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Hitômetro: Kylie Minogue, “Into The Blue”


Foi longo o período em que Kylie Minogue passou longe das rádios e, consequentemente, seus fãs, mas se tinha uma coisa que alimentou seu público durante todo esse período, foi a certeza de que, quando voltasse, a qualidade estava garantida. De contrato assinado com a Roc Nation, gravadora do rapper Jay-Z que, a partir deste ano, detém os direitos dos seus lançamentos em território americano, a cantora aqueceu seus fãs com “Timebomb”, carro-chefe de sua mais recente coletânea, em seguida mandou outro sinal de fumaça com “Skirt”, canção que mostrava os primeiros sinais de que os produtores envolvidos em seu 12º disco de inéditas estavam mesmo empenhados em apresentar novidades, mas o fogo foi guardado para a explosão que seria seu single de retorno, “Into The Blue”.

Quando começaram as notícias sobre a nova música de trabalho da Kylie ser uma colaboração com a rapper absurdinha Brooke Candy, bateu aquele desespero, confessamos. O que a rainha do pop australiano estava aprontando? Como imaginar toda sua energia pop de mãos dadas com as batidas e rimas freaks da Brooke?! Quando vão deixar de esquecer o Gerador de Improbabilidade Infinita ligado?!? Mas as coisas voltaram para seus devidos lugares quando os planos foram modificados e a tal nova canção foi anunciada, sem a rapper. Falando sobre “Into The Blue” durante algumas entrevistas, a intérprete de “All The Lovers” prometeu algo bem fiel ao seu repertório, algo “bem Kylie”, mas que também soasse novo, fresco para as rádios, e pela primeira vez em muito tempo, temos que concordar sobre a artista ter nos trago algo que realmente prometeu.

Numa produção não inovadora, mas funcional. Kylie Minogue coloca seus vocais para respirarem ar fresco, em meio a sintetizadores que poderiam facilmente pertencer a algo da sueca Robyn e um refrão que explode numa ascensão semelhante às fórmulas adotadas pela P!nk. É uma reinvenção artística e pop que tem como principal objetivo não só atrair uma nova geração para escutar sua música, como também revitalizar seu nome no cenário atual, e faz isso com uma maestria invejável. De início, também dá pra se assustar com a forma com que a música funciona para as rádios atuais, ao mesmo tempo com que questionamos se, entre os violinos escondidos em meio às batidas feitas para as pistas, realmente há alguma novidade para o repertório de Kylie.

“Into The Blue” não é nenhum hino divisor de carreiras, daqueles que fará com que todos esqueçam “Can’t Get You Out Of My Head”, mas cumpre o principal para nós quando se trata de algo propriamente pop, sendo divertida. Toda sua proposta entretém — e nos seduz —, enquanto Kylie Minogue nos mostra que o tempo foi mais que favorável para ela não só fisicamente, mas também em estúdio, uma vez que a cada ano ela soa mais jovem e cheia de vida, exatamente como tem que ser. O mais legal nisso, porém, é a forma descompromissadamente natural com que a música parece ter ganhado vida, o que faz com que todos os outros grandes retornos pop que tivemos nos meses anteriores pareçam simples tentativas de impressionar um público cada vez mais crítico e exigente, mas que na maioria das vezes se satisfaz com o que, em outrora, poderia ser julgado “tão pouco”.

Hitômetro: One Direction - “Story Of My Life”


Quando lançaram o disco “Take Me Home”, de certo os meninos do One Direction já tinham feito a lição de casa quanto ao desafio do segundo álbum. Com a certeza que no ano seguinte teriam outro disco nas lojas, devido ao contrato com a gravadora do Simon Cowell, o quinteto nem apostou em muitas mudanças se comparado ao disco de estreia “Up All Night”, mas foi nos pequenos detalhes que o segundo cd mostrou algumas evoluções, como em suas letras ou, sonoramente, em canções tipo aquela composta pelo Ed Sheeran, “Little Things”.

Dado como finalizado os trabalhos com esse disco, eles partiram quase que sem pausas para a divulgação do filme “This Is Us”, e de certa forma até nos preocupando, visto que o curto intervalo entre todos esses lançamentos poderia desgastar tanto a imagem quanto sonoridade deles, além de torná-los também um pouco limitados criativamente, e isso só se confirmou com o single “Best Song Ever”. Dissemos o que pensávamos e, obviamente, as fãs do grupo reagiram de forma negativa, mas o que importa é que eles conseguiram não só reverter o jogo com o clipe da canção, como também provar que SIM, ainda dá pra se reinventar soando tão comercial quanto anteriormente, e essa resposta veio no single seguinte, “Story Of My Life”.

