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"Com Amor, Simon" é o novo filme LGBT que você precisa ver, mas não sabia

Chegando em algum cinema perto de você hoje, "Com Amor, Simon" é o novo filme LGBT que você precisa, mas não sabia. Baseado no livro "Simon vs. a Agenda Homo Sapiens", da autora Becky Albertalli, o longa conta uma história pra lá de parecida com a de muitos jovens de nossa sociedade. Eu, por exemplo, sou um desses. "Com Amor, Simon" acerta justamente por contar essas histórias nunca-contadas no cinema mainstream Hollyoodiano. 



Simon (Nick Robinson) é um ordinário menino de 16 anos que mora nos subúrbios de alguma cidade americana e está  navegando nas turbulentas águas do colegial e vivenciando experiências amorosas e sociais típicas de sua idade. Ele tem vários amigos, uma família mais que perfeita, e tudo em sua vida parece ser normal, com uma pequena exceção: ele é gay, e ainda não contou a alguém. 

Quando um anônimo posta na rede social da escola que é gay, porém não tem a coragem de revelar sua identidade, Simon imediatamente o vê como alguém que está na mesma situação que ele, e então começa a se comunicar com o tal Blue – algo que desperta seus sentimentos e curiosidade. 


Por mais clichê que a premissa de "Com Amor, Simon" pareça ser, a mesma é na verdade algo maravilhoso, novo, e genuinamente bom. Na superfície, o longa segue a fórmula narrativa de típicas comédias românticas, porém, na prática, tem um coração batente que pode ser sentido através dos conflitos internos de cada personagem – especialmente o protagonista.


Ao longo do filme, acompanhamos as dinâmicas narrativas entre Simon, sua família e seus amigos se desdobrarem de maneira real, complexa e emocional. Simon é, provavelmente, o que mais sofre no meio da confusão toda. No entanto, e sua melhor amiga Leah (Katherine Langford) que passou todos esses anos sem saber seu segredo? E seus pais que sempre acharam que seu filho era hétero e agora precisam "lidar" com a nova notícia da noite pro dia? 


Quando se trata de sair do armário, todos os lados sofrem e lidam com a situação de maneiras diferentes. A produção acerta em cheio neste quesito.

Através de seu roteiro bem amarrado, direção artística e cativantes atuações por parte do elenco, com destaque para Nick Robinson, Katherine Langford e Jennifer Garner (Emily, a mãe), "Com Amor, Simon" consegue cativar o público ao fugir do óbvio e realmente contar uma história que milhões de jovens no mundo podem se identificar, com direito até a um twist bem inesperado no final. 

"Com Amor, Simon" é um filme para aqueles que nunca se veem representados nos filmes que assistem. Para aqueles que conheçem e amam outros que já passaram ou estão passando pela mesma situação. Para aqueles que não aceitam, não toleram, mas que, talvez, após assistir e refletir, possam vir a adotar uma nova atitude em relação aos Simons da vida.

“The Marvelous Mrs. Maisel” é a comédia feminista que você precisa

É provável que “The Marvelous Mrs. Maisel”, produção original da Amazon Prime Video, tenha passado batido por você no ano passado, mas a série chamou atenção após receber o Globo de Ouro de Melhor Comédia e de Melhor Atriz na categoria, prêmio entregue à Rachel Brosnahan ("House of Cards"), que dá vida a protagonista Miriam “Midge” Maisel.

Criada por Amy Sherman-Palladino, também responsável por “Gilmore Girls”, a produção é uma das melhores comédias que apareceram na TV nos últimos tempos. Midge, como é chamada pela família, é uma dona de casa nos anos 1958 que só quer isso para sua vida. Com dois filhos, vivendo em Upper East Side, ela parece ter a vida perfeita. Se esforça para isso, como maquiando-se depois do marido dormir, e levantando cedinho para se arrumar, para que ele sempre a veja bela. 

Acontece que por baixo dessa máscara de mulher ideal, Midge é à frente de seu tempo em todos os sentidos. Já nas primeiras cenas, a vemos contando sobre o dia em que saiu correndo nua pelo campus da universidade com algum tipo de descolorante de pelos pegando fogo em sua virilha, e fazendo um mini show de comédia em seu casamento. 

Seu marido, Joel (Michael Zegen), tem paixão pela comédia e se apresenta em clubes no centro na esperança de ser encontrado por um caça talentos. Como boa esposa, Midge o ajuda nesse sonho, mas o cara não tem talento e, em uma noite ruim, surta e termina com Midge. 

A partir daí a vida da moça vira de cabeça pra baixo e ela é obrigada a ver o mundo com outros olhos. Imaginem só para uma mulher nessa época: se o marido sai de casa, só pode ser culpa da esposa. É o que todos pensam, do pai judeu a sua mãe neurótica, passando pelo muquirana e professor universitário de Midge.

Perdida, divorciada e quebrada, Midge descobre um talento nato: fazer as pessoas rirem. Diferente de seu ex-marido, ela tem talento real, e com a ajuda de uma amiga improvável, a durona Susie (Alex Borstein), começa a construir uma carreira. 

Ácida, a produção questiona o machismo escancarado na sociedade e, embora se passe nos anos 1950, traça paralelos com a atualidade, como a dificuldade de mulheres fazerem sucesso em determinados segmentos. 

Seu marido Joel é o típico macho que precisa que o mundo gire em torno de si, e quando ele sai de casa o telespectador só consegue pensar: “você vai se arrepender muito disso”. Midge é incrível, desbocada, faladeira, muito parecida com as personagens que Palladino costuma criar. Rapidamente nos afeiçoamos a ela, e devoramos a série de 8 episódios com 1 hora de duração cada em poucos dias. 

Escondida no catálogo ainda pouco atraente da Amazon, “The Marvelous Mrs. Maisel” merece o prêmio que recebeu, e tomara que ganhe mais destaque com a segunda temporada já confirmada pelo serviço de streaming. A Donatella Versace já disse que foi fisgada, e nós também. 

New York Times opina sobre filme de Miley Cyrus e Liam Hensworth

Jornal diz que a cantora é um dos grandes problemas de A Última Música, que estreia amanhã nos EUA, pois só "finge atuar"
Quando um filme está para estrear nos Estados Unidos, atores, produtores e diretores compram todas as manhãs o New York Times para tentar descobrir o que o mais importante jornal do país dirá sobre ele. Hoje, então, deve ter sido um dia triste para Miley Cyrus e seu namorado Liam Hemsworth: o diário arrasou o longa A Última Música, que será lançado por lá nesta quarta-feira (31).

O texto começa irônico. “A Última Música: quem dera fosse.” Na sequência, palavras nada doces para a jovem estrela. “Mas provavelmente ainda vamos ver muitos filmes de Miley Cyrus, a cantora adolescente que tenta interpretar de verdade neste melodrama praiano”, diz a publicação.

O resto do texto critica praticamente todos os aspectos da obra (o que já estava explicito no título da reportagem: “A Última Música: um mar de problemas” – em referência ao fato de que o filme se passa numa praia). “Neste filme, o dever [de representar um casal jovem] recai sobre Miley Cyrus e Liam Hemsworth, que simplesmente não estão à altura da tarefa.” Liam é namorado de Miley na vida real.

“Um dos principais problemas de The Last Song é que ele não consegue tratar de todos assuntos a que se propõe de uma forma dramaticamente convincente”, vaticina o jornal. “Outro grande problema é Cyrus. [...] Atuar, neste momento, é algo bem além do que ela consegue fazer”, diz o artigo, assinado por A. O. Scott. “Na maior parte do tempo ela mostra o rosto para a câmera, fingindo atuar em vez de explorar as motivações e sentimentos reais do personagem”.

Ao terminar, o jornalista faz mais ironias. Para citar algum aspecto positivo do filme, ele diz: “A praia, contudo, é bom bacana. Seria legal passar um verão lá.”

É, não deve ter sido um café da manhã agradável para Miley. Confira o trailer do filme abaixo:
Então, ainda vai assistir ao filme ?

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