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Crítica: “Love, Victor” é sobre uma jornada de autodescoberta em meio ao caos

Atenção, este texto possui spoilers de "Love, Victor".
Você está avisado.

Quando "Love, Victor" foi anunciada me perguntei muito sobre o que um derivado de uma obra fechadinha - "Com Amor, Simon" - poderia trazer de relevante que justificasse sua existência. Poucas horas após terminar a maratona da série percebo que havia muito o que contar ainda sobre o universo de Creekwood, e que bom que tudo foi contado. Victor Salazar, interpretado por Michael Cimino, é um personagem muito mais identificável que Simon (Nick Robinson) e sua história se torna bem-vinda por isso.

Criada por Isaac Aptaker e Elizabeth Berger, a série é centrada na jornada de descoberta de Victor quanto a sua orientação sexual em meio ao caos familiar. Nesta jornada, ao contrário do filme - não usarei o livro como referencia, o romance vivido por Victor em alguns momentos não parece ser tão importante, mas algo que o ajuda a entender quem ele é e descobrir o quão despreparado está para se aceitar.

Seu despreparo parte muito mais de fatores externos do que internos, começando pela sua família. Victor, irmãos e pais se mudam devido a uma oportunidade de trabalho dada ao pai Armando (James Martinez), mas não demoramos muito para descobrir o real motivo da mudança - Isabela (Ana Ortiz), mãe de Victor, traiu o pai com seu chefe e o pai agrediu o amante. A família é bem religiosa e o pai dá alguns indícios de que não quer ter algum filho homossexual.

Além da família, a escola Creekwood mudou. O cenário LGBT-friendly apresentado em "Com Amor, Simon" não existe mais. Ao invés de avançar, regrediu. Há homofóbicos na escola e até mesmo o melhor amigo de Victor, Felix (Anthony Turpel), dá um toque sobre a orientação sexual de Benji (George Sear) - o futuro par romântico - para, como ele diz, "não terem a impressão errada". Felix, todavia, dá total apoio a Victor quando descobre sobre sua orientação sexual.


Como todos os problemas apresentados, Victor não vê qualquer outra solução a não ser namorar uma garota mais popular da escola, Mia. É interessante ver como esse relacionamento se desenvolve porque, em alguns momentos, você acredita junto de Victor que está gostando do namoro, mas é justamente junto com ele que o espectador percebe o erro que está cometendo. Uma pena que tal percepção vem somente quando ele trai Mia com Benji na metade da temporada.

Tudo isso acontece em meio a troca de mensagens entre Victor e Simon. A troca começa quando Victor manda uma mensagem no Instagram extremamente frustado pela escola não ser aquilo que esperava e ainda pontua que Simon foi bem sortudo. Simon, por fim, acaba se tornando um conselheiro para Victor, o que acaba culminando para o melhor episódio da série: o crossover com o filme.

A participação de Keiynan Lonsdale como Bram já havia sido confirmada pelo material de divulgação do filme, mas surpresa foi ver Nick Robinson muito além de um simples áudio de mensagem. É bacana ver o cuidado da série teve em evoluir gradativamente as ligações com o filme e a cena dos dois juntos é de dar quentinho no coração.


O episódio em que o crossover realmente acontece é o mais importante entre os dez. É nele em que Victor realmente começa a se aceitar e entender que o mundo gay não é também um mero esteriótipo. O diálogo entre Victor e o personagem de Tommy Dorfman ("13 Reasons Why") é extremamente tocante e necessário.

Victor começa a se aceitar em meio ao caos que o cerca e que parcialmente ajudou a construir.


Victor começa a se aceitar em meio ao caos que o cerca e que parcialmente ajudou a construir. O meme "deu tudo errado" faz muito sentido para essa série. O casamento dos pais começa a desmoronar, o aniversário de Victor não sai como o planejado graças a um avô homofóbico, ele beija um cara comprometido e também se sente culpado por enganar a namorada que tanto o apoia e que, sim, ele admira.

O grito final "eu sou gay" acontece somente nos últimos segundos do último episódio, quando Victor está farto de carregar não somente os seus problemas como também dos demais. É impactante sua fala e o corte para marcar o fim é genial. A jornada chega ao fim, mas abre espaço para uma nova história que não vemos a hora de poder conferir.

Para além da jornada de Victor, o casal Felix e Lake (Bebe Wood) ganham espaço no decorrer da história. Felix, aliás, é um personagem extremamente carismático e é divertido o acompanhar em sua busca por amor. O drama entre Armando e Isabela também é interessante e dá um ar de maturidade para uma série destinada a adolescentes.


Por fim, "Love, Victor" encanta ao mesmo tempo que traz debates interessantes sobre a descoberta de um jovem gay, além de como ele lida com os problemas de sua família a ponto de fingir que está tudo bem como ele. Uma pena que a série está disponibilizada apenas no Hulu e não no Disney+, conforme estava previsto. Talvez a série seja gay demais para a Casa do Mickey.

Primeiras impressões: “Love, Victor” apresenta dilemas reais de um jovem gay

Atenção, este texto possui spoilers dos dois primeiros episódios de "Love, Victor". Você está avisado.

"Love, Victor", série derivada de "Com Amor, Simon" protagonizada por Michael Cimino (Victor), chegou a rede mundial de computadores. Ao contrário do material de origem, onde tudo se resolve mais fácil - o que não é, na verdade, um problema - os dois primeiros episódios da série indicam que o enredo deve seguir um caminho muito mais realista com vários dilemas sobre a descoberta da orientação sexual do protagonista.

O único trailer da série já denunciava que nesta história nada seria fácil para o protagonista, mas o primeiro episódio deixa isso mais claro. Os pais de Victor, interpretados por James MartinezAna Ortiz, são religiosos e o personagem de Martinez dá indícios de ser aquele clássico pai que espera um filho "machão", e isso realmente pode se tornar um problema nos episódios seguintes.


Outro ponto interessante quanto a família de Victor é o fato de serem latinos e, ao contrário da família de Simon, a situação financeira não é das melhores. Moradores do Texas, ele se mudam para Atlanta devido ao emprego do pai. A situação financeira da família, aliás, é utilizada como um os plots principais dos dois primeiros episódios. Entretanto, chega a ser engraçado retratarem uma família aparentemente pobre, mas com elementos que visivelmente mostram que não é bem assim.

Os problemas citados até aqui parecem realmente insignificantes para Victor no primeiro episódio. Não é de se surpreender, o personagem precisa lidar pessoalmente com sua sexualidade e acredita que tudo vai dar certo neste sentido porque irá estudar na escola de Simon, interpretado por Nick Robinson no original. Victor tem a ilusão de que por Simon ter sido bem aceito pela comunidade escolar o mesmo aconteceria com ele.

As expectativas vão por água abaixo logo quando conhece Benji, interpretado por George Sear. Felix (Anthony Turpel), quem provavelmente se tornará o melhor amigo de Victor, alerta que Benji é gay justamente para "não terem a impressão errada". Ao longo dos dois episódios, o fato de Benji ser gay é um problema para os demais alunos e isso pode ser explicado facilmente pelo espaço de tempo entre o filme e a série. Novos alunos. Novos potenciais homofóbicos.

Todos os pontos enumerados até aqui levam a crer que a série será muito mais "pé no chão" do que "Com Amor, Simon". O filme protagonizado por Robinson é, digamos, muito mais leve sobre as questões acerca da orientação sexual de Simon, enquanto a série parece que irá abrir espaço para realmente discutir alguns pontos mais a fundo.

O enredo, aliás, se torna muito mais interessante graças ao elenco. Michael Cimino é uma graça e sua química com George Sear parece ser fantástica - há apenas três cenas dos dois juntos nos dois primeiros episódios. Porém destaco aqui Anthony Turpel, que rouba a cena quando aparece em tela.


A surpresa mesmo fica quanto a participação de Nick Robinson como Simon na série. O ator participa apenas com sua voz em alguns momentos específicos. Devido ao enredo apresentado até o segundo episódios, isso deve acontecer mais vezes ou culminar na participação de Keiynan Lonsdale (Bram) que, inclusive, aparece no trailer da série.

Enfim, os dois primeiros episódios de "Love, Victor" trazem muito potencial para a série. Inclusive, arriscamos dizer que essa nova história pode se tornar melhor que a original. Um dia a gente volta para dar um veredito para vocês. Agora nós vamos voltar para a nossa maratona.

O primeiro trailer de “Love, Victor” é fofíssimo e traz personagem do filme “Com Amor, Simon”

Para aumentar um pouco mais nossa ansiedade quando a "Love, Victor" - que será lançada no próximo mês, a hulu divulgou o seu primeiro trailer nesta terça-feira (25). A gente tá vomitando arco-íris.


É tanta coisa nesse trailer que a gente não sabe nem por onde começa. Victor terá realmente um conflito maior quanto sua orientação sexual - e a série deve abordar uns esteriótipos; vamos ter mais de um casal gay na série - ou seria um triangulo amoroso? E, é claro, não podemos deixar de mencionar o Blue (Keiynan Lonsdale), de "Love, Simon", fazendo uma pontinha, além da drag Katya. TU-DO.

"Love, Victor" originalmente seria disponibilizada no Disney+, mas parece que a série está gay demais para o serviço. Entretanto, o derivado vai para o hulu que, no fim, é um serviço da Disney. Talvez a Casa do Mickey não queria associar diretamente  sua imagem com um produto inteiramente sobre gays, apesar de ter alguns personagens LGBTQ+ em algumas séries e até filmes.

O derivado acompanha Victor, interpretado pelo fofinho do Michael Cimino, que chega a Creekwood High School. A primeira temporada deve explorar os conflitos quanto a orientação sexual de Victor e terá 10 episódios de meia hora - o estúdio já cogita uma segunda temporada, aliás. "Love, Victor" estreia no dia 19 de junho.

O primeiro teaser de “Love, Victor” é a coisa mais gracinha que você vai ver hoje

"Com Amor, Simon" fez um tremendo sucesso em 2018 por trazer um romancezinho que todo gay adolescente sempre quis ver. Não demorou muito para que resolvessem expandir o universo e oficializar uma série derivada, com novos personagens. Dois anos depois, "Love, Victor" tem o seu primeiro teaser revelado e a gente está morrendo de amores.



Quem nunca teve um gay panic desses? A representatividade, meu pai.

"Love, Victor" originalmente seria disponibilizada no Disney+, mas parece que a série está gay demais para o serviço. Entretanto, o derivado vai para o hulu que, no fim, é um serviço da Disney. Talvez a Casa do Mickey não queria associar diretamente  sua imagem com um produto inteiramente sobre gays, apesar de ter alguns personagens LGBTQ+ em algumas séries e até filmes.

O derivado acompanha Victor, interpretado pelo fofinho do Michael Cimino, que chega a Creekwood High School. A primeira temporada deve explorar os conflitos quanto a orientação sexual de Victor e terá 10 episódios de meia hora - o estúdio já cogita uma segunda temporada, aliás. "Love, Victor" estreia no dia 19 de junho.

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