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Biel e Nego do Borel cantam “tá gostosinha, te quebro no meio”, fazendo alusão ao caso de assédio

Biel até tentou vender a ideia de que estava arrependido por conta do episódio de assédio contra a jornalista Giulia Pereira, que deu uma entrevista para a Record na semana passada, mas por trás das câmeras, o comportamento do cara é a mesma merda de sempre – como já esperávamos.
Na última terça (27), o cantor se apresentou com o Nego do Borel, na festa de aniversário da atriz de “Malhação”, Gabi Lopes, e nesse show, os dois improvisaram um “tá gostosinha, te quebro no meio”, fazendo alusão ao caso que segue na justiça. Um vídeo foi divulgado no Snapchat da Jade Seba, que afirmou: “mandou malzão, perdeu meu respeito”.


Enquanto tentava limpar a sua imagem, Biel afirmou que estava arrependido, que essa não tinha sido a educação que recebeu dos seus pais e se desculpado inúmeras vezes, mas a memória dele, assim como do público e empresas que já voltaram a passar a mão na sua cabeça, é bem fraca.

Estamos desapontados mesmo em, daqui em diante, enterrar o Nego do Borel também, que compactuou com a brincadeira machista. A parte boa é que eles não farão falta.

Jornalista assediada por Biel fala sobre o caso pela primeira vez na TV

Você se lembra do caso de assédio cometido pelo Biel, contra uma ex-funcionária do portal IG, não é? Pouco menos de um mês após o assunto estourar na imprensa, o público quase não se recorda do ocorrido e, como já era de se esperar, o cantor começa a colocar a sua carreira nos trilhos, recuperando contratos e seguindo normalmente com seus shows, mas a jornalista, por sua vez, não só perdeu o seu emprego, como segue sendo questionada quanto a sua versão da história, ainda que essa seja comprovada por meio de vídeos e áudios.

Biel: “Mulher, pra pegar homem, só precisa abrir as pernas”

Na última quarta-feira (20) a jornalista Giulia Pereira, de 21 anos, apareceu pela primeira vez para falar sobre o assunto, concedendo uma entrevista para o “Programa do Gugu”, na Record, e agora que decidiu revelar a sua identidade, até então preservada por orientação judicial, teve a oportunidade de rebater as críticas que recebeu desde que denunciou o assédio do cantor, bem como explicar suas motivações para seguir a frente com o caso.

Embora tenha sido conduzida de forma tendenciosa, numa conversa que, em muitos momentos, parecia tentar colocá-la contra a parede ou fazê-la deslizar, a entrevista é esclarecedora em vários sentidos e, num dos momentos, Giulia ressalta: “Eu espero que o assunto não morra, que, cada vez mais, jornalistas, principalmente mulheres, possam se posicionar e não deixar que isso aconteça. Porque, se eu não quero que isso aconteça comigo, eu não quero que aconteça com nenhuma outra, daqui pra frente. Então, eu espero, de verdade, que isso possa ser um exemplo e um começo.”


“Ele ia me levar para um hotel e me estuprar”

Em um dos momentos mais aguardados da matéria, guardado para o final, Giulia fala sobre um trecho da conversa com Biel que não foi registrado pelos áudios e vídeos. Claramente abalada, a jornalista relembra que, antes de começar a entrevista, Biel afirmou que era “uma pena” que ela não fosse a última entrevista do dia, porque ele queria levá-la para um hotel e “estuprá-la rapidinho”. Como a conversa para o site ainda não havia começado, Giulia não estava gravando esse momento, mas começou em seguida, temendo o que sucederia essa declaração.
“Antes de eu começar a gravar, ele olhou para mim e disse que eu tinha cara de quem sofria bullying na escola, porque sentava na frente da sala, alguma coisa assim, e que ele estava muito ocupado, na época de escola dele, comendo almofadas – por algum motivo, essa conversa sem muito nexo – e aí, ele perguntou para mim se minha entrevista era a última do dia, e era a penúltima, tinha a equipe que estava gravando para mim ainda. Daí ele olhou pra mim e falou que era uma pena, porque se a minha fosse a última, ele ia me levar para um hotel e me estuprar”, conta Giulia, segurando o choro.

“Eu ser simpática, não dá abertura pra ele e nem pra ninguém”

Desde o vazamento do vídeo com a entrevista, muitos questionaram a postura de Giulia durante a conversa, visto que ela aparecia sorrindo em vários momentos. A própria Record, na semana passada, foi uma das que se prestaram ao papel, exibindo o vídeo no programa “Domingo Show”, do Geraldo Luis, seguido de um discurso do apresentador, em defesa de Biel.
“Eu ser simpática, não dá abertura para ele e nem pra ninguém de fazer os comentários que ele fez”, explicou Giulia na entrevista dessa quarta (20). “Me oferecer beijo, perguntar se eu queria que ele mostrasse a heterossexualidade dele, me chamar de gostosa. Não existe isso. Nem em entrevista e nem em ligar nenhum”, completou.
Como estava lá a trabalho, Giulia explicou que tinha como prioridade o material que seria entregue ao IG e, desta forma, se esforçou para seguir com a entrevista de maneira descontraída, favorecendo o ambiente para a conversa divertida que faria parte do vídeo a ser publicado. Ela explica ainda que não sabia como seus chefes lidariam com a situação, caso ela tivesse parado a entrevista por conta do assédio do cantor, sem concluir o trabalho que lhe foi proposto.

Demissão

Enquanto o assunto estava sendo discutido pelos principais meios de comunicação, o portal IG mostrou total apoio à jornalista e, em nota, afirmou repudiar qualquer tipo de assédio ou violência contra a mulher. Mas bastou o debate “esfriar” pra que a empresa optasse pela demissão de Giulia, justificando uma “seniorização” da sua equipe – a troca de estagiários por funcionários seniores. Após a jornalista, a sua editora, que a apoiou quanto a denúncia e exposição do caso desde o início, também foi demitida, desta vez alegando “corte de gastos”.
“Eu esperava total apoio da minha equipe, como eles tinham mostrado antes, na verdade”, disse a jornalista. “E eu não sei o que mudou, mas eu fui chamada pelo recursos humanos e comunicaram que era um corte de estagiários, para a seniorização da equipe. Que iam contratar formados e repórteres já e não estagiários. Na hora eu já sabia, não acreditei muito na justificativa, até porque a escolha de qual estagiário seria cortado não seria por acaso. Eles não sortearam um estagiário pra demitir. Eu não sei dizer o que teria motivado eles, de verdade. Porque eu acho que a demissão foi pior pra empresa do que ter divulgado a matéria. Inclusive, muito pelo contrário, porque, quando eles divulgaram, todo mundo elogiou o portal por ter ficado ao lado da jornalista, apoiado, e por ter dado essa força e ter exposto.”

“É uma coisa muito maior, não é só sobre mim”

Alvo de críticas por fãs, que enxergaram nesse caso uma oportunidade dela se promover, ainda que sequer tenha mostrado o seu rosto inicialmente, Giulia espera que o seu caso sirva de exemplo para motivar outras profissionais femininas que sofram qualquer tipo de assédio e ressalta que não se arrepende, visto que o problema é bem maior e não é apenas sobre ela.
“Eu não me arrependo, faria [tudo de novo]. Eu acho que é muito importante, a gente não pode deixar, que por alguns pormenores pessoais... Por mais que pra mim esteja sendo ainda um pouco complicado, é uma coisa muito maior, não é só sobre mim isso. (...) Enquanto isso não for concluído, eu não sei o que vai ser da minha carreira, o que vai ser da minha vida pessoal, eu não sei o que vai ser daqui a três meses. Mas eu acho que, realmente, se a gente tem uma causa pessoal que possa ajudar os outros, [o que podemos fazer] é não ter medo de levantar isso pra ser um primeiro exemplo.”

Segundo a Record, tanto Biel quanto o portal que demitiu Giulia não responderam aos seus contatos para falarem sobre o assunto. Pela internet, o cantor já havia publicado um vídeo chamado “Desculpa”, no qual pede perdão “caso tenha ofendido” alguém com as suas falas, sem mencionar diretamente o assédio, a denúncia ou a própria jornalista.

Jornalista assediada por Biel é demitida; cantor é denunciado por mais uma repórter

Já faz alguns dias desde que a imprensa tomou conhecimento sobre uma denúncia feita contra o cantor Biel, que assediou uma repórter durante uma entrevista de divulgação do seu disco de estreia, “Junto Vamos Além”, e depois que esse assunto ganhou a mídia, o cara viu muito do que havia conquistado ficando para trás, incluindo contratos com marcas como a grande Coca-Cola e até mesmo perdendo o espaço na trilha sonora da Globo.

