Eis que o primeiro semestre de 2013 acabou - mas já? Durante esses seis primeiros meses do ano, váaaarios álbuns foram lançados, de debuts a comebacks. Como somos apressados, já saímos listando quais são nossos álbuns preferidos lançados entre janeiro e junho de 2013, e nos surpreendemos com algo inédito: os novatos sambaram nos veteranos (dos oito álbuns aqui constados, cinco são de estreia). Então decidimos bolar uma lista: cada blogueiro do portal pop mais cremoso da rede mundial de computadores escolheu o seu álbum favorito do ano (até agora) e comentou o motivo de ele ser tão delícia assim. Tem hip-hop, tem barroco, tem k-pop e muito mais! Confiram, em ordem alfabética por blogueiro, os melhores álbuns da primeira metade de 2013!
"Yeezus" - Kanye West
Em um ano de poucos destaques, Kanye West mais do que inesperadamente lançou o polêmico "Yeezus" no mês de junho. Se comparando a Deus o tempo todo, o álbum, que tem como um dos produtores o duo Daft Punk, é impecável do início ao fim, trazendo elementos extremamente sintéticos em meio aos versos de hip-hop falados com tanta genialidade por Kanye. Corais, samples de clássicos da década de 40, sussurros e gritos apavorantes também se juntam na mistura pra formar o impressionante "Yeezus", definitivamente um dos mais originais e melhores álbuns do ano. Música favorita: "New Slaves".
"Save Rock And Roll" - Fall Out Boy
Os caras da Fall Out Boy não precisavam provar mais nada a ninguém, uma vez que, mesmo já não possuindo a fama de outrora, conquistaram uma legião de fãs ao redor do mundo. Mas para o caso de alguém ainda possuir dúvidas, eles fizeram um dos retornos mais surpreendentes desse ano, com a presunçosa promessa de salvar o rock e diversas colaborações interessantes no "Save Rock And Roll". Das baladinhas aos sons mais energéticos, o disco não traz nada que eles já não tivessem mostrado anteriormente, mas convence e nos lembra o porquê de termos parado para escutar a tal bandinha emo láaaa em 2003. Música favorita: "Rat A Tat (feat. Courtney Love)".
Gustavo Hackaq
"The Golden Age" - Woodkid
O nostálgico álbum de estreia do Woodkid consegue aliar os talentos cinematográficos do cantor (ele dirigiu o clipe de "Born To Die" e "Blue Jeans" da Lana Del Rey e "Teenage Dream" da Katy Perry) com sua sonoridade absurdamente poderosa. Épico, misterioso, ousado e com sinestesia em abundância, "The Golden Age" tem explosões de sentimentos que nos prendem de forma antológica, empacotadas com os vocais hipnóticos de Yoann Lemoine e letras poéticas sobre a redenção, a busca pela felicidade e a infância, que é a sua "era de ouro". Com cornetas, tambores, trompetes e sinos - uma orquestra - cada música é uma injeção caleidoscópica e retumbante direto na sua corrente sanguínea, o que pode assustar. Viajar através do mundo guiado pela voz (e pelos destruidores videoclipes) de Woodkid é uma aventura escura e pomposa, que termina numa obra-prima. Música favorita: "Run Boy Run".
Maicon Alex
"Bad Blood" - Bastille
Arrasador, épico, emocionante, profundo e inteligente: são tantos predicados para descrever "Bad Blood", álbum de estreia do Bastille. Seja pela forma genial de sua composição, referenciada pelas inúmeras metáforas em alusão a fatos históricos e bíblicos, que te levam a mergulhar numa odisseia lírica sobre crises amorosas e existenciais, que foram ou serão vivenciadas por todos nós em algum estágio de nossas vidas. Ou até mesmo pela honestidade e a forma singela como cada faixa foi produzida por Dan Smith e sua trupe, deixando o resultado final com uma qualidade impressionante, cheio de elementos indie-pop, percussões e corais cativantes, repleto de versos grandiosos pra cantar junto. Se um álbum de estreia é o que costuma definir um artista, por nos apresentar uma novidade, diríamos que a do Bastille, além de arrasadora, veio pra ficar por muito tempo. Música favorita: "Oblivion".
