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Nova temporada de RuPaul’s Drag Race terá Halsey, Christina Aguilera e vários outros nomes

Parece que RuPaul não estava brincando quando disse que a décima temporada de “RuPaul’s Drag Race” seria de outro mundo. Faltando menos de 15 dias pra estreia da nova temporada, foram anunciados os jurados convidados e tem muita gente F-O-D-A.

De acordo com o TV Line, nomes como Christina Aguilera, Shania Twain, Halsey, Courtney Love, Ashanti, Lizzo, Trodick Hall, Kate Upton, Miles Heizer, Padma Lakshmi e muuuuitos outros prometem agitar ainda mais a temporada.



Na última semana, RuPaul também se envolveu em uma polêmica devido a uma entrevista que concedeu ao The Guardian, dizendo que provavelmente não aceitaria mulheres cisgênero e trans em seu reality show.


A repercussão foi tão grande que o apresentador teve que ir se explicar no twitter:
A nova temporada de “RuPaul’s Drag Race” estreia dia 22 de março na VH1.

"Provavelmente não as aceitaria em Drag Race", diz RuPaul sobre mulheres trans

O reality "RuPaul's Drag Race" está vivendo o seu apogeu. Prêmios, recordes de audiência, popularidade à mil e dois Emmys de "Melhor Apresentador" na estante são as comprovações do sucesso e da importância do maior exemplar da arte drag na contemporaneidade. Aproveitando o embalo, Mama Ru deu uma entrevista ao The Guardian onde falou do programa e soltou alguns comentários que se destacaram.

Segundo o apresentador, mulheres cisgêneras e trans mulheres não são bem vindas no "Drag Race". Sobre mulheres cisgêneras , ele explica:

Drag perde o sentido de perigo e de ironia quando não é feito por homens, porque seu objetivo é um manifesto social e um f*da-se para a cultura dominada por homens. Então homens fazendo isso é realmente punk rock, porque é a real rejeição da masculinidade.

Quando questionado sobre mulheres trans, Ru hesita e fala:

Provavelmente não [aceitaria mulheres trans no programa]. Se você se identifica como uma mulher e faz a transição, você muda a partir das mudanças no seu corpo. Vira algo diferente; isso muda todo o conceito do que estamos fazendo. Nós tivemos algumas garotas que já fizeram enchimentos no rosto e talvez um pouco de implantes aqui e acolá, mas elas não estavam em transição.

Peppermint, famosíssima drag queen de Nova York, foi a primeira participante a entrar no programa sendo abertamente trans, na nona temporada - ao contrário de várias outras, que se identificaram como trans durante - Monica Beverly Hillz, Sonique - ou depois do show - Gia Gunn, Carmen Carrera. Sobre Peppermint, Ru comenta: "Ela não tinha implantes mamários até sair do programa; ela se identificava como mulher, mas não havia feito a transição".


A própria Peppermint, na final de sua temporada, foi questionada como poderia ser uma mulher trans e drag queen ao mesmo tempo, respondendo: "Mulheres trans sempre contribuíram para a incrível arte drag, desde o começo dos tempos. Isso não é novidade. Minha contribuição ao mundo drag é tão poderosa quanto a de qualquer homem gay", sendo aplaudida. Monica, na final da quinta temporada, respondeu o mesmo: "Drag é o que eu faço, trans é quem eu sou".

Essa matéria não tem o intuito de ser didático no que tange à sexualidade e gênero humano, e muito menos ser lenha para colocar RuPaul numa fogueira, todavia, o discurso da drag queen mais rica do mundo é preocupante quando transforma o "Drag Race" num Clube do Bolinha - só homens podem entrar. É certo que o programa é dela, são as regras dela, porém tal declaração perigosamente cai na casinha da transfobia ao querer excluir uma comunidade que já é tão oprimida dentro do próprio meio LGBT - Peppermint comentou no próprio reality como passou anos com medo de aceitar sua transexualidade, temendo não ser mais aceita na cena drag.

E esse não é o primeiro close errado do apresentador: questionado sobre o porquê de não ir "montado" na entrega do Emmy, ele falou: "Para mim, [drag] é um negócio, então você não vai me ver montado se eu não estiver sendo pago". O quão problemática é essa fala? O que poderia - e deveria - ser um ato fundamentalmente político, acaba sendo moeda de troca. É óbvio que a arte deve sim ser valorizada e muito bem paga - "Lembra dos cara achando que consumação paga peruca?", já cantava Gloria Groove -, mas quando o lado comercial vem antes do político, a coisa fica complicada. Já imaginou o quão revolucionário seria uma drag queen de saltão e cílios postiços recebendo o maior prêmio da televisão?


Em entrevista à Oprah, Ru comenta que, caso tivesse que parar hoje de fazer drag, estaria bem com isso. Seria uma sensação de "dever cumprido" depois de anos na arte ou puro descaso? É certo que o universo criado por ele é de suma importância para o mundo queer, entretanto: amiga não tem como te defender, não tem como ficar do teu lado, bicha.

Meu telão está morto.

Bob The Drag Queen será a nova apresentadora do “The Trixie And Katya Show”

Após o anúncio da queen Katya Zamolodchkova sobre uma pausa na carreira de drag, muitos fãs se perguntaram o que aconteceria com o "The Trixie And Katya Show", seu programa na Viceland ao lado de Trixie Mattel. Na última sexta-feira (23), foi divulgado pelo portal via Twitter que Bob The Drag Queen, a vencedora da oitava temporada de RuPaul's Drag Race, substituirá Katya como co-apresentadora do programa para os próximos episódios.

A série é inspirada no programa semanal de Trixie e Katya no YouTube, "UNHhhh", que teve sua última edição em novembro do ano passado. A dupla começou o novo projeto, "The Trixie And Katya Show", em dezembro de 2017, com um formato semelhante exibido exclusivamente no canal Viceland.

O perfil oficial da Viceland compartilhou no Twitter um vídeo divertidíssimo para apresentar Bob como apresentadora. Sua participação começa no episódio da próxima semana, em 28 de fevereiro.

Trixie e Bob já haviam trabalhado juntas em um painel da RuPaul's DragCon, megaevento de cultura drag que acontece anualmente em Los Angeles. Na edição de 2017, Bob apresentou ao lado de Trixie o painel dedicado ao "UNHhhh".

Torcemos para que a parceria entre as duas dê super certo e também para que a Katya se recupere logo. Imagina essas três maravilhosas juntinhas em um programa? <3

Essas são as queens da décima temporada de "RuPaul's Drag Race"

Faltando pouco menos de um mês para sua estreia, foram reveladas essa semana as participantes da décima temporada de “RuPaul’s Drag Race”. As 14 queens poderão ser vistas agora em episódios de 90 minutos (!) e, como adiantado anteriormente por RuPaul, em desafios de outro mundo.

Sobre o novo cast, ele comentou perceber que uma das competidoras tinha 11 anos quando "Drag Race" foi lançado. "O fato de ainda estarmos aqui firmes e fortes é por causa das nossas queens. Elas são o coração e a alma da série, e enquanto elas continuam a evoluir e quebrar barreiras do drag, ‘Drag Race’ também o faz.

Confira as participantes:

Asia T. O'Hara (Texas) - Instagram: @asiaoharaland


Aquaria (Nova Iorque) - Instagram: @ageofaquaria


Blair St. Clair (Indiana) - Instagram: @blairst.clair


Dusty Ray Bottoms (Nova Iorque) - Instagram: @dustyray


Eureka O'Hara (Tennessee) - Instagram: @eurekaohara


Kalorie Karbdashian-Williams (Novo México) - Instagram: @kalkarbdashianw



Kameron Michaels (Tennessee) - Instagram: @kameronmichaels


Mayhem Miller (Califórnia) - Instagram: @theonlymayhem


Miz Cracker (Nova Iorque) - Instagram: @miz_cracker


Monét X Change (Nova Iorque) - Instagram: @monetxchange


Monique Heart (Missouri) - Instagram: @kevinandmonique


The Vixen (Illinois) - Instagram: @thevixensworld


Vanessa Vanjie Mateo (Flórida) - Instagram: @vanessavanjie


Yuhua Hamasaki (Nova Iorque) - Instagram: @yuhuahamasaki



Você pode conferir mais das participantes no vídeo liberado pela VH1 e se ligando em "RuPaul's Drag Race", de volta em 22 de março.

Liguem seus motores: data da décima temporada de "RuPaul's Drag Race" é anunciada

RuPaul não para! A terceira temporada de “RuPaul's Drag Race All Stars” ainda nem acabou e hoje já foi anunciada a data de retorno da décima temporada do reality show que, diferente do “All Stars”, traz drag queens desconhecidas pelo grande público.

