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Esquenta Lollapalooza | 5 músicas que não podem faltar no show da Tove Lo

Depois de meses de espera e ansiedade, falta apenas um dia! O Lollapalooza começa amanhã (25) e é também neste sábado, no comecinho da noite, que acontece a apresentação da Tove Lo, uma das atrações que estamos mais animados para assistir

A cantora, que é uma das principais representantes do pop sueco que a gente tanto ama, tem apostado cada vez mais em um som que mistura sintetizadores e batidas eletrônicas com letras que falam sobre sexualidade feminina e libertação, e é por isso que a gente divulga e enaltece mexxxxmo. 

Com um EP e dois discos já lançados e algumas parcerias pelo caminho, Tove tem muitas músicas e a gente bem sabe que nem todas farão parte da setlist de seu show no festival. Por isso, preparamos essa lista com 5 canções que simplesmente não podem faltar em sua apresentação e esperamos que, de alguma forma, esse post se conecte com a cantora e a inspire a não deixar nossas favoritas de fora (Tove Lo, se você está lendo isso, um beijo!). 

Imaginary Friend

Uma das melhores musicas do "Lady Wood" e, definitivamente, a melhor da segunda parte do disco, "Imaginary Friend" é quando a nova Tove Lo se encontra com a de "Queen Of The Clouds" e quando a proposta de seu segundo disco melhor funciona.

A gente sabe que a sueca tem focado mais em outras faixas do seu álbum, como "Cool Girl", "True Disaster" e "Influence", e até entendemos o porquê, mas o que nós queremos mesmo é ver "Imaginary Friend" receber seus 4 minutos de atenção, fama e louvor.



Say It

Ok, essa música não é da Tove Lo e sim do Flume, porém, o DJ estará no Lollapalooza desse ano - enquanto a sueca se apresenta no primeiro dia do festival, ele será headliner de um dos palcos no domingo - então não custa sonhar com uma apresentação conjunta inusitada, né?

A canção combina bastante com o estilo do "Lady Wood", que deve ser o foco da apresentação da cantora, e a gente adoraria cantar bem alto "when you say you like that, oh oh oh ohhhh". Tá certo que, provavelmente, Flume vai tocar essa música em seu próprio show, mas que seria bem incrível ver os dois se juntarem para apresentar a faixa, isso seria. E se não rolar no sábado (ou se rolar também), bem que a Tove poderia dar uma passada por lá no domingo, né?



Moments

Quem já não quis repetir a dancinha doida que a Tove faz no clipe? O Lollapalooza é a oportunidade perfeita para escutarmos "Moments" ao vivo e dançarmos da forma que quisermos sem medo do amanhã, afinal, nada como um show cheio de gente que também ama a cantora para a gente se soltar e se sentir em casa.

Estamos sonhando com o momento em que entoaremos o refrão "I'm no the prettiest you've ever seen, but I have my moments, I have my moments. Not the flawless one, I've never been, but I have my moments" no Autódromo de Interlagos. UM HINO DESSES, BICHO!



What I Want For The Night (Bitches)

"What I Want For The Night" não entrou na tracklist do "Lady Wood", mas chegou a aparecer no "Fairy Dust" (você pode escutá-la no minuto 28:50), curta lançado pela Tove Lo com diversas músicas desse segundo CD e, logo depois, caiu na internet, para a graça dos fãs. Escutá-la ao vivo no Lollapalooza com certeza seria um momento único e uma das melhores partes de seu show. Quem sabe ela não se lembra da música e resolve presentear os fãs brasileiros? Vai que, né?

Out Of Mind

Uma das primeiras canções lançadas por Tove, "Out Of Mind" foi um dos singles do seu EP de estreia, o "Truth Serum" e, enquanto "Not On Drugs" e "Habits (Stay High)" também foram trabalhadas, fizeram mais sucesso e acabaram conseguindo um espaço na tracklist do "Queen Of The Clouds", "Out Of" foi deixada de lado e esquecida em meio a discografia da cantora. Mas a gente não se esqueceu! 

Um hino da sofrência, "Out Of Mind" é perfeita para aquele momento do show que, depois de pularmos e dançarmos muito, queremos nos emocionar e derramar algumas lágrimas, e cantar bem alto "Are you kidding me? You're out of your, you're out your, you're out of your mind to think that I" é garantia disso. Também seria incrível ver Tove Lo relembrar seu passado e fazer uma breve viagem por suas músicas. 



