Essa semana, Kendrick Lamar fez história ao tornar-se o primeiro rapper a receber o prêmio Pulitzer. O Pulitzer é uma premiação americana coordenada pela Universidade de Columbia e dedicada a homenagear autores por trabalhos de excelência em jornalismo, literatura e composição musical. A categoria musical foi inclusa em 1943 e até esse ano só havia premiado artistas de música clássica e jazz.
A escolha do álbum de Lamar, "DAMN.", para suceder composições eruditas no seleto grupo de premiados do Pulitzer tem um enorme significado sobre a forma como o rap se insere no contexto social atual dos Estados Unidos.
O prêmio é normalmente lembrado por dar destaque a momentos importantes do jornalismo, em que histórias são contadas com excelência na reunião de fatos e geram impacto social após a sua publicação. "DAMN." carrega qualidades muito similares: o rapper "expõe" no álbum uma intimidade intensa sobre o que é ser negro no país, trazendo referências à religião, política e sexualidade.
A escolha do álbum de Lamar, "DAMN.", para suceder composições eruditas no seleto grupo de premiados do Pulitzer tem um enorme significado sobre a forma como o rap se insere no contexto social atual dos Estados Unidos.
O prêmio é normalmente lembrado por dar destaque a momentos importantes do jornalismo, em que histórias são contadas com excelência na reunião de fatos e geram impacto social após a sua publicação. "DAMN." carrega qualidades muito similares: o rapper "expõe" no álbum uma intimidade intensa sobre o que é ser negro no país, trazendo referências à religião, política e sexualidade.
O comitê responsável pelo prêmio definiu o álbum como "uma coleção virtuosística de canções, unificadas por sua autenticidade vernacular e dinamismo rítmico que captam a complexidade da vida afro-americana moderna".A grandiosidade do trabalho de Lamar vai além de alcançar o topo do chart de álbuns vendidos para tornar-se um símbolo político para o rap e a população negra nos Estados Unidos. Em um paralelo, Pulitzer de categoria jornalística foi concedido às matérias do New York Times e do New Yorker que denunciavam os abusos sexuais do produtor hollywoodiano Harvey Weistein. Tratando-se de um prêmio acadêmico e, até então, extremamente restrito, já é possível comemorar a abertura de novos espaços para discussões sobre questões de raça e gênero.