Enquanto o assunto era incessantemente divulgado, o portal onde trabalhava a repórter assediada, iG, fez questão de afirmar que daria toda a proteção necessária a ela e que repudiava qualquer tipo de violência contra a mulher, entretanto, bastou o assunto “esfriar” publicamente, pra que a empresa mudasse sua postura e, sem muito alarde, demitisse a jornalista.

Alegando uma duvidosa “reestruturação” que, até então, afetou apenas a repórter que fez a denúncia, a notícia sobre essa demissão chegou ao público na última sexta-feira (17) e causou surpresa no público, que tem usado as redes sociais para cobrar explicações da empresa que, no fim das contas, apenas perpetua toda essa cultura que culpa as vítimas pelos assédios sofridos, indo no sentido contrário do que pareciam defender em meio a todo o ocorrido.

PEDE MAIS QUE EU TE DOU

Por mais que as discussões sobre o assunto já não estejam tão intensas quanto há alguns dias, a situação de Biel está longe de melhorar e, por mais que tente seguir com a sua agenda habitual, o cantor recebeu há alguns dias mais uma denúncia de assédio, vinda de outra jornalista que o entrevistou no mesmo dia que a ex-funcionária do iG, mas o que foi dito ou feito pelo cantor não chegou a ser divulgado.

Vários dias após a primeira denúncia chegar ao público, Biel publicou no Youtube um vídeo em que tenta limpar a sua barra, se desculpando não só com a repórter responsável pela denúncia, mas também com “todas as mulheres que tenham se sentido ofendida”. O cantor, entretanto, deixa vago o motivo pelo qual está se desculpando, em momento algum assumindo que cometeu um assédio.



No mesmo dia em que assediou a repórter em questão, que teve seu nome colocado em sigilo judicialmente, Biel também concedeu uma entrevista para o It Pop, no qual afirma que “mulher, para pegar homem, é só abrir as pernas” e mais uma série de asneiras machistas que você pode ler e ouvir aqui.

Também esperando por maiores esclarecimentos, lamentamos desde já a postura do Portal iG, que, na primeira oportunidade, foi contra aquilo que publicamente defendeu, perpetuando o machismo que disse repudiar e prejudicando a repórter que garantiu proteger. Não temos por que nos calar.

O novo single do Biel com a Ludmilla, “Melhor Assim”, já está entre nós

O “Purpose” brasileiro está a caminho? MC Biel ou, melhor dizendo, só Biel, lança no fim desse mês seu disco de estreia, “Juntos Vamos Além”, e o trabalho chega após a meteórica ascensão do cara com os singles “Demorô” e “Química” que, assim como vimos acontecer com a Anitta, Valesca e Ludmilla, o tornaram um artista propriamente pop.

No seu álbum de estreia, Biel trará novas versões de músicas antigas, como “Boquinha” e “Pimenta”, e tem como um dos grandes destaques a parceria com a Ludmilla em “Melhor Assim”, que será oficialmente lançada na próxima sexta-feira (08), mas estreou nas rádios há algumas horas, nesta terça-feira.

Fugindo do pop dos seus últimos singles, “Melhor Assim” é bem diferente do que esperávamos de uma união entre Biel e Ludmilla, apostando numa fórmula mais urbana, puxada para o R&B, e ainda que não soe muito radiofônica, tem um refrão bastante pegajoso, além de uma fórmula que, querendo ou não, soa menos “safe zone” que seus outros lançamentos, o que é um passo interessante, artisticamente falando.

Tá mais pra algo da Anitta com aqueles caras do “Vagalume” e, pra falar a verdade, não estamos REALMENTE curtindo. Ouça “Melhor Assim”:


É aquele ditado, “vamo fazer o quê?”. O disco de estreia do menino, “Juntos Vamos Além”, será lançado no dia 29 de abril nas principais plataformas digitais e com uma misteriosa surpresa para os fãs que adquirirem sua versão física.

Karol Conká, Zara Larsson, Biel e Nego do Borel são algumas das apostas do Spotify para 2016

Fim de ano é, definitivamente, a temporada perfeita para listas. Mas fora as tradicionais listagens de melhores do ano, o que também acontece muito nesse período são apostas do que iremos ouvir no próximo ano, como é o caso da BBC Sound of 2016, que revelou há pouco seus indicados desse ano, e agora o Spotlight, do Spotify.


