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Crítica: a D.R. de “História de um Casamento” conquista por abraçar o universal

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

Indicado a seis Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Ator (Adam Driver)
- Melhor Atriz (Scarlett Johansson)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Laura Dern)
- Melhor Trilha Sonora

* Crítica editada após o anúncio dos indicados ao Oscar 2020

Noah Baubach é um dos maiores expoentes do cinema indie norte-americano na atualidade. Seja pelos seu roteiros (ele co-escreveu "A Vida Marinha com Steve Zissou", 2004, e "O Fantástico Sr. Raposo", 2009, com Wes Anderson), seja pelos seus próprios filmes (como o clássico independente "Frances Ha", 2013, protagonizado pela sua esposa e cristal do cinema, Greta Gerwig), há muito tempo Baubach encontra o carinho do público e crítica, mas nunca antes como com "História de um Casamento" (Marriage Story).

Charlie (Adam Driver) comanda e dirige uma companhia de teatro em Nova Iorque, e tem como estrela de suas peças a sua esposa, Nicole (Scarlett Johansson) - teve um déjà vu? Só que a relação nos palcos não reflete mais a relação doméstica, e o casal decide se separar. Como prominente atriz, Nicole é escalada para uma série em Los Angeles, e vai até lá com o filho, o que transformará uma pacífica separação em uma guerra judicial.

O longa espertamente é aberto com um voice-over do casal, contando os meandros do outro e todos os detalhes que os fizeram se apaixonar. É muito divertido acompanhar a dicotomia dos dois, e impossível não projetar para nossas próprias vidas, afinal, estamos em constantes relações com pessoas que inevitavelmente terão diferenças drásticas com o que somos. E essa é a magia da coisa. O que parecia um apaixonado início é brutalmente cortado: os textos são cartas que cada um teve que escrever na terapia, só que Nicole se recusa a ler a dela em voz alta. O público é o seu cúmplice.

Com cada um vivendo em cidades diferentes, o trabalho é o motivo para, civilizadamente, justificar o afastamento (emocional e geográfico) dos dois - uma peça de Charlie está indo para a Broadway e as gravações de Nicole começaram. Havia um acordo entre eles: não seria preciso a intervenção de advogados no divórcio, com uma camaradagem expressiva entre eles, até mesmo na divisão dos bens, só que Nicole quebra o acordo e contrata Nora (Laura Dern), advogada especialista em separação que mudará toda a dinâmica do jogo.


Charlie fica consternado quando recebe a intimação judicial, sem entender o que levou a ex-esposa a tomar tal decisão. O roteiro diabolicamente não entrega a resposta de imediato, quase transformando Nicole na vilã da história, contudo, há um motivo, e dos bons: ela descobriu que Charlie a traiu. É claro que cada um tem uma "justificativa" que tenta anular a reação do outro, em uma das melhores cenas de toda obra, quando os dois aos berros vomitam suas mágoas e procuram atacar da forma mais baixa possível o outro. E note o trabalho belíssimo de fotografia e montagem, abrindo a cena com um enorme plano e gradualmente fechando até focar no rosto transtornado do casal.

Uma das nuances mais corretas de "História de um Casamento" é não se limitar em ser somente um olhar sobre uma relação em ruínas. Há um forte estudo sobre o que é essa instituição que chamamos de casamento e qual o papel de homem e mulher dentro dele. Tudo é jogado ao máximo quando inserido no contexto da advocacia, que tem como base o uso desses papéis no grande jogo de convencimento jurídico. Nicole jamais pode transparecer ser uma esposa ruim, pois isso a configuraria como uma mãe ruim, e a guarda do filho seria perdida. No caso do homem, tal peso inexiste. É aqui que habita, para mim, o melhor diálogo das mais de 2h de sessão, quando Nora dá uma aula sobre a construção social da mulher dentro do relacionamento, lincando com a imagem de Maria, mãe de Jesus, "uma virgem que dá à luz, apoia o filho incondicionalmente e o abraça enquanto ele morre; e o pai nem dá as caras, deus é o pai, deus está no céu e nem aparece!". O Oscar de "Melhor Roteiro Original" já tem dono.

Falando em Dern, uma das maiores cotadas ao Oscar de "Melhor Atriz Coadjuvante" e uma das melhores atrizes em atuação, não há muito o que se falar contra ela, porém, sua personagem é similar demais com Renata Klein, seu papel vencedor do Emmy na série "Big Little Lies" - mas não se engane, ela é ótima em cena, mesmo com uma personagem dentro do molde "advogado ixperto" tão batido no cinema. Adam Driver, que só pode ser escalado para personagens bem específicos, parece transbordar na pele de Charlie, caminhando com imensa segurança entre os momentos dramáticos e cômicos (a cena do canivete). Todavia, "História de um Casamento" é engolido por Scarlett Johansson.

A atriz, que na corrente década caiu de vez nas graças do cinema pipoca - "Os Vingadores" (2008) e todos seus intermináveis filhotes, "Lucy" (2014), "A Vigilante do Amanhã" (2017), etc - entrega a sua melhor atuação do período nessa personagem que exige tanto talento. Há monógolos enormes e coreografados, que são executados com maestria pela atriz, unindo uma exigência enorme para a fluidez de cada cena com o estilo mumblecore que Baumbach adota em seus filmes. De fato, o apogeu de Johansson e a volta para sua boa forma.


A maior cartada de "História de um Casamento" é o realismo a que se propõe. É um filme bem "gente como a gente", tratando de dramas reais com pessoas reais, o que explica o imenso apreço dos espectadores, catapultando o longa como um dos mais ovacionados do ano. Além disso, há esmero na composição de seus indivíduos, enriquecendo ainda mais o universo multidimensional que é a vida dos personagens, contudo, mais uma vez iremos nos debruçar em um elemento seminal de qualquer arte e que muita gente ainda se recusa a aceitar: a  subjetividade.

Entre achar "História de um Casamento" um "filme sobre brancos discutindo a relação" e "uma das mais tocantes histórias do ano" (são comentários reais que li a respeito da película), tudo parte do princípio que cada pessoa irá ser atingida de uma forma diferente pelo mesmo filme. O estilo proposto por Baumbach possui fácil apelo pela proximidade que ele coloca seus mundos dos mundos reais, só que esse é um filme que, daqui a um mês eu estarei na fila da padaria e pensando "nossa, que perfeito"? Não.

