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Nós separamos cinco artistas pra você ficar de olho nesse Lollapalooza!

Uma das coisas mais bacanas em festivais é o fato de você poder conhecer vários novos artistas e bandas de uma vez só. Outra coisa tão bacana quanto é você conhecer alguns desses artistas e bandas antes do evento acontecer, assim você pode se programar para os shows que quer ir, arrastar seus amigos e cantar todas as músicas juntinhos. 

Pensando nisso, os blogueiros Allan Correia e Luccas Almeida criaram uma lista cheia de amor, dividida entre sábado e domingo, com algumas atrações bem bacanas que vão rolar no Lollapalooza e que, talvez, você não conheça. Aqui, tem indie rock, soul com rock e vibe dos anos 50-60, eletrônica e até um punk rock maravilhoso. Bora começar?

Sábado | 12.03

Cold War Kids


Quem são? 
Os caras são da Califórnia, montaram uma banda e, de 12 anos pra cá, têm trazido até nós um indie rock delicioso. A galera do Cold War Kids subiu num palco pela primeira vez em 2004 e conseguiu, até agora, se manter na indústria, lotando shows e levantando multidões por onde passa.

Com cinco álbuns em seu currículo, eles têm um som que deve agradar quem curte U2, The Killers e, por que não, qualquer ser humano que nutra, nem que seja um pouco, de amor pelo indie.

Seu mais recente disco, datado de 2014, o ótimo “Hold My Home”, é o mais, digamos assim, “alheio” da banda. Gravado após a adição de Dann Gallucci e Joe Plummer à trupe, podemos dizer que o CD não foi lá muito bem recebido pela crítica, justamente por ser a diferentona da discografia deles.

Onde?
Palco Onix.

Quando?
Das 17h15 às 18h15.

O que eu deveria começar ouvindo?



Vintage Trouble


Quem são?
Foi numa bela tarde de Venice Beach, na Califórnia, em que Ty Taylor e Nalle Colt, após montarem um pequeno estúdio caseiro, formaram a Vintage Trouble. Com Taylor no vocal e Colt na guitarra, a formação ainda não era suficiente. A dupla então convocou dois amigos: Rick Barrio Dill e Richard Danielson.

Esses aqui são pra quem curte um R&B. Mas se engana se você logo pensou num The Weeknd ou numa coisa mais comercial. O próprio nome do grupo da denuncia: os caras gostam mesmo é de um som antigo. Buscaram no black dos anos 50 e 60 sua inspiração. Está mais pra Amy? Até que sim, mas com uma pitada de soul e uma pegada rock pra ninguém botar defeito.
Com uma sonoridade tão boa quanto essa, dá pra entender o porquê do Problema Antigo ter conquistado tanta gente, né? E olha que não estamos falando só de fãs. Os Rolling Stones, um dos grupos mais veteranos do rock, até chamaram a banda aqui descrita para abrir o show deles no Hyde Park, em Londres. Depois? Veio a abertura da turnê do The Who e do AC/DC.

Onde? 
Palco Axe.

Quando?
Das 14h às 15h.

O que eu deveria começar ouvindo?



A-Trak


Quem é?
A música eletrônica tem ganhado cada vez mais espaço no gosto das pessoas e, consequentemente, dos festivais. O próprio Lolla tem convocado mais atrações pra gente fritar. Mas, enquanto muita gente não tira o olho do Diplo, Calvin Harris etc, nós descobrimos esse serzinho nas letras miúdas do line – o que não tira nem 1% do seu talento.

A-Trak é um produtor e DJ canadense que já trabalhou com o polêmico Kanye West e praticamente inventou Kid Cudi, Danny Brown e Flosstradamus. Parte integrante da elite da EDM, ele usa seu status para revitalizar o rap. Já apareceu na lista de indicados do Grammy e do VMA (naquelas linhas minúsculas dos créditos você pode ver o nome do rapaz). O cara também se juntou com a menina Kimbra e o Mark Foster, do Foster The People, para “Warrior”, uma música criada para uma campanha da Converse.

Ainda tem dúvida dos talentos do DJ? Com 18 anos, ele levou 5 prêmios no DMC World Championships e quebrou um recorde. Com. 18. fucking. anos.

Onde?
Palco Trident.

Quando?
Das 16h15 às 17h15.

O que eu deveria começar ouvindo?


Bad Religion

Quem são?
Essa aqui é a prova de que idade não significa fama. A Bad Religion é uma banda americana de punk rock que se formou em 1979 (!) e foi um dos grandes destaques da cena punk no fim dos anos 80.