“Em um mundo cheio de 9, seja um 10”, é o que diz RuPaul no vídeo antes de finalmente revelar que a nova temporada do programa estreia em 22 de março, na VH1 norte-americana. O apresentador ainda disse que os desafios, as queens e piadas serão de outro mundo, tudo em comemoração a uma década de “Drag Race”.

Confira o anuncio e já se prepare para muita extravaganza!

Na última semana, RuPaul e seu reality também foram motivos de polêmica no Brasil, desde que sua produtora passou a advertir e tirar do ar páginas mantidas por fãs do programa, alegando o uso ilegal de seu conteúdo.

No Facebook, a página da WOW Presents foi tomada por avaliações negativas do público brasileiro, que não acha justo a postura da empresa, visto que, apesar do compartilhamento ilegal de vídeos do programa, essas mesmas páginas foram as responsáveis pela popularização de RuPaul's Drag Race no país, além de oferecerem os episódios legendados antes de qualquer plataforma oficial.

As páginas de fãs do programa chegaram a oferecer suas legendas de maneira gratuita e legal, pra que fossem utilizadas no serviço de streaming da WOW, mas não tiveram qualquer retorno sobre isso.

Katya, de RuPaul's Drag Race, anuncia pausa na carreira de drag


Brian McCook, que você deve conhecer como Katya, a drag queen “russa” da sétima temporada de RuPaul’s Drag Race e segunda de RuPaul’s Drag Race All Stars, anunciou hoje via Instagram um hiato na carreira de drag para cuidar de sua saúde mental. Através de uma transmissão ao vivo na semana passada, Brian falou sobre o quão exaustiva estava a sua rotina trabalhando como drag queen, e como precisava focar na própria saúde.

Durante as suas duas temporadas em Drag Race como Katya, ele sempre discutiu abertamente as suas questões com ansiedade e vício em drogas, e não foi diferente em seu comunicado aos fãs: “É hora de tirar férias, porque a minha saúde, as drogas, meu cérebro, aquilo não estava bem”, disse a queen.

A maior parte da transmissão foi falada em francês, mas um usuário do Reddit divulgou uma tradução no fórum logo após o fim do vídeo, e a notícia se espalhou por grupos de fãs e portais de notícia LGBT de todo o mundo. Confira parte do depoimento:

Oi, aqui é a Katya. Essa é uma mensagem transmitida em francês. Se você não é francês, isso não vai fazer nenhum sentido para você. Em francês, eu vou falar sobre David Lynch, e também sobre a minha saúde. Não é uma emergência, não há emergência. Mas eu preciso de uma pequena pausa. É a hora de tirar férias, porque a minha saúde, as drogas, meu cérebro, aquilo não estava bem. Se você é francês, isso vai fazer todo o sentido. Eu falo francês, mas eu nunca tenho a oportunidade de praticar francês porque estou sempre ocupado, sempre trabalhando. Eu trabalho muito. Mas eu não sou louco, vocês entendem, é claro. Eu sou, em primeiro lugar, um estudante de idiomas; em segundo, um artista; e em terceiro, uma drag queen. Saúde é a coisa mais importante para mim. Vocês precisam me entender. No futuro, eu preciso tirar mais férias, eu sou uma pessoa, um humano. Vocês precisam me ouvir. Neste momento, isso não é uma crise. Eu estou tirando umas férias por mim. Eu preciso tirar férias. O sol está ali, estou feliz. Minha saúde está aqui, estou feliz. Estou contando isso para vocês com certa urgência. Não estou morrendo. Deixe-me contar a verdade. Não estou morrendo, eu quero viver. Eu sou um viciado em drogas, mas estou sóbrio. Hoje, e ontem. E antes disso. Mas eu preciso tirar férias, porque eu quero sobreviver, como Gloria Gaynor.“

Apesar da tristeza de saber que ficarão sem a Katya por tempo indeterminado, a maior parte dos fãs demonstrou apoio a Brian na decisão de fazer um hiato, além de pontuar a importância de ter figuras influentes falando sobre saúde mental. Muitos usaram o Twitter para falar sobre o assunto:
"Fique saudável, mãe, nós te amamos”

"Ver a Katya/Brian falar abertamente sobre precisar tirar um tempo para cuidar da saúde mental é tão importante & necessário. Conversas que normalizam e priorizam saúde mental deveriam acontecer com mais frequência, desejo o melhor para você @katya_zamo"

O futuro de seu atual programa “THE TRIXIE AND KATYA SHOW”, apresentado ao lado da atual participante da terceira temporada de All Stars, Trixie Mattel, no portal Viceland, retorna quarta-feira (24) com nova temporada, mas até o momento não foi discutido o futuro da produção. Em 18/01, Brian usou o Twitter para esclarecer a pausa e anunciou que todos os seus compromissos marcados para esse ano serão reagendados para 2019:


Oi, meu nome não é Katya. Eu sou Brian, um viciado em drogas em recuperação e um workaholic. Eu preciso tirar um tempo para curar a minha saúde mental e recuperá-la. Todas as minhas tours e shows serão adiados para 2019. Os locais de apresentação informarão mais detalhes nas próximas semanas. Eu amo todos vocês, e amor é mais poderoso que dinheiro. E porque estamos "online", preciso contar uma piada para saberem que estou falando sério: eu ainda odeio a Taylor Swift. Que a paz esteja com vocês.

Daqui, desejamos tudo de melhor para o Brian durante essa pausa e ressaltamos a importância de figuras como ele poderem falar abertamente com os seus fãs sobre a própria saúde mental e a necessidade de colocar a si mesmo em primeiro lugar. Muita força para a nossa boneca russa favorita <3

Yasss, qween! A estreia de “RuPaul's Drag Race: All Stars 3” foi tudo o que esperávamos (e mais um pouco)


⚠ Opa! Pode ser que esse texto tenha alguns spoilers. Se você é do tipo que fica puto com spoilers, esse é um bom momento para parar a leitura ou seguir por sua conta e risco.

O primeiro episódio de RuPaul’s Drag Race All Stars foi um verdadeiro presente para os fãs, que aguardavam ansiosamente pelo retorno do programa desde o ano passado. Tivemos o retorno de queens das primeiras temporadas da competição, de favoritas dos fãs de temporadas mais recentes e de “underdogs” que voltaram para provar ao público que são dignas do respeito da lendária Mama Ru.

A temporada já contava com o elenco de estrelas Aja, BenDeLaCreme, Chi Chi DeVayne, Kennedy Davenport, Milk, Morgan McMichaels, Shangela, Thorgy Thor e Trixie Mattel, e uma décima competidora foi anunciada antes do primeiro desafio: a primeira vencedora da coroa de Drag Race, Bebe Zahara Benet. Se vencer o All Stars 3, Bebe será a primeira queen a conquistar duas coroas em Drag Race.

A biblioteca se abriu logo no mini-challenge inicial, e foi uma jogação de shade para todos os lados. Depois rolou o All Star Variaty Show, em que cada queen apresentou uma performance que mais representasse os seus talentos. Os destaques ficaram para Aja, que quase infartou o painel de jurados com o seu death-drop durante uma performance de Vogguing, e para BenDeLaCreme, que fez uma apresentação burlesca cheia de humor e acessórios de mamilo.


No bottom two, ficaram ChiChi DeVayne e Morgan McMichaels, que não impressionaram com as suas performances meio mornas de dança e lipsync.

Aja e DeLa disputaram o lipsync for your legacy e DeLa acabou vencendo, ganhando a básica gorjeta de US$10 mil e a chance de escolher qual das bottom queens seria eliminada. E aí veio o primeiro climão da temporada: DeLa eliminou Morgan, com a justificativa de que ela teria afirmado que, caso tivesse vencido, escolheria a queen mais forte para ser eliminada, e isso não estava de acordo com o que a maioria queria para a competição. Porém, as caras de dúvida das outras queens no fundo do palco não condiziam muito com o combinado, hehe.


O clássico twist das eliminadas se manteve: durante o seu discurso de despedida no Workroom, Morgan foi surpreendida pela voz de RuPaul, indicando que a sua participação na competição não se encerraria ali.

E vocês, o que acharam das primeiras performances da temporada? Pra quem é a torcida de vocês por enquanto? Comenta aqui embaixo pra gente saber!

Shantay you stay: se prepare para a nova temporada de RuPaul's Drag Race: All Stars

⚠ Opa! Pode ser que esse texto tenha alguns spoilers. Se você é do tipo que fica puto com spoilers, esse é um bom momento para parar a leitura ou seguir por sua conta e risco.

Hello, hello, hello!

“RuPaul’s Drag Race” é um dos realities show de maior visibilidade LGBTQIA+ nos Estados Unidos. A famosa competição para encontrar a próxima estrela drag da América está retornando para a terceira temporada de “All Stars” – que, para quem não sabe, reúne concorrentes já conhecidas pelo público, que participaram anteriormente da versão “comum” do programa.