Faixas bônus (e que ela provavelmente vai cantar): "True Disaster", "Influence", "Cool Girl", "Talking Body" e, claro, "Habits (Stay High)".



Bateu o desespero porque você ainda não tem ingresso para o Lolla? Calma que dá tempo de comprar! Corre lá no site da Tickets For Fun pra garantir o seu lugar no festival e no show cheio de dancinhas malucas e girl power da Tove Lo! 

Lollapalooza | O synthpop teatral e oitentista da banda The 1975 merece a sua atenção

Sabe aquela banda que você conhece apenas o nome e algumas poucas faixas porque viu na internet um dia desses ou porque seu amigo gosta bastante? Esse é o caso do The 1975. O grupo britânico de sonoridade marcante e letras profundas sofre dos sintomas de falta de reconhecimento, mas nós estamos aqui para ajudar a curar essa doença e te mostrar porque eles merecem (muito) a sua atenção.

Formada em Manchester pelos ingleses Matty Healy (vocalista e guitarrista), Adam Hann (guitarrista), George Daniel (baterista) e Ross McDondald (baixista), o The 1975 lançou 4 EPs antes de chegar ao álbum de estreia. Entre as faixas lançadas nesses EPs, a de maior sucesso é "Sex".


Porém, foi com seu debut autointitulado liberado em 2013 que o grupo apareceu de verdade na cena do rock alternativo, usando e abusando dos riffles de guitarra e de muito synthpop.

O primeiro disco veio mais sombrio e mais fechado, mas com letras muito bonitas e que acertam em cheio na gente. Servindo como um álbum de apresentação ao público, o "The 1975" não conseguiu trazer algo de novo, mas consolidou o estilo do quarteto, o que, mais pra frente, se mostrou essencial para as mudanças que a sua sonoridade do grupo sofreu.

As faixas de maior destaque do CD são "Girls", "Robbers", "Chocolate" e "Settle Down", mas aqui no It Pop nós destacamos "Heart Out", a nossa favorita pela composição, sonoridade e pelo clipe, que é simples, mas muito fofo.



Ao flertar com o pop, o The 1975 percebeu que eles se encaixam muito bem nesse ritmo. Para se ter uma noção, a faixa "Change Your Ticket", do One Direction, contou com a colaboração de membros da banda, que transformaram a canção em algo muito maduro e diferente em um álbum tão pop como "Four", que marca o crescimento da boyband. Assim, aproveitando que eles tem muito a oferecer nessa área que, a gente bem sabe, gosta muito de uma reinvenção, o The 1975 migrou de vez e migrou bonito.

No primeiro álbum propriamente pop da banda, o "I Like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It" (sim, é esse o nome), lançado no ano passado, eles conseguiram amadurecer seu som e trazer algo de novo ao brincar com essa proposta oitentista, sem deixar de lado a aura sombria, mas sim equilibrando-a ao apostar em uma sonoridade mais animada e em alguns clipes com cores mais fortes.

Uma das marcas do The 1975 é a teatralidade de suas músicas e vídeos, algo bem visível no próprio vocalista, o Matty, que é o tipo de cantor que faz toda uma performance da música. Essa teatralidade ficou ainda mais aparente no primeiro clipe dessa era, o "Love Me", e nos últimos dois, o "A Change Of Heart" e o "Somebody Else", que se completam ao contar a mesma história.


Entre as faixas já faladas, destacamos a nossa favorita, a mais radiofônica do material e toda pautada no synthpop, "The Sound", que poderia muito bem ser o single de retorno do 1D.



Como resultado, o The 1975 viu seu segundo disco figurar na lista de melhores do ano de grandes revistas especializadas, como Rolling Stones, sendo apontado até como o melhor álbum pop de 2016. Aqui no It nós colocamos o disco entre os 50 melhores do ano passado porque ele é muito bom e merece ser enaltecido, sim! <3



Fazendo o tipo de música que é feita pra gente sentir o instrumental, compreender a letra e entrar na vibe, o The 1975 ainda tem muito a crescer. Se com apenas um álbum assumidamente pop eles já tiveram esse reconhecimento, mal podemos esperar para vê-los lançar o melhor CD de um ano - porque eles tem potencial para isso.

O grupo britânico será uma das atrações do primeiro dia do Lollapalooza, festival que acontece nos dias 25 e 26 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Ainda há ingressos a venda e você pode garantir o seu aqui.   

Lollapalooza | Conversamos com o BaianaSystem sobre representar o Brasil no Lolla, política, diversidade e mais

Nos últimos anos temos visto resnascer uma música brasileira pautada na discussão de temas cada vez mais importantes em nossa sociedade. A banda BaianaSystem, que tem grande importância em todo esse renascimento, traz consigo a missão de falar sobre política e relações sociais de forma dançante, misturando ritmos tradicionais da Bahia, com os criados com o uso da "guitarra Baiana", com "sound system".

O grupo tem se tornando cada vez mais conhecido em nosso país, seja pelo som experimental, trabalho audiovisual, letras fortes e imponentes e pelos shows, baseados em muito improviso e explosividade. Mas, se você ainda não conhece a banda por esses motivos, existe uma boa possibilidade de você já ter esbarrado com um vídeo bem famoso de um momento incrível que aconteceu no trio elétrico deles nesse Carnaval.

Conversamos com o Beto Barreto, guitarrista do BaianaSystem, sobre o disco "Duas Cidades" e tudo que está por trás do material e, claro, sobre o show que a banda fará no Lollapalooza representando o nosso país.

Primeiramente, muita gente não conhece o trabalho de vocês. Pode contar um pouquinho pra gente que banda é a BaianaSystem?
Beto: A Baiana System é um grupo aqui de Salvador que está na história desde 2009, 2010. Lançamos o disco em 2010 [primeiro álbum, "BaianaSystem"] e estamos agora fazendo um ano do segundo disco, o "Duas Cidades". A gente, na verdade, é um projeto audiovisual que mistura música, com imagens, com fotos, com vidas, música produzida aqui na Bahia que a gente queria que saísse daqui com algumas coisas de fora. O BaianaSystem é um projeto que a gente tá vivendo nesse período e que lida basicamente com experimentação da nossa música, da possibilidade de fazer diálogos com as outras referências que a gente tem e que as pessoas que colaboram com a gente podem ter. A gente é um grupo musical que tá aí produzindo e experimentando.

O ano de 2016 foi muito importante para vocês porque o disco "Duas Cidades" abriu muitas portas para a banda. Esperavam essa recepção? 
Beto: O "Duas Cidades" foi uma grata surpresa na forma que ele saiu. A gente já vinha circulando muito pelos festivais, tocando em São Paulo, já tinha feito umas coisas, mas [o álbum] ainda estava com um pouco de eco do primeiro disco, que saiu em 2010, e ainda era uma coisa muito embrionária. Estávamos tentando entender como valia a pena trabalhá-lo, com DJs, com as outras colaborações dos produtores, a gente foi entendendo isso. O trabalho visual também é algo muito importante na concepção do BaianaSystem. A gente ainda estava querendo lançar um trabalho em áudio, que chegasse no aspecto do que estava acontecendo [no Brasil]. E a gente conseguiu isso com o Daniel Ganjaman, que é de São Paulo e que também ajudou muito nessa tradução do som e do que a gente vinha fazendo para um público maior. A gente está em um processo de criação que é meio que "faz e sai" e não tem muita noção da expectativa, de como isso vai vir, e tivemos uma recepção muito legal. O disco entrou em algumas listas, ganhou alguns prêmios, e isso deu uma visibilidade, fez com que várias pessoas viessem a tentar entender o que era o Baiana, conhecessem um pouco. O disco "Duas Cidades" funcionou muito pra gente dessa maneira. A gente fez muito show em alguns lugares que a gente não estava fazendo, deu uma consolidada tanto no nosso show como no que as pessoas pensavam da gente.




O "Duas Cidades", além de ser um disco muito dançante, também é muito político, e isso está voltando aos poucos para a música brasileira. Ser um artista independente dá mais liberdade para se posicionar sobre esses assuntos?
Beto: Não sei te dizer diretamente, porque eu não sei como hoje em dia o mercado funciona. Pra gente é muito natural e eu não sei como seria diferente disso. A liberdade artística, política e temática que a gente tem é parte da forma como a gente produz e divulga música. A nossa liberdade é o que nos move, é o que faz com que a gente consiga se olhar e achar aquilo verdadeiro e saber que aquilo que a gente está fazendo é natural, pela própria resposta, pela forma que as pessoas reagem a nossa música. Eu acredito que seja uma coisa muito "pergunta e resposta", eu sinto que impacta, que nos nossos shows a música tem a força que precisa ter, a letra também tem. Pra gente isso é tudo parte de um mesmo processo que a gente não consegue separar e dizer se teríamos ou não essa liberdade [estando em uma gravadora], mas eu acho que cada vez mais as pessoas estão se posicionando e colocando isso intrínseco na sua arte.