Numa primeira ouvida, tudo pode soar comercialmente perfeito, principalmente vindo de um dos grupos que mais venderam no último ano. Mas basta escutá-la mais algumas vezes pra notar que ela é mais do que isso. O apelo indie, o peso das cordas country adotadas pelos artistas folk, até a ordem com que dividem os vocais aqui fazem a diferença, fazendo desse single um dos lançamentos pop mais interessantes e inteligentes desse ano. Como cumprir alguns requisitos para as rádios se faz necessário, em “Story Of My Life” eles garantem o fator chiclete em seu refrão, onde repetem incansáveis vezes o título do novo single, só que o trunfo da composição — aqui assinada por todos os integrantes ao lado de Jammie Scott, John Ryan e o também produtor Julian Bunetta — se esconde entre os versos, onde temos coisas incríveis tipo “nesta manhã ela me disse que não sente mais o mesmo sobre nós em seus ossos, pra mim parece que essas palavras estarão na minha lápide quando eu morrer” ou “deixe meu coração aberto, mas continue aqui mesmo na sua gaiola”.



A relação é interessante. “Gotta Be You” no disco de estreia, “Little Things” em seu sucessor e agora “Story Of Life”, três baladinhas lançadas como segundo single de seus respectivos álbuns e, de forma impressionante, soando bem mais interessante que seus singles principais. O melhor disso é que a coincidência ainda permite traçar uma linha do tempo, fazendo com que notemos o quanto eles evoluíram neste período tão pequeno. Coisa que talvez nem tenha passado pela cabeça de muitos, que devem ter escutado o tal single apenas como mais um lançado pela “boyband do momento” e, na melhor das hipóteses, ainda o associado à nomes como Mumford & Sons, Of Monsters and Men, The Lumineers e/ou [coloque aqui o nome de uma banda indie que toca banjo]. Seja como for, no que depender das semelhanças, “Story Of My Life” tem tudo pra nos fazer acreditar que “Midnight Memories”, o terceiro álbum da boyband, será mais um acerto na sua breve carreira. Ponto para o 1D!

Hitômetro: Eminem - “The Monster (feat. Rihanna)”


Se sozinhos Eminem e Rihanna já causam um bom estrago nas rádios, quem dirá juntos. A dupla esteve por trás de um dos maiores sucessos de 2010, “Love The Way You Lie” (que também teve uma "parte 2"), repetiram a parceria em 2012 com “Numb”, presente no cd “Unapologetic” da Rihanna, e agora vão juntos para as rádios de novo com “The Monster”. Mas, sendo essa a quarta parceria dos dois, deu pra manter a química e fórmula sem que soasse forçado ou repetitivo? Sim, e funcionou muito bem.

Pra começo de conversa, o primeiro grande trunfo de “The Monster” está, na verdade, no fato deles não terem repetido a fórmula. O que significa que escutá-la buscando pela nova “Love The Way You Lie” é burrice, porque não foi isso que eles tentaram fazer. Mas dizemos que esse é o primeiro porque a canção traz incontáveis acertos, outro dele, por exemplo, é nela trazer um teor radiofriendly bem mais amigável que o hino de 2010, além de toda a despretensão em ouvir dois nomes como os deles, que carregam em sua carreira músicas e histórias pra lá de bizarras, cantando sobre ter feito amizade com seus monstros, sejam imaginários ou personificados pela mídia e pessoas ruins que os rodeiam.

Numa composição da novata Bebe Rexha (apresentamos aqui) com produção do também desconhecido Frequency, o quarto single do Eminem com seu “MMLP II” é o sopro de ar fresco que as rádios pediam desde que nomes como 2 Chainz, Nicki Minaj e Big Sean passaram a colocar suas rimas em tudo quanto é canção, e por mais que muitos considerem a jogada de colocar alguém pra se responsabilizar pelos versos que oficializarão o hit chiclete, como Rihanna e o refrão de “Monster” neste caso, um tanto batida, aqui ela funciona perfeitamente, sendo inclusive mais um dos grandes trunfos da parceria. Até mesmo pelo fato de Rihanna ter melhorado seus vocais significativamente depois de trabalhar com o single “Diamonds”, mostrando uma audível evolução sem que precise se matar fazendo malabarismos com as notas.

Em suma, não é uma nova “Love The Way You Lie” ou “Live Your Life” (outra parceria marcante da Rihanna, aqui com o rapper T.I.), mas cá entre nós, hinos que são hinos não precisam ser substituídos, sendo assim, ninguém realmente esperava por releituras delas, certo? Ou seja, que “The Monster” seja a  primeira de sua linha, estamos certos de que muitos estão mais que satisfeitos assim. Um verdadeiro MONSTRO pras rádios.

Hitômetro: Lady Gaga - "Do What U Want (feat. R. Kelly)"


Singles promocionais são lançados para testar a popularidade do material, como anda a ansiedade pelo álbum completo e diversas outras jogadas. O primeiro single promo do "ARTPOP", terceiro álbum de estúdio de Lady Gaga, foi "Do What U Want", feat. com R. Kelly, porém, assim como aconteceu com "The Edge of Glory" em 2011, a recepção da faixa foi absurdamente boa. #1 em 74 países (incluindo Estados Unidos e Reino Unido), música a chegar mais rápido no topo do iTunes US no ano de 2013 (apenas 5 horas) e áudio no Youtube ultrapassando um milhão de views em menos de 24 horas, além da recepção da crítica, que aclamou a faixa. O que a Interscope, gravadora da cantora fez? Decidiu trocar o segundo single, "Venus", por "Do What U Want". O que isso reflete? O óbvio: a gravadora quer vender, coisa que já está acontecendo. "Venus" será agora single promocional (o que não impede de ser single oficial no futuro), mas ainda sim terá clipe.

