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Lollapalooza Brasil 2024 revela line-up completo com SZA, Paramore e Rina Sawayama

Com realização da Live Nation, responsável pela edição de estreia do Primavera Sound no Brasil, o Lollapalooza anunciou nesta terça-feira (07) o line-up completo do festival de 2024 e, entre confirmações de rumores e muito bem-vindas surpresas, manteve as expectativas altas para essa nova fase do evento.

Marcado para os dias 22, 23 e 24 de março em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, o festival trouxe como headliners dessa edição Blink-182, SZA, Paramore, Sam Smith, Arcade Fire, Limp Bizkit e a turnê de despedida dos Titãs.

Dos tantos nomes especulados, algumas confirmações ficaram para os fãs de Hozier, Thirty Seconds to Mars, Phoenix e Rina Sawayama; outra surpresa fica para as atrações nacionais, com destaque para bandas como Rancore, Braza e BaianaSystem, e as cantoras Day Limns, Manu Gavassi, Luísa Sonza e MC Soffia.

Com lugar garantido nos grandes palcos dos últimos anos, o funk, rap e trap também se fazem presente nos shows de Kevin o Chris, Livinho e MC Davi, MC Luanna, Xamã e MC Dricka.

Outros nomes esperados, mas que não fizeram o requisito, seja por questões de negociações ou falta de espaço na agenda, foram Bad Bunny, My Chemical Romance e Olivia Rodrigo. Cantoras latinas como Karol G, que anunciou recentemente sua vinda ao Brasil com sua turnê solo, e Emilia Mernes, que emplacou neste ano o feat com Ludmilla em “No se vê”, também seriam bem vindas.

Confira o line-up completo:

Os ingressos para o festival estão disponíveis em seu site oficial.

Sem headliners femininas, The Town recebeu não de Beyoncé, Taylor Swift, Lady Gaga e Rihanna

Em setembro acontece em São Paulo a primeira edição do The Town, festival idealizado pelo mesmo criador do Rock in Rio, Roberto Medina, que prometeu trazer para a capital paulista a mesma estrutura de sucesso de um dos maiores festivais musicais do mundo.

Realizado durante os dias 02, 03, 07, 09 e 10 de setembro no mesmo local que o Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, o festival foi alvo de críticas pela ausência de headliners femininas entre suas atrações, que incluem nomes como Bruno Mars, Post Malone, Foo Fighters e Maroon 5, mas parece que, inicialmente, os planos de Medina para o evento eram diferentes.

Em uma conversa com o portal Tracklist, o criador do The Town revelou que, atendendo aos pedidos do público, buscou por atrações femininas para compor a escalação principal do evento e, entre os nomes sondados, tentaram contato com Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna e Taylor Swift, e todas teriam recusado por indisponibilidade de agenda.

Atualmente em turnê com o álbum “Renaissance”, Beyoncé é um dos nomes mais aguardados para vir ao Brasil entre esse ano e o próximo, sendo frequentemente protagonista de especulações sobre uma possível passagem por estádios brasileiros; Taylor Swift tem passagem confirmada pelo país ainda este ano com a “The Eras Tour”, que compila os hits de todos os seus álbuns numa setlist repleta de fanservices; já Rihanna e Lady Gaga, não têm quaisquer indícios de que virão tão cedo ao Brasil. Gaga, inclusive, começará em outubro deste ano mais uma temporada da sua residência de jazz em Las Vegas, impossibilitando que faça viagens em turnê para outros países.

Apesar da ausência de mulheres entre suas atrações principais, há vários destaques femininos no line-up do The Town, dos mais diferentes gêneros musicais: no primeiro dia do evento, Demi Lovato e Iggy Azalea se apresentam no palco principal; já no dia 03 de setembro, Bebe Rexha e a brasileira Luísa Sonza são quem representam as mulheres no palco. Dia 07 de setembro, Ludmilla é a única atração feminina do palco Skyline; enquanto Pitty divide o posto com a vocalista do Garbage no dia 09. Exceção na programação, o dia 10 de setembro é o único em que as artistas femininas são maioria no palco, comandado por Kim Petras, Iza e H.E.R.

