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Pare o que estiver fazendo e assista ao primeiro trailer de "Uma Dobra no Tempo"

Previamente a San Diego Comic-Con, desde 2009 a Disney traz a D23, sua própria convenção onde projetos são anunciados, trailers são exibidos e todos nós voltamos a ser crianças com as novidades da casa do Mickey. Dentre as inúmeras coisas legais que estão acontecendo no evento, tivemos o primeiro trailer de "Uma Dobra no Tempo", produção que deveria ter ganho sua atenção só com seu elenco.

O longa-metragem traz a proprietária da TV Oprah Winfrey, o acima da média Chris Pine, a maior loira que nós respeitamos Reese Witherspoon, além da fofíssima Storm Reid, de "12 Anos de Escravidão". A produção conta com direção de Ava DuVerNay ("Selma"), sendo a primeiríssima mulher negra a comandar um filme com um orçamento de U$ 100 milhões.

"Uma Dobra no Tempo" é baseado no livro homônimo lançado em meados da década de 70. A história acompanha Meg (Reid), uma mocinha muito curiosa que decide ir em busca do pai (Pine) que era obcecado por viagem no tempo. Como falamos antes, o filme ganhou seu primeiro trailer, e tudo tá muito lindo, principalmente o visual das personagens de Witherpoon e Winfrey, ao som de "Sweet Dreams", a saturada canção dos trailers de 2017 numa versão de cair o queixo.



Foda pra caramba, né? "Uma Dobra no Tempo" chega aos cinema em março de 2018.

Sentimos o impacto: "Mulher-Maravilha" diverte pra caramba e dá passos importantes para o cinema

Aqui no It Pop, já falamos bastante sobre a importância do filme "Mulher-Maravilha" para o aumento da representatividade no universo cinematográfico de super-heróis, assim como a hype levantada pela produção nos inspirou a montar uma nova playlist cheia de #GirlPower. Finalmente, trazemos aqui nosso veredito a respeito do longa-metragem, que chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira e já arrecadou altas bilheterias ao redor do mundo.

Por ser um "filme de origem" da já popular personagem, que apareceu em "Batman versus Superman: A Origem da Justiça" (2016) e dará as caras também em "Liga da Justiça", previsto para lançamento no final do próximo semestre, o filme, dirigido por Patty Jenkins ("Monster - Desejo Assassino", 2003), toma início no crescimento de Diana (interpretada de forma carismática por Gal Gadot), ainda na ilha Themyscira e antes de assumir o título de "Mulher-Maravilha".

Princesa amazona e filha de Hipólita (Connie Nielsen, de "Gladiador" [2000]), a garota foi criada pelo deus grego Zeus como uma última esperança para derrotar Ares, deus da guerra, e trazer paz e amor aos humanos. Ainda sem tomar conhecimento dos reais motivos de sua origem, Diana recebe treinamento para batalha de sua tia, General Antíope (Robin Wright, da série da Netflix "House of Cards"), até que a misteriosa aterrissagem do piloto britânico Steve Trevor (o muso Chris Pine, de "À Qualquer Custo" [2016]) a faz descobrir a guerra que acomete o mundo durante o início do século XX. Despertada por seu dever enquanto heroína, ela parte à realidade dos humanos, acreditando que Ares está por trás de todo o caos existente.

O roteiro escrito por Allan Heinberg (quadrinista criador de "Os Jovens Vingadores" e roteirista de séries como "Looking", "Gilmore Girls" e "Sex and the City") segue como estrutura principal a saga do herói de Joseph Campbell, um molde muito utilizado pela indústria, e que tende a tornar o longa-metragem previsível em alguns aspectos. Talvez por isso o filme aparente também a muitos do gênero, como "Homem de Aço" (2013), por exemplo, que também traz uma adaptação de divindade a conhecer melhor a sociedade e as relações humanas, interessando-se pela raça e posteriormente confrontando seus semelhantes. No entanto, "Mulher-Maravilha" consegue levantar muitos pontos sutis e relevantes em sua narrativa.

Uma vez que, ao trazer como protagonista uma super-heroína, a produção desafia questões recorrentes de machismo numa indústria tão conservadora e cheia de privilégios (como é a cinematográfica), o roteiro preocupa-se em levantar ideais de igualdade, criticando fatores como o racismo existente no show business e a ausência da voz feminina em decisões políticas; questões que, apesar de terem sido retratadas como eventos do século passado, continuam existindo.

