Mostrando postagens com marcador Lena Dunham. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lena Dunham. Mostrar todas as postagens

Recap | “AHS: Cult”: as mulheres não serão mais manipuladas


O episódio “Mid-Western Assassin” gerou polêmica após ser veiculado dias depois do tiroteio em Las Vegas, maior assassinato em série na história dos Estados Unidos. Uma versão “light” inclusive foi exibida na TV, sendo o episódio original transmitido apenas via internet no site da FX. O fato é que esse episódio de “AHS” jamais seria fácil dentro de um país que se acostumou com manchetes acerca de atentados em lugares públicos. 

Meadow, que no último episódio apareceu desesperada na porta de Ally pedindo ajuda, é a assassina em série no comício de Kai pela vaga a vereador, ela atira nas pessoas e no líder da seita com o objetivo de levar a campanha da pequena cidade de Michigan ao noticiário nacional. Meadow é motivada por um amor à Kai, devoção que ele cultivou em seu coração vazio, como ela mesmo diz “se você já acreditou em algo, não haveria espaço para ele”

Ally, assim como outras pessoas pela cidade, é apenas uma peça nos planos de Kai, que busca deixar todos paranoicos, e faz parte do plano em que ele precisa de uma liberal louca o suficiente para contar à todos a história da seita e, consequentemente, tornar a história impossível. Afinal, só uma louca assassina de hispano-americanos poderia inventar uma história assim. 

Os esquemas de Kai parecem funcionar perfeitamente bem, até demais. Ally sairia mesmo como a doida do bairro, de faca e spray de pimenta na mão, para salvar Meadow? E o restaurante é o melhor lugar para se ir depois de fugir de Harrison e Jack? Ou mais à frente, como Ally sabia que Meadow atiraria em público? 

A invasão repentina dos palhação na casa de Sally (Mare Winningham) é outro momento em que o roteiro força a barra para prosseguir com a história. Sally mal entrou na série, arrasando com um discurso sobre a farsa que Kai representa em seu reacionarismo e já morreu nas mãos de seu opositor. Seu discurso é brilhante – como se falando em frente à Trump “pessoas como Sr. Anderson e Trump não são o lixo, eles são a mosca que o lixo atraiu”, palavras de quem já viu muito guru da salvação geral por aí em momentos de histeria geral. 

Morrer assassinada, mas com todos acreditando que foi suicídio, é a pior vingança que Kai poderia fazer após Sally humilhá-lo no debate. E, como bem dito por Kai, todos acreditarão pois está no Facebook e, logo, é a verdade. Gosto de “AHS” quando se esforça para criticar a cultura após mídias digitais, como o exibicionismo necessário para “ser” alguém hoje – Winter citando um retweet que levou de Lena Dunham no primeiro episódio, por exemplo. 

Ivy é outro ponto interessante do episódio e descobrimos o que a motivou a entrar na seita e querer enlouquecer sua esposa. Ter votado em Jill Stein não é o único motivo de sua vingança. Ela odeia Ally e sua atitude inconsciente de marcar território como mãe biológica do filho delas desde que Oz nasceu. É uma desculpa mais plausível do que acreditávamos até então, e a raiva de Ivy parece coerente com alguém que viu seu mundo desmoronar em tão pouco tempo. 

E o que foi esse sétimo episódio de “AHS:Cult”? Um costume de Ryan se repetiu, e voltamos no tempo para provar o ponto de vista que os produtores da série acreditam que ela deve ter, fazendo na verdade um capítulo que pouco evolui na história. Em “Valerie Solanas died for your sins: scumbag”, temos Lena Dunham – lindo vê-la novamente – interpretando Valerie Solanas, escritora, feminista e conhecida por atirar em Andy Warhol em 1968, depois que ele perdeu um roteiro que ela havia lhe entregado para uma análise. 

No mundo de “Cult”, Valerie foi a mente criadora de uma seita, seguida por mulheres rejeitadas ao longo de suas vidas e exploradas por homens, capazes de se tornarem homicidas. Elas seguem fielmente o SCUM manifesto, obra radical escrita por Valerie que condenava os homens à morte por seus malefícios a sociedade. De fato, os argumentos apresentados por Valerie são muito mais lúcidos do que a história nos conta sobre essas mulher. Afinal, mulheres não espreitam homens em becos escuros mesmo. 