Primavera Sound deve contar com shows de Lorde e Pabllo Vittar

Depois do retorno bem-sucedido do Lollapalooza e a volta do Rock in Rio, o sinal já está mais do que aberto para a realização de outros festivais em solo brasileiro e, no radar dos fãs de música pop, a próxima grande escalação ficará a cargo do estreante no país Primavera Sound.

Dono de line-ups invejáveis em suas edições internacionais, o festival acontece pela primeira vez no Brasil entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro em São Paulo, no Distrito Anhembi, e apesar de ainda não ter a sua lista de atrações oficialmente anunciada, já tem dois nomes dados como certos, sendo eles da cantora neozelandesa Lorde e a brasileira Pabllo Vittar.

Lorde, que veio pela última vez ao Brasil com a turnê do álbum “Melodrama”, deve retornar ao som de seu mais recente trabalho, “Solar Power”, de singles como sua faixa-título e “Mood Ring”. A artista sempre foi muito querida pelo público brasileiro e já cantou no palco do Lollapalooza na época do hit “Royals” e seu álbum de estreia, “Pure Heroine”.

Recém-aclamada no palco do americano Coachella, Pabllo Vittar também foi atração da última edição do Lollapalooza e, no Primavera Sound, embala seu repertório repleto de hits que passeiam por toda a sua carreira, de “KO”, do seu álbum de estreia “Vai passar mal”, às releituras pop de bregas como “A Lua” e o hit “Zap Zum”.

Apesar dos pedidos para uma possível vinda de Rosalía, que já tem apresentação única marcada para agosto em São Paulo, um dos nomes internacionais cotados para representar a música em espanhol no festival é da cantora e produtora Arca, mas ainda não se trata de um nome confirmado.

Com realização pela Eventim, o Primavera Sound terá o seu line-up completo revelado no dia 27 de abril. Até lá, só nos resta ficar na torcida.

Com line-up 52% feminino, Glastonbury 2020 terá de Taylor Swift ao Kendrick Lamar

Se o primeiro semestre do ano não está favorável aos festivais musicais, dadas as circunstâncias de saúde pública e óbvia preocupação em relação a pandemia do coronavírus, não podemos dizer o mesmo dos meses seguintes que, se tudo der certo, nos reserva a edição de 50 anos do Glastonbury.

Sendo um dos maiores festivais musicais do mundo, não é de se surpreender que o evento já esteja preparando terreno para a sua edição de aniversário e, com data marcada entre os dias 24 e 28 de junho, o Glastonbury Festival 2020 tem tudo para comemorar seus cinquenta anos da maneira mais memorável possível.

Entre os headliners desse ano (que conta com 52% do line-up formado por artistas femininas!), teremos Diana Ross, Kendrick Lamar, Paul McCartney e Taylor Swift, logo abaixo, se destacam revelações como Anderson Paak, Angel Olsen, Declan McKeena, fora surpresas tipo TLC, Kelis e o músico brasileiro Gilberto Gil.

Na ala pop, as syag britânicas tão muito bem servidas, pois vamos de Dua Lipa, Charli XCX, Lana Del Rey, FKA Twigs, La Roux, Metronomy e Kacey Musgraves, além da frontwoman do Alabama Shakes, a talentosíssima Brittany Howard. Cata só:


O festival Glastonbury 2020 acontecerá em Pilton, na Inglaterra.

Por que devemos esperar o adiamento do Lollapalooza Brasil 2020?

E vamos de cancelamento, ou adiamento, no mínimo.

Apesar de ainda não ser confirmado por seus canais oficiais, é praticamente impossível que o Lollapalooza Brasil saia avulso ao planejamento de suas edições argentina e chilena e, em meio ao surto do coronavírus, aconteça normalmente na data prevista, em abril, no Autódromo de Interlagos.

Pelos países vizinhos, já se foi anunciado o adiamento para o segundo semestre do ano e, desta forma, deverão retrabalhar todas as questões de agenda e logística para manterem suas principais atrações nas novas datas, o que inviabilizaria o festival de trazê-los para se apresentarem apenas no Brasil e, no segundo semestre, retornarem ao continente para nossos hermanos.