Aqui temos o Cinema como contador de histórias do cotidiano, uma das funções seminais da Sétima Arte, e "História de um Casamento" atinge esse objetivo facilmente. É simpático, caloroso e, ao mesmo tempo, emocionante, uma fórmula pronta para arrebatar multidões, no entanto, mesmo tendo abraçado e me apegado ao todo, não é um estilo que me arranque suspiros ou que me devaste; é o mesmo que alguém amar filmes de super-herói, ou de faroeste, ou os "estranhões", ou os de máfia, e por aí vai e está tudo bem. É um ótimo filme que, sendo bem detalhista, não foge à regra de tantos outros com a mesmíssima temática e estilo, como "Cenas de um Casamento" (1973) e a maior referência, "Kramer vs. Kramer" (1979) - até os posteres são parecidos. Soa desconfortável apontar, porém, o apreço circula ao redor da sua preferência estilística - como basicamente acontece com todo filme - mas, no fim do dia, é essa a verdade.

"História de um Casamento" é um filme que deve ser visto pela dissecação palpável do quão complexo somos e como tudo vai para um limite além quando buscamos a utópica máxima de "juntos somos um só" dentro de um relacionamento. A vida de Charlie e Nicole é tão congruente com a vida de vários outros Charlies e Nicoles sentados diante da tela, e as decisões feitas por Noah Baumbach universalizam sua obra a um estágio que pode ser explicado pela sua imensurável aclamação. Assim como não dá para fugir que "História de um Casamento" é feito para fisgar multidões - até mesmo o genérico título, que não denota singularidade, resume a ideia -, não dá para fugir da particularidade de que prefiro muito mais uma fita que extrapole a realidade nas imensas possibilidades que a Sétima Arte nos agracia do que uma que seja expectadora da realidade pura e simples. E isso não é um problema de "História de um Casamento".

Rachel Weisz e David Harbour estarão em "Viúva Negra"; filme se passa após "Guerra Civil"

Felizmente a gente não para com os anúncios da Marvel Studios na San Diego Comic-Con 2019.

A novidade da vez é que Rachel Weisz ("A Favorita") e David Harbour ("Stranger Things") estarão em "Viúva Negra", o primeiro filme da heroína interpretada por Scarlett Johansson. Ah!, o longa-metragem se passa após os eventos de "Capitão América: Guerra Civil".

Rachel Weisz será Melina e provavelmente assumirá o posto de antagonista, também sendo uma espiã russa. Enquanto David Harbour interpretará o Alexei. Outras informações quanto ao relacionamento dos personagens com a Viúva e suas motivações ainda são um mistério.

Os dois atores integram o elenco composto também por Florence Pugh e O-T Fagbenle, que interpretam Yelena, uma possível irmã de Natasha, e Madson, respectivamente. Taskmaker será o vilão, porém não teve o seu ator divulgado.

"Viúva Negra" conta com Cate Shortland na direção. O longa-metragem chega aos cinemas norte-americanos em primeiro de maio de 2020.

Scarlett Johansson se consagra como a atriz mais bem paga de 2018

Siri romântica, asiática, pen-drive e quase-trans, Scarlett Johansson é uma atriz que já interpretou quase de tudo nos cinemas, até o que não deveria, né? Nos últimos anos, está cada vez mais recorrente vê-la (ou ouvir sua voz) nas telonas e, neste ano, ela se consagrou como a atriz mais bem paga de 2018. As informações são da Forbes.

A contagem da revista é realizada entre 1º de junho de 2017 e 1º de junho de 2018 e o primeiro lugar no pódio se dá por conta de "Vingadores: Guerra Infinita". A atriz fica em primeiro lugar com US$ 40,5 milhões na conta bancária.

Apesar do número alto, ele ainda é bem discrepante com o valor ganhado por George Clooney, com US$ 239 milhões, mas há uma grande ressalva porque o ator vendeu sua empresa de tequila. De qualquer forma, o valor de Scarlett fica longe do valor do segundo ator mais bem pago, The Rock, que faturou US$ 124 milhões.

Quem fica em segundo lugar é Angelina Jolie, que retorna ao pódio após alguns anos. Seu retorno se dá por conta do salário ganhado pela sequência de "Malévola"; a atriz arrecadou  US$ 28 milhões. Jennifer Aniston fecha o terceiro lugar com US$ 19,5 milhões, por conta de "Friends", que ainda rende uma grana boa, e contratos de publicidade.

No top 10 ainda há nomes como Jennifer Lawrence, Cate Blanchett, Gal Gadot e Reese Witherspoon. Emma Stone, que ficou em primeiro lugar em 2017, neste ano arrecadou somente US$ 10 milhões e não entrou para o ranking.

A sensatez bateu na porta e Scarlett Johansson abandona o papel trans

Nestes últimos dias, surgiu a notícia de que Scarlett Johansson havia sido escalada como Dante ‘Tex’ Gill, um homem trans, numa produção do mesmo diretor de “Ghost in The Shell”. Com o todo o burburinho negativo, a atriz, em entrevista ao Out Magazine, anunciou hoje (13) que estará abandonando o papel.

Devido as questões éticas que surgiram acerca de minha escalação como Dante ‘Tex’ Gill, eu decidi me retirar respeitavelmente do projeto. Nosso entendimento cultural sobre a comunidade transexual continua a avançar, e eu aprendi muito com essa comunidade desde o anúncio de minha escalação e percebi que eu estava sendo insensível”, explica.

É muito foda ver como a internet tem o poder de causar um impacto positivo; e Scarlett parece realmente ter reconhecido que estava errada ao aceitar o papel. Ela ainda explica na entrevista que a recepção foi ótima porque pôde abrir um debate sobre e fazer com que ela entendesse porquê é tão importante que o papel seja dado a uma pessoa trans.

Ainda não foi divulgado quem deve substituir Johansson no papel, mas espera-se que realmente entre uma pessoa trans no elenco. Rupert Sanders segue na direção de  “Rub and Tug”.

O que não te contaram sobre Scarlett Johansson e seu papel trans no cinema

Na última semana, surgiu na rede mundial de computadores que Scarlett Johansson estará interpretando um homem transsexual no cinema. A atriz se une novamente ao diretor de “Ghost In The Shell”, Rupert Sanders, para “Rub & Tub”, a cinebiografia de Dante “Tex” Gill, um cafetão transgênero dos anos 70. Famosa pela franquia “Vingadores”, é a segunda vez que a atriz se apropria de uma minoria na sétima arte.

Os traços ocidentais da personagem originalmente asiática de “Ghost In The Shell” são facilmente justificados pela própria trama adaptada. Com sua morte, a Major é totalmente redesenhada. O próprio filme aposta na proposta quando dispõe inúmeras etnias na produção, onde no futuro, todo mundo viveria junto, mas peca ao manter tradições hollywoodianas, fazendo com que figuras não ocidentais sejam colocadas em papéis secundários.


O whitewashing é constante em Hollywood. Assim como a falta de representatividade do público LGBT nas telonas, outras etnias também sofrem desde Elizabeth Taylor em “Cleópatra” em 1963, por exemplo. Em adaptações de quadrinhos no cinema, temos o árabe Ra's Al Ghul sendo interpretado pelo branco Liam Neeson em “Batman: Begins”, do Christopher Nolan.

Na época da escalação de Scartett para "Ghost In The Shell", a atriz foi fortemente criticada por aceitar o papel; e as críticas se repetem com a nova escalação. Em resposta, Johansoon soltou em entrevista o seguinte: “diga a eles que podem se dirigir diretamente a Jeffrey Tambor, Jared Leto e Felicity Huffman”, numa tentativa quase falha de apontar os problemas nos outros atores por firmarem e serem aclamados por estes papéis “desafiadores”, rendendo grandes prêmios, e assim tornando a prática comum.

Eddie Redmayne em "A Garota Dinamarquesa"

Neste ponto, Scarlett não fez nada de errado. Em um caso mais recente, Eddie Redmayne, o Newt Scamander de “Animais Fantásticos”, ganhou ainda mais os holofotes após interpretar uma mulher trans em “A Garota Dinamarquesa”. Foi duramente criticado, mas aclamado na mesma intensidade pela Academia, ganhando uma indicação, e outras premiações. O mesmo deve acontecer com Johansson caso escolha permanecer com o papel.

O preconceito da indústria nunca será quebrado por pessoas cisgêneros como Scarlett que tem a opção de recusar papéis que representam minorias.


O problema real está enraizado dentro da indústria. Atores trans dificilmente conseguem papéis hollywoodianos. A justificativa de que o papel do ator é ser desafiado interpretando alguém que ele não é só mascara um preconceito da indústria que nunca será quebrado por pessoas cisgêneros como Scarlett que tem a opção de recusar papéis que representam minorias.

Outra questão que deve ser ressaltada é que os atores trans, quando chamados, são escolhidos justamente para representar o público trans, como uma espécie de “categoria”, nunca é oferecido algo além. “Atores que são transexuais sequer ganham audições para nada além de personagens trans. Esse é o real problema. Escale atores que são trans para personagens não trans. Eu te desafio”, desabafou Jamie Clayton (“Sense8”) em seu Twitter em meio à polêmica.


Muitos em defesa daquela que já foi até um pendrive nos cinemas alegaram que não há atores e atrizes transexuais competentes porque para eles se houvessem com certeza seriam escalados. Um caso similar de representatividade que aconteceu aqui no Brasil nos últimos meses nos ajuda a entender que atores que representam minorias nunca são escalados até mesmo em papéis que, em teoria, são escritos para eles.

Para “Segundo Sol”, novela global do horário nobre que se passa na Bahia, foram escalados vários brancos para interpretar personagens que, em teoria, deveriam ser negros. Uma das justificativas dadas é de que “não há negros”, mas será que realmente não temos atores negros capazes por aqui?

Daniela Vega em "Uma Mulher Fantástica".

Os atores – e atrizes – estão aí, o que falta são as oportunidades pra que possamos vê-los.


O número de atores trans em Hollywood ainda é bem pequeno, mas há uma caralhada de gente talentosa pra caramba que clama por papéis grandiosos. A própria Jamie Clayton é uma delas, e não podemos esquecer de Laverne Cox, que dá um show em “Orange Is The New Black” e até mesmo tentou uma série protagonizada por ela na TV aberta. Sem contar aquelas atrizes que ainda não chegaram de fato aos holofotes como Mya Taylor de “Tangerine” e Daniela Vega no recente "Uma Mulher Fantástica". Os atores – e atrizes – estão aí, o que falta são as oportunidades pra que possamos vê-los.

Crítica: se apaixonar é uma insanidade socialmente aceita no melancólico "Ela"

Você está assistindo àquela sua série favorita - quem é fã de "Game of Thrones" vai entender bem. Num determinado momento o seu personagem do coração morre. Você entra em depressão, fica inconsolável, até chororô rola. Por causa de algo que não existe. Se não existe, por que você se apega tanto, chegando ao ponto de sofrer pelo destino de um ser inexistente e irreal? 

Essa é a indagação fundamental gerada pelo filme "Ela", de Spike Jonze. No longa, Theodore (Joaquin Phoenix, em delicada atuação), escritor solitário, compra um novo e moderno sistema operacional de múltiplas plataformas que foi desenvolvido para interagir da forma mais complexa com o proprietário. O tal sistema é completamente auto-suficiente, feito para atender a todas as necessidades do usuário, tendo praticamente "vontade própria". Autonomeando-se "Samantha" (voz de Scarlett Johansson), o OS começa a fazer parte integral da vida de Theodore, e este se pega apaixonado por ele. Ou, no caso, por ela.

A premissa pode parecer absurda, mas possui colunas de fundamento fortíssimas. "Ela" se passa num futuro não tão distante, porém olhando para nosso atual redor, vivemos numa época em que eletrônicos são verdadeiros apêndices dos nossos corpos. Estamos 24 horas por dia conectados com outros e com nós mesmos, e você já deve ter achado o fim do mundo o wifi não estar funcionando por meia hora.


No caso de relacionamentos, já está mais que batida a ideia de que interagimos mais pelo computador/celular do que "ao vivo e à cores". E nem precisamos falar de relacionamento à distância. Mesmo os laços que mantemos com pessoas geograficamente próximas são mais explorados pela telinha touch. Aquilo que servia para unir, desune.

Jonze pega então essa ideia e eleva ao máximo, com uma pessoa se apaixonando pela máquina - algo que vemos num outro contexto no fabuloso "Ex Machina: Instinto Artificial". Voltemos para a pergunta inicial desse texto. Por que amamos algo que não existe (no mundo físico/real)? Afinal, o que diabos é o amor? Ao contrário do que pensamos, "amor" não está no "corpo" do outro, está nas nossas cabeças. Química cerebral, hormônios, uma porrada de ligações elétricas dentro dos nossos crânios são transformados nesse sentimento avassalador. Então por que não amar algo que foi desenvolvido - no caso do filme, literalmente - para você? Como resistir a isso?


Na situação de Theodore, tudo é ainda mais tentador. Ele tenta superar o divórcio com sua ex-esposa e paixão de infância, buscando alguém para ser sua "válvula de escape". Encontros casuais, sexo virtual, enfim, qualquer coisa que tire da sua cabeça a ex (interpretada por Rooney Mara) e o arranque da constante solidão é meio válido para a fuga do vácuo deixado pelo término. E quantos de nós não já passamos por isso?

Então aparece Samantha, a criatura (se é que podemos chamá-la assim) perfeita. Engraçada, atenciosa, carinhosa, afável... E Samantha, durante conversas, suspira. A máquina suspira. Uma ato puramente humano, mas já desenvolvido para assim parecer, como todos os questionamentos feitos por ela, que a tornam ainda mais humana. A junção de ferro e corrente elétrica soa mais humana que muita gente. Até mesmos nós, espectadores, nos esquecemos em alguns momentos que a personagem não "existe". Como isso é possível?


Se isso ainda parecer ilógico para você, pensemos: quantas pessoas ao seu redor não se relacionam virtualmente? Namorar pela internet é prática comum nos dias de hoje, e nada mais é do que amar uma imagem virtual, uma voz transformada em sinais, um ser humano visto em pixels. Não tão diferente de Samantha, se pensarmos dessa forma. Estamos tão desesperados por uma fatia de afeto que nos apegamos àquele que nos der essas famigeradas migalhas. Não que namorar com alguém a centenas (ou até milhares) de quilômetros seja sinal de desespero, todavia, somos todos seres solitários querendo fugir disso sem medir o preço.

Se o conteúdo de "Ela" já é suficiente para fazer um grande filme, ainda temos a atuação excepcional de Phoenix, que passa a obra inteira praticamente sozinho, já que "contracena" com uma voz. Johansson fez um trabalho louvável ao conseguir transformar Samantha numa personagem tridimensional sem nem aparecer em cena. Também temos uma singela Amy Adams, queridinha de Hollywood e, aqui, melhor amiga de Theodore, num pequeno e notável papel. Ela está no fim de um relacionamento (humano mesmo), e é interessante notar que, quanto mais o relacionamento (novamente, humano) de Amy vai afundando, mais o de Theodore (virtual) vai crescendo. Há uma áurea pessimista aqui, como se a acensão cada vez maior da tecnologia nos tornasse frios, e esse advento seria nossa única saída.


Em ficções-científicas, geralmente encontramos dilemas sociais ou batalhas com robôs e alienígenas, então a abordagem de Jonze é uma criativa empreitada dentro do gênero. Discutindo o amor de forma até desesperançosa, o filme possui reflexivos diálogos sobre o sentimento mais insano que existe, como "Eu acho que quem se apaixona é uma aberração. É uma loucura socialmente aceita", o que conversa, através dessa estranheza espirituosa, com outros filmes do diretor, como "Quero Ser John Malkovich" (1999) e "Adaptação" (2002), sendo "Ela" seu primeiro roteiro solo.

Nada recomendado para quem está passando por dramas de relacionamento ou aquela velha dor de cotovelo, "Ela" possui bela trilha sonora, uma maravilhosa direção de arte (a cor rosa está por toda parte, casando com o lirismo melancólico do protagonista) e o merecidíssimo Oscar de "Melhor Roteiro Original" na estante. De forma bem singela, Jonze cria o melhor filme de 2014, uma obra absolutamente moderna, criativa, instigante, empolgante, apaixonante e, acima de tudo, linda. Muito linda.


Crítica: em "A Vigilante do Amanhã", a criatura perfeita é construída para ser branca e norte-americana

Atenção: a crítica contém detalhes do enredo que podem ser considerados spoilers.

Se há um gênero cinematográfico que parece ser um pacote inesgotável de temas e abordagens, esse gênero é a ficção-científica. Ano após ano somos apresentados por versões do nosso futuro, principalmente dialogando com a tecnologia e como seu advento poderá modificar nossas vidas. Desde a obra-prima revolucionária "Metrópolis" (1927), um dos primeiros longas a se apropriar da ficção-científica, passando por clássicos como "2001: Uma Odisseia no Espaço" (1968), "Blade Runner: O Caçador de Androides" (1982), "Brazil" (1985), "Matrix" (1999) e até os mais recentes como "A.I.: Inteligência Artificial" (2001), "Avatar" (2009) e "Ex Machina: Instinto Artificial" (2015), o gênero nos coloca para refletirmos nossos prováveis futuros em prol da conscientização do nosso próprio presente.

O primeiro grande nome do sci-fi em 2017 é "A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell", de Rupert Sanders (diretor do esquecível "Branca de Neve e o Caçador"). Baseado no mangá japonês escrito por Masamune Shirow, a obra norte-americana enfrentou discussões desde sua produção, quando Scarlett Johansson foi escalada para viver a protagonista, Major Mira Killian. Seu próprio nome já foi uma forma de mascarar toda a polêmica: sendo um mangá, o texto original trazia personagens japoneses, com a protagonista se chamando Motoko Kusanagi, um nome puramente nipônico, ao contrário de "Mira Killian". O whiterwashing foi motivo de muitas reivindicações sobre como Hollywood continua escalando atores brancos para interpretar personagens de outras raças e etnias (a lista é longa, você pode ler mais sobre nessa matéria).

Imagem: Divulgação/Internet
"A Vigilante do Amanhã" começa com o cérebro de Mira sendo acoplado num novo corpo sintético. Sobrevivente de um ataque cyberterrorista que matou seus pais, o corpo da jovem foi destruído, mas seu cérebro se manteve vivo – o que cria a metáfora do título original, um fantasma (sua mente, sua alma) habitando uma nova concha (seu corpo artificial). Ela é a primeira humana a conseguir fundir sua mente a um corpo robótico, projeto criado pela Hanka Robotics, empresa que controla mundialmente os projetos de desenvolvimento tecnológico. Após o sucesso com Mira, ela é selecionada para virar uma arma contra o cyberterrorismo, principal crime nessa realidade futura.

Após esse rápido prólogo, que despeja uma montanha de detalhes necessários para acompanharmos a trama, somos mandados um ano no futuro e Mira está numa missão que não sabemos muito bem do que se trata, apenas que há robôs em forma de gueixa (o design mais incrível de todo o filme) atacando algumas pessoas. Com exceção da protagonista, os personagens e até situações são mal desenvolvidos, jogados na tela, o que impede a imersão do espectador. A dicotomia "bem" e "mal" visual é a única forma de nos basearmos o que exatamente Mira e sua equipe deve fazer ali – exterminar o “mal”, obviamente.

Imagem: Divulgação/Internet
Nesse determinado futuro, a tecnologia passou a ser dominante da vida humana. Seus próprios cérebros são interligados com computadores, o que garante o desenvolvimento, porém traz um grave problema: agora, como qualquer outro computador, o cérebro pode ser hackeado. As gueixas-robôs da cena anterior estavam tentando roubar informações dos cérebros de algumas pessoas, importantes para algum plano descoberto no meio do longa.

Pode soar bem simples, mas aqui estamos de frente com uma grande força filosófica. Por mais que nossos corpos sejam, sim, frágeis, nossas mentes são extremamente poderosas, e melhor, impenetráveis. Não existe recurso ou ferramenta que consiga tirar qualquer informação de dentro das nossas cabeças caso nos recusemos a dá-las. Tudo isso é bastante interessante, todavia, o filme não consegue submergir nessa riquíssima mitologia e retirar dali discussões aprofundadas sobre nossa natureza – algo que qualquer sci-fi que se preze faz com maestria.

Imagem: Divulgação/Internet
E é aqui o segundo maior erro de “A Vigilante do Amanhã”: deixar de lado a filosofia presente no universo criado pelo mangá em prol do visual. Não, eu não li o mangá ou assisti ao anime “original” (de 1995), o que me dá uma visão bastante pontual do longa de Rupert Sanders. Com isso, soa a todo o momento que a obra está preocupada em ser o mais cool possível visualmente. A cidade projetada aqui é de uma megalomania que faria a Times Square parecer uma ruela de interior. Os anúncios projetados com hologramas no tamanho de prédios, cores, luzes, uma poluição visual sem precedentes. Assistir em 3D a tudo isso deve ser uma dor de cabeça de uma semana.

Estamos em plena febre de filmes de super-herói e suas subcategorias, e “A Vigilante do Amanhã” tenta seguir a correnteza de filmes do subgênero mega descolados, com construção imagética o mais moderneca e maneira possível – vide “Guardiões da Galáxia” (2014) e “Deadpool” (2016) –, porém até “Esquadrão Suicida” (2016) é mais cool do que essa confusão high-tech de CGI. Um ótimo exemplo de histrionismo visual usado de forma agradável para os olhos e em prol da narrativa é o trabalho de “Doutor Estranho” (2016), cheio de seus ângulos impossíveis – mesmo não entendendo completamente o que tá na tela, suas estruturas geométricas são belíssimas (e organizadas).

Imagem: Divulgação/Internet
Se o caos visual do longa é o segundo maior erro, a medalha de ouro vai, sem dúvidas, para o whiterwashing empregado pelo filme. Sim, escalar a branca Scarlett Johansson para viver uma personagem asiática é nada legal e até socialmente irresponsável. Entendemos que se trata de uma obra norte-americana que visa o lucro, ou seja, feita de forma comercial. Johansson, inclusive anda cada vez mais escolhendo filmes de ficção-científica, o que melhorou consideravelmente seu currículo – em "Sob a Pele" (2013) ela viveu uma alienígena; a voz de um computador na obra-prima "Ela" (2013) e uma super-heroína em forma de pendrive em Lucy (2014) –, mas dessa vez não temos como te defender, Johan, mesmo em mais uma boa performance. 

Só a sua escalação em si já seria pra torcer o nariz, mas piora: em determinado momento é revelado que aquele corpo de Mira foi criado do zero, já que seu corpo original era de uma menina japonesa. Vamos entender. Mira é, ali, uma criatura invejável, o modelo de ser humano/máquina e é sempre referenciada como a primeira de uma revolução. Ela é o objetivo a ser alcançável. Ela é, também, branca, traços ocidentais. Mira foi construída daquela forma, um molde desejável. Ao excluir todos os seus traços orientais, o filme está dizendo para você que é melhor ser norte-americano. Ser branco é ser perfeito.

Imagem: Divulgação/Internet
Também poderíamos passar horas falando no corpo esculpido de Mira. Ela, sendo um robô, recebeu um design específico criado por outra pessoa, que decidiu que ela seria magra, cintura fina, seios proeminentes e a roupa mais justa desde o figurino da Mulher-Gato no desastroso filme de mesmo nome de 2004 – pobre Halle Berry. Além de dizer a você, espectador, que o modelo perfeito de criatura é branco e norte-americano, “A Vigilante do Amanhã” afirma que você também tem que ser magra.

Cinema pode parecer só uma tela grande que um monte de coisa acontece em uma hora e meia, e que quando a tela se apaga você volta para casa e vida que segue, porém não. Aquela tela é palco de construções ideológicas fortíssimas. Sabe o imaginário popular de que loira é burra? Filmes da Marilyn Monroe ajudaram a moldar esse estereótipo. Todo aparato imagético é carregado de ideologias, e, quanto mais pessoas assistirem ao filme, mais essas ideologias serão disseminadas e, com o passar do tempo e a ajuda de outros filmes que compartilham da mesma ideologia, são formados o que chamamos de “é só minha opinião”. Se sua opinião é a mesma da maioria, provavelmente ela não é de fato sua, e sim uma construção social.

Imagem: Divulgação/Internet
Se fosse apenas pelas características cinematográficas, “A Vigilante do Amanhã” seria só um filme fraco, sem conseguir prender o espectador pela sua história mal desenvolvida, suas cenas de ação insossas (e cheias de uma câmera-lenta brega) e desperdício de uma mitologia tão rica – “Matrix”, um dos sci-fis definitivos da história do cinema, bebeu da fonte original de “Ghost In The Shell”, prova de que o live action de 2017 nada apenas na piscina infantil enquanto poderia mergulhar num oceano (mas não se engane achando que o mangá original é o Santo Graal: ele mesmo objetifica o corpo de sua protagonista). Infelizmente não é só isso que temos. 

A má escalação dos atores brancos – no meio de uma pá de atores asiáticos coadjuvantes para dar aquele fundo oriental e não ficar tão feio – silencia toda uma cultura em nome da cultura dominante – a norte-americana. “Mulan”, o live action do clássico da Disney, estreará em 2018 com, olha só, elenco asiático. Até mesmo “Moana: Um Mar de Aventuras” (2016) se preocupou em escalar uma atriz nascida na Polinésia, e olha que ela nem aparece no filme, apenas sua voz. Mais de 100 anos após o surgimento da Sétima Arte, já está mais do que na hora de nos preocuparmos como culturas são escolhidas, embaladas e comercializadas nesse veículo de comunicação em massa que lucra bilhões ano após ano. “A Vigilante do Amanhã” pode até se passar num futuro distante, mas está perdido no nosso tempo.

Com o novo trailer de "Ghost In The Shell", nós já temos o nosso filme mais aguardado de março


Nós não cansamos de bater na tecla sobre o whitewashing que "Ghost In The Shell" — inclusive, nos recusamos a chamar de "A Vigilante do Amanhã" — sofreu, mas hoje iremos focar única e exclusivamente no maravilhoso segundo trailer da produção que chega no finalzinho de março. Aliás, desculpa "Logan" e "Power Rangers", nós temos o nosso filme mais aguardado deste mês.

O novo vídeo saiu no comecinho da manhã, e para falar a verdade não tem muito material novo. O enredo continua intacto, sem grandes novidades. A cereja fica por algumas cenas novas e outras finalizadas, com efeitos especiais que outrora estavam ausentes no primeiro trailer. Confira:



"Ghost in the Shell" é um mangá que se passa após 2029, onde existe uma tecnologia capaz de fazer a fusão do cérebro à computação, à rede mundial. A história cyberpunk já foi para os cinemas três vezes através de filmes e para a TV duas, além de ganhar um jogo para Playstation 2. A adaptação norte-americana chega aos cinemas no dia 30 de março.

O trailer de "Ghost In The Shell" está maravilhoso e promete uma adaptação fiel à obra original


A gente tá acompanhando "Ghost In The Shell" desde a escalação polêmica de Scartlett Johansson. Em consequência, acompanhamos todo o lenga-lenga dos fãs, dizendo que o filme não seria fiel ao material original sem ao menos saber da real importância de uma asiática no papel principal e o quão maravilhoso seria em ver alguém da Ásia num papel tão legal numa produção Hollywoodiana. Estamos dando só um voto de confiança para a produção por motivos de Scarlett mozão e prévias excelentes divulgadas pré-trailer. Continuamos achando problemática a mudança de etnia e vamos reformar isso em qualquer post relacionado ao filme e quando couber a colocação.

De qualquer maneira, com o primeiro trailer divulgado no domingo, chegamos a conclusão que Hollywood só vai acertar em produções baseadas em mangás "menores", de pouco conhecimento do público em geral. Por exemplo, "All You Need Is Kill", chegando em terra norte-americana como "Edge Of Tomorrow" e pra gente como "No Limite do Amanhã" é maravilhoso e poucos sabem que é baseado num mangá japonês. Com "Ghost In The Shell" não deve ser diferente.



O trailer foi divulgado em um evento todo dedicado ao filme. Além deste material, a sequência inicial do longa, com o "nascimento" da Major também foi divulgado, porém só para quem estava presente no evento. Felizmente, a lindona da IGN gravou e soltou o vídeo pra gente e tá tão sensacional quanto o trailer. Quem conhece o anime, vai perceber o quão dedicado o pessoal envolvido no filme está para trazer algo realmente fiel à obra original. Dá uma olhada.



Para quem não sabe, "Ghost in the Shell" é um mangá que se passa após 2029, onde existe uma tecnologia capaz de fazer a fusão do cérebro à computação, à rede mundial. A história cyberpunk já foi para os cinemas três vezes através de filmes e para a TV duas, além de ganhar um jogo para Playstation 2. A adaptação norte-americana chega aos cinemas no próximo ano.

Nosso hype só aumentou com o novo teaser de "Ghost In The Shell"


A gente sabe o quão errada é a escalação da maravilhosa Scarlett Johansoon para o papel de Major Motoko Kusanagi do anime "Ghost In The Shell". Não é só a mudança de uma etnia, é a perda de visibilidade da mesma e mais um whitewashing para a lista de Hollywood. Entretanto, para compensar a burrada da escolha, a produção parece ser bem promissora.

Antes de tudo, gostaríamos de frisar que conhecemos bem pouco do anime e mangá, logo não temos propriedade para dizer o quão fiel isto pode ficar. Só que o teaser liberado hoje é tão legal que os fãs nem devem se importar tanto com uma certa fidelidade — até porque é um teaser de 13 segundos, não dá pra chegar a uma conclusão com pouco tempo. No trecho, temos Motoko Kusanagi invisível lutando contra um cara. O trailer completo sai no próximo dia 13 num evento em Tóquio.


Que foda, né? Esse não é o primeiro teaser do filme. Há um tempo surgiu na internet um teaser todo misterioso de um pouco mais de um minuto. A gente não entendeu nada desse aqui, só adorou mesmo.

 
Para quem não sabe, "Ghost in the Shell" é um mangá que se passa após 2029, onde existe uma tecnologia capaz de fazer a fusão do cérebro à computação, à rede mundial. A história cyberpunk já foi para os cinemas três vezes através de filmes e para a TV duas, além de ganhar um jogo para Playstation 2. A adaptação norte-americana chega aos cinemas no próximo ano.

5 filmes que você tem a obrigação de assistir neste mês


Querido leitor do It Pop!, nós da equipe sabemos que você provavelmente já fez a sua listinha de filmes pra ver esse mês no cinema. Dentre aqueles que a gente está louco para ver, como o live action de "Mogli - O Menino Lobo", a fantasia "O Caçador e a Rainha de Gelo" e briga entre super-heróis "Guerra Civil", decidimos fazer essa listinha com cinco títulos que talvez você não conheça, mas que estão em cartaz nesse mês. Vale a pena dar uma espiadinha nos trailers! Olha só:

1. "Ave César" (14 de abril)

O novo longa dos irmãos Coen (responsáveis por "Onde os Fracos Não Têm Vez" e "Inside Llewyn Davis - Balada de Um Homem Comum") é uma verdadeira homenagem ao cinema hollywoodiano dos anos 1950. Com um elenco maravilhoso, que inclui Josh Brolin, George Clooney, Scarlett Johansson e Channing Tatum, a trama traz um faz-tudo do estúdio de cinema Capitol Pictures, que entra em apuros quando o astro de uma superprodução, Baird Whitlock (Clooney), é sequestrado durante as filmagens. Estamos super curiosos!




2. "O Escaravelho do Diabo" (14 de abril)

Baseado no famoso livro infantil escrito por Lúcia Machado de Almeida, o filme de Carlo Milani apresenta a pequena cidade Vale das Flores, onde uma série de assassinatos à pessoas ruivas começam a ocorrer. Curiosamente, todas as vítimas recebem, antes de sua morte, uma pequena caixa com um escaravelho dentro. O elenco traz como principal nome o ator Marcos Caruso. Vai rolar muita nostalgia na sessão, temos certeza!



3. "Sinfonia da Necrópole" (14 de abril)

Se você é fã de musicais, assim como a gente, não pode perder esse! "Sinfonia da Necrópole", longa dirigido por Juliana Rojas, traz um musical brasileiro totalmente original, misturando ritmos para contar uma trama cheia de humor: Deodato (Eduardo Gomes) é um medroso aprendiz de coveiro, cuja rotina é abalada depois que a funcionária do serviço funerário Jaqueline (Luciana Paes) chega para propor uma reforma total no cemitério. Amamos, sim ou claro?



4. "Amor por Direito" (21 de abril)

De cara, te damos três motivos para ver esse filme: Julianne Moore, Ellen Page e a trilha sonora com Miley Cyrus. Esse comovente drama, dirigido por Peter Sollett, traz uma policial e uma mecânica que sofrem para ter sua união reconhecida após uma delas ser diagnosticada com uma doença terminal e desejar que a parceira herde seus bens. Além das duas atrizes maravilhosas, o longa ainda conta com Steve Carrell e Michael Shannon no elenco. Uma dica: comprem lencinhos.



5. "A Frente Fria que a Chuva Traz" (28 de abril)

Este drama brasileiro, dirigido por Neville D'Almeida, ocorre na favela carioca e traz um grupo de jovens ricos que alugam uma laje para promover festas, mas impedem a participação de moradores do morro. Seus planos, no entanto, passam a ser afetados por uma frente fria, que parece despertar diversos conflitos entre eles. Destacamos o elenco, que conta com Bruna Linzmeyer, Chay Suede e Jhonny Massaro.  



Pare o que você estiver fazendo e vá ao cinema assistir "Mogli - O Menino Lobo"



O novo live action da Disney, "Mogli- O Menino Lobo", está entre nós desde a última quinta (14) e já provou ser um dos melhores realizados pelo estúdio até agora. Dirigido por Jon Favreau (de "Chef" e "Homem de Ferro"), o filme tem um grande elenco de vozes famosas tanto na versão legendada (Bill Murray, Ben Kingsley, Idris Elba, Lupita Nyong'o, Scarlett Johansson e outros) quanto na dublada (Marcos Palmeira, Dan Stulbach, Julia Lemmertz, Tiago Abravanel, Alinne Moraes e Thiago Lacerda), além de introduzir o fofíssimo Neel Sethi no papel de Mogli. O It Pop! conferiu o filme e garante: existem bons motivos para assistir a nova versão de "The Jungle Book", e a gente te conta os principais!

O motivo mais óbvio (ao menos para a gente) é o visual lindíssimo. Dá para pensar "nossa, quero visitar essa floresta! Onde ficam as locações?", até descobrir que todas as cenas foram gravadas em estúdios de Los Angeles, e os cenários e personagens produzidos inteiramente em computação gráfica. O primeiro live da Disney no estilo foi "Alice no País das Maravilhas" (2010), e os efeitos de "Mogli" tem uma aproximação forte com os de "As Aventuras de Pi" (2012) e "Avatar" (2009). Vale a pena gastar um pouquinho mais no ingresso para ver em 3D!

Confira os bastidores de "Mogli - O Menino Lobo" 

Outra razão super legal é a adaptação que o roteirista e o diretor realizaram do filme clássico de animação, lançado pela Disney em 1967, e do livro original, escrito por Rudyard Kipling e publicado em 1984. Todas as principais cenas estão lá, com diálogos praticamente iguais e as músicas que a gente já conhece (e que chegam cheias de sutileza e naturalidade às cenas). Ao mesmo tempo, a trama traz coisas novas, explorando mais o universo do filme e trazendo uma aventura que não torna a narrativa chata. 

O último ponto (e talvez o mais interessante) que vamos levantar é a discussão social e política que se constrói nas entrelinhas da história. Ela já até existia na outra versão do estúdio, mas as coisas mudaram bastante nos últimos tempos, né? Vamos explicar: Mogli é um "filhote" diferente de todos daquele meio e, apesar de ser criado por lobos, não se identifica com eles. Sabendo que ele é humano, os outros animais têm medo de que ele se torne perigoso, visto que nossa espécie domina o fogo ("flor vermelha", no filme). Todo esse preconceito é evidenciado pelo tigre Shere Khan, que faz questão de impor medo no ambiente e deixar claro que o garoto não é capaz de pertencer à uma família que não é tradicional (no caso, da mesma espécie).

O controlador tigre Shere Khan é o vilão da trama 

Dito isso, a fábula mostra questões de aceitação às diferenças, explorando também temas de amizade, lealdade e democracia. A verdadeira definição de "família" fica clara nos últimos minutos, com um final que difere da animação e traz para as telonas alguns valores da geração moderna (não podemos contar o que acontece, seria spoiler!). 

Com o sucesso e boa aceitação da crítica de "Mogli - O Menino Lobo", a Disney já iniciou as negociações para uma sequência, trazendo de volta o diretor, o roteirista e Neel Sethi. Estamos animados! E você, já viu o filme? Confira o trailer abaixo:

Atrasado, o primeiro trailer de 'Mogli - O Menino Lobo' finalmente está entre nós!


No domingo, a Disney prometeu a primeira prévia de "Mogli - O Menino Lobo", talvez a primeira adaptação de tal história que realmente funcione no cinema, para ontem, segunda-feira. Ficamos de plantão por estar extremamente animados quanto ao longa e, no fim, fomos otários e por motivos ainda não divulgados, foi só liberado hoje. Mas valeu a pena a espera, viu?

Como a maioria dos teasers, somos apresentados a um recorte de cenas desconexas, mostrando algo grandioso pela frente. Claro, apenas essas cenas não são o suficiente e temos Scarlett Johansson narrando-as, e apenas nos segundos finais do vídeo que sua personagem é revelada, seguida de mais algumas cenas, porém mostradas com uma pitada de adrenalina e um tom pra lá épico. Assista.



No filme, acompanharemos Mogli (Neel Sethi), um menino que foi criado por uma família de lobos (ha!). O garoto não sente-se mais bem-vindo na floresta devido ao tigre Shere Khan (voz de Idris Elba), cheio de cicatrizes de caçadores, que pretende eliminar aqueles que possam ser uma ameça para ele. Assim, Mogli se vê obrigado a fugir, e embarca numa aventura ao lado da pantera Baguera Baguera (voz de Ben Kingsley) e do urso  urso Baloo (voz de Bill Murray).

Além dos nomes citados, "Mogli - O Menino Lobo" conta com as vozes de Christopher Walken, Giancarlo Esposito e Lupita Nyong’o. O filme está previsto para estrear no Brasil em 14 de abril de 2016.

Assista ao trailer de 'Black Widow: Age of Me', primeiro filme solo da Viúva Negra (ou quase isso)

Muitos têm se perguntando por que diabos a Scarlett Johansson não é dona de um filme solo para chamar de seu, vivendo na pele de Viúva Negra, ainda mais agora com "Lucy", comprovando que a guria consegue segurar sozinha um filme, assim como Chris Evans, Robert Downey Jr. ou Chris Hemsworth. A resposta está em nossa cara há um bom tempo: a Marvel parece não acreditar tanto em tal personagem. A descrença é tão grande que até mesmo action figures da moça não foram feitos, gerando uma espécie de protesto por Mark Ruffalo pelo Twitter.

Scarlett Johansson será a protagonista da adaptação para os cinemas de 'Ghost in the Shell', mas o que é isso?

No ano de 2014 Scarlett Johansson deu um grande salto em sua carreira devido as suas excelentes escolhas de papéis. A atriz deu voz à Samantha em "Ela", entregou seu corpo em "Sob a Pele", foi nossa heroína nada convencional em "Lucy" e retornou ao papel da misteriosa Viúva Negra em "Capitão América: O Soldado Invernal" - detalhe: todos estes filmes apareceram em nossa lista com os melhores de ano. Além destes, a moça estava de olho no papel principal de uma adaptação de um mangá e parece que ela já o agarrou com unhas e dentes.

De acordo com a Varity, Johansson será Major Motoko Kusanagi, uma ciborgue com alma humana, em "Ghost In The Shell". Os fãs do mangá japonês já caíram no Twitter xingando muito, nada satisfeitos com a mudança de etnia do personagem. Amigos, melhorem. Podemos ter essa mudança drástica, mas quem sabe teremos uma grande atuação de Scarlett? Algo não muito difícil de acontecer, visto os últimos filmes que a moça participou.

Para quem não sabe, "Ghost in the Shell" é um mangá que se passa após 2029, onde existe uma tecnologia capaz de fazer a fusão do cérebro à computação, à rede mundial. A história cyberpunk já foi para os cinemas três vezes através de filmes anime, e para a TV duas, além de ganhar um jogo para Playstation 2. A adaptação norte-americana foi anunciada há cinco anos atrás, mas foi só no ano passado que surgiu a primeira novidade do filme. Rupert Sanders ("Branca de Neve e o Caçador") como o diretor da adaptação. Com o anuncio de que Scarlett Johansson viverá na pele de Major Motoko Kusanagi, levamos a crer que novas informações devem sair em breve.

Overdose | Sem collant e capa vermelha, 'Lucy' nos traz um filme de super-herói diferente!

Depois de um fucking  mês, o Overdose  está de volta. E para esse comeback ser digno escolhemos um filme de super-heróis extremamente despretensioso que ficou em primeiro lugar nas bilheterias do EUA, em seu final de semana de estréia. "Lucy"! Depois de incorporar a sedutora Viúva Negra, Scarlett Johansson interpreta a personagem-título que, diferente de Natasha Romanoff, tem super poderes.

"Os Vingadores 2 - A Era de Ultron" ganha suas primeiras imagens oficiais, e a origem do grande vilão é revelada!


O grande filme da Marvel que reuniu todos seus heróis (no cinema) está prestes a ganhar sua continuação. Parece que está longe, mas "Os Vingadores 2 - A Era de Ultron" está mais próximo do que imaginamos. Tão próximo que o aguardado longa da Marvel ganhou enfim suas primeiras fotos oficiais. Temos os velhos conhecidos: Homem de Ferro (Robert Downey, Jr), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). E temos os novatos: Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson). Aaah, um dos visuais de Ultron (o grande vilão deste longa) foi revelado também!

As imagens foram reveladas na nova edição da revista Entertainment, e não é só isso que temos de novidade!

Os rumores que apontavam que Tony Stark seria o "criador" de Ultron (James Spader) são reais. Stark criará uma espécie de inteligência artificial para conter ameaças no mundo todo, e ela comandará uma legião de drones (algo bem similar à "Homem de Ferro 3"). Porém, tal inteligência artificial, agora Ultron, reconhece que a verdadeira ameaça é a raça humana, ele será nossa "salvação". "Ultron vê como as coisas funcionam e diz 'Ok, precisamos de uma mudança radical, que será violenta e apavorante, para depois tornar tudo melhor'; ele não vai fazer só 'Muhaha, eu comando!'", explica o diretor Joss Whedon.

As novidades não param por aí! Em entrevista à IGN, Kevin Feige, presidente da Marvel Studios falou um pouco sobre o fato de que agora, os Vingadores são financiados por Tony Stark. "A S.H.I.E.L.D. acabou, foi dissolvida e derrubada no final de O Soldado Invernal pois acabou não sendo a melhor organização de todas. Então Tony está bancando os Vingadores agora. Está bancando o quartel-general do grupo e agora é a Torre dos Vingadores. Tony projetou, além de um espaço para um novíssimo Quinjet, laboratórios, um espaço em que ele pode construir e guardar as armaduras do Homem de Ferro".

Ok, grande parte dos rumores está se concretizando. Quais serão os novos para a Comic-Con San Diego desse ano? Com certeza diversas novidades serão reveladas no evento. E enquanto dia 24 não chega, veja as imagens liberadas e fique com um gostinho de quero mais!


"Os Vingadores 2 - A Era de Ultron" chega aos cinemas em Maio de 2015! 

Novos trailers e posteres de "Capitão América: O Soldado Invernal"!


Humanos! O melhor filme já feito pela Marvel Studios está cada vez mais próximo. E não sabemos disso porque falta apenas um mês para a estreia do filme. E sim pela divulgação em massa da Marvel trazendo um novo trailer ou poster todos os dias. Ainda nessa semana saberemos praticamente todo o enredo do filme. Enfim, recentemente o longa "Capitão América: O Soldado Invernal" recebeu dois trailers e posteres que merecem sua atenção!

Comecemos então com um featurette de Viúva Negra, vivida pela bela, e agora grávida, Scarlett Johansson. Nesse featurette conhecemos um pouco mais da enigmática personagem. O vídeo merece seu play por que sim.


Agora o mais interessante e com um gostinho de quero mais. Uma prévia de quatro minutos, três na verdade, do que pode ser a sequência inicial do filme. O minuto adicional apresenta um compilado de várias cenas do longa.


E mais três posteres foram liberados. Falcão (Anthony Mackie), nosso herói e o vilão do filme, Soldado Invernal (Sebastian Stan) estampam os novos posteres!


Dando continuidade a chamada Fase 2 da Marvel nos cinemas, "Capitão América: O Soldado Invernal" se passa dois anos após os eventos mostrados em "Os Vingadores". Steve Rogers luta para cumprir seu papel no mundo moderno, e une suas forças com Natasha Romanoff, também conhecida como Viúva Negra, para derrotar um poderoso e misterioso inimigo na cidade de Washington.

"Capitão América: O Soldado Invernal" chega aos cinemas brasileiros no dia 10 de Abril!

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