O diferencial de “All Stars” é ser imprevisível. Em sua estreia justice for Raven, as queens tiveram que concorrer em duplas até o último episódio, quando foram julgadas individualmente e, na temporada seguinte, as participantes tinham o poder de eliminar umas as outras.

O mesmo deve acontecer em “All Stars 3”, que conta com apenas 9 competidoras, o menor número de participantes que o show já teve desde a primeira temporada, nos deixando curiosos para saber como Mama Ru guiará o programa.



Enquanto a estreia não chega, a gente vai te ajudar a pelo menos descobrir quem são as queens da temporada:

1. Shangela (12º lugar – 2ª temporada, 6º lugar – 3ª temporada)
2. Morgan McMichaels (8º lugar – 2ª temporada)
3. Milk (9º lugar – 6ª temporada)
4. BenDeLaCreme (5º lugar – 6ª temporada)
5. Trixie Mattel (6º lugar – 7ª temporada)
6. Kennedy Davenport (4º lugar – 7ª temporada)
7. Chi Chi DeVayne (4º lugar – 8ª temporada)
8. Thorgy Thor (6º lugar – 8ª temporada)
9. Aja (9º lugar – 9ª temporada)


RuPaul mais uma vez estará acompanhado dos já conhecidos jurados Michelle Visage, Ross Mathews e Carson Kressley, além de convidados como Tituss Burgess de “Unbreakable Kimmy Schmidt”, o estilista Marc Jacobs e a cantora Emma Bunton.

A nova temporada de “All Stars” estreia dia 25 de Janeiro na VH1 norte americana, então é melhor se preparar ou sashay away!

#AmarNãoÉDoença | O que cada vencedora de "RuPaul's Drag Race" nos ensinou sobre ser LGBT

A arte drag existe há muito tempo, com o termo surgindo de "Dressed as a girl" ("vestido como uma garota"). Não se limitando a ser apenas a expressão artística do indivíduo, o ato de fazer drag também é uma ruptura das imposições de gênero. Parte bastante celebrada da cultura LGBT, o reality show "RuPaul's Drag Race" é o principal nome moderno para a popularização da arte ao redor do mundo.

Com 11 temporadas (9 normais e 2 "All Stars"), "RuPaul's Drag Race" é a igreja queer da tevê. Comandado por RuPaul, a maior drag queen do mundo, o reality está cada vez mais popular, o que demonstra a conquista do nosso espaço no mainstream. A prova é o número de prêmios do programa, aumentando ano após ano: em 2017 foram três Emmys, o Oscar da televisão, incluindo o segundo prêmio de "Melhor Apresentador" à Mama Ru.

Com uma longividente considerável (já são quase 10 anos no ar), mais de 100 episódios e 100 participantes, "RPDR" nos ensinou bastante sobre a comunidade drag, e, por extensão, todo o mundo LGBT, trazendo positividade e união. Com participantes gays, trans e 11 vencedoras, cada uma agregou uma característica primordial ao o que é ser drag e um indivíduo LGBT na nossa sociedade ainda tão opressora.

Inspirado numa postagem do Reddit, trouxemos o que é ser drag pela ótica de cada uma das coroadas da corrida das loucas da RuPaul.


Bebe: drag é dignidade

A vencedora da primeira temporada trouxe uma característica fundamental: dignidade. Bebe Zahara Benet veio diretamente da África para provar, desde o primeiro episódio, que o ato de ser drag não faz o homem ser menor, e como é uma arte digna que merece todo o respeito e admiração. Madame Cameroon foi a escolha perfeita para encabeçar o time de vitorias e começar um legado ao mundo LGBT.


Tyra: drag é luta

A vencedora mais controversa do show é amada por uns, odiada por outros, porém é incontestável: a gata é um exemplo de luta. Indo ao show com poucas roupas, não tendo lugar para morar e um filho para criar, Tyra Sanchez mostrou, aos 21 anos, como vale a pena brigar pelos seus sonhos e venceu aos trancos e barrancos, sempre impressionando na passarela.


Raja: drag é fashion

Desde o início tivemos participantes que trouxeram peças de moda impressionantes (Nina Flowers não nos deixa mentir), mas foi com Raja que o patamar foi elevado ao máximo. Uma verdadeira fashion model, Raja ainda é icônica pelos seus looks de cair o queixo, demonstrando como ser drag é ser fashion, moderna, desafiadora, vanguardista, artística e imortal. Supermodel of the World: The Sequel.


