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Os 20 maiores nomes do cinema em 2017

Uma das coisas mais legais que o fim de ano nos proporciona é a oportunidade de listar aquilo foi mais incrível no ano que está acabando. Aqui no blog, rolam várias de listas de música, e cinema não tem ficado de fora nos últimos anos. Tradicionalmente, para as manas que amam um filme de herói, terror ou aventura e para as manas que assistem filme ucraniano filmado em preto e branco, sem áudio, só imagem, temos, respectivamente, as listas pipoca e cult.

Este ano, decidimos bolar uma lista nova. Rolou tanto nome legal ganhando relevância ou reforçando seu espaço dentro da sétima arte que nossos blogueiros elegeram os 20 maiores nomes de 2017. Os atores, diretores, produtores e roteiristas daqui foram escolhidos seja pela sua importância para o meio — por conta de seus feitos — ou simplesmente pelo talento inigualável.

Darren Aronofsky

Abrimos nossa lista com o diretor que a cada trabalho novo é uma dificuldade diferente para aprender a escrever seu sobrenome. Darren Aronofsky teve sua redenção no cinema após um filme que fingimos nunca ter existido — pode entrar, "Noé". "Mãe!", também roteirizado pelo cara, é tudo aquilo que grande parte das produções custam ser: surpreendente. Talvez a campanha de marketing que conteve toda a trama em segredo tenha contribuído para o elemento surpresa, porém o roteiro megalomaníaco e o ato final grandioso ganham destaque no todo.

Jennifer Lawrence em "mãe!"

Jennifer Lawrence

A atriz de "Jogos Vorazes" andou engajando alguns projetos duvidosos, como "Passageiros" e "Joy", mas deu a volta por cima no último semestre através de "Mãe!". O pretensioso, mas excelente, filme de Aronofsky entregou uma das melhores performances de Jennifer Lawrence em sua carreira até hoje, trazendo algo poderoso com suas expressões e berrões. Get out of my house, mores!


Edgar Wright

Edgar Wright ficou conhecido pela seu estilo singular em "Scott Pilgrim Contra o Mundo". O diretor conseguiu traduzir o tom único de uma história em quadrinhos para o cinema, trazendo então um dos filmes mais divertidos na época. Neste ano, Wright apostou em algo com uma pegada quero-ser-cool. O cara apostou em plano sequência, trilha sonora que todo mundo ama, personagens carismáticos, imprevisibilidade e corridas frenéticas. A somatória disso tudo é "Em Ritmo de Fuga", um dos principais filmes do ano.

Benj Pasek e Justin Paul

Talvez você não reconheça essa dupla de cara, mas certamente as músicas de "La La Land" compostas por eles estão entre as mais ouvidas do seu ano. A dupla Pasek & Paul teve um 2017 de sucesso: além de garantir o Oscar de Melhor Canção Original por "City of Stars", os compositores estão ganhando atenção novamente com as músicas de "O Rei do Show" e já foram contratados pela Disney para auxiliar Alan Menken com números musicais originais no live action de "Aladdin". Na TV, ambos trabalharam no episódio musical crossover entre "Flash" e "Supergirl", enquanto no teatro conquistaram Tony Awards pelo musical-sensação "Dear Evan Hansen", pelo qual concorrem ao Grammy de 2018 junto com o álbum de "La La Land".

Por Gustavo Nery

Jordan Peele

O terror mais comentado e aclamado do primeiro semestre tem um nome: "Corra!". Quem está por trás de uma das obras mais geniais de 2017 é Jordan Peele. O cineasta, após muitos trabalhos na televisão, estreou no cinema como diretor e roteirista com "Corra!". Seu filme se destaca por umas sacadas bem fodas — perdão pela palavra — para abordar racismo e trabalha com um tom de humor peculiar.

Andy Serkis em "Planeta dos Macacos: A Guerra"

Andy Serkis

O ator é o principal nome que vem em mente quando falamos em captura de movimento, fazendo isto desde "O Senhor dos Anéis", porém tem em sua bagagem "King Kong" e a trilogia "Planeta dos Macacos". Serkis entregou, novamente, uma atuação incrível na pele do macaco César em "A Guerra", nos convencendo, mais uma vez, de que passou da hora da academia entregar um Oscar para ele, despedindo-se também deste grandioso papel. Fora "Planeta", Andy Serkis também interpretou o Lorde Snoke em "Star Wars: Os Últimos Jedi" e dirigiu "Uma Razão Para Viver", protagonizado por Andrew Garfield.

Hugh Jackman

Outro ator que deu adeus a um papel foi Hugh Jackman — pelo menos, por enquanto (risos). Jackman colocou um ponto final no arco de seu Wolverine, numa saga que dura deste "X-Men", em "Logan". O ator trouxe um personagem cansado desta longuíssima jornada, com um peso dramático jamais visto em qualquer filme da franquia mutante. Através da atuação primorosa do ator, conseguimos sentir a dor que o personagem sentiu durante todo esse trajeto. Além do mutante, Hugh Jackman também encarnou seu lado musical neste finalzinho de ano com "O Rei do Show".

Margot Robbie

Demorou um pouco, mas a aclamação para a mais nova acionista do cinema veio. Margot Robbie já mostrava ser uma excelente atriz com seus papéis ordinários, porém a princesinha está ganhando o destaque que merece por "Eu, Tonya", filme sobre Tonya Harding, uma famosa patinadora olímpica e boxeadora dos anos 90. Podem se preparar que o Oscar vem, já que pelo menos a indicação ao Globo de Ouro de 2018 rolou.

Barry Jenkins e Damien Chazelle no photoshoot da Variety

Barry Jenkins

Jenkins pode não ter levado o Oscar de Melhor Diretor por "Moonlight", porém seu filme ganhou o prêmio de Melhor Filme. Barry Jenkins trouxe com sensibilidade questões sobre o homem negro e gay dentro da sociedade, seus enfrentamentos e dificuldades. Visibilidade e reconhecimento. Estas são as duas palavras que representam o cara ter levado o principal prêmio da noite do Oscar. É com este gesto que outras pessoas, que passam pelas mesmas dificuldades, tenham em quem se espelhar e quem sabe enfrentar os mesmos medos.

Damien Chazelle

O cineasta é novíssimo no meio da sétima arte. Seu primeiro trabalho como diretor e roteirista foi "Guy and Madeline on a Park Bench" em 2009. Cinco anos depois, o reconhecimento começou a tomar forma por "Whiplash", fazendo com que o cara fosse premiado em Sundance. O outro dia de sol veio no ano passado com "La La Land" e seus frutos agora em 2017. O musical de Chazelle recebeu 14 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Diretor, que fez com que o moço levasse uma estatueta para casa. No decorrer do ano, Damien Chazelle andou produzindo "The Eddy", musical da Netflix.

Christopher Nolan

Inventor da buzina de navio em trailers desde "A Origem", há quem ache o titio Nolan um tanto quanto pretensioso demais ou nem um pouco competente — o famigerado superestimado —, porém o diretor da trilogia "O Cavaleiro das Trevas" trouxe em 2017 uma das experiências mais incríveis de cinema no ano, com muito tiro, porrada e bomba através de "Dunkirk", que marcou a estreia do princeso e ex-1D Harry Styles no cinema.

Timothée Chalamet

É provável que você tenha começado a ouvir o nome do garoto nos últimos meses por conta das sessões fechadas de "Me Chame Pelo Seu Nome" que aconteceram no país, né? Porém, Chalamet tem mais carreira do que você pensa, estando até em "Interestelar" do Nolan. O ator está sendo elogiadíssimo por sua atuação em "Me Chame...", sendo indicado, inclusive, como um dos favoritos ao Oscar de Melhor Ator em 2018. Chalamet também está em "Lady Bird".

Saoirse Ronan em "Lady Bird"

Saoirse Ronan

Falando em "Lady Bird", outro grande nome de 2017 é Saoirse Ronan. A atriz-protagonista já tem 3 indicações ao BAFTA e outras duas indicações ao Oscar por seus trabalhos anteriores, além de três indicações ao Globo de Ouro. A terceira indicação veio com o próprio "Lady Bird" e a atriz também  é uma das favoritas ao Oscar de 2018. Será que teremos dobradinha de elenco jovem levando o prêmio principal de atuação?

Denis Villeneuve

Villeneuve é aquele diretor incrível que levou um tempinho para ter seu talento reconhecido a ponto de o levarem para a direção de um blockbuster do momento. "Blade Runner: 2049" era para ter sido o blockbuster do ano, porém flopou porque não entenderam o conceito. Pelo menos, a produção é mais um grande ponto positivo na carreira de Denis Villenueve.

Nicole Kidman

Por onde andava Nicole Kidman? Um beijo, Nicole! Falando assim, até parece que a atriz tinha sumido do meio, né? Mas era quase isso mesmo. Seus últimos papéis estavam eram nem um pouco relevantes. Porém, tudo podemos — inclusive ela — na Nicole Kidman que nos fortalece e o comeback veio com tudo. A atriz de "Os Outros" reconquistou seu espaço no cinema sendo indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "Lion", protagonizou "O Estranho Que Nós Amávamos" e "The Killing of a Sacred Deer". Ainda sobrou um tempinho para a TV com "Big Little Lies".

Vladimir Brichta em "Bingo: O Rei das Manhãs"

Vladimir Brichta

Vocês acharam que não teria Brasil aqui, né? Pois tendo Brasil sim, inclusive, em outra lista que sairá em breve. Brichta entregou uma das atuações nacionais mais imponentes que vimos nos últimos anos, ele foi o Bingo, caralho. Originalmente, o papel era destinado para Wagner Moura, porém acabou ficando para Brichta e, sinceramente, estamos gratos por esta troca.

Bill Skarsgard

Crush e palhaço da nação, Bill Skarsgard surpreendeu todo mundo em "It - A Coisa". Principezinho que cruzou Hollywood vestido de palhaço para as audições do filme, o ator tocou o terror com seus olhares duplos, trejeitos bizarros e voz assustadora. Mesmo com a atuação de Tim Curry no clássico de 81, não ficaremos surpresos se, com o tempo, a versão de Skarsgard seja considerada a definitiva para o palhaço.

Gal Gadot e Patty Jenkins nos bastidores de "Mulher-Maravilha"

Gal Gadot

A proprietária de 2017, salvadora da DC Comics, da Warner e "Liga da Justiça", e dona da header do post, ela mesma, Gal Gadot. A atriz deu vida, pela primeira vez, à heroína de Themyscira nas telonas em 2016, numa curta, mas chamativa, participação em "Batman VS Superman: A Origem da Justiça"; e no primeiro semestre ganhou um filme para chamar de seu. Assim, a atriz tornou-se modelo para inúmeras garotinhas e mulheres, um simbolo gigantesco para o público feminino. Deu para essas garotas se sentirem, final e fortemente, representadas dentro do cinema.

Patty Jenkins

Como falamos aqui, o cenário das mulheres dentro do mercado cinematográfico é problemático. Aos poucos, alguns nomes começam a subverter este cenário, e Jenkins é uma delas. Com sua "Mulher-Maravilha", a diretora conseguiu aquilo que nenhum filme da DC pós-Nolan tinha conseguido: ser aclamado. Fora alguns marcos importantíssimos levando o nome da diretora, como sendo a primeira a dirigir um filme de super-heroína, além fazer com que o filme seja o primeiro dirigido por uma mulher com a maior arrecadação de bilheteria do cinema.

***

É isso, mores. Gostaram da lista? Caso não, atura ou surta. Brincadeira! Corre lá nos comentários para dizer qual nome nós deixamos de lado. Ah!, fiquem atentos que no decorrer da semana outras listas de fim de ano sairão aqui no blog. Colar de beijos. ♥

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