A notícia causou rebuliço nas redes sociais, com várias pessoas achando a atitude um erro, mas vamos entender. A "culpa" disso não é da Gaga, é da gravadora, então não venham chamá-la de hipócrita por sempre dizer que faz músicas pela arte e não pelos charts (além do mais, quem não gosta de ver seu trabalho fazendo sucesso?). E ninguém ouviu "Venus" para saber se a faixa era realmente boa, então só nos resta confiar na força de "Do What U Want", algo que ela comprovou que tem, já que foi lançada junto com novos singles de Justin Bieber e Taylor Swift mas mesmo assim atingiu o topo. Sabemos que sempre falamos que não ligamos pra charts, mas é uma delícia ver Gaga, uma das melhores artistas atuais, tendo seu respeito de volta, principalmente depois do inferno que foi a época do lançamento de "Applause", que, só porque não pegou #1 no US (mas pegou no iTunes Mundial) foi considerado flop.

Musicalmente, "Do What U Want" é synthpop e R&B com batidas eletrônicas oitentistas. "Eu estou bem, mas você imprime essa merda que me faz querer gritar", canta Gaga com vocais de Christina Aguilera, numa clara referência à mídia. E é isso que a música fala. Apesar de soar sexy, é um jogo de sedução entre a cantora e a imprensa. "Escreva o que quiser, fale o que quiser sobre mim. Se quiser saber, saiba que eu não me arrependo", canta ela manhosamente na ponte que é para destruir. Aí surge R. Kelly, numa doce ilusão de que ela está se entregando para ele: "Você é a Marylin, eu sou o presidente. Eu vou fazer o que eu quiser com seu corpo".

Essa dualidade, a entrega que nunca sabemos para quem é realmente - a mídia ou o homem - é que dá o charme da música. "Às vezes acho que fico com medo de você algum dia me abandonar. Eu desmoronaria". Quem, a fama ou o cara? Se liricamente a faixa é uma delícia, musicalmente ela é espetacular. A pegada dos anos 80 dá um ar de cabaré que vicia, um puro pop simples porém divino. Radio friendly, a faixa tem tudo para ser hit nas rádios e garantir mais um sucesso na carreira da cantora, e com uma música como "Do What U Want", isso é o mínimo que ela merece.

Hitômetro: Katy Perry - “Dark Horse (feat. Juicy J)”


Katy Perry prometeu para “Prism” um álbum obscuro, fruto de sua separação com o ator e humorista Russell Brand e com certa influência da dor de cotovelo alavancada por Adele nas rádios, mas o primeiro single do álbum, “Roar”, chegou e desmentiu tudo. Sorte da cantora, que continuou muito bem acolhida por aqueles que já tinham te rendido uma porção de boas posições nas paradas com o álbum “Teenage Dream”, azar dos que realmente esperavam por expressivas mudanças em sua sonoridade.

Em time que está ganhando não se mexe, mas a maioria não se importa em acrescentar uns ingredientes especiais aqui ou ali e é aí que “Dark Horse”, novo single promocional da Katy  Perry, entra em ação. Flerte com a música urbana, participação de um rapper, trap music (!!!!!!), quem vê pensa que é esse o momento em que Diplo age no “Prism”, mas não se enganem: tudo não passa de mais uma louvável parceria da Kátia com Dr. Luke e Max Martin, além do sueco Klas Ahlund.

Fora da zona de conforto doce e colorida de Katy Perry, “Dark Horse” vem pra firmar algumas das promessas que rodeiam esse novo álbum, mas garante, acima de qualquer coisa, que mesmo aderindo a algumas tendências, Kátia sabe como trabalhar quando o assunto é compor e isso faz do buzz-single um dos lançamentos mais inusitados dos últimos meses, substituindo o espaço que Miley Cyrus usou pra dizer que estava imparável por mais um cantinho onde a cantora pudesse falar sobre amor, enquanto canta que uma vez que o rapaz seja dela, não há como voltar atrás — “você está pronto para uma tempestade perfeita? Porque uma vez que você seja meu, não terá mais volta”.

Pra não correr o risco da letra boa + inserção da trap music não ser o suficiente para as rádios e seus fãs, Katy também traz em “Dark Horse” a tímida participação de Juicy J, que mais serve pra tornar a canção legitimamente urbana do que outra coisa. Seus versos são, inclusive, dispensáveis, mas dificilmente vão se importar com isso em meio aos outros cantados pela californiana, assim como foi com Snoop Dogg (aka Snoop Lion, rs), Kanye West e Missy Elliot em outrora. Fora isso, a canção ainda conta com um break, além de versos cantados por um vocal com aquele efeito mais grave, agora também na moda.