Sharon: drag é transgressão

Enquanto ser drag estava (e ainda está, na verdade) bastante aliado a ser "feminina", Sharon Needles chegou para bagunçar o jogo. Jamais querendo se enquadrar no molde convencional, a queen chocou pela sua persona assustadora e dia-das-bruxas-é-todo-dia, abrindo novas portas para a visibilidade drag e retirando violentamente a arte de dentro da caixa. O programa nunca mais foi o mesmo.


Chad: drag é profissionalismo

Caso Sharon estivesse fora do jogo, Chad Michaels teria vencido a quarta temporada do programa, tanto que Mama Ru fez o primeiro "All Stars" todinho para Chad vencer. E também pudera: ninguém foi tão profissional, classuda e sabendo como jogar o jogo como Chad. Unindo a seriedade dos anos de carreira com a jovialidade que a arte pede, Chad é o melhor dos dois mundos, envelhecendo como vinho e nos ensinando como é preciso ser profissional para alcançar a linha de chegada.


Jinkx: drag é performance

Depois de vencedoras com visuais fortíssimos, Jinkx Monsoon chegou tímida, com roupas questionáveis e visual que a colocava atrás das concorrentes, todavia, ninguém mostrou um nível de performance maior que o dela. A nossa drag Meryl Streep, Jinkx atua e canta como nenhuma outra, vencendo a temporada mais concorrida quando passou oito semanas seguidas no top dos desafios por destruir em suas performances.


Bianca: drag é intrepidez

No discurso de vitória de Bianca Del Rio, ela falou que nunca foi uma queen de dublagens, característica básica da arte drag, mas ela nem precisou: ela é, até hoje, a única participante a nunca ficar entre as piores do desafio durante toda a temporada. Comediante de insultos, Bianca trouxe um nível de intrepidez absurdo, sendo afiada e venenosa, e, ao mesmo tempo, adorável, ensinando que devemos ter coragem de sermos nós vemos acima de tudo.


Violet: drag é confiança

Com apenas 22 anos durante o programa, Violet Chachki se assemelhava à Raja em termos fashions, porém, o que a drag trouxe de mais forte foi sua confiança. Impressionando até mesmo Mama Ru, Violet jamais deixou que a vissem suar, sendo absolutamente segura de si, sobre sua capacidade e quem ela era enquanto pessoa e drag - repetindo, com 22 anos de idade. É preciso confiar em si mesmo acima de tudo para que outras pessoas também confiem.


Bob: drag é política

Altamente engraçada e preparadíssima para o programa, Bob The Drag Queen sempre falou ser uma "queen para o povo", porque o ato de ser drag é puramente político. Em tempos de conservadorismo contra pessoas negras e gays, Bob é uma verdadeira ativista, colocando discursos políticos na sua arte para nos lembrar que, muito mais que entretenimento, a existência drag vai ao campo da militância enquanto ainda somos segregados.


Alaska: drag é perseverança

De se candidatar quatro vezes antes de entrar no programa, conseguir uma vaga na quinta temporada, ver seu namorado vencer enquanto ela mesma perdia, até voltar para brilhar no "All Stars 2", a caminhada de Alaska foi longa dentro do programa. A maior fã do show, como ela mesmo afirma, Alaska é exemplo de perseverança, de como todos os "nãos" recebidos não podem nos fazer fraquejar. Mesmo sendo controversa na temporada em que venceu, a coroa de Alaska é mais que junta pela sua força de vontade.


Sasha: drag é inteligência

Enquanto umas se gabam por serem bonitas, magras e polidas, Sasha Velour sempre se gabou por ser inteligente, virando um meme ambulante sobre história queer e intelectualismo, mas se engana quem a acha arrogante: inteligência é alma do negócio. Foi com ela que a participante entregou performances geniais e passarelas brilhantes, sempre aliando seu intelecto filosofal com a paixão pela arte.


Não ache, você, leitor, que as queens aqui são exemplos absolutos para o meio LGBT. Elas, humanas, também cometem erros, dão aquele close errado e pisam na bola, no entanto, puseram na mesa valores construtivos que nós, LGBTs, precisamos nesses momentos escuros de ignorância e intolerância.

E só para deixar claro, ser drag é ser fabulosa.


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Essa matéria integra a campanha #AmarNãoÉDoença, que visa celebrar a diversidade sexual e de gênero. Somos apoiados pelos veículos abaixo assinado.

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