ano” e, entrando no segundo semestre de 2016, já estamos com vários deles entre nós. Neste momento, é muito importante pensar positivo e esperar que, daqui em diante, Rihanna não nos faça mais esperar vinte anos para um próximo disco, além de torcer pra que Beyoncé passe o resto de sua carreira lançando álbuns visuais  – prometemos fingir surpresa pelos próximos dez anos, pelo menos.

Esse ano foi, antes de qualquer coisa, um período e tanto para estreias de nos tirar o fôlego e, de quebra, ainda tivemos diversos artistas que nos fizeram deixar para trás qualquer impressão negativa que tenha ficado de seus trabalhos anteriores. O que é uma ótima coisa, por provar que não guardamos rancor e ainda nos garantir músicas bem interessantes para ouvirmos pelos próximos seis meses (e além).

Sinta-se livre para usar os comentários pra nos mostrar os seus favoritos (seja em ordem alfabética ou de sua preferência), bem como reclamar sobre aquele álbum, daquela cantora que foi friamente esnobado por nossa equipe. E não deixe de ouvir também todos os discos mencionados por aqui que você ainda não conheça, são todos imperdíveis.

OS MELHORES DISCOS DO ANO (ATÉ AQUI)


Gallant parece estar perdido em algum período entre as décadas de 80 e 90 – e isso é um elogio, caso se questione. Em seu álbum de estreia, “Ology”, o cantor apresenta um R&B sexy e classudo, que não se esforça para emplacar coisa alguma nos dias atuais, mas se preocupa em soar bem o suficiente para os fãs do gênero. Missão cumprida.

Pra testar: “Bourbon”, “Weight In  Gold” e “Open Up”.



Membro da A$AP Mob, que, entre outros nomes, também conta com o A$AP Rocky, o rapper A$AP Ferg levou a sua música para outro nível com o disco “Always Strive and Prosper”. No caminho contrário ao dancehall do Drake e rap-gospel de Kanye e Chance, “Strive” é um álbum majoritariamente eletrônico, no qual as rimas de Ferg são acompanhadas por ágeis arranjos, tornando-o um álbum favorito em potencial para os fãs de parcerias entre rappers e grandes DJs.

Pra testar: “Hungry Ham”, “Strive” e “New Level”.



Ainda que apresente certas similaridades com outros trabalhos lançados nos últimos anos, é inegável dizer que através de "Mind of Mine", ZAYN conseguiu se desprender da imagem teen que o seguia no 1D. Mostrando toda sua qualidade vocal entre baladas, midtempos e uptempos, que flertam desde o Pop, passando pelo R&B contemporâneo, até chegar no Alt-R&B (claramente influenciado por Frank Ocean e Malay Ho, que produziu ambos), o moço mostra nesse ótimo material de estreia, que não só tem muito potencial, como sair da boyband foi a decisão mais certeira de sua carreira.

Pra testar: “Pillowtalk”, “She” e “Wrong”.




O visual todo banda de rock, somado ao seu inexpressivo álbum de estreia, quase nos engana quanto ao potencial da boyband The 1975. No disco “I Like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It”, entretanto, os caras se permitem explorar seu lado mais pop e o resultado é verdadeiramente animador, fazendo desse um disco dançante, cheio de nuances e com uma proposta oitentista contagiante.

Pra testar: “UGH!”, “Somebody Else” e “The Sound”.


A norueguesa que já vinha nos impressionando há algum tempo, Aurora, traz em seu disco de estreia, “All My Demons Greeting Me As A Friend”, temas obscuros, quase mórbidos, aliados a um instrumental quase sempre condizente e uma voz cristalina. Sua jornada musical está apenas começando, mas, de certo, a cantora tem um grande potencial e foi capaz de nos entregar um disco impecável. Estamos ansiosos para ver até onde ela pode ir.

Pra testar: “Running With The Wolves”, “Winter Bind” e “Warrior”.


Sucedendo o disco “Master Of My Make-Believe”, “99c” mostra os efeitos da música atual na sonoridade de Santigold que, numa discussão sobre o preço da arte, se permite reproduzir aquilo que tocam nas rádios. Essa é uma escolha arriscada, já que poderia fazer com que ela perdesse sua autenticidade, tornando-a “apenas mais uma”, mas basta ouvir o disco para saber que, desse risco, ela passou longe.

Pra testar: “Banshee”, “Chasing Shadows” e “Run The Races”.



A estreia viral de Baauer, com “Harlem Shake”, fez dele um dos nomes mais genialmente insuportáveis da nova EDM. Não é a toa que, no meio dessa ascensão, foi Diplo quem tratou de apadrinhar o cara. Anos após o seu smash hit, Baauer apresenta seu disco de estreia, “Aa”, com uma esforçada tentativa de inovar e se desvencilhar do hit viral, provando ser mais que um sucesso de internet.

Pra testar: “GoGo!”, “Sow” e “Temple (feat. MIA & G-Dragon)”.


Quando James Blake entra em ação, você precisa se preparar para ouvir a melhor e mais estranha música de toda a sua vida. O disco “The Colour In Anything” chega após sua participação no disco “Lemonade”, da Beyoncé, e entrega uma proposta bem mais ampla que seus primeiros trabalhos, embora mantenha características que o consagraram entre os fãs do seu alt-pop underground.

Pra testar: “Radio Silence”, “Choose Me” e “I Need A Forest Fire”.


O álbum “Hopelessness”, da britânica ANOHNI, definitivamente, não é para qualquer um. Da sua sonoridade à capa, na qual mistura o seu rosto com o Boy George que ilustra o disco de estreia do Culture Club (1982), esse é um álbum que provoca, toca em inúmeras feridas e, com seus arranjos, ora tímidos e contidos, ora agressivos, transforma todas elas em discursos poeticamente lindos, ainda que, na maioria dos casos, trágicos. Esse é um disco que, com todo o eufemismo do mundo, te fará cantarolar sobre assuntos que vão do transtorno de identidade de gênero à crise da AIDS que devastou toda uma geração queer.

Pra testar: “Drone Bomb Me”, “Execution” e “Why Did You Separate Me From The Earth?”.



Aquecendo o terreno para o seu novo disco, sucessor do impecável “Donker Mag”, o trio sul-africano Die Antwoord volta às raízes explosivas do seu álbum de estreia na mixtape “Suck On This”. Depois de fazer shows por várias partes do mundo, Yo-Landi, Ninja e DJ High-tek abrem o novo material zombando da forma que seus fãs pronunciam seu nome fora da África – “Soa estúpido pra caralho”, diz Ninja – e nos entregam uma verdadeira surra de seu rap eletrônico, contando, inclusive, com uma série de remixes que revitalizam músicas como “Pitbull Terrier”, “I Fink U Freeky” e “Enter Da Ninja”.

Pra testar: “Bum Bum”, “Gucci Coochie” e “Fok Julle Naaiers (God's Wicked Jungle Remix)”.


O disco de estreia do duo Majid Jordan é uma boa maneira de entendermos porque o rapper Drake não hesitou em contratá-los e, inclusive, colaborar algumas vezes com os caras (“Hold On, We’re Going Home” e “My Love”). No seu primeiro CD, a dupla de Toronto consegue ir do hip-hop ao pop realmente radiofônico, com uma sonoridade que remete aos trabalhos de nomes como The Weeknd, MNEK e Bruno Mars, além do próprio Drake, que parece ter trocado muitas figurinhas com os novatos.

Pra testar: “Pacifico”, “Something About You” e “King City”.


Ironia ou não, em seu primeiro disco autointitulado, a banda Fitz and The Tantrums foge por completo da sonoridade pela qual eram conhecidos. No terceiro registro da banda, com a produção do hitmaker em ascensão Jesse Shatkin (Sia, Fifth Harmony, Kelly Clarkson), eles miram no pop-de-festival, com refrãos certeiros, muitas palmas e arranjos verdadeiramente dançantes, sem perder o ar de frescor que sempre manteve o interesse do público em seus outros trabalhos. É despretensiosamente grandioso.

Pra testar: “Handclap”, “Complicated” e “Get Right Back”.


“Moth” significa “mariposa”, em inglês. Antes de ganhar asas, o inseto passa por um processo de metamorfose semelhante aos da borboleta, mas parece sofrer algum problema nesse caminho, tornando-se uma espécie diferente e com uma curiosa característica: ela é atraída pela luz, ainda que essa possa matá-la. Em seu terceiro disco, o duo Chairlift gosta de usá-la como uma metáfora sobre a vulnerabilidade humana, que se entrega às suas atrações, cientes dos riscos que poderão machucá-los mais do que gostariam. Tudo isso sob uma sonoridade pop fora do comum, repleto de coros, palminhas e sintetizadores, flertando com trip-hop e uma verdadeira variedade de gêneros.

