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Lana Del Rey
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Ultraviolence
Assista ao clipe (e que venha "Brooklyn Baby"):
Lana Del Rey é a noiva abandonada no solitário e simplista clipe de "Ultraviolence", assista!
Depois de reinar no mundo inteiro com o lançamento do seu novo disco, "Ultraviolence", que rendeu o primeiro #1 nos EUA, Lana Del Rey partiu para a maratona de clipes para os singles que antecederam o álbum ("West Coast", "Shades of Cool", "Ultraviolence" e "Brooklyn Baby"). Chegou a hora do terceiro e faixa-clipe.
O clipe é inteiramente simplista: Lana vaga melancolicamente vestida de noiva até entrar numa igreja para a marcha nupcial, porém a igreja está vazia. Filmado com os mesmos filtros envelhecidos de "Summertime Sadness", o clipe poderia sim render algo espetacular pela temática fortíssima da canção, mas vai ver que foi esse exato ponto que o fez ser tão básico - um clipe de uma música com violência doméstica como tema não iria agradar, certamente -, tanto que não foi postado nem no canal VEVO da cantora nem o seu canal oficial, e sim no canal Noisey. Apesar da simplicidade crua, o clipe não foge da temática vintage de Lana, então já estamos acostumados, né?
Assista ao clipe (e que venha "Brooklyn Baby"):
Comunicólogo, designer e patriarcadofóbico. Bebe cultura pop no café da manhã e almoça filme cult romeno, acha que a criatividade é a força mais poderosa que existe e enaltece "Bacurau" sempre que pode. Crítico de cinema na coluna Cinematofagia, facilmente encontrável no Instagram.
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Lana Del Rey há pouco tempo lançou o clipe cinematográfico para "Shades of Cool", seu novo single com o álbum "Ultraviolence" (leia nossa resenha para o mesmo aqui), onde ela nos apresenta seu sugar daddy em cenas lindas de morrer, e, como todos sabemos, ela nasceu para morrer, e é isso mesmo que acontece na versão director's cut do clipe de "Shades of Cool".
Lana Del Rey morre afogada na versão do diretor de "Shades of Cool", assista!
Lana Del Rey há pouco tempo lançou o clipe cinematográfico para "Shades of Cool", seu novo single com o álbum "Ultraviolence" (leia nossa resenha para o mesmo aqui), onde ela nos apresenta seu sugar daddy em cenas lindas de morrer, e, como todos sabemos, ela nasceu para morrer, e é isso mesmo que acontece na versão director's cut do clipe de "Shades of Cool".
No melhor jeitinho "Born To Die" de ser, nossa rainha dos lábios incorpora o clipe de "Blue Jean" e cai na água até se afogar, mudando um pouquinho o rumo da versão original. Nada do que ela não tenha feito antes, né? Morrer é sua especialidade. Dirigido por Jake Nava (o mesmo diretor de "Single Ladies" da Beyoncé), o clipe pode (e deve) ganhar ao menos uma indicação no próximo VMA, porque tá só divino.
Assista ao clipe de "Shades of Cool (Director's Cut)" abaixo junto com a versão original e veja a diferença (montagem feita pelo Lana Del Lovers):
Comunicólogo, designer e patriarcadofóbico. Bebe cultura pop no café da manhã e almoça filme cult romeno, acha que a criatividade é a força mais poderosa que existe e enaltece "Bacurau" sempre que pode. Crítico de cinema na coluna Cinematofagia, facilmente encontrável no Instagram.
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Album Review: Lana Del Rey abandona a velha Hollywood para abraçar o indie rock em "Ultraviolence"
Se houve uma cantora da música contemporânea que viu sua carreira ascender de forma monstruosa essa cantora é Lana Del Rey. Nem ela (nem sua gravadora) achavam que ela se tornaria um ícone quando "Video Games", o primeiro single da cantora, saiu, lá em 2011. Mas ela conseguiu, tanto pelo seu visual retrô quanto por suas músicas.
Em 2012 veio então o debut album (na verdade o segundo da cantora, mas o primeiro com a persona Lana e o primeiro grande lançamento), "Born To Die". Apesar de não agradar tanto a crítica, o público aceitou o descontentamento contente de Lana e o álbum - e seus vários singles - viraram temas e hinos para inúmeras pessoas. A prova são as duas milhões de cópias vendidas só nos EUA e Reino Unido.
Depois de estrear de forma tão avassaladora um mal conhecido abateu à musa: o mal do segundo álbum. A pressão é enorme, e com a magnitude do "Born To Die" tudo se acentua. Eis que surge o "Ultraviolence". O título vem do livro/filme "Laranja Mecânica" e é o lema dos seus protagonistas. A "ultraviolência" significava a libertação anarquista das rédeas governamentais e do sistema por meio da violência, do caos. Nas mãos da Rainha do Posto de Gasolina o conceito se torna mais amplo e menos cru.
Produzido principalmente por Dan Auerbach, líder da banda The Black Keys, Lana deixa a sonoridade indie rock de Dan inundar as veias do seu álbum, descrito pelos dois como "monstro sonoro" e "quase inaudível". Vamos faixa à faixa dissecar esse monstro numa autópsia cuidadosa.
1) "Cruel World"
O "Ultraviolence" é aberto com sua maior música. Trazendo a nova roupagem de Lana, no começo parece que erramos de música e estamos ouvindo "Born This Way (Country Road Version)" da Lady Gaga, o que dá um sustinho por se tratar de Lana, mas a guitarra entrega o tom ao ritmo de "Cruel World" enquanto vocais cavernosos soltam "Todos sabem que eu sou a melhor, que sou louca". Poderia ser menor, mas o refrão e o pós-refrão são pesados e intensos.
2) "Ultraviolence"
Se há um tema que Lana adora é o amor sem limites, aquele que dói e mata. Já foram inúmeras músicas com esse amor doentio, de "Blue Jeans" até "Without You", mas é em "Ultraviolence" que esse conceito chega no nível abissal. A música claramente trata de violência doméstica - "ele me bate e parece um beijo". Aqui Lana ama da forma mais violenta possível (ultraviolentamente), e isso a destrói. De "Ele me machucou, mas eu senti como amor verdadeiro" até "Eu posso ouvir sirenes" (da polícia? ambulância?), "Ultraviolence" é uma música que faz jus ao seu nome: poderosa, devastadora e perigosa, mas parece um beijo.
3) "Shades of Cool"
Essa é a "Off To The Races" do "Ultraviolence". Lana e seu amado incorrigível, inatingível, inexorável. "Não posso entrar em seu mundo porque você vive em tons de frieza. Seu coração é inquebrável" é a evolução do "Meu velho homem é um homem mau, mas não posso negar o modo como ele segura minha mão". O refrão, como já foi afirmado, é aquele tema de 007 sem querer, e o solo de guitarra de Dan Auerbach no final é para matar qualquer um.
4) "Brooklyn Baby"
Escrita à quatro mãos - Lana e seu noivo maravilhoso Barrie O'Neill -, a música é ao mesmo tempo sobre o romance dos dois e uma homagem a Lou Reed, que faleceu pouco antes de compor com Lana. Fofíssima em proporções inigualáveis, o bebê do Brooklyn canta Reed enquanto o namorado toca guitarra. Ele é super legal, mas não tão legal quanto ela, que tem uma coleção de jazz sensacional. E ainda há tempo de falar sobre a Geração Beat em "Estou falando da minha geração, se não gostou tente nos superar. Beat it, baby". Daquelas músicas pra fazer serenata na janela. Notem os background vocals de Seth Kaufman no final. Arrepiante.
5) "West Coast"
"Lá na Costa Oeste eles tem um ditado: se você não está bebendo você não está jogando..." inicia Lana no lead single do "Ultraviolence". Ainda há algo a ser falado sobre essa obra-prima? Carregada de paixão, o declínio do instrumental entre a ponte e o refrão é como uma queda gloriosa num abismo sem fim, tudo feito de forma tão sutil e bem produzida - Auerbach novamente - que é quase sobrenatural. E ainda temos a versão "Radio Mix", que, incrivelmente, é tão magnífica quanto a original. "He's crazy y cubano como ya, ma love". Novamente: obra-prima.
6) "Sad Girl"
Custou a crescer, mas "Sad Girl" é uma interessante versão de "Boonie e Clyde", que, apesar de simplista, tem partes envolventes, como o baixo, o mellotron e o piano combinados na ponte "Mas você ainda não viu meu homem". Bem de mansinho a canção vai te apertando e quando chega no refrão você já é dela. "Eu sou uma garota triste, uma garota louca, uma garota má". Pode soar como filler pela simplicidade (e por vir depois de "West Coast"), mas dê uma chance, "Sad Girl" é delicinha demais.
7) "Pretty When You Cry"
Quase que uma continuação de "Sad Girl", só que mais chata e monótona, "Pretty When You Cry" cria um buraco no andar da carruagem por ser demasiadamente lenta e sem pique, tanto no seu instrumental, letra e vocais abafados e cheios de ecos, tornando tudo ainda mais pesado. Tem lá sua beleza na melancolia de Lana - como sempre - mas os versos são melhores que o refrão (e muito) e o botão de "Next" parece piscar. Próxima.
8) "Money Power Glory"
Com elementos gospel, "Moner Power Glory" é uma música que seria facilmente cantada por Madonna na sua fase "Like a Prayer". Os versos são contidos, porém o refrão nos joga com força num hinístico "Eu quero dinheiro, quero todo seu poder e toda sua glória", gradativamente crescendo com a guitarra arranhando ao fundo, até cair no "Aleluia!". Música para o próximo culto, só faltou um "Can I get an amen?" no fim. Eita hino maravilhoso, glorifica igreja!
9) "Fucked My Way Up To The Top"
Lana Del Ostentação pode sim. "O que eu faço, eu faço melhor" e "Eu sou um dragão, você uma puta" traçam a letra destrutiva em busca do sucesso ("Esse é meu show") que Lana já mostrou em algumas canções - como "Go Go Dancer". Na ponte temos um leve barulho de locomotiva que nos leva até o refrão divino. Melhor parte: "Need you baby, like I breathe you, baby, need you baby, more, more, more, more", principalmente no finalzinho.
10) "Old Money"
Não há palavra melhor para descrever "Old Money" que "arrebatadora". Brilhante de forma apoteótica, é absurda a forma que Lana conduz seus vocais crus e quase sem melodia de apoio, numa música que tem o cheiro de Oscar caso fosse trilha-sonora de algum filme e que poderia ser, ao contrário da beleza e juventude, eterna. "Por dentro eu ainda me sinto sozinha, por razões desconhecidas por mim". GENIAL.
11) "The Other Woman"
Cover da música de Nina Simone lançada em 1959, Lana preservou o ar LP da canção, o que a faz lembrar "Blue Velvet", mas "The Other Woman" inevitavelmente soa deslocada do resto da tracklist, como se uma faixa antiga surgisse no modo "Aleatório" de qualquer player - poderia ser lançada como faixa bônus. Pode funcionar para aqueles saudosistas do jazz dos anos 60.
12) "Black Beauty"
Planejada inicialmente para a tracklist original do "Ultraviolence" (e talvez até ser carro chefe do álbum), "Black Beauty" vazou na sua versão demo há um ano, o que a fez ser rebaixada às faixas bônus da versão deluxe. Produzida por Paul Epworth - produtor ganhador do Grammy com "Rolling In The Deep" da Adele e do Oscar com "Skyfall" - a faixa não é o que há de melhor no álbum, com uma melodia sem ânimo que só há os vocais de Lana para nos entreter. Bonitinha e só.
13) "Guns And Roses"
"Ele ama Guns and Roses, Guns and Roses, Guns and Roses, and Roses, Roses, Roses", sério amiga? O pior refrão de todo o álbum, sem a menor inspiração, compete com o resto da canção na luta do que é mais boring. Poderia não existir ou dar lugar à alguma das milhares de unreleaseds vida da cantora, como "Never Let Me Go". Sono, coma, eutanásia.
14) "Florida Kilos"
Sempre que essa música toca uma pergunta surge no céu feita com nuvens brancas: "Por que deus isso é só uma faixa bônus???". Melhor que váaarias faixas da versão standard, "Florida Kilos" é uma delícia com kilos (rs) de sintetizadores dos deuses e vocais debochados que ouvimos - e amamos - em "Lolita". O título é um trocadilho com "Florida Keys", um arquipélago na Flórida, e o nome da banda de Dan Auerbach, The Black Keys ("Nós poderíamos ver The Kilos ou The Keys"). Pra ouvir de joelhos e no repeat. YAYO ALL THE DOPE FRIENDS!
RESUMINDO: Indo para um nível mais profundo do seu conceito musical fantasioso e manipulador de sentimentos, Lana Del Rey, ao lado de Dan Auerbach, orquestra mais uma obra ímpar. Deixar o tom hip-hop da velha Hollywood que sustentava o "Born To Die" (e que nos fez amá-la) pelo rock violento e soberbo foi, de fato, um baque que à primeira vista mostrou-se intragável, mas as doses cavalares de um amor incontrolável, seja amor humano ou amor pela música, faz do "Ultraviolence" um álbum arrebatador e perigoso a ser digerido com calma, uma poesia quase gótica. Não, o "Ultraviolence" não é melhor que o "Born To Die", a obra-prima da cantora superior em todos os aspectos, todavia alguém acreditava que este seria superado? Claro, isso não diminui tudo que há de incrível no "Ultraviolence", só coloca em xeque o que há de não tão bom, e há sim exemplares disto aqui.
Comunicólogo, designer e patriarcadofóbico. Bebe cultura pop no café da manhã e almoça filme cult romeno, acha que a criatividade é a força mais poderosa que existe e enaltece "Bacurau" sempre que pode. Crítico de cinema na coluna Cinematofagia, facilmente encontrável no Instagram.
Lana Del Rey
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Veja todos os 50 tons de frieza em "Shades of Cool":
50 tons de frieza no novo clipe de Lana Del Rey, assista "Shades of Cool"!
Lana Del Rey finalmente lançou seu novíssimo (e inaudível) álbum, "Ultraviolence" (você pode - tentar - ouvi-lo clicando aqui), e, ao que parece, estamos lidando com um visual album. Lana já lançou o clipe de "West Coast" e tem prévias rolando de "Ultraviolence" e "Pretty When You Cry", ou seja, tudo pode acontecer.
Em "Shades of Cool", novo clipe da musa labial, continuamos recebendo a proposta simplista vista em "West Coast", mas dessa vez com mais efeitos, cores e cenas externas onde Lana linda de morrer acompanha seu sugar daddy e outra numa piscina só para vermos como esse nariz fake é perfeito. Mulher para de ser linda! Achamos tudo isso interessante e conceitual, mas Del Rey, estamos esperando um clipe antológico como o de "Blue Jean", "National Anthem" e "Ride", ok?
Em "Shades of Cool", novo clipe da musa labial, continuamos recebendo a proposta simplista vista em "West Coast", mas dessa vez com mais efeitos, cores e cenas externas onde Lana linda de morrer acompanha seu sugar daddy e outra numa piscina só para vermos como esse nariz fake é perfeito. Mulher para de ser linda! Achamos tudo isso interessante e conceitual, mas Del Rey, estamos esperando um clipe antológico como o de "Blue Jean", "National Anthem" e "Ride", ok?
Veja todos os 50 tons de frieza em "Shades of Cool":
Comunicólogo, designer e patriarcadofóbico. Bebe cultura pop no café da manhã e almoça filme cult romeno, acha que a criatividade é a força mais poderosa que existe e enaltece "Bacurau" sempre que pode. Crítico de cinema na coluna Cinematofagia, facilmente encontrável no Instagram.
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Ouça "Brooklyn Baby", nova faixa de Lana Del Rey com o "Ultraviolence"!
Lana Del Rey decidiu investir pesado em divulgação com seu novo álbum, "Ultraviolence". Já foi váaaarios posters, cartazes e outdoors espalhados pelo mundo, já foi o lead single "West Coast" e os buzz single "Shades of Cool" e "Ultraviolence". Agora a musa lança mais um single promocional para ajudar no bafafá, "Brooklyn Baby".
Trazendo mais da nova sonoridade da cantora, temos acordes de guitarra bem evidentes na pinta rock emo e gótica que conhecemos em "West Coast", com muitos falsetes e aquela letra com amores impossíveis e melancólicos ("Eles dizem que sou muito nova para te amar"). Mais um ponto para a rainha dos lábios de 12 kg que faz nossa expectativa crescer ainda mais.
Ouça "Brooklyn Baby"!
Comunicólogo, designer e patriarcadofóbico. Bebe cultura pop no café da manhã e almoça filme cult romeno, acha que a criatividade é a força mais poderosa que existe e enaltece "Bacurau" sempre que pode. Crítico de cinema na coluna Cinematofagia, facilmente encontrável no Instagram.
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