Se não fossem as produções do Mike Will Made It, a ressureição da Ciara, parcerias do 2 Chainz e “We Can’t Stop”da Miley Cyrus, “Dark Horse” seria um dos lançamentos mais impactantes de Katy nas rádios desde... vejamos... “E.T.”? Mas aqui os créditos a canção são semelhantes aos que demos para Britney Spears em “Work Bitch”. Uma canção que de nova não tem nada, mas que nunca imaginaríamos ouvir vindo dela, o que é sempre uma vantagem.

Hitômetro: Miley Cyrus - "Wrecking Ball"


Um dos maiores objetivos das atuais Disney-stars é se desvincular da imagem fabricada e forçada que elas tinham que carregar enquanto trabalhavam por lá. Os três maiores exemplos atuais disso são Demi Lovato, Selena Gomez e Miley Cyrus. Coincidência ou não, as três lançaram (ou lançarão, no caso da última) seus novos álbuns nesse ano, todos com aquele desejo de "fritar o Mickey no panelão". A primeira a se lançar na empreitada foi Lovato com o álbum "Demi", que não foi tão feliz quanto esperávamos. Depois veio Selena, com o "Stars Dance", que chegou com um pop reciclado porém mega divertido, o que garantiu uma vantagem em relação à primeira (não estou dizendo que há uma competição, apenas analisando cada uma dentro dessa proposta).

Aí chegou a vez de Miley. Primeiramente ela radicalizou com o visual. Fez undercut, apareceu com roupas cada vez mais ousadas, declarações polêmicas e *BOOOM* veio "We Can't Stop", o primeiro single do seu novo álbum, "Bangerz", e embaralhou tudo o que esperávamos da cantora. Do seu vídeo até sua performance no VMA que, querendo ou não, entrou para a história, Miley se mostrou empenhada em se livrar da imagem fofa e água com açúcar que carregava (cogitou até tirar o "Cyrus" do seu nome artístico). Então, aproveitando os holofotes que estavam em cima dela, "Wrecking Ball" foi lançada como segundo single.

"Wrecking Ball" é uma power ballad carregada de um teclado nervoso que se mistura numa progressão de matar. "Nos arranhamos, acorrentamos nossos corações em vão. Pulamos, sem nem mesmo perguntar o por quê. Nos beijamos, eu caí em seu feitiço, um amor que ninguém poderia negar". Aí chega a ponte com o sincero "Eu sempre vou querer você". Desde Adele, a segunda década do século XXI está acostumada a abraçar as dores do amor de uma forma impressionante, e o refrão da canção é universal: "Eu vim como uma bola de demolição. Nunca me atirei em um amor com tanta força. Tudo que eu queria era quebrar seus muros, mas tudo o que você fez foi me quebrar. Sim, você me demoliu". A força que esse refrão possui talvez nem a própria cantora tivesse noção antes do seu estouro. Impecável.

Confesso que me decepcionei um pouco quando vi que a Miley não teve participação na composição da faixa (composta por Dr. Luke, MoZella, Stephan Moccio, Sacha Skarbek e Cirkut, todos grandes nomes que já trabalharam com os maiores artistas atuais), mas podemos perdoar pelos vocais arrasadores, que sobem e descem nos versos e criam uma sonoridade divina (notem, é "I PUT you HIGH up IN the sky AND NOW, you’re not coming down").

"Wrecking Ball" é, de longe, um dos melhores lançamentos de 2013. A letra é perfeita, a melodia foi criada por anjos e os vocais - novamente - arrasadores. Miley pode até estar usando de recursos controversos para "estar na mídia", mas o que importa é que ela está fazendo isso para que um ÓTIMO trabalho ganhe visibilidade (e para tirar a tão falada "imagem da Disney"). Apesar de achar que a cantora não está forçada, e sim ESforçada, a grande verdade é que Miley Cyrus veio nos charts, nas nossas concepções e na música como uma bola demolidora.

Hitômetro: Britney Spears - “Work Bitch”


Antes de anunciar oficialmente o seu single de retorno, a cantora Britney Spears adiantou que todos os olhos estariam sobre ela. De fato, isso não passava de um jogo de palavras com um dos poucos versos que canta em “Scream and Shout” do will.i.am, mas fez muito sentido assim que o single, intitulado “Work Bitch”, chegou a internet.

Inicialmente vazada, a música nova passou por todo aquele processo em que ela diz que os fãs irão enlouquecer com a versão final e solta então a canção idêntica em seus canais oficiais, mas ao contrário do que muitos estão dizendo, a versão vazada não era ruim e a final, sendo idêntica, não fica atrás.