O ponto alto da megalomania do roteiro desse episódio é conectar Valerie e seu séquito ao serial killer Assassino do Zodíaco, que aterrorizou o norte da Califórnia nos anos 1960. Atirar em Andy Warhol teria sido o sinal enviado a sua seguidoras para que começassem o plano de inversão da ordem de poder, matando casais para que as mulheres percebessem que deitar-se com homens é arriscado. 

Toda essa volta ao passado e novas histórias sobre pessoas que de fato viveram acontecem para dar liga à uma discussão primordial do episódio: o patriarcado. Essa estrutura aparentemente invisível se renova ao longo do tempo, em diferentes contextos, para manter mulheres oprimidas. Kai promete às mulheres igualdade, mas Bervely percebe que apenas foi usada para um fim: a própria promoção de um homem. É aí que entra Solanas, onde sua história é usada para mostrar como os homens ainda estão no comando. 

Ao longo da história, mulheres foram usadas para que propósitos de homens sejam atingidos, a própria Meadow é um exemplo, completamente cega pela possibilidade de fazer algo com significado para seu líder sem questionamento. A presença de Bebe (Frances Conroy), amante de Valerie, era o que faltava para a mulheres da seita se unirem em busca de poder igualitário. Só ficou a pergunta: de onde ela surgiu e porque instantaneamente todas as mulheres acreditaram nela? 

“A história pode mudar, mas a da mulher sempre se repete”, diz Bebe para o grupo das mulheres. Valerie termina a vida sozinha em seu apartamento – ela de fato morreu aos 52 anos sozinha e com problemas mentais – e sendo amargamente visitada por um fantasma de Andy, que não a deixa esquecer “eu sou o seu legado”.

Apenas sabemos que, no fim, com Bebe na casa de Kai, e depois do assassinato de Harrison, tudo pode fazer parte de um plano maior de Kai, que está claramente manipulando Winter, Bervely e Ivy. Por que mais ele fofocaria sobre Harrison, aparentemente um fiel seguidor? E no final, a interação entre Bebe e Kai, o que pode significar? Talvez toda a história sobre Valerie Solanas tenha sido mentira, o que não seria de se espantar. Definitivamente esse episódio, que andou pouco com a história, só nos acrescentou em dúvidas. 

Deitada numa cama, Sia faz nova performance sensacional de "Chandelier" na TV americana!


A cantora Sia continua utilizando a proposta de aversão a fama como uma maneira de marketing para o seu novo álbum, "1000 Forms of Fear" (capa e tracklist), e faltando menos de um mês para a estreia do disco, que já contou com os singles "Chandelier" e "Eye Of The Needle", além da parceria com The Weeknd e Diplo em "Elastic Heart", para a trilha-sonora de "Jogos Vorazes: Em Chamas", ela continua promovendo o primeiro single do novo CD e de uma maneira incrivelmente inusitada.

• It Pop re-apresenta: Sia, a hitmaker que não quer ser famosa

Para quem perdeu, a primeira performance televisionada de "Chandelier" aconteceu no programa da Ellen DeGeneres e com participação da dançarina de apenas 11 anos, Maddie Ziegler, mas enquanto deu um show de vocais, repetindo a perfeição de sua versão em estúdio ao vivo, Furler simplesmente não apareceu para o público, performando a música nova de costas (!!!). E na sua segunda ~aparição~, não foi muito diferente, com a cantora apresentando a baladinha deitada na cama de cima de uma beliche, também de costas.

Desta vez, porém, não tem a linda e talentosíssima Maddie, que deu lugar para uma nova interpretação da música, pela estrela de "Girls", Lena Dunham. Pra falar a verdade, a gente gosta mais da menininha, toda a forma com que dança a música parece expressar seus versos, tudo com muita leveza e naturalidade, enquanto os passos de Lena dão a impressão de algo mais rígido, ensaiado, mas todo o hype envolvendo o nome da moça pode contribuir bastante para as vendas da canção, então vamos ter isso como mais uma prova da genialidade de Sia. Olha só:


Quem canta assim com a barriga pra baixo, gente? Muito bom mesmo. O novo álbum da Sia, sucessor do "We Are Born", tem lançamento previsto para o dia 8 de julho. Mal podemos esperar.

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo