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Começa a corrida dos blockbusters ao Oscar 2018

O Oscar, apesar de algumas mudanças no decorrer dos anos, continua sendo o mesmo em inúmeros sentidos. A Academia ainda é composta em sua maioria por homens velhos; as atuações que levam os principais prêmios em sua essência são as mesmas e os premiados geralmente ainda são brancos; e os filmes indicados na categoria de Melhor Filme beiram ao ordinário, com pouquíssimas exceções.

Num momento em que a audiência decai a cada edição e o público perde o interesse, a Academia tomou medidas desesperadas, como o aumento de indicados na principal categoria da noite, buscando agregar outras produções, principalmente aquelas destinadas ao povão. Entretanto, a tentativa de trazer tais filmes foi boicotada pela própria Academia, visto que nos últimos anos, estas produções geralmente não passaram de categorias técnicas — pode entrar, "A Chegada".

"Mad Max: Estrada da Fúria" na edição do ano passado conseguiu o inimaginável. O longa-metragem de George Miller recebeu 10 indicações, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, porém levou em sua grande maioria prêmios técnicos. A última grande produção hollywoodiana que conseguiu receber tantas indicações ao Oscar foi "Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei", recebendo 11 indicações e levando todos os prêmios para casa, incluindo Melhor Filme.

"Mulher-Maravilha", "Logan" e "Planeta dos Macacos: A Guerra" são as três principais produções grandiosas que se destacaram no cinema neste ano, cada uma delas por seus méritos específicos. "Mulher-Maravilha" entra para a história do cinema como um filme protagonizado e dirigido por uma mulher com mais de U$ 100 milhões no orçamento. "Logan" trouxe o fim de Hugh Jackman no papel de Wolverine. Enquanto "A Guerra" encerrou uma trilogia que sempre se preocupou em ampliar suas técnicas de computação gráfica e captura de movimentos.

Alguma indicação ao Oscar para estes três filmes sempre estiveram na cabeça dos fãs. Algumas das indicações pensadas por este público beiram ao absurdo, sabemos, mas por que não? A única vez que vimos um filme de super-herói levar uma grande categoria para casa foi "O Cavaleiro das Trevas", com o Oscar póstumo de Melhor Ator para Heath Ledger, fora isto, novamente, apenas categorias técnicas.

A Warner pensa alto. O estúdio de "Harry Potter" está trabalhando em uma campanha para que "Mulher-Maravilha" fique entre os 10 indicados na categoria Melhor Filme e pensa em até mesmo em lançar Patty Jenkis como uma possível indicada ao prêmio de Melhor Diretor (a). A diretora, em entrevista ao Entertaiment Tonight, contou que a produção nunca foi pensada para a premiação, e que seria uma honra ver seu filme indicado.

Para a nossa surpresa, o estúdio dos X-Men não planeja levar "Logan" ao Oscar, e sim "Planeta dos Macacos: A Guerra". A Fox irá fazer uma mega campanha milionária para a produção, enfatizando o trabalho de Andy Serkis ("Senhor dos Anéis") com captura de movimentos. Agora vai?

A corrida dos blockbusters ao Oscar 2018 é real, e talvez a vontade de ver tais filmes destes gêneros indicados nunca esteve tão grande e forte como agora. Caso estas produções não cheguem, ao menos, serem indicadas nas principais categorias, pelo menos a gente sabe que as categorias técnicas estão garantidas.

"Planeta dos Macacos: A Guerra" encerra a trilogia com maestria

Dizem que a vida imita a arte, mas há também momentos em que a arte imita a vida – e o cinema não é diferente disso. E não, não fala-se, aqui, de fatos históricos, situações cotidianas completamente plausíveis ou, até mesmo, (pelo menos não por ora) de uma avançadíssima tecnologia de CGI capaz de imitar com perfeição qualquer ser ou lugar. O cinema, muitas vezes, joga na nossa cara algo inerente à nossa condição humana, mas que não conseguimos enxergar. “Planeta dos Macacos: A Guerra”, assim como os outros filmes da franquia, traz isso não somente representado nos humanos, mas também, nos próprios símios. A grande moral deste longa, que encerra a trilogia que antecede a série original, é sobre como a linha entre o bem e o mal é tênue; sobre como a ideia de herói e vilão é apenas uma questão de ponto de vista. É um filme sobre empatia.

Vivendo naquele mundo pós-apocalíptico, César (Andy Serkis) lidera sua comunidade de macacos até que são surpreendidos por ataques de humanos que pretendem dizimá-los, o que ocasionou na morte de seu filho e sua esposa. Para proteger seu grupo, César trama uma missão para irem a um lugar seguro enquanto ele planeja se vingar do líder dos soldados, o Coronel (Woody Harrelson). E é justamente nas “cabeças” de ambos os lados, humanos e macacos, onde percebemos que existe sentido e razão nas motivações. Apesar de sermos facilmente convergidos para o lado de César, o ideal de sobrevivência do Coronel nos leva à questão de: "seríamos nós tão diferentes dele na mesma situação?". Enquanto, por exemplo, em "Planeta dos Macacos: A Origem", de 2011, a questão do bem e mal é colocada em extremos, temos, neste, a desconstrução desses padrões de personalidade.

Mais uma vez "Planeta dos Macacos" faz qualquer um perder o fôlego com sua tecnologia de captura de movimento empregada nas cenas. Andy Serkis, com seu espetáculo de expressões faciais – que faz você crer e descrer, ao mesmo tempo, que é um ser humano por trás do animal – não fica muito a frente de seus colegas de elenco Karin Konoval, Terry Notary, Michael Adamthwaite e Steve Zahn (Maurice, Rocket, Luca e Bad Ape, respectivamente). Numa soma de atuações excelentes, um bom roteiro, um CGI e mocap impecáveis, o resultado não poderia ser nada menos que personagens muito bem construídos e únicos, que fazem jus à grandiosidade da obra. Dos novatos, vale destacar o curioso Bad Ape, um ex-macaco de zoológico que traz um tom de melancolia e comicidade com seu jeito senil e inocente; Coronel, com um deboche sombrio, e Nova – esta, infelizmente, com um destaque negativo. 

O único ruído dentre os personagens é discreto, mas incomoda devido a algumas incoerências e clichês. Enquanto os outros são tão reais, Nova (Amiah Miller) apresenta uma inocência forçada, mesmo para uma criança. Além disso, em alguns momentos parece que houve a intenção de acelerar a ligação dela com sua nova família de símios e, por isso, deixaram alguns pontos à desejar. Seu pai (ou tutor) é morto por César e ela não se assusta ou hesita em se integrar aos macacos, mas chora pela morte de Luca, mesmo o conhecendo há poucos dias. Não é algo que, de fato, interfira na narrativa, mas é válido de se pontuar, já que o longa, no geral, parece evitar esses estereótipos.

O diretor Matt Reeves, assim como  Mark Bomback, Rick Jaffa, Amanda Silver, Michael Giacchino e Peter Chernin, sem dúvidas fechou com chave de ouro essa memorável trilogia. Com personagens, atuações, roteiro, trilha sonora, fotografia e, claro, efeitos especiais igualmente ótimos, o resultado não poderia ser outro além de um filme que mostra que a história dos macacos humanizados pode alcançar e agradar a todas as gerações. Sempre com fortes críticas sociais, Reeves e César podem ter a certeza de que seus legados irão permanecer.

Caramba, a gente tá muito impactado com o novo trailer de "Planeta dos Macacos: A Guerra"

"Planeta dos Macacos" é uma das maiores franquias do cinema, também um das mais classudas. O longa-metragem de Franklin J. Schaffner desencadeou uma série de filmes para o arco original, um remake contraditório dirigido por Tim Burton, e mais tarde um "reboot" que se prova cada vez mais como um verdadeiro prelúdio.

Subtitulado "A Origem", o primeiro filme de 2011 surpreendeu em inúmeros pontos, trazendo Andy fucking Serkis com um de seus melhores trabalhos com captura de movimento, e logo neste fomos preparados para algo bem maior. "O Confronto" trouxe o primeiro choque entre humanos e macacos, além de sequências de ação absurdamente foderosas. Neste ano, "A Guerra" promete o momento crucial do combate entre ambos, e se formos seguir o plot principal da franquia, sabemos muito bem como isso vai acabar.

Dirigido por Matt Reeves ("The Batman"), o mesmo do antecessor, "Planeta dos Macacos: A Guerra" traz de volta os principais macacos, mas troca o elenco humano da coisa toda, adicionando Woody Harrelson ("Jogos Vorazes"), prometendo ser um personagenzão da porra, sendo o principal inimigo dos macacos. A produção ganhou ontem seu terceiro trailer, e caralho, a gente tá muito assustada.



"Planeta dos Macacos: A Origem" chega aos cinemas só no dia 3 de agosto, e provavelmente estará entre os melhores do ano do blog. Em Andy Serkis eu acredito. Amém.

O primeiro teaser de "Planeta dos Macacos: A Guerra" está entre nós


O maior reboot que você respeita nos conquistou logo no primeiro "NOOOOO" de Cesar em "Planeta dos Macacos: A Origem". A sequência "O Confronto" só engrandeceu e aperfeiçoou ainda mais a proposta dada inicialmente e relação do macaco Cesar com os humanos só melhorou. Um terceiro filme foi prometido logo após o lançamento do segundo, prometendo um confronto ainda maios.

O terceiro longa chegará aos cinemas com o título "Planeta dos Macacos: A Guerra", e se dependermos do primeiro teaser divulgado hoje, teremos mais um filmão da porra. É bem simples, lembrando até mesmo um pôster animado, mas já estamos torcendo para não estarmos errados porque, se estivermos certos, VAI TER MACACO CONTRA HUMANO NA NEVE, SIM!



Por enquanto, não sabemos nada sobre a produção, mas um trailer deve ser exibido neste sábado durante a New York Comic-Con. "Planeta dos Macacos: A Guerra" chega aos cinemas em julho de 2017.

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