Com produção do agora inseparável will.i.am e composição da própria Britney acompanhada por outros nomes, “Work Bitch” é o total oposto do que muitos imaginaram seja pelo título ou por sua amostra de novidades anterior, “Ooh La La”. Se o oitavo disco da cantora será um “Blackout 2.0”, aqui não temos nenhum indício dele, mas respiramos aliviados ao notar que todas as promessas em relação a possíveis inovações neste novo material não eram apenas ladainha. Sim, Britney está fora da sua zona de conforto, e cantando sobre as outras vadias precisarem trabalhar muito pra conquistar o que ela conquistou.

Em seu instrumental, “Work Bitch” também convence. Seguindo os passos da já citada “Scream and Shout”, a música faz a linha eletrônica, só que de uma forma desestruturada. Numa primeira ouvida, não sabemos o que é começo, meio e fim, não encontramos o refrão e nem estamos certos se existe uma bridge, mas toda a coisa não óbvia funciona e nos anima com a ideia dela estar mais perto do will do que do Dr. Luke durante a produção deste novo álbum, principalmente pelo fato de poder ouví-la de uma forma tão natural (não em termos de efeitos musicais e sim na questão de não soar forçada em determinados versos, rs). É como se ela se divertisse enquanto faz seu trabalho e é isso que esperamos de uma artista pop, essa sede pelo entretenimento de maneira saudável, de forma com que os dois lados (artista e público) possam sair satisfeitos de verdade no fim do espetáculo, sem encheção de saco com excesso de informações, sem pressão.

Outra coisa notável na música é o sotaque britânico sendo utilizado novamente, bem presente em versos como o que ela ordena “go call the police, go call the governor!”, mais um bom indício da forma com que ela tem lidado melhor com seu potencial vocal nesta nova fase, arriscando um pouco mais que alguns gemidos.



Em suma, “Work Bitch” não é novidade para as rádios, visto que club-bangers com breaks EDM não faltam por aí, mas a novidade está em escutar a música na voz de Britney Spears e, só pra enfatizar, sem as óbvias batidas de nomes como Dr. Luke ou Max Martin, que nos últimos álbuns da cantora convenceram, mas não fizeram nada que nos surpreendesse de verdade e aí está o fator X de “Werk”, na surpresa, ao menos para nós que não esperávamos definitivamente nada como essa canção vinda da intocável Princesinha do Pop. Não é uma “Toxic”, mas Britney e todos os envolvidos na produção estão de parabéns! Agora as expectativas ficam por conta da estreia da moça em Las Vegas, apenas em dezembro, além da primeira performance ao vivo do single, já rodeada de promessas em relação a sua coreografia.

Hitômetro: Conor Maynard - “R U Crazy”


Quando surgiu no começo do ano passado com o single "Can't Say No", o jovem Conor Maynard inevitavelmente era comparado à garota abusada à sensação do momento, Justin Bieber. Um britânico de apenas 20 anos que canta pop? Impossível não remeter Conor à imagem do seu "concorrente" americano. Mas será que a crítica comparativa entre os dois estava mesmo certa? Essa resposta pode ser dada com um sonoro e evidente "NÃO". 

Conor não era apenas um conquistador pré-adolescente que levava porrada de pais rígidos de dondocas sofridas. E nem o queria ser! O primeiro álbum, "Constrast", lançado ano passado, foi um estrondoso sucesso na sua terra natal, fazendo Maynard conquistar TOP 10 com todos os quatro singles lançados do CD. E não poderia ser pra menos, já que antes de ser lançado foi arduamente trabalhado para que não soasse uma repetição "britânicazada" de Bieber.

Abduzido pela ferocidade do mercado fonográfico, poucos meses depois de encerrar os trabalhos de seu debut, Conor acaba de lançar o mais novo single do seu CD de retorno, ainda sem data prevista. A faixa escolhida para servir como carro-chefe do novo projeto é "R U Crazy", e é mais do que nossa obrigação mostrar pra vocês porque ela é espetacular.

Iniciada por palminhas e uma batida quarentista, o tom orgânico de “R U Crazy” faz com que a relacionemos com o grande hit desse ano, “Blurred Lines” do Robin Thicke, mas basta chegar ao seu primeiro break pra notarmos que, opa, ela é bem mais do que aparenta! Enquanto questiona se a garota está louca em pensar que eles ainda tem alguma chance de voltarem, Conor substitui as rimas fáceis por versos mais agressivos, sugerindo que deveria ter dormido com a irmã de sua ex, oferecendo seu dedo do meio e etc, e junto com eles a batida também evolui para algo timidamente eletrônico, se mostrando aos poucos um grande monstro urbano.


Quem assina a produção do single é o Labrinth e temos, mais uma vez, diversos pontos em comum com Justin Timberlake a serem listados, mas falamos por todos quando dizemos que essas comparações são tanto benéficas quanto saudáveis, não é mesmo? Servindo como um daqueles singles pontapé para uma fase mais madura de Conor Maynard, mesmo que ele não precisasse, “R U Crazy” supera nossas expectativas e pode deixar o local com aquela sensação de missão cumprida, além de manter conosco aquele gosto de quero mais. Hit the road, Jack!