Pra testar: “Ch-Ching”, “Crying In Public” e “Moth To The Flame”.


Os anos 80 voltam para os dias atuais com o disco “Matter”, da banda St. Lucia. Com um synthpop “para cima” e refrãos que fazem de cada uma dessas faixas, verdadeiros hinos para cantarmos a pleno pulmões, esse álbum é daqueles que nos fazem dançar sobre a maior decepção amorosa de nossas vidas e cresce a cada audição, sendo, de longe, uma das nossas maiores surpresas desse ano.

Pra testar: “Home”, “Help Me Run Away” e “Always”.


O pop roqueiro de garagem das meninas do HINDS e seu disco de estreia, “Leave Me Alone”, é o que provavelmente esperaríamos de uma parceria da Sky Ferreira com o HAIM. De Madrid para o mundo, o quarteto tem chamado a atenção das principais publicações alternativas americanas e, nesse álbum, imprime uma identidade instigante, que nos faz querer mais dessa sonoridade suja e descoordenada, acompanhada de letras tão pessoais. É um disco para se ouvir bêbado.

Pra testar: “Garden”, “Warts” e “Fat Calmed Kiddos”.



Para um artista que já tem toda uma carreira para chamar de sua, se reinventar pode ser um perigoso desafio, mas que Gwen Stefani soube tirar de letra no álbum “This Is What The Truth Feels Like”. Repleto de hits em potencial, o novo disco da voz do No Doubt chega batendo de frente com outros como “Revival”, da Selena Gomez, e “Purpose”, do Justin Bieber, e, devido a essa necessidade de reinvenção para se adequar às rádios atuais, nos lembra bastante do “Rebel Heart”, da Madonna.

Pra testar: “Where Would I Be?”, “Red Flag” e “Naughty”.


O último ano de Nick Jonas foi complicado, mas, no que depender dos frutos colhidos por seu novo disco, o cantor terá uma fase bem mais fácil daqui pra frente. Se em seu primeiro trabalho pop, autointitulado, Jonas nos trouxe um pop redondo, mas óbvio, bastante inspirado em artistas como Maroon 5 e Justin Timberlake, em seu novo passo, o cantor ousa e, longe de sua zona de conforto, agora de olho no Drake e Bieber, acerta mais uma vez, apresentando um material bem mais interessante do que foi a sua chegada às rádios do gênero.

Pra testar: “Voodoo”, “Touch” e “Under You”.



Na sua chegada musical aos EUA, a sueca Elliphant veio acompanhada por uma lista de grandes produtores, incluindo nomes como Diplo, Skrillex e o nome por trás do disco de estreia da Lorde, Joel Little. Mas se, com tantos nomes conhecidos, seu público esperou por um álbum óbvio, foi pego de surpresa pela mesma agressividade de seus trabalhos anteriores, aqui somados a um maior cuidado quanto às letras e arranjos, que resultaram num disco que grita por ser uma novidade do início ao fim, prendendo-nos desde a primeira audição.

Pra testar: “Everybody”, “Love Me Long” e “One More”.


Mesmo jovem, Birdy sempre nos mostrou uma maturidade instigante. Em seu novo trabalho, a britânica coloca tudo isso à prova, se permitindo um passo à frente na ousadia, enquanto arrisca novos estilos e firma ainda mais os seus poderosos vocais. “Beautiful Lies” é um dos álbuns mais consistentes e emotivos do ano, além de ser também o melhor registro de sua carreira, até aqui.

Pra testar: “Keeping Your Head Up”, “Hear You Calling” e “Save Yourself”.



O synthpop foi muito bem representado por nomes como Taylor Swift e Carly Rae Jepsen nos últimos dois anos, mas se tem uma artista que sabe fazê-lo como ninguém, é a dupla Tegan and Sara. No seu álbum de retorno, “Love You To Death”, as meninas parecem terem feito a lição de casa sobre as rádios atuais, enquanto mantém a maturidade de suas letras, sob arranjos comerciais e, ainda assim, muito bem elaborados.

Pra testar: “That Girl”, “Boyfriend” e “Dying To Know”.



Com uma sonoridade que foge às regras, semelhante ao que escutamos com AWOLNATION há alguns anos, Stephen pode ser o projeto musical que você sempre procurou. No disco “Sincerely”, suas letras vão desde a redescoberta de si mesmo às discussões políticas, com uma musicalidade vasta, que passeia entre o rock e música pop, flertando bastante com a música eletrônica.