Gostam é de provocar. Se fossem pacíficos, estariam no oceano. Adoram cantar sobre temas sociais e amam ainda mais usarem metáforas na hora de falar de ideologia. A crítica toda é feita com a letras provocantes embaladas pelos sons da guitarra e da bateria.

Tiveram um período de ascensão no auge do grunge e do punk, na primeira metade dos anos 90, época em que criaram sucessos do rock mundialmente conhecidos, como “Infected,” "21st Century (Digital Boy)" e “Sorrow”, mas perderam o fôlego no fim da década.

Onde?
Palco Skol.

Quando?
Das 16h10 às 17h10.

O que eu deveria começar ouvindo?


Domingo | 13.03

Duke Dumont


Quem é?
Se você acompanha o It Charts, sabe que a música eletrônica bomba no Reino Unido. A prova disso é o sucesso de Duke Dumont por lá. O produtor deep house e DJ britânico já chegou nas duas primeiras posições da parada com sucessos como "Need U (100%)" (que inclusive foi indicada ao Grammy de Melhor Gravação Dance, em 2014), "I Got U" and "Won't Look Back", abrindo as portas para a ascensão do ritmo.

Não demorou e logo ele foi listado como um dos melhores produtores do mundo. O cara tem um visual meio gótico, sombrio. Mas não se assuste, ele ama botar todo mundo pra ferver.

Sem dúvidas, é um dos shows mais esperados do festival: no último Coachella, sua apresentação pulou de um público de pouco mais de 3 mil pessoas para 25 mil (é sério), o suficiente para inspirar shows do Daft Punk e dos Chemical Brothers.

Onde?
Palco Trident.

Quando?
Das 16h45 às 17h45.

O que eu deveria começar ouvindo?



...

E é isso! Esperamos que você tenha curtido nossas indicações e não deixe e acompanhar pelo menos um dos shows no festival. Até a próxima!

10 discos para ouvir antes de ir ao Lollapalooza

A primeira vez que fomos ao Lollapalooza foi em 2013, quando o festival ainda nem estava nas mãos da Time For Fun e acontecia no Jockey Club, também em São Paulo. Nesta edição, tivemos nosso primeiro contato direto com diversos artistas, incluindo um que levamos em nossos corações para todo o sempre: Of Monsters and Men.

O Lolla tem muito disso. Ele consegue nos mostrar novos lados de artistas que já conhecemos e, aproveitando que estamos lá, nos apresentando a vários outros que nem nos imaginaríamos escutando um dia. E essa é uma das partes mais legais do festival.

Um dos shows mais aguardados por nós no Lolla 2016 é da americana, Halsey!

É claro que o programa também tem seus grandes nomes, como a Florence + The Machine (todo mundo vai cantar “Dog Days Are Over” até ficar sem voz), Jack Ü (imagina a euforia ao som de “Where Are Ü Now”), Eminem, Snoop Dogg e até a cantora que deveria ter vindo na edição anterior, Marina & The Diamonds (apostamos em “Primadonna” e “How To Be A Heartbreaker” como ápices do show, caso estejam na setlist, é claro), mas quem tá só interessado nos grandalhões mesmo vai para um outro festival. Uma boa prova disso é o fato do Lollapalooza vender seus ingressos que nem água antes mesmo de confirmar qualquer atração. É O PODER.

Pensando nisso, separamos então uma lista com 10 discos que talvez você não conheça, mas são bons o suficiente para te convencer a não perder essa edição do festival por nada neste mundo. Como o próprio festival, a lista terminou BEM variada e, não se tratando de comparações, foi organizada em ordem alfabética, tá?

Já abre seu Spotify e vem com a gente:

Cold War Kids, “Hold My Home”

Não é Lollapalooza se não tiver uma banda que nos convença a bater palminhas durante todas as músicas, mesmo que não conheçamos nenhum dos seus versos. Of Monsters and Men em 2013, Imagine Dragons em 2014 e Bastille em 2015. É uma regra. E nesse ano, essa responsabilidade ficará nas mãos da Cold War Kids.

A banda de Los Angeles começou a fazer nome ao conquistar a internet, láaaa na época do My Space, entre 2004 e 2006, e desde então assinou contrato com a Downtown Records, que lançou em 2014 seu quinto e mais recente disco, “Hold My Home”.

Ainda que seja do indie rock, Cold War Kids tem um apelo bem característico aos nomes que ultrapassaram a barreira do mainstream com o mesmo gênero, como Franz Ferdinand, Arctic Monkeys, Kings of Leon e The Fratellis, o que já te dá uma boa prévia dos refrãos grudentos que o aguarda.