Hitômetro: Justin Timberlake – “Take Back The Night”


Mesmo sem nenhum lançamento próprio recente, o produtor Pharrell Williams já é o grande nome desse ano! Indo de Daft Punk à Britney Spears, dificilmente vamos conseguir pensar em um nome que não tenha dividido estúdio com o cara nos últimos meses e um deles é o cantor Justin Timberlake. Após cerca de seis anos longe das rádios, o cantor de “What Goes Around... Comes Around” fez seu retorno nesse ano com o álbum “The 20/20 Experience” e foi uma das primeiras amostras do que Pharrell vinha produzindo para os discos alheios: uma proposta de música orgânica, com mais de um pé nas décadas passadas, algo classudo pra valer!

Enquanto promovia o tal disco, Timberlake anunciou então que ele ganharia uma sequência, porém, enquanto ainda trabalhava em seus primeiros singles (“Suit & Tie” e “Mirrors”), se viu sendo derrubado por outro nome masculino nas paradas. Como alguém conseguiria derrubá-lo em um retorno tão aguardado? Quem teria essa audácia? E eis que a resposta veio com nome, sobrenome e um histórico bem grande de carreira: Robin Thicke e uma tal de “Blurred Lines”. O single que derrubou Timberlake e sua “Mirrors”, porém, não era pouca coisa. Tinha um refrão chiclete, o mesmo pop orgânico que o cantor planejava trazer as rádios e até um flerte com o hip-hop, mas olhem só, não é que também tinha o dedo do Pharrell Williams!? Pela primeira vez em anos se sentindo ameaçado no que era sua zona de conforto, Justin antecipou então os trabalhos com a segunda parte do disco “The 20/20 Experience” e foi assim que “Take Back The Night”, o seu novo single, ganhou vida nas rádios.

Assim como Timbaland, David Guetta e Calvin Harris em outrora, Pharrell Williams, como o produtor do momento, espalhou suas fórmulas para muita gente, então não ficaria difícil encontrar coisas semelhantes cantadas por artistas diferentes e Justin Timberlake foi um dos que caiu nessa triste coincidência. Seu single, “Take Back The Night”, mantém a postura classuda de “Suit & Tie” ou qualquer outra do “The 20/20 Experience”, desta vez em uma relação séria com as pistas de dança, sendo um dance oitentista com “quês” e “erres” emprestados de Michael Jackson, mas talvez tudo isso soasse mais interessante se Pharrell, O Grande, não tivesse feito exatamente a mesma coisa há alguns meses com o Daft Punk numa música chamada “Lose Yourself To Dance”.

Particularmente, não vemos problemas em algumas semelhanças aqui ou ali, até porque visto que a canção se inspira no que tocou nas rádios há anos é provável que existam N outras iguais, mas é aqui que entra o fator decepção, visto que esse é o primeiro single do que seria a redenção pop de Timberlake com a sequência do “The 20/20 Experience”, o glorioso single de retorno do rapaz que em algum momento de sua carreira ganhou o título de Príncipe do Pop não é nada incrível, nada que surpreenda, nada tão fantástico quanto o que o consagrou em seus dois primeiros álbuns. O engraçado nisso tudo é, porém, que muitos artistas, na tentativa de suprir nossa necessidade de escutar novidades de Justin Timberlake, chegaram a fazer singles bem mais interessantes do que o próprio (“Hottest Girl In TheWorld”, do JLS; “Give It 2 U”, do Robin Thicke e “Boyfriend”, do Justin Bieber, são só alguns dos exemplos).



“Take Back The Night” não chega a ser ruim, mas um tanto decepcionante vindo de um artista que sempre nos presentou com coisas tão grandes. 

Hitômetro: Jessie J – “It’s My Party”


Quando começaram os primeiros rumores sobre “It’s My Party”, segundo single da Jessie J com o sucessor do disco “Who You Are”, não esperávamos por nada surpreendente, até porque andaram dizendo que a canção seria uma parceria com o DJ escocês Calvin Harris, mas eis que a britânica revelou a música nova para seus fãs e o choque foi pior do que imaginávamos. Sabe toda aquela ideia genérica que vem em nossa cabeça quando pensamos em Calvin Harris e seus trabalhos com Rihanna, Cheryl Cole, Ellie Goulding e outras? Certo, agora eleve ao quadrado e inclua qualquer coisa que o Dr. Luke já tenha produzido nos últimos dois anos... acrescente também o instrumental de “Domino”, lançado pela própria no ano passado, e um pouco de “Raise Your Glass” da P!nk sem a grandiosidade da P!nk: essa é a festa da Jessie J!

Antes que venhamos a fazer qualquer injustiça, é válido ressaltar que a relação entre Calvin Harris e “It’s My Party” não passou das especulações, sendo assim, a música é produzida apenas pelo hitmaker Dr. Luke e está justamente aí o “X” da questão. Pra quê tanta reciclagem? Em contrapartida ao primeiro e confiante single do disco, a fantástica “Wild”, “It’s Party” é a mediocridade em forma de canção. Em versos como “essa é minha festa e eu faço o que quiser / enquanto você senta e me assiste, eu continuo dançando sozinha”, a mensagem que Cornish quer passar é a de liberdade, de fazer o que quiser sem se importar com que os outros vão pensar, mas de nada adianta toda essa ladainha, uma vez que a própria se anula pela covardia e mesmice de seu instrumental, tão radiofônico e tradicional do Luke que em momentos mais parece uma versão remasterizada da já citada “Domino”.