Pra testar: “Remembering Myself”, “Line It Up” e “Crossfire”.



De nome crescente na cena underground, o produtor australiano Flume trouxe em "Skin", talvez, o álbum mais eclético do ano, que cumpre um papel importantíssimo, ao possibilitar uma experiência que vai muito além de só mover os pés. De nomes desconhecidos (e muito interessantes), como Vince Staples, em faixas como "Smoking & Retributions", à adorados pelo público, como Tove Lo, em "Say It", Flume equilibra muito bem todas as nuances de seu grande álbum.

Pra testar: “Never Be Like You”, “Lose It” e “Take A Chance”.



Saber que o disco “Death Of A Bachelor”, do Panic! At The Disco, foi o primeiro da banda a alcançar o topo das paradas americanas não é algo impressionante. Desta vez, apenas com Brendon Urie, a banda soube reunir o melhor do seu lado dramático e teatral, enquanto mescla influências que vão do blues ao hip-hop, além de, claro, o rock que os tornaram conhecidos. Daqueles discos que não conseguimos – e nem deveríamos – passar nenhuma faixa.

Pra testar: “Victorious”, “Death Of A Bachelor” e “The Good, The Bad and The Dirty”.



“To Pimp A Butterfly” colocou Kendrick Lamar no centro das atenções, fazendo com que todos quisessem um pedaço do rapper que entregou um dos melhores álbuns de hip-hop do ano passado. Mas, sem se apegar à pressão de superar o álbum anterior, o cara revelou uma compilação de faixas que não foram finalizadas e sequer intituladas, com uma ousadia que, sem dúvidas, Kanye West amaria ter feito primeiro. Embora seja um projeto apresentado de maneira despretensiosa, na medida do possível, “untitled unmastered.” mantém o nível dos outros trabalhos do rapper, provando que, sem muito esforço, ele consegue manter as nossas expectativas sob controle.

Pra testar: “untitled 02”, “untitled 04” e “untitled 07”.



O trip-hop, R&B noventista e alt-R&B se encontram em “Don’t You”, do trio novaiorquino Wet. Com vocais delicados, que contrastam com o peso momentâneo de seus arranjos, o disco nos pega pela profundidade de suas letras, além de instrumentais que criam toda uma áurea bastante singular, semelhante ao que Lorde nos causou com seu “Pure Heroine” (2013). É um álbum que consegue soar grandiosamente minimalista e te entrega novidades a cada nova audição.

Pra testar: “Don't Wanna Be Your Girl”, “All The Ways” e “You're The Best”.


A EDM teve uma ascensão significativa nos últimos anos, enfim, voltando a dominar as rádios e paradas, mas, com todo esse sucesso, também aconteceu de grandes hits se tornarem cada vez mais genéricos e, com isso, o gênero sofresse com uma enorme falta de novidades. Nesse meio, quem vai contra a maré, merece o seu reconhecimento e, em 2016, um disco que fez a sua parte nesse quesito foi o material de estreia do The Knocks, “55”. Seu pop passeia entre o dance para às pistas e para às rádios, com influências que vão do funk ao alt-pop, além de inúmeras participações especiais.

Pra testar: “Tied To You”, “Love Me Like That” e “Purple Eyes”.


Embora seja novo, o trio londrino Daughter já possuía uma sonoridade bem definida e aceitou os riscos de fugir da fórmula consolidada em seu novo material, “Not To Disappear”. No trabalho, a melancolia, carregada pela voz da vocalista Elena Tonra, continua, mas Daughter ousa e se aventura em novas referências adicionadas ao seu repertório. Aqui, podemos ver toques eletrônicos, dream pop e até faixas que nos remetem ao The XX, The Drums e até Florence + The Machine, mostrando um amadurecimento muito bem-vindo.

Pra testar: “Numbers”, “Alone/With You” e “Mothers”.



É como o ditado já diz: "em terra de "Reflection", "7/27" é rei!". Após terem uma estreia pra lá de morna (com algumas ressalvas evidentes), o Fifth Harmony retorna com uma sonoridade pra lá de madura, sem deixar de lado todo o apelo comercial que levou as meninas ao estrelato. Com músicas pra todos os gostos, Camila Cabello e sua trupe garantem a diversão com um álbum extremamente radiofônico e gostoso de se ouvir. Ponto pra quinta harmonia!