Vocês vão se apresentar no Lollapalooza! Tá dando um frio na barriga? O que vocês estão preparando para o show?
Beto: Então, a gente está nesse processo de amadurecimento de identidade. A gente já estreou o show "Duas Cidades", mas tocamos diferente do disco. No show de estreia as músicas já não estavam do mesmo jeito, cantávamos a letra na base de outra música, fazíamos uma guitarra que era de uma música na outra. Então, o "Duas Cidades" é um show que tem vida, no sentido de que ele vai se ajustando, e a gente entende muito isso quanto tocamos em festivais maiores. A gente vai tocar no Lollapalooza depois do Carnaval e também lançamos uma faixa agora que se chama "Invisível". Novas imagens, novas coisas que estão saindo, e tudo isso é um caldeirão que de alguma forma vai ser colocado no Lollapalooza. Pra gente é uma honra estar no Lolla. É um dos festivais que tem isso de colocar o Brasil na roda, dar importância, e é onde outros artistas circulam... Então nossa expectativa é muito em cima disso, de poder trocar artisticamente com o que está acontecendo, com o que o Lollapalooza trouxe para aquele ano. No meio do ano a gente já deve viajar de novo para tocar em outros festivais, e [o Lolla] ajuda muito nesse panorama, a gente tocar em um festival no Brasil do porte do Lollapalooza e entender como que a música tá nesse contexto.



Você falou um pouquinho do novo clipe e uma nova faixa. Pode falar mais sobre isso?
Beto: Então, a faixa se chama "Invisível". Que do mesmo jeito que "Duas Cidades" é sobre um tema e abre muitas discussões sobre isso, "Invisível" também é bem isso. É um tema, uma provocação que a gente está trazendo. É uma faixa nova, que é um samba-reggae, e fala muito desse ver e não ver, do que você enxerga e do que você não enxerga, essa fronteira entre o visível, o invisível e todos esses aspectos. É um clipe produzido pela gente, é uma continuação do "Playson", que a gente também produziu, tem uma produção rodada aqui em Salvador, nas ruas do Centro e conta com a participação do B-Negão, totalmente independente, tanto o clipe quanto a faixa. 

A gente está passando por uma fase super diversificada e plural na música nacional, com muitos artistas LGBTs, drags, de várias partes do país. Como vocês se veem nessa nova cena independente em ascensão? Qual a importância de vocês hoje para esse cenário?
Beto: A gente se vê como parte disso. Eu entendo que a música brasileira sempre foi muito diversificada. Na verdade, eu acho que a diversidade é uma característica intrínseca da música brasileira. Temos produções incríveis em todos os estados. O que justamente sempre foi a questão, eu acho, é a distribuição, a visibilidade e o acesso a isso. O que eu acho que aconteceu nos últimos anos, justamente pela forma de se distribuir música, pela tecnologia, é que as pessoas conseguiram conhecer mais. Não necessariamente as coisas vem de cima agora, as coisas vem de uma maneira muito mais natural. E as pessoas também tem se permitido ouvir e interagir muito mais, essa coisa de circular pelos festivais e estar na internet faz com que as pessoas se comportem dessa forma. No caso da gente, a nossa essência é isso. A gente experimenta muito, nosso primeiro disco já era assim, tem frevo, tem samba, tem reggae, tem guitarra, nesse segundo disco, o "Duas Cidades", também tem muito ritmo e a gente não se prende, experimenta e se vê como parte disso, parte desse mercado que tá circulando, tocando música, produzindo e entendendo de que forma pode se comunicar com as pessoas. 

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O BaianaSystem será uma das atrações do primeiro dia do Lollapalooza, 25 de março, e promete representar bem o Brasil, fazendo a gente dançar e pular muito, sem deixar de colocar o dedo na ferida e levantar questões extremamente importantes. Enquanto o Lolla não chega, aproveite para escutar o segundo disco dos caras, "Duas Cidades", que mistura muitos ritmos brasileiros com letras cheias de significado, e já chegar com tudo na ponta da língua no Autódromo de Interlagos. 

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