Se a música é ou não ruim, vai depender da perspectiva de quem a escuta. Quando Jessie J temeu a queda nas paradas com o relançamento do seu disco de estreia, se rendendo ao Dr. Luke e ao DJ David Guetta, a decadência em seu repertório foi bem notável, mas aceitável a partir do momento que víamos aquilo como uma consequência do efeito na indústria (o velho “quem tá na chuva é pra se molhar”), mas se, assim como a gente, vocês viram alguma luz no fim do túnel com a faceta urbana de “Do It Like A Dude” (single de estreia da inglesa) dando as caras outra vez no lead-single “Wild”, podem dar dois passos pra trás, pois está mais que provada a impotência da cantora diante da preocupação quanto as rádios e paradas. Seja como for, a festa é dela e ela faz o que quiser, só esperamos que não nos convide, pois será bem chato ter que recusar.

Hitômetro: Calvin Harris - "Thinking About You (feat. Ayah Marar)"


O fato de Calvin Harris ter ganhado notoriedade a partir do hit "We Found Love" com Rihanna não tira os méritos de anos de trabalho muito bem feitos. Migrando de um eletrônico experimental cru para um quase pop house, o DJ com seu nem tão recente "18 Months" surpreendeu o mundo com as produções chicletes que fizeram dele um nome conhecido mundialmente. E para coroar toda essa genialidade, Harris escolheu como oitavo e último single do álbum a faixa "Thinking About You", pauta do nosso hitômetro de hoje.

O instrumental genial parece ter sido feito como uma luva para a até então desconhecida, porém veterana, Ayah Marar. Esse nome pode não ser conhecido, mas provavelmente em alguma balada você já ouviu a voz dela. Isso porque a cantora de já 32 anos trabalhou maior tempo de sua carreira sendo backing vocal de músicas eletrônicas. Bom, depois de tanto tempo, seria mais que merecido um destaque maior. E isto aconteceu com perfeição na espetacular "Thinking About You". Batidas caóticas com um toque de romantismo dão o tom para uma letra simples, porém, viciante ser um hit em potencial.

A faixa, que foi lançada oficialmente semana passada e, como disse acima, encerra os trabalhos do "18 Months", vem mostrando sua força até mesmo antes de aparecer nas paradas como single oficial. Na Inglaterra, por exemplo, a música já alcançou um ótimo #8 e na Austrália #28. Para o próximo álbum, Calvin promete um retorno ao eletrônico mais experimental.

Não sabemos exatamente se isto é bom ou ruim, mas nesse hiato de um CD para o outro uma coisa é certa: estaremos "Thinking About You", Calvin Harris.

Hitômetro: Lady Gaga - "Applause"


Seiscentos e trinta e seis dias. 636. Esse foi o intervalo de tempo entre o último lançamento de Lady Gaga ("Marry The Night", em 15 de novembro de 2011) até "Applause", seu novo single, lançado em 12 de agosto de 2013. Quase dois anos. Um absurdo comparado com a fase frenética entre 2008 e 2011, onde a cantora teve seu apogeu musical soltando hits que já viveram clássicos na música pop. Depois do vômito criativo da era "Born This Way" não ter agradado como deveria (e como ela prometeu), Gaga teve a missão de se renovar, e essa função caiu nas costas de "Applause", primeira amostra da era "ARTPOP", terceiro álbum de estúdio da diva.

Gaga mostra que realmente está querendo trazer algo novo ao abandonar produtores que trabalharam com ela desde o início da carreira, como RedOne (produtor de "Poker Face" e "Judas") e Fernando Garibay ("Dance In The Dark" e "The Edge Of Glory"), apostando agora em White Shadow (Paul Blair), um DJ emergente do cenário americano com pinta nigga e um faro para o cenário pop inigualável.

"Applause" começa nostálgica, com toque que lembra os velhos jogos dos consoles dos anos 80, até que cai nos roucos e orgânicos vocais de Gaga, meio teatrais como David Bowie. "Se a fama apenas vem por intravenosa, querido eu posso suportar ficar longe de você", canta ela antes de desembocar na ponte, onde há a quebra da melodia. E a cantora revela o óbvio: "Eu vivo pelo aplauso. Eu vivo da maneira que torcem e gritam por mim". Claro, além de ser uma das cantoras mais excêntricas da atualidade, qual artista não vive pelo reconhecimento? A ponte é absolutamente catchy - não dá para não viciar no "I live for the applause -pplause, live for the applause -plause, live for the-", mas ainda tem o refrão, para completar o laço certeiro da canção: Gaga joga um electropop libertador, daqueles para bater palmas entoando os versos. Indo mais adiante surge a parte que me incomoda: há o verso "Eu ouvi a sua teoria, 'Nostalgia é para geeks'. Eu acho senhor, se você diz. Alguns de nós apenas gostam de ler", que particularmente não entendo o motivo de estar ali, já que não se encaixa no contexto da canção.