Pra testar: “That's My Girl”, “Scared Of Happy” e “Not That Kinda Girl”.



Quando se permitiu ir além dos hits, Rihanna descobriu todo um lado inexplorado de sua musicalidade, no qual conseguiu encaixar até um cover de Tame Impala. Em seu anti-disco, a cantora encarna uma persona mais séria, centrada em fazer boa música, e ainda que se perca vez ou outra, demonstra bastante maturidade, numa oportunidade de aprender mais do que é capaz e ensinar isso ao seu público.

Pra testar: “Consideration”, “Same Ol' Mistakes” e “Love On The Brain”.



Depois de um disco de estreia introspectivo e sem muito a acrescentar para uma indústria que havia acabado de conhecer uma cantora chamada Lorde, o duo neozelandês Broods não passou muito tempo na sua zona de conforto e, em seu passo seguinte, expandiu a sua sonoridade para fórmulas que vão bem além da sua intenção alternativa de estreia. “Conscious” é o disco em que Georgia e Caleb Nott começam a construir sua identidade, sob um solo formado por sintetizadores, refrãos chicletes e, claro, muita autenticidade.

Pra testar: “Free”, “Hold The Line” e “Recovery”.


O sucesso de “Hotline Bling” fez de Drake o rapper mais pop dos últimos tempos e, enquanto tocava nas rádios sem parar, o canadense se preparava para entregar um disco prometido há muito tempo, enfim apresentado no que hoje conhecemos como “Views”. No seu novo álbum, o rapper marca uma importante fase da sua carreira, na qual está mais disposto a assumir riscos, se afasta dos raps ágeis de suas mixtapes e entrega um trabalho ora contido e comercial, ora verdadeiramente ousado, e indiscutivelmente funcional.

Pra testar: “Feel No Ways”, “With You” e “Too Good”.



The Weeknd fez um ótimo trabalho enquanto cantava sobre sexo no disco “Beauty Behind The Madness”, com  uma maturidade que já não ouvíamos com o R&B nas rádios há algum tempo, mas bastou chegar o disco de estreia do duo contratado pelo Drake, dvsn, pra que Abel perdesse o seu posto. “SEPT. 5th” é um disco extremamente adulto, mas nada vulgar, no qual temos refletida em cada uma de suas letras a experiência de seus integrantes, contrastada com a leveza e sensação de novidade oferecida por seus arranjos, que vão do alt-R&B ao trip-hop.

Pra testar: “With Me”, “Hallucinations” e “Angela”.


Passada uma carreira repleta de clássicos que fez dele uma verdadeira lenda, o músico David Bowie não poderia ter se despedido do seu público de uma forma menos poética. O seu disco de adeus, “Blackstar”, é seu último passo de ousadia, no qual se desamarra da sonoridade de seus últimos trabalhos, investindo numa faceta grandiosamente obscura, melancólica, na qual brinca com seus próprios demônios, exorcizando um por um, até que, enfim, possa descansar em paz.

Pra testar: “Lazarus”, “Girl Loves Me” e “I Can't Give Everything Away”.


Uma versão mais descolada do Sam Smith, Jack Garratt fez seu hype valer a pena com o disco de estreia “Phase”, lançado em meio ao tumulto que estava a sua carreira, após ter sido aposta da BBC e cumprido uma série de festivais Reino Unido afora. Enquanto o disco “In The Lonely Hour”, do Sam, nos afundava naquela bad que nem imaginávamos sofrer, o “Phase” do Garratt serve mesmo para nos levantar, com arranjos pop desconstruídos e vocais que, sem dúvidas, parecem ter saídos de algum remix do Disclosure.

Pra testar: “Far Cry”, “Worry” e “Chemical”.



Todo ano o mundo pop escolhe um puta álbum pra ser injustiçado. E depois de Carly Rae Jepsen sofrer com isso em 2015, é a vez da Foxes passar pelo mesmo em 2016. “All I Need” é um álbum pop na medida para agradar as rádios, com produções redondas, vocais incríveis e ainda ótimas letras. Desde a primeira vez que o escutamos, estivemos certos de que teria um lugar cativo em nossas listas.

Pra testar: “Body Talk”, “Cruel” e “Devil Side”.



Ariana Grande comeu muito arroz e feijão e provou estar pronta para brigar pelo topo dos charts com outras grandes divas pop. Em “Dangerous Woman”, a garota mostra a evolução que todos esperávamos e entrega seu trabalho mais maduro e polido até agora. Com músicas que nos levam da balada aos mais variados gêneros, do dance ao blues, passando pelo reggae e, claro, seu tradicional R&B. Muito bem acompanhada, ela nos entrega o melhor álbum pop do ano, com participações de nomes como Nicki Minaj, Lil Wayne e Future.

Pra testar: “Into You”, “Everyday” e “Touch It”.


Em seu terceiro álbum sob o nome de Blood Orange, Dev Hynes sente em sua música o impacto dos EUA que não apenas mata negros, mas também os gays. “Freetown Sound” é um disco que dialoga com outros como “To Pimp A Butterfly”, do Kendrick Lamar, e “Lemonade”, da Beyoncé, enquanto aborda assuntos que vão do racismo ao feminismo, trazendo muito empoderamento e, sendo esse um cuidado louvável, participações que permitem que as pessoas certas falem sobre suas lutas. Tudo isso, entretanto, é embalado por uma sonoridade que passeia pelo R&B, soul e funk, tornando essa jornada menos pesada, ainda que repleta de assuntos sérios, e até um tanto dançante.

Pra testar: “Augustine”, “Best To You” e “Better Than Me”.


Embora seja uma obra inacabada, sofrendo alterações até hoje, o disco “The Life of Pablo”, do Kanye West, é daqueles que não conseguimos passar uma só faixa. Ainda que tenha prometido bastante antes de lançá-lo, o rapper sabia que alcançaria as expectativas do público, fosse seus fãs ou não, e assim o fez, com um álbum agressivo, bem-humorado, reflexivo e, como o próprio descreveu, um tanto quanto religioso. Esse é um álbum gospel. “Não é o melhor álbum de todos os tempos, mas um dos”, disse Kanye.

Pra testar: “Ultralight Beam”, “Father Stretch My Hands” e “I Love Kanye”.



“Lemonade” não é um disco sobre uma traição, mas, sim, sobre uma mulher que precisa lidar com esse momento e o supera da melhor forma, enquanto descobre uma força absurda dentro de si mesma e esfrega na cara do traidor: eu não preciso de você. Na sua fase mais madura, artisticamente falando, Beyoncé ousou da sonoridade às letras, entregando um disco que, sem dúvidas, faz com que ela faça mais que hits, faça história. É um marco na sua carreira e na cultura pop moderna. É um empoderamento necessário para os dias atuais e que ainda incomodará muita gente, mas você pensa que ela se preocupa? “She ain’t sorry.”

Pra testar: “Don't Hurt Yourself”, “6 Inch” e “Daddy Lessons”.



Três anos separam a nova mixtape do Chance The Rapper, “Coloring Book”, do seu material solo anterior, “Acid Rap”. E se em 2013, o cara já se mostrava um nome para ficarmos de olho, nesse novo álbum ele se consagra como uma das apostas mais fortes do hip-hop atual, bebendo bastante da fonte de outro nome que já passou por nossa lista: Kanye West. Em “Coloring”, Chance nos entrega o trabalho mais consistente, poderoso e singular do ano, com um rap que passa longe das fórmulas genéricas apostadas por tantos para as rádios e inspirações que chegam, inclusive, ao início da música negra nos EUA. Da última vez que vimos o rap ser tão bem representado, estávamos ouvindo um disco chamado “To Pimp A Butterfly”, de um cara chamado Kendrick Lamar.

Pra testar: “No Problem”, “D.R.A.M. Sings Special” e “How Great”.



(Textos por Gui Tintel, Maicon Alex, Luccas Almeida e Guilherme Calais)

Mudanças no Grammy em 2017: álbuns lançados por streaming poderão ser indicados


Atualização (17/04): A imagem que ilustrava a matéria foi substituída, após reivindicações de direitos do site Getty Images.

O Grammy finalmente está levando em consideração as mudanças no mercado fonográfico para a forma como premia os seus artistas e, após alterar regras em relações aos samples, que, inicialmente, foram vistas como uma maneira de garantir a elegibilidade da Beyoncé, que, naquela época, havia lançado seu álbum visual autointitulado, decidiram também rever as discussões quanto aos streamings.

É inegável que, do ano passado para cá, plataformas como Spotify, Apple Music e Tidal ditaram o que foi ou não tendência e, sendo alguns dos principais discos do ano trabalhos lançados com exclusividades nessas plataformas, se tornou inviável que a premiação não passasse a olhar para as novas formas de consumo e assim ela o fez.



Segundo um anúncio feito pela academia nessa quinta-feira (16) os discos lançados nas principais plataformas de streamings serão elegíveis em todas as suas categorias, tendo sua nomeação vetada apenas em caso de exclusividade para um serviço específico. Desta forma, mesmo que lançados apenas virtualmente, álbuns como “The Life of Pablo”, do Kanye West, e a mixtape “Coloring Book”, do Chance The Rapper, entram para a corrida pelos gramofones de 2017.



Discos como o recém-lançado “Views”, do rapper Drake, e “ANTI”, da Rihanna, são outros destaques resultantes de plataformas como as citadas e, muito provavelmente, sequer teriam a mesma atenção do público se não fossem por esses serviços, que garantiram – e seguem garantindo – uma boa fatia dos seus números paradas afora.

Fora a mudança em relação aos streamings, o Grammy também confirmou uma alteração quanto a categoria “Best Rap/Sung Collaboration”, que agora se chamará “Best Rap/Sung Performance” e passará a considerar músicas lançadas sem parcerias, o que deve garantir ainda mais nomeações para Drake, bem como Kendrick Lamar, Chance The Rapper e Kanye West.

A categoria “Artista Revelação” também traz uma alteração importante: os artistas, ao invés das edições anteriores, poderão ser indicados desde que possuam cinco singles já lançados, enquanto os anos anteriores só levavam em consideração nomes que já tivessem de um à três álbuns ou trinta singles.

Por fim, outra importante mudança fica quanto aos votos da academia, que serão limitados a 15 categorias, fora as quatro principais. Essa alteração, por sua vez, visa garantir que os membros priorizem as categorias que realmente entendem sobre, evitando aqueles casos em que uma artista vence determinada categoria apenas por ser mais conhecida e não por realmente possuir o melhor trabalho do ano naquele gênero.



A 59ª edição do Grammy Awards acontecerá no dia 12 de fevereiro e todos os discos e singles lançados de outubro do ano passado até o dia 30 de setembro desse ano são elegíveis aos tão desejados gramofones (save the date, Katy!), ainda que todos saibamos que Adele e Beyoncé deverão sair com boa parte dos prêmios em mãos.

Chance The Rapper FINALMENTE lança a mixtape “Coloring Book” no Spotify (e você precisa ouvi-la)

A gente não sabe até quando vai durar essa estratégia de artistas lançarem seus discos, singles ou clipes numa plataforma X, deixando a Y de lado, no geral, por questões comerciais, mas ficamos na torcida pra que isso acabe logo, já que não diríamos que vale a pena assinar todos os serviços de streaming da atualidade, apenas para não perder nenhum desses lançamentos exclusivos e, dessa forma, ficamos reféns desses diferentes intervalos entre as plataformas. O que é realmente chato pra caralho.

Feito o desabafo, nós orgulhosamente anunciamos a chegada da terceira mixtape do rapper Chance The Rapper, “Coloring Book”, no Spotify. Anteriormente lançada apenas na plataforma da maçã, “Coloring Book” é o primeiro trabalho solo do cara desde o “Acid Rap” (2013) e sucede uma série de colaborações que ele fez desde então, incluindo o disco “Surf” (2015) e parcerias que vão do Justin Bieber (“Confident”) à Madonna (“Iconic”), passando ainda pelo disco do Kanye West, “The Life Of Pablo”, qual ele produziu faixas como “Ultralight Beam” e foi uma das principais influências do Yeezus.

Toda essa network feita pelo cara foi de grande valia, principalmente pela oportunidade dele levar vários desses nomes para o seu próprio material, como é o caso de Kanye, Lil’ Wayne, 2 Chainz, Jeremih, Justin Bieber, Future, T-Pain e Ty Dolla $ign, que aparecem neste álbum.

Em “Coloring Book”, Chance’ não só colhe do fruto de seu trabalho dos últimos anos para colocar seu nome em evidência, como também prova ser um nome que não iremos deixar de ouvir tão cedo, com um amadurecimento sonoro notável da primeira à ultima faixa, além de um gás e apetite por novidades que raramente encontramos entre os grandes rappers da atualidade.

Ouça a mixtape “Coloring Book” e, desde já, dizemos “de nada, não precisa agradecer”:

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