Pra testar: “All This Could Be Yours”, “First” e “Hold My Home”.


Die Antwoord, “Donker Mag”

Do disco de estreia “$O$” ao seu terceiro e mais recente álbum, “Donker Mag”, foram muitas as mudanças experimentadas pelo trio sul-africano Die Antwoord, dos hits “Enter The Ninja” e “I Fink U Freak”.

Formado por Yo-landi Visser, Ninja e o escuso DJ Hi-Tek, o trio inicialmente chama a atenção por seu visual extravagante e letras escrachadas, mas deixando de lado o trash, sem perder sua essência, eles aperfeiçoaram e muito todo esse trabalho em “Donker Mag”, que passeia do seu agressivo, barulhento e eletrônico hip-hop ao dancehall, em momentos nos fazendo pensar como eles conseguem brincar com tanta coisa de uma forma tãaao singular — em outros momentos, também nos pegamos pensando “que porra é essa?”.

Pra testar: “Ugly Boy”, “Pitbull Terrier”, “Happy Go Sucky Fucky” e “Girl I Want 2 Eat U”.


Emicida, “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”

As discussões sobre o racismo estão em alta nos EUA, sob a voz de artistas como Kendrick Lamar, Beyoncé, Kanye West e J. Cole, e no hip-hop nacional, as coisas não são diferentes. Um ótimo exemplo disso é o maravilhoso “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, do brasileiro, Emicida.

Não é de hoje que o rapper usa sua música para tocar em cada uma das feridas da família tradicional brasileira e, nesse disco, ele faz além, nos atraindo por hits em potencial (“Passarinhos”, com a Vanessa da Mata, foi um dos maiores singles do álbum), para algo bem maior: “Mandume”, com Rico Dalasam e um time de peso, é nossa “Formation”. “Sobre Crianças” é o nosso “To Pimp A Butterfly”.

Pra testar: “Casa”, “Boa Esperança”, “Trabalhadores do Brasil” e “Mandume”.


Halsey, “BADLANDS”

Não há nenhuma dúvida de que a Halsey arrancará muitos elogios após a sua apresentação no Lolla 2016. A menina é mais uma dessas revelações da internet, partindo do mesmo trip-hop que também nos revelou Lorde, Melanie Martinez e Troye Sivan, e em seu disco de estreia, “BADLANDS”, explora isso da maneira mais pop possível, nos lembrando também da Ellie Goulding, que já foi atração do mesmo festival.

Repleto de samples, o álbum de estreia da americana, quando apresentado ao vivo, deve nos causar uma reação semelhante ao misto de estranhamento e hipnose proposto pela Lorde com seu “Pure Heroine”, com refrãos que te farão cantarolar músicas como “Castle” e “New Americana” involuntariamente enquanto volta para casa.

Pra testar: “Drive”, “Roman Holiday”, “Colors” e “Ghost”.


Jungle, “Jungle”

O grupo londrino Jungle começou como um duo, mas foi após se transformar numa banda com sete pessoas que começou a ganhar seu espaço ao sol, incluindo uma bela indicação ao BBC Sound of 2014, ao lado de Sam Smith, Chance The Rapper, Banks, entre outros nomes.

Seu disco de estreia, autointitulado, nos lembra do indicado ao Grammy, “Sound & Color”, do Alabama Shakes, com uma mistura de funk e soul que nos teletransporta para os anos 70, de uma maneira que nem mesmo o Bruno Mars ou Daft Punk foram capazes. Escutar isso ao vivo deve ser como descobrir uma nova religião.

Pra testar: “The Heat”, “Busy Earnin’”, “Time” e “Julia”.


Karol Conká, “Batuk Freak”

Bem antes de se unir ao Tropkillaz em “Tombei”, a rapper brasileira, Karol Conká, já tinha bastante experiência no que passou a chamar de “tombamento”. 

Seu disco de estreia, “Batuk Freak”, não compartilha das produções comerciais que ela nos apresentou com o Tropkillaz, Boss in Drama (“Toda Louca” e “Lista VIP”) ou Banda Uó (“Dá1LIKE”), mas mantém a mesma singularidade que nos fez ficar para escutá-la em todas as canções, além de letras empoderadíssimas, nas quais ela vai da sua negritude ao feminismo.

Pra testar: “Gueto ao Luxo”, “Gandaia”, “Você Não Vai” e “Caxambu”.


Noel Gallagher’s High Flying Birds, “Chasing Yesterday”

O nome do Noel Gallagher não é estranho para os fãs de música pop. Como músico, o cara é um grande comentarista do universo pop, com os comentários mais ácidos possíveis sobre nomes como One Direction, Ed Sheeran, Adele e contando, mas não se engane: por trás dessa pose de Glória Pires do rock, existe um cara talentoso PRA CARAMBA e seu legado com o Oasis não nos deixa mentir.

Mas aqui não tem “Wonderwall”. No Lollapalooza, Gallagher apresentará a banda High Flying Birds, que lançou no ano retrasado o disco “Chasing Yesterday”. A produção que, sem dúvidas, é uma das melhores dos últimos anos para o gênero, é daquelas que conseguem abraçar os velhos fãs do trabalho do cara e conquistar novos também, lembrando de trabalhos como o incrível “The Next Day”, do David Bowie.

Pra testar: “Riverman”, “The Girl With X-Ray Eyes”, “Ballad Of The Mighty I”.


Tame Impala, “Currents”

Mais eletrônicos do que o usual, os caras da Tame Impala parecem terem encontrado no disco “Currents” o que faltava para tornar sua música algo essencial para o “pacote ‘ouço música alternativa’ para iniciantes 2016” e, nessa, convenceram até mesmo a Rihanna, que levou a música “New Person, Same Old Mistakes”, para o seu disco “ANTI”.

“Currents” é o terceiro álbum do Tame Impala e ainda que seja de uma qualidade indiscutível, grandioso em todos os sentidos, deve muito ao sucesso do disco anterior, “Lonerism” (2012), por toda sua aclamação, uma vez que, se não fosse esse material, dificilmente teria tanto impacto no circuito musical como aconteceu.

Pra testar: “Let It Happen”, “The Less I Know The Better”, “New Person, Same Old Mistakes”.


Twenty one pilots, “Blurryface”

“Isso não é rap, muito menos hip-hop. É só uma tentativa de fazer essas vozes pararem”, diz Tyler em “Heavydirtysoul”, que abre o explosivo segundo disco dele com Josh Dun, no duo twenty one pilots. E, se tem uma coisa que ele tá certo, é em não se encaixar apenas dentro desse gênero: “Blurryface” tem rap, pop, folk, rock, reggae e, se reclamar, tocam “Sorry” do Justin Bieber também.

O segundo álbum da dupla sucede o ótimo “Vessel”, de singles como “Car Radio” e “Ode to Sleep”, e apresenta uma faceta bem mais versátil dos dois, que passeiam da questionavelmente dançante “Tear In My Heart” ao trap de “Doubt” e daí chegam no reggae de “Message Man” e AINDA ASSIM conseguem apresentar algo que funciona perfeitamente bem. O disco também rendeu o primeiro hit dos caras, “Stressed Out”, que descolou um lugar no top 10 da Billboard Hot 100.

Pra testar: “Ride”, “Fairly Local”, “Tear In My Heart” e “We Don’t Believe What’s On TV”.


Walk The Moon, “Talking Is Hard”

Tá ouvindo o riffzinho de guitarra? Sim, “Shut Up and Dance” é do Walk The Moon, gente! E você aí pensando que não conhecia nada dos caras. O grande hit da banda, que é americana, faz parte do seu segundo álbum lançado por um grande selo, “Talking Hard”, que, por sua vez, sucede o disco autointitulado de 2012.

Justamente pensando nessa expansão de público, com a possibilidade de tocar em lugares enormes, como estádios e, bem, o Lollapalooza, a banda investiu numa reviravolta imensa na sua sonoridade, aperfeiçoando sua vertente mais pop e, nesse novo disco, nos apresentou uma verdadeira metralhadora de hits, que nos faz dançar do indie ao synthpop, com um pé no new wave e pop-punk de bandas como Fall Out Boy e Panic! At The Disco.

Pra testar: “Different Colors”, “Shut Up and Dance”, “Work This Body” e “Spend Your $$$”.



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Mas quantos discos maravilhosos, gente! Já estamos sofrendo com a possibilidade de precisar escolher entre alguns desses artistas quando sair a programação completa do Lollapalooza.

Agora salve a data: o Lolla Brasil 2016 acontece nos dias 12 e 13 de março, em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, e nós, como Embaixadores Oficiais do festival, seguiremos com um especial aqui no blog, te dando mais dicas de músicas e artistas, entre outras coisas. Para comprar ingressos, acesse o site oficial do evento.

Quer ouvir mais dos artistas que estarão no festival? Então siga a playlist “It Popalooza” no Spotify:



A gente se vê por lá! :D

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