Revelada nesta quinta-feira (03), a lista de apostas do Spotify se baseia nos destaques que viralizaram na plataforma, o que serve como um termômetro pra que eles acompanhem o que vem ou não ganhando a aceitação do seu público, e também nas músicas escutadas por perfis de influenciadores, que tendem a ditar a próxima grande descoberta da música.

Quem é usuário do Spotify, sabe que o serviço é bastante cuidadoso quando o assunto são novos artistas e, sem nos deixar na mão, está o tempo todo nos recomendando alguns artistas, seja por meio da playlist pessoal com descobertas da semana, ou pela inclusão de novos nomes em suas listas principais.


Aliás, no caso da Spotlight, a lista se tornou uma playlist, é claro. E, com nomes como Karol Conká, Troye Sivan, Biel, Nego do Borel, Zara Larsson e Far From Alaska, reúne tendências da música de todo o mundo no Brasil.

Confira abaixo: 


It's New: 7 músicas/clipes que saíram nesta semana e você precisa conferir! (29.08)

Seleção de sete novidades musicais que não apareceram no blog ao longo da semana, mas que valem sua atenção. Para conferir as edições anteriores do It's New, clique aqui!

Mais pop do que nunca, MC Biel se ‘reinventa’ após assinar contrato com a Warner Music: ouça ‘Demorô’!

O funk tem se afastado cada vez mais daquela imagem marginalizada de “som de preto, de favelado”, mas, cumprindo a máxima de Amilcka e Chocolate, continua tocando sem deixar ninguém parado. Na mesma semana em que a cantora islandesa Björk deixou seu público brasileiro boquiaberto com a notícia de que incluiu uma música do MC Brinquedo em seu DJ set durante uma festa em Nova York, tivemos o anúncio de que um tal de MC Biel estava assinando contrato com a Warner Music Brasil e, epa!, a gente já viu essa história antes.

Com 19 anos, Gabriel Araújo Trindade (aka MC Biel) está longe de ter conquistado seu público por atributos musicais. Muitas vezes em destaque devido ao seu corpo, o cara ganhou a internet como uma proposta de sósia do Justin Bieber, veja só você, conquistando até mesmo alguns títulos curiosos como de “príncipe teen” da Capricho, e aí estava só a alguns passos de se assumir dentro dessa onda do “funk gourmet”, que teve como uma de suas pioneiras a cantora Anitta, outra contratada da Warner, e mais algumas que seguiram o bonde, como Ludmilla (Warner Music) e Valesca Popozuda, a única injustiçada que, por enquanto, continua lançando seus trabalhos independentemente, provavelmente por seu apelo com menos papas na língua.

Enquanto Anitta e Ludmilla ainda disfarçaram a “gourmetização” do seu funk com uns flertes do batidão ou aquele sample do Major Lazer que nem aguentamos mais escutar, Biel foi mais ousado ou, melhor dizendo, descarado, e em seu novo single, primeiro com o grande selo, se joga de cabeça numa proposta mais pop do que nunca. O que nós não achamos exatamente ruim. 

Chamado “Demorô”, a música de trabalho do rapaz passeia entre muitas tendências que funcionaram bem nos últimos meses lá fora e chegaram aqui também, indo do Shawn Mendes (a gente conhece essa introdução de “Something Big”) ao Jason Derulo (sabe o saxofone de “Talk Dirty”?), com um quê do Pharrell Williams e até dos brasileiros do Cine.

Descontraída ao extremo, a letra da música nova beira o bobo, com ele cantando sobre a sua disposição em fazer as vontades de sua pretendida, além de aproveitar para enfatizar seus pontos positivos e, tão confiante quanto a amada de Justin Bieber em “Confident”, garantir: “Nada tem sabor depois que prova do Biel”. Ouça abaixo:



Biel não é mais funk e muito menos MC, aliás, “demorô” pra que a gourmetização dos seus trabalhos acontecesse, mas enquanto incentivamos mais e mais contratos como o dele, Ludmilla, Anitta, MC Guimê e outros que, goste você ou não, continua desenvolvendo o que tem se tornado um novo pop nacional — desconstruindo esse cenário mainstream nacional por tanto tempo dominado por artistas sertanejos —, lamentamos a perda de identidade do funk, que muito se adaptou para ser aceito pela grande massa e hoje é mais associável aos gringos do Major Lazer do que brasileiros dos morros cariocas e paulistas mesmo.

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