O filme também propõe uma reflexão acerca da humanidade que, apesar de momentânea, consegue ser válida e despertar sentimentos e pensamentos dos espectadores. Há sim o feeling de produção "familiar" (com mensagens de amor e amizade) recentemente pregado na conclusão dos longa-metragens em live action do universo DC Comics, mas ao contrário do ocorrido em "Esquadrão Suicida" (2016) e "Batman versus Superman" (2016), este posicionamento não soa forçado em "Mulher-Maravilha". E mais: algumas sequências são construídas com leveza e humor, tornando o resultado, no mínimo, um entretenimento agradável e divertido.

Quanto aos aspectos técnicos, o filme da guerreira amazona traz algo que há muito não víamos em outros deste universo: cores vivas, principalmente em seu primeiro ato. O uso de locações físicas ao invés de ambientes criados por computação gráfica, em boa parte do longa, permitiu que a fotografia proporcionasse um visual mais orgânico e agradável. Entretanto, quando as sequências optam pelo CGI, as consequências não são satisfatórias: os efeitos não convencem e o trabalho de composição visual (principalmente nas cenas de barco) entrega uma temível percepção de que aquilo foi gravado em uma tela verde. O game "Injustice", também do universo DC, consegue ser mais realista.

Dentre os agentes favoráveis, incluindo também o desempenho atraente do elenco e a entusiasmante trilha sonora de Rupert Gregson-Williams, que evoca como pode as peças musicais compostas por Hans Zimmer para as aparições prévias da personagem, "Mulher-Maravilha" está acima da média e, consequentemente, de vários filmes do gênero. Consegue ser um passo suave, mas ainda assim de efeito essencial para que haja a promoção de progresso na forma em que o cinema é produzido e consumido. Felizmente, um longa-metragem satisfatório, que entretém ao mesmo passo que impacta o público com os maravilhosos princípios de sua protagonista.

Crítica: "A Qualquer Custo" usa o faroeste para fazer sua elétrica crítica às mazelas do capitalismo

Indicado ao Oscar de:

- Melhor Filme
- Melhor Ator Coadjuvante (Jeff Bridges)
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Montagem

Assim como “La La Land: Cantando Estações”, “A Qualquer Custo” enfrenta certo preconceito em relação ao seu formato. Um neo-western, ou “faroeste moderno”, o longa faz com que o espectador coloque os dois pés atrás e até desista de vê-lo. É interessante que, também como “La La Land”, que é um musical, o formato de “A Qualquer Custo” já foi um dos mais celebrados do cinema. 

Imagem: Divulgação/Internet
Os “filmes de cowboy” fizeram sucesso na década de 30 em Hollywood, com John Wayne sendo um dos principais e mais famosos nomes do gênero. Mas, ao contrário dos musicais, que já levaram 11 estatuetas de “Melhor Filme”, o faroeste só alcançou o topo do Oscar quatro vezes: em 1931 com “Cimarron”, 1991 com “Dança Com Lobos”, 1992 com “Os Imperdoáveis” e em 2008 com “Onde os Fracos Não Têm Vez”, o que é até estranho, já que o gênero é tão típico e amado nos EUA.

Assim como todos os gêneros cinematográficos, o faroeste foi mudando com o passar do tempo, adaptando-se às novas tendências e, claro, refletindo a realidade atual. Então acalme-se e não espere um “Três Homens em Conflito” aqui – em “A Qualquer Custo”, o “novo-faroeste” é só a forma de bolo da obra.

Imagem: Divulgação/Internet
Dirigido por David Mackenzie, o filme conta a epopeia de dois irmãos para salvar a terra da família, atolada em dívidas e prestes a ser perdida para o banco, através de vários roubos de bancos. Tanner (Ben Foster) é ex-presidiário alucinado, enquanto Toby (Chris Pine), molde do “bom moço”, tenta apaziguar toda a loucura do irmão, mesmo entrando no crime. No encalço dos dois estão Marcus Hamilton (Jeff Bridges), um xerife racista e seu parceiro indígena Alberto Parker (Gil Birmingham), saco de pancadas verbal que aguenta inúmeras piadas infames sobre sua ancestralidade.

O filme alterna os pontos de vista, ora sobre os irmãos, ora sobre os policiais. Há um balanceamento bastante esperto por parte do roteiro de Taylor Sheridan. Os irmãos são claramente “vilões” no sentido mais elementar da palavra, já que ambos cometem os crimes que movem a história, porém é muito difícil não sentir empatia pelos dois, principalmente Toby. A cumplicidade entre eles e, principalmente, o contexto que os levou a roubar, consegue moldar um sentimento positivo na plateia, principalmente contra do outro “time”, liderado por um babaca preconceituoso que diminui o colega de trabalho em prol do próprio prazer.

Imagem: Divulgação/Internet
Pouco a pouco o passado dos irmãos vai sendo revelado e os dramas familiares desenterrados, o que dá ainda mais peso ao arco narrativo motivacional dos irmãos. Haveria uma desconexão e até repulsa por parte do público caso as razões para que eles façam os crimes não ficassem tão claras e fortes. É tipo torcer pelo Walter White em “Breaking Bad”, mesmo sabendo que o que ele faz é errado e passível de culpa em qualquer situação externa.

Outro elemento bastante criativo é a inclusão de placas e outdoors durante todo o filme, mais exatamente quando os irmãos vão até os bancos assaltar, com propagandas sobre empréstimos e saldo de dívidas. Os personagens – e nós, aqui desse lado da tela – somos constantemente lembrados como o dinheiro é importante e como a falta dele é a ruína absoluta. Enquanto passam por essas placas, um combustível a mais é injetado nas veias de Toby e Tanner.

Imagem: Divulgação/Internet
E é exatamente aqui que reside uma das maiores belezas de “A Qualquer Custo”: o estilo neo-western é apenas o esqueleto da obra – sua carne é formada por uma crítica às mazelas do capitalismo. O “american dream” já se encontra num ponto distante em plena segunda década do século XXI, restando as rachaduras desse utópico mundo perfeito. Obviamente o crime não é a solução para esse sistema que apresenta muitos problemas, mas as ações do filme rendem ótimas e relevantes críticas sociais.

Se o formato faroeste está no espaço geográfico, na noção de justiça e, claro, no jogo de gato e rato entre o xerife e os bandidos, a outra totalidade da obra abraça o suspense e a ação – as cenas dos roubos são deliciosamente bem construídas pela dinâmica dos irmãos, enquanto suas fugas são elétricas e energizantes. A fotografia – linda de doer –, que dá foco nas cores daquele mundo decrépito, é potencializada pela montagem ágil e ditadora do ritmo. Não há composição técnica fora do lugar em “A Qualquer Custo”.

Imagem: Divulgação/Internet
Há, como é de esperar, clichês dentro do roteiro, principalmente por parte de Hamilton, o xerife de meia idade, prestes a se aposentar, se agarrando ao seu último caso – e interpretado com louvor por Bridges. No entanto, bastante inteligência é empregada no personagem, o único ali a entender o método de roubo dos irmãos. Com o decorrer do longa, cria-se o palco para que os dois núcleos finalmente se encontrem para a derradeira batalha do binarismo “bem X mal” – felizmente bem composto pelos subtextos de cada núcleo.

“A Qualquer Custo” é um filme econômico e simples, mas corretíssimo e contemporâneo. Há um belo acréscimo ao gênero e principalmente relevantes discussões sociais sobre a ganância dos bancos, a concentração de dinheiro e poder, os corredores sujos do sistema e como as pessoas se vêm forçadas a burlá-lo quando são postas em posição de aceitação da própria pobreza. No fim das contas, todos ali são vítimas das mãos de ferro do capitalismo e o binarismo deixa de existir. Um filme que encontra beleza no confronto do lado mais feio do sistema e prova que nem sempre o maior acerto é uma história totalmente nova, mas sim a forma como você conta uma história já conhecida.

O trailer de "Mulher-Maravilha" é tudo o que você precisa ver hoje


Uma das melhores coisas de "Batman VS Superman" foi a presença de uma das maiores heroínas de todos os tempos, Mulher-Maravilha. Por mais aleatória que possa ter sido sua participação — ela cai de paraquedas na história, sejamos sinceros —, a moça roubou todas as em cenas que esteve presente, seja por suas falas ou por todo seu girl power.

A personagem da belíssima Gal Gadot vai ganhar um filme para chamar de seu em 2017, e hoje saiu o primeiro trailer através da SDCC. Ultimamente, os estúdios estão liberando tais vídeos na rede mundial de computadores logo em seguida, e com "Mulher-Maravilha" não foi diferente. Então segue abaixo o puta trailer do filme.



Do caralho, né? As sequências de ação estão fodas pra caramba — o que foi aquela cena da Gal Gadot deslizando com o escudo no chão? Puta que pariu! E o toque feminista tá lá, da melhor maneira possível. Nem vimos e já consideramos o filme como umas melhores coisas feitas pela DC.

O filme solo da Mulher-Maravilha explorará sua origem e acompanhará a heroína durante boa parte da história da humanidade, passando por eventos marcantes. O longa-metragem está previsto para chegar aos cinemas em 23 de junho de 2017 e contará com nomes como Lisa Loven Kogsli, Robin Wright e Connie Nielsen.

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