Da mesma leva de artistas que revelou nomes como o ícone queer Dorian Electra e a dupla de pop desajustado e herdeiro do pop punk 100 Gecs, Mood Killer é um nome pra ficarmos de olho.
Cantor, produtor e compositor, o músico, que já dividiu palco com artistas como Kim Petras e Charli XCX, lançou na última semana seu novo EP, “Solidify”, e, apesar do que seu nome sugere, o sucessor de “Liquify” pouco solidifica o território em que sua obra se estende, quebrando ainda mais barreiras de gêneros — musicais e identitários — e, consequentemente, tornando-o ainda mais interessante de ser acompanhado.
Musicalmente falando, “Solidify” cabe ao que o Spotify provavelmente classifica sob o termo guarda-chuva “hyperpop”, uma hipérbole da música pop no auge de suas experimentações, que também abriga nomes como AG Cook, SOPHIE e Arca.
Entre os destaques do disco, estão “Go Harder”, faixa de abertura que dá sequência a música de nome parecido do trabalho anterior (“Go Hard”), “Skullfucker”, que soa como uma paródia explicitamente sexual de algo que a Disney lançaria nos anos 2000, “Geren Lhigt by Lrdoe” que, tal qual seu título, desconstrói o quebra-cabeça de “Green Light”, da neozelandesa Lorde, e “Strap On”, que sampleia o clássico do eurodance, “Blue (Da Be Dee)”.