Não, "Applause" não é a melhor música do mundo, não é a melhor música da carreira da cantora e não é uma revolução, um marco no pop (para deixar claro, a cantora em momento algum falou que o single ou o álbum iriam mudar a história como os detratores estão usando como argumento - ela aprendeu dessa vez), porém é uma reviravolta mais que necessária dentro da própria Gaga, que, apesar de entregar uma música até simples para o senso ~badromanciano, jamais fica por baixo.


Com pé no clássico e pé no novo, "Applause" é o mais próximo que Gaga chegou na sonoridade do amado "The Fame" desde o próprio álbum, sem soar datado ou "já ouvi isso antes". A faixa é fresh, é divertida, é um pop refinado que só poderia ter saído das mãos de quem saiu - ganha muitos pontos por ser totalmente autoral, não pré-fabricada e vendida para cantoras que decidem se vão ou não querer cantar aquilo. "Então, de repente, a arte sou eu". Se Lady Gaga realmente vive pelo aplauso, dependendo dessa canção ela viverá por toda a eternidade.

Hitômetro: Katy Perry – “ROAR”


Ela conquistou um bom público com seu disco de estreia, “One Of The Boys”, tomou conta das rádios e paradas com os singles do material que o sucedeu, “Teenage Dream”, e tem agora a missão de manter uma certa estabilidade no mercado que tanto ilude e destrói os artistas com seu novo e terceiro álbum, “Prism”, que estreou nas rádios ao som da nada selvagem “ROAR”. Iniciando a promoção do single, Katy Perry foi ousada, distribuindo teasers em que queimava, enterrava e comia tudo o que marcou seu último álbum, mas o que ela queria dizer com isso? Para muitos, que mudanças bruscas iriam ocorrer com o novo CD, mudanças que não conseguimos notar em seu primeiro single.

Com produção do inseparável Dr. Luke e composição da amiga e também cantora Bonnie McKee (responsável por boa parte dos sucessos de Katy), “ROAR” é um daqueles singles que não nos despertam grandes expectativas em relação ao álbum, em momentos soando como uma descartada ou bônus do último disco da cantora, mas isso está longe de ser ruim. Mantendo aquela postura de independência, qual ela assumiu desde sua separação com o humorista Russell Brand, “ROAR” é mais um grito de liberdade de Kátia, repetindo a fórmula dos singles “Firework”, “Part of Me” e “Wide Awake” ao som de um instrumental que mais parece ter saído de “Brave”, da Sara Bareilles.

Ao som de uma percussão gradual, acompanhada por um tímido teclado, nos versos temos Katy Perry fazendo uma clara alusão à icônica “Eye Of The Tiger” da banda Survivor e cantando algumas coisas inspiradoras como “você me derrubou e eu me levantei”, “sou uma campeã”, “você vai me ouvir rugir mais alto que um leão”, típicas frases que em algum momento se tornarão tatuagens em seus fãs. 


Para o retorno de uma artista que ganhou tanta notoriedade nas paradas, “ROAR” (especulada como uma canção descartada do CD “Warrior” da Ke$ha) pode incomodar alguns pela falta de novidades, soando até mesmo preguiçosa, mas convence pela simplicidade de sua proposta, não prometendo nada que Katy Perry não possa cumprir em seu novo álbum e se mostrando, sem dúvidas, mais um hit em potencial pra carreira da californiana.

Hitômetro: Selena Gomez - "Music Feels Better"


Eeeee finalmente chegamos ao fim da nossa mega review do "Stars Dance". A última faixa do álbum é "Music Feels Better", e ainda bem que ela é a última viu, rs.


Todo o "Stars Dance" é um amontoado de acertos já cometidos por outros artistas pop, sim, essa é a verdade. Mas isso o torna ruim? Não mesmo. "Music Feels Better" obviamente segue o mesmo pensamento, só que é a faixa mais fraca de todo o álbum - não ruim, só comum demais, genérica demais. Carrega todo o conceito do álbum "Música parece melhor com você, muito melhor com você", que é o que Selenoca quer passar: diversão, juntar os amigos, os amores e dançar até que o mundo acabe. 

Bem oitentista, remete a alguns trabalhos da Ke$ha. A letra é super simples, com todos aqueles clichês de música para festa, tipo "Só quero que fiquemos juntos 24 horas por dia", ou "Você me pôs em chamas" e etc, mas se você já chegou até aqui, já deve estar cansado de tanto bater cabelo, então a faixa se torna a saideira, aquela onde está todo mundo bêbado e nem presta atenção no que tá ouvindo. Pra fechar a noite. E que noite, hein Selena? Que noite.
Selena Gomez – “Stars Dance”, Album Review (Parte 13 de 13)

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