Maria Carolina
"Trap" - Henry
Em sua primeira oportunidade solo, Henry, membro do "Super Junior", não fez feio. Em "Trap" ele nos surpreende com talento e maturidade, coisas raras para um álbum de estreia; feito a partir de suas próprias composições, o cantor nos mostra um trabalho completo e bem feito. Seu primeiro álbum incorpora tanto músicas mais animadas quando baladas mais tristes (e até arrisca uma faixa em inglês), terminando sem nenhuma música descartável, e nos deixando satisfeitos e ansiosos por seus próximos trabalhos. Música favorita: "I Would".
Sebastião Mota
"Free The Universe" - Major Lazer
O que esperar do segundo álbum da mente por trás de um dos hits mais sampleados EVER (leia-se Beyoncé, Nicola Roberts, Anitta, etc)? Sem Switch, Diplo segue com os trabalhos do Major Lazer com participações über especiais de Santigold, Danielle Haim, Peaches, Ezra Koenig (Vampire Weekend), Amber Coffman (Dirty Projectors) e Bruno Mars. O álbum pode não ser tão audacioso e unidirecional como o debut do produtor, mas a influência jamaicana ainda está ali (a poderosíssima "Jessica" que o diga). A produção em "Free The Universe" é tão marcante que até as faixas mais lentas ~e nenhum pouco inferiores~ não se perdem entre as eletrônicas fusões de hip-hop, moombathon, reggae, R&B e house, tampouco destroem o "twerk coletivo" pós-"Watch Out For This". No fim de tudo, "Free The Universe" é uma coletânea eclética de hinos hipsters feitos sob medida para todas as praças. Música preferida: "Get Free (feat. Amber of Dirty Projectors)".
AYKE COMO SOMOS RIPSTÁS! Os blogueiros mais alternês e andergraundes da blogosfera! E então, gostaram das escolhas? Não conheciam algum dos álbuns e vão agora correr para ouvir e amar? Ou achou que algum desses aí foi ofensivo e/ou que outro merecia estar? Dissertem! Ah, e até dezembro com a lista final, beijos.
Gustavo Hackaq
"The Golden Age" - Woodkid
O nostálgico álbum de estreia do Woodkid consegue aliar os talentos cinematográficos do cantor (ele dirigiu o clipe de "Born To Die" e "Blue Jeans" da Lana Del Rey e "Teenage Dream" da Katy Perry) com sua sonoridade absurdamente poderosa. Épico, misterioso, ousado e com sinestesia em abundância, "The Golden Age" tem explosões de sentimentos que nos prendem de forma antológica, empacotadas com os vocais hipnóticos de Yoann Lemoine e letras poéticas sobre a redenção, a busca pela felicidade e a infância, que é a sua "era de ouro". Com cornetas, tambores, trompetes e sinos - uma orquestra - cada música é uma injeção caleidoscópica e retumbante direto na sua corrente sanguínea, o que pode assustar. Viajar através do mundo guiado pela voz (e pelos destruidores videoclipes) de Woodkid é uma aventura escura e pomposa, que termina numa obra-prima. Música favorita: "Run Boy Run".
"True Romance" - Charli XCX
Transitando por, pelo menos, três décadas de música pop (80's, 90's e os anos 2000), Charli XCX nos traz seu debut executado com tanta excelência. Ao revisitar o passado, que é cheio de ótima e diversas referências, Charli não relaxou e desenvolveu um produto genérico, mas sim recriou um infinito de melodias e sonoridades com sintetizadores tão pesados quanto as emoções que podemos ouvir durante a deliciosa tracklist. Recriar sonoridades, revisitar décadas passadas sem perder a urbanidade de hoje e ainda manter uma identidade tão singular a ponto de ouvirmos qualquer música e identificarmos que ali tem um toque XCX não é tarefa fácil, mas Charli conseguiu, junto ao drama e caos também presentes, em seu primeiro álbum, nos mostrando a que veio. E definitivamente, não veio só de passagem. Música preferida: "Set Me Free".Maicon Alex
"Bad Blood" - Bastille
Arrasador, épico, emocionante, profundo e inteligente: são tantos predicados para descrever "Bad Blood", álbum de estreia do Bastille. Seja pela forma genial de sua composição, referenciada pelas inúmeras metáforas em alusão a fatos históricos e bíblicos, que te levam a mergulhar numa odisseia lírica sobre crises amorosas e existenciais, que foram ou serão vivenciadas por todos nós em algum estágio de nossas vidas. Ou até mesmo pela honestidade e a forma singela como cada faixa foi produzida por Dan Smith e sua trupe, deixando o resultado final com uma qualidade impressionante, cheio de elementos indie-pop, percussões e corais cativantes, repleto de versos grandiosos pra cantar junto. Se um álbum de estreia é o que costuma definir um artista, por nos apresentar uma novidade, diríamos que a do Bastille, além de arrasadora, veio pra ficar por muito tempo. Música favorita: "Oblivion".
Marcos Braz
"Long Way Down" - Tom Odell
"Long Way Down" é, sem dúvidas, um dos maiores destaques do ano. E, na realidade, nem é esta a pretensão de Tom Odell. Ele é mais do que um cantor ou compostor: é como se, por meio da música, ele transmitisse tudo aquilo que sente e fosse esta a sua mais honesta e verdadeira forma de se expressar. Todas as faixas foram escritas e produzidas por ele, o que deixa o álbum mais harmonioso e conexo. Se você entender a proposta do cantor, ficará claro que a perfeição do álbum também está nos detalhes. O talento de Odell é imensurável, e isto pode ser comprovado com "Long Way Down". Cada música tem seu brilho próprio, e arrisco dizer que as mais impressionantes sejam também as mais tristes, que soam tão honestas e originais por carregarem toda a dor do intérprete. Música favorita: "Another Love".Maria Carolina
"Trap" - Henry
Em sua primeira oportunidade solo, Henry, membro do "Super Junior", não fez feio. Em "Trap" ele nos surpreende com talento e maturidade, coisas raras para um álbum de estreia; feito a partir de suas próprias composições, o cantor nos mostra um trabalho completo e bem feito. Seu primeiro álbum incorpora tanto músicas mais animadas quando baladas mais tristes (e até arrisca uma faixa em inglês), terminando sem nenhuma música descartável, e nos deixando satisfeitos e ansiosos por seus próximos trabalhos. Música favorita: "I Would".
Sebastião Mota
"Free The Universe" - Major Lazer
O que esperar do segundo álbum da mente por trás de um dos hits mais sampleados EVER (leia-se Beyoncé, Nicola Roberts, Anitta, etc)? Sem Switch, Diplo segue com os trabalhos do Major Lazer com participações über especiais de Santigold, Danielle Haim, Peaches, Ezra Koenig (Vampire Weekend), Amber Coffman (Dirty Projectors) e Bruno Mars. O álbum pode não ser tão audacioso e unidirecional como o debut do produtor, mas a influência jamaicana ainda está ali (a poderosíssima "Jessica" que o diga). A produção em "Free The Universe" é tão marcante que até as faixas mais lentas ~e nenhum pouco inferiores~ não se perdem entre as eletrônicas fusões de hip-hop, moombathon, reggae, R&B e house, tampouco destroem o "twerk coletivo" pós-"Watch Out For This". No fim de tudo, "Free The Universe" é uma coletânea eclética de hinos hipsters feitos sob medida para todas as praças. Música preferida: "Get Free (feat. Amber of Dirty Projectors)".
AYKE COMO SOMOS RIPSTÁS! Os blogueiros mais alternês e andergraundes da blogosfera! E então, gostaram das escolhas? Não conheciam algum dos álbuns e vão agora correr para ouvir e amar? Ou achou que algum desses aí foi ofensivo e/ou que outro merecia estar? Dissertem! Ah, e até dezembro com a lista final, beijos.