A demora para um posicionamento da Time For Fun, por sua vez, também tem uma razão: no Chile e Argentina, a ordem do festival não acontecer partiu dos governos locais, que suspenderam eventos desse porte para reduzirem os riscos de transmissões; já no Brasil, as autoridades ainda estão tratando a pandemia como controlável, sem a necessidade de suspender quaisquer grandes eventos. Desta forma, ao contrário dos outros países, caso o Lollapalooza Brasil anuncie seu adiamento, estaria fazendo-o por decisão própria, não por ordens superiores.



Inicialmente programado para três dias, de 3 a 5 de abril, a edição brasileira do festival conta com um line-up impecável, tendo como alguns de seus headliners Guns N’ Roses, Travis Scott, The Strokes e Lana Del Rey. Entre as atrações nacionais, destacam-se Fresno, Pabllo Vittar, Emicida e o show conjunto de WC no Beat com Ludmilla, Kevin o Chris e convidados.

Por ora, só nos resta aguardar pelo inevitável anúncio oficial e lavar bem as mãos.

Com Lily Allen e Duda Beat de graça, como conseguir seu ingresso para o Cultura Inglesa Festival?

Ô, bixinho! Já começaram a distribuição de ingressos para o Cultura Inglesa Festival deste ano, que contará com shows das cantoras Lily Allen e Duda Beat, repetindo a tradição de trazer um artista britânico e uma revelação brasileira (no ano passado, pra quem não se lembra, a cantora Iza foi quem abriu o festival para George Ezra).

Mais uma vez, o evento acontecerá no Memorial da América Latina, em São Paulo, e nesta primeira leva, os ingressos, gratuitos, ficam disponíveis apenas para os alunos e funcionários do Cultura Inglesa; o público geral terá acesso às entradas a partir do dia 27 de maio até esgotarem. Eles podem ser retirados no site da Livepass.



Em sua 23ª edição, o Cultura Inglesa Festival promove uma mistura de música e entretenimento por meio de apresentações musicais e exposições e, neste ano, receberá Lily Allen no dia 9 de junho.

O show marca a volta de Lily ao Brasil 10 ano desde sua última vinda e deverá contar com muitas músicas de seu último disco, “No Shame”, além dos hits de suas eras passadas, como “Not Fair”, “Fuck You” e “Hard Out Here”.

Duda Beat, aproveita o palco do evento para selar a sua consagração como uma das maiores revelações musicais do último ano, quando lançou o disco “Sinto Muito”, de hits como “Bixinho” e “Bédi Beat”.


Neste ano, a pernambucana furou de vez a bolha em que vinha sendo consumida até então e, fora seus hits solos, emplacou ainda a parceria com Omulu em “Meu Jeito de Amar”, um bregafunk em 150BPM, e a recente “Chega”, com Jaloo e Mateus Carrilho, prometendo um show pra ninguém botar defeito.



Então anota aí: dia 9 de junho, Lily Allen e Duda Beat de grátis no Cultura Inglesa Festival, no Memorial da América Latina. Ingressos disponíveis no site da Livepass. Nos vemos por lá! ;)

Santo e profano, no Coachella, Kanye West é uma religião

Kanye West é o ápice da contracultura na música mainstream. Meses após o contraditório apoio ao Donald Trump, seguido de declarações duvidosas sobre o racismo estrutural e a história dos negros nos EUA, o rapper emplacou um hit sexual com Lil Pump na Billboard, “I Love It”, e então se isolou para voltar a cuidar da sua saúde mental e trabalhar em seu novo disco, até então chamado “Yandhi”.

Em janeiro, deu um novo passo musical quando, aos domingos, deu início ao Sunday Service, um culto musical no qual Deus se confunde entre Ele, da religião cristã, e ele, Kanye West, que já compôs obras como “I am a God” e o disco “Yeezus”.



Neste show, West se une ao coral The Samples, com um repertório que vai de releituras de seus maiores hits aos covers de Stevie Wonder, The Throne (seu projeto em parceria com Jay Z) e do rapper e pastor DMX, que também se apresentou em algumas dessas sessões dominicais.

E foi neste formato, um culto em tributo ao Kanye West, conduzido pelo próprio Kanye West (nota do editor: ouça “I Love Kanye”, do disco “The Life of Pablo”), que o rapper aceitou tocar no grandioso Coachella que, meses atrás, havia o convidado para o posto de headliner, ao lado de nomes como Childish Gambino e Ariana Grande, mas declinou a proposta desde que West pediu, em contrapartida, um palco diferente das demais atrações, que exigiria uma estrutura além do que o festival poderia atender no momento.

Para o Sunday Service, por sua vez, o músico foi mais modesto: queria o topo de uma montanha. E, como diz o ditado, se Kanye vai ao Coachella, a montanha vai até ele.

Ao redor da montanha, uma lista pra lá de privilegiada de convidados, com nomes que foram de Kim Kardashian e Justin Bieber às coreanas do girlgroup Blackpink, enquanto, no topo, Kanye conduzia o seu culto musical ao lado de pupilos como Kid Cudi, Chance The Rapper e Teyana Taylor, além de todo coral que, durante a maior parte da performance, foi o centro das atenções.

Na contramão de suas últimas turnês, mas em sintonia com seus últimos álbuns, nos quais o rapper assume cada vez mais o papel de produtor, e não intérprete principal, Kanye West quase não foi ouvido no seu palco do Coachella. Suas primeiras rimas só apareceram após cerca de duas horas de show, com “All Falls Down”, e assim ele seguiu, entre versos cantados, sorrisos para todos os lados e, em dado momento, choro, consolado por Cudi e Chance.



Assim como a passagem bíblica de Moisés ou, no Coachella, o show de Beyoncé no último ano, a performance de Kanye West é divisora de águas para o festival. Um dos rappers mais relevantes da música atual, abrindo mão do título de headliner, se apresenta na manhã de um domingo, conduzindo um tributo no qual sua arte é a sua religião. Pretos elevando suas músicas para outro patamar, outra vez.

Santo e profano, West nos lembra dos versos do brasileiro Baco Exu do Blues, autointitulado Kanye West da Bahia, que responde na faixa “En Tu Mira”, de seu primeiro CD, “Por que você fala tanto de Deus? É porque eu sou humano.E, apesar das poucas palavras, se utiliza da música para nos lembrar o porquê dele ainda ser um dos artistas vivos mais geniais da nossa geração e, enquanto gênio, também louco, protagonizando uma contradição que não poderia terminar diferente do seu Sunday Morning: com muitos aplausos e saudosa admiração.

Kendrick Lamar, Drake, Lollapalooza e a consolidação do rap nos festivais brasileiros

Familiarizado com o consumo pela internet, pela cultura das mixtapes e, na era pré-Spotify, a utilização massiva de videoclipes e compilados do Youtube para a divulgação de suas obras, o rap coube como uma luva na era dos streamings, que só fez centralizar o que eles já exploravam como ninguém por plataformas como Soundcloud.

De olho nesse nicho, as plataformas não tardaram em abraçar os gêneros e seus principais representantes, do Tidal com Kanye West a Apple Music com Drake, e aí não deu outra: o gênero cresceu esmagadoramente pelas paradas, ocupando posições antes tomadas por artistas pop, e disseminou ainda mais os seus hits e mensagens.



No lado offline da história, não poderia ser diferente. Os festivais viram nessa virada uma possibilidade de agarrar mais um público no seu target e, pra ontem, pegaram os rappers, antes presentes timidamente pelas menores, para o posto de headliners.

Em 2016, por exemplo, Lollapalooza trouxe dois nomes de peso: Eminem e Snoop Dogg. Dois anos mais tarde, em 2018, vieram de Mano Brown, Chance The Rapper e Wiz Khalifa. E já neste ano, meteram o pé na porta com o gigante Kendrick Lamar, acompanhado de Post Malone e os brasileiros BK’ e Rashid.



Seguindo pelo mesmo caminho, outro grande festival brasileiro, Rock in Rio, também foi ambicioso e tentou chegar na dobradinha de Beyoncé e Jay-Z, The Carters, mas, pelo menos desta vez, não rolou. Em compensação, fechou com outros dois gigantes da era digital: o canadense Drake e a americana Cardi B.

E a história se repete pelos eventos com menor porte, como o maravilhoso Coala Festival que, no último ano, apoiou e produziu a obra visual “Bluesman”, do rapper baiano Baco Exu do Blues, que encabeça toda uma nova geração do gênero entre os nomes brasileiros.



Para o próximo ano, as apostas são ainda mais altas: Kanye West, que se apresenta no Coachella daqui alguns dias, estará com novo material nas ruas; Nicki Minaj, todo ano especulada num desses festivais, pisou no Brasil para um evento fechado em 2018 e prometeu voltar; Childish Gambino, também no Coachella e no Lollapalooza Chicago 2019, chegou a vir ao Lolla brasileiro em 2015, mas agora está envolto de todo o hype pós-“This is America” e com um disco visual saindo de forno e, claro, brasileiros como Djonga, Baco, Coruja BC1, Drik Barbosa, entre outros, acenam para uma nova era do rap nacional, que precisa marcar presença também nos palcos.


No último domingo (07) de encerramento do Lollapalooza, como atração principal e mais aguardada do maior palco do festival, Kendrick Lamar fez mais do que um puta show, ele selou a consolidação do rap como gênero obrigatório nesses festivais.

No Lollapalooza, The Struts prova que o “novo” rock ainda tem vez nos grandes festivais

Fotos: Camila Cara (Equipe MRossi / Divulgação)

Quem já acompanha o Lollapalooza há muitos anos, sabe que as tardes do festival sempre reservam algumas surpresas bem positivas e que, muitas vezes, passam batido por quem só vai ao festival tendo os headliners em mente.

Felizmente, essa surpresa não passou despercebida por quem topou com o palco Budweiser na tarde deste domingo (07), último dia do festival, e conferiu o som da banda The Struts.

Com repertório marcado pelos discos “Young and Dangerous” (2018), “One Night Only” (2017) e “Everybody Wants” (2016), a banda veio armada até os dentes para manter o público entretido e, quando não o fazia com suas músicas, que pegavam na boca do público tão logo chegasse o primeiro refrão, se apoiava nos artifícios já manjados para eventos como esse, mas que funcionavam como de praxe: dos gritos puxados pelo vocalista aos movimentos ensaiados com as mãos. Rolou até um agachamento e pulo coletivo. Isso tudo antes das 5 da tarde.


Dois dos hits mais aguardados do último álbum, “Body Talks”, que também tem uma versão com a Kesha, e “Primadonna Like Me” foram entregues logo no início do set, levando o público a loucura e, desde já, antecipando que eles teriam muito mais a explorar. E tiveram. “Fire”, do mesmo álbum, rendeu um coro contagiante, e ainda sobrou tempo para um cover de “Dancing In The Dark”, do Bruce Springsteen, personalizada até a última nota para soar como mais uma faixa do seu repertório.

O forte da banda, por sua vez, fica nas mãos do vocalista Luke Spiller: um roqueiro porralouca que, aos 30 anos, invoca o melhor do que já houve à frente do rock em décadas anteriores, numa mistura que vai do Freddie Mercury ao Mick Jagger, ambos nomes que o próprio assume ter imitado muito na frente do espelho na adolescência.


Perto do show acabar, a banda, que nos últimos anos esteve em turnê com artistas como The Who, Guns N’ Roses e Foo Fighters, perguntou ao público quem estava vendo-os pela primeira vez e quem gostaria que voltassem mais vezes. A resposta, para as duas perguntas, foi a mais positiva possível, cravando a teoria de que The Struts é a melhor oportunidade praqueles que ainda torcem o nariz para as novas apostas do rock: são, sim, novos, e soam como tal, ao mesmo tempo em que resgatam o que já aconteceu de mais grandioso no gênero.

Post Malone? Jorja Smith? Duda Beat? Anota nossas dicas do que assistir no 2º dia de Lollapalooza!

Sábado de Lollapalooza, gente!

E se você só decidiu os headliners, mas ainda não sabe o que mais assistir neste segundo dia do festival, a gente veio te ajudar com algumas dicas, afinal, o que não faltam são atrações maravilhosas que merecem ser enaltecidas, né?

Na nossa agenda, o segundo dia do Lolla começa com a brasileira Duda Beat, que tem tudo pra entregar um show lindão, com faixas do seu disco de estreia, “Sinto Muito”, e parcerias como “Meu Jeito de Amar”, do Omulu.


A cantora será atração do palco Adidas, que na última sexta (05) recebeu artistas como Troye Sivan, St. Vincent e Macklemore, e se apresenta bem cedinho, 12h, então fica como alternativa para abrir os trabalhos.

Já no palco Onix, pertinho do Adidas, nossa dica de atração seguinte também é nacional: a banda Liniker e os Caramelows, que se apresenta logo depois da Duda, 13h15. Dá tempo de assistir as duas de boa.

Acabou Liniker? Então cê pode escolher entre o rapper Rashid e a banda de indie-pop americana LANY. O brasileiro toca no palco principal, Budweiser, enquanto os americanos sucedem Duda Beat no Adidas.


Mais tarde, a agenda começa a apertar: no mesmíssimo horário, temos a banda Snow Patrol e a revelação francesa JAIN. Eles trarão hits como “Called Out In The Dark” e “Open Your Eyes” para o Budweiser; ela virá com seu som pop fresco e com influências que vão do ska aos afrobeats no Adidas.


A dica, pra evitar muita caminhada, é pensar nas dobradinhas: por exemplo, depois da JAIN, o palco Adidas recebe a cantora Jorja Smith. Que a gente já enalteceu bastante neste outro post. Já o Bud, vai de Snow Patrol para Lenny Kravitz. O mais provável é que muita gente dê uma corrida pra pegar também a banda Bring Me The Horizon.

Perto das 20h, não tem erro: o autódromo em PESO estará no palco Onix, para conferir de perto o show de Post Malone. Uma das maiores revelações do trap e hip-hop do último ano, o cantor chega com seu disco “beerbongs and bentleys”, que conta com hits como “Rockstar”, “Psycho” e “Better Now”. É daqueles shows que, se você não conhece o artista, ficará surpreso em ver o quanto o público sabe cantar.


Depois do Post Malone, chega a hora de escolher entre os headliners: as opções são Kings of Leon, no Budweiser, Steve Aoki, no eletrônico Perry’s by Doritos, e a dupla de música eletrônica fora da caixinha Odesza, no Adidas. Em outras palavras, “Use Somebody” num coro extremamente memorável, fritar com eletrônico e k-pop (Steve Aoki tá cheio das parcerias com os boygroups coreanos!) ou ouvir um EDM deboinha.


Agora é com você. Só pensa rápido, pra não perder nada, tá bom? A gente se vê pelo Instagram! :)

De volta ao Lollapalooza, Arctic Monkeys se garante com velhos hits sem largar a vibe de último disco


Foto: Diego Baravelli/G1

Com o show desta sexta-feira (05) no Lollapalooza, os motoristas de transporte alternativo do Arctic Monkeys fizeram parecer fácil encontrar um meio termo entre suas fases anteriores com o momento atual da banda, que tem como seu último trabalho o introspectivo “Tranquility Base and Hotel”.

Apesar da performance quietona, que cumpre bem a postura misteriosa do novo disco, não faltaram seus maiores hits, como a nostálgica “I Bet You Look Good On The Dancefloor” e as novinhas “Do I Wanna Know” e aquela que fechou o show, “R U Mine”. Mas elas vieram acompanhadas das mais hypadas deste novo registro, como a ótima “Four Out of Five”, que muita gente tinha na ponta da língua.


Principal atração da noite de abertura do festival, a banda não se esforçou pra repetir as demonstrações de carinho e animação tão presente nos shows das outras atrações, mas deixou o público mais do que satisfeito ao entregar o que eles realmente queriam: sua usual música boa.

Já familiarizados com o solo brasileiro, banda deixa esse Lollapalooza com uma imagem bem diferente do que rendeu o hype de suas eras passadas, consolidando de vez o amadurecimento que o novo álbum faz questão de escancarar.

Melhor do que isso, só se abrissem mão das caras fechadas pra nos deixarem dançar “Fluorescent Adolescent” mais uma vez. Quem sabe numa próxima.

A gente está cobrindo o festival na íntegra pelo Instagram. Fica de olho! :)

Brincalhão assim mesmo, Macklemore divertiu quem perdeu Arctic Monkeys no Lollapalooza

Foto: Fábio Tito/G1

Quem topou trocar o som do Arctic Monkeys pelo rapper Macklemore nesta sexta (05) de Lollapalooza deve ter se surpreendido: o americano, famoso pela antiga dupla com o produtor Ryan Lewis, se empenhou em tornar seu show uma performance interativa do início ao fim, com direito a figurinos, (muitas) brincadeiras com o público e, claro, os hits que marcaram sua ascensão.

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Falador, Macklemore, em alguns momentos, parece estar num stand-up: observa o público, puxa comentários sobre os fãs, zoa com si mesmo e não economiza nem mesmo nas fantasias, como foi o caso da roupa para a performance de uma das suas melhores músicas em carreira solo, a divertida “Willy Wonka”.



O tom bem-humorado dita o show, mas também dá espaço para assuntos mais sérios, como o discurso contra homofobia (horas antes também adotado pela banda Portugal. The Man) e papo sobre liberdade e aceitação.

Com uma galera consideravelmente grande a fim de vê-lo, Macklemore cumpre com o que se espera pelos hits “Thrift Shop” e “Can’t Hold Us”: performance repleta de energia e músicas para dançar. O que rendeu, inclusive, uma batalha com dois fãs escolhidos na plateia ao som de “Dance Off” que, na sua versão de estúdio, tem até o Idris Elba.



Fora os hits com Ryan Lewis, faixas como “Good Old Days”, parceria com Kesha, e “Glorious”, com Skylar Grey, prenderam a atenção do público, que não perdia a empolgação nem mesmo com as canções mais lentas.

A impressão que ficou foi a melhor possível.

Vai ter água de graça no Lollapalooza 2019; cervejas manterão preço do ano passado

Tá chegando mais uma edição do Lollapalooza, gente!

E, enquanto o festival, que acontece entre os dias 5 e 7 de abril, não começa, a gente aproveita pra te contar uma novidade maravilhosa desta edição: vai ter água de graaaça em vários pontos estratégicos do evento, inclusive em pontos próximos de todos os palcos. :)

Ao final de todo Lollapalooza, a T4F pergunta para seus frequentadores como foi sua experiência, o que amaram e o que poderiam melhorar, e a distribuição de água gratuita foi uma dessas sugestões ouvidas pela produção. Os pontos podem ser identificados no mapa do festival, disponível em seu site e aplicativo.

Outra notícia boa é pra quem pretende consumir bebida alcóolica no evento: o copo de cerveja de 350ml será vendido por R$13. Exatamente o mesmo valor do ano passado.



Numa ativação com a cerveja patrocinadora do festival, haverão ainda surpresas espalhadas pelos copos durante todo o evento: ao serem iluminados com uma luz neon, portada por promoters oficiais, eles revelarão “vale-cerveja”, acesso ao Lolla Lounge (a área vip do festival) e até mesmo ingressos para os próximos dias. Vimos vantagem.

Só reforçando: o Lollapalooza acontece entre os dias 5 e 7 de abril em São Paulo, no Autódromo de Interlagos. Nós realizaremos a cobertura do evento aqui no site e no Instagram; ingressos seguem disponíveis na Tickets for Fun.

Kanye West levará seu Sunday Service para o último domingo do Coachella 2019

Kanye West se entendeu com a produção do Coachella e após recusar se apresentar no festival, que não topou montar um palco diferente das outras atrações para o rapper, confirmou que será uma das atrações do evento em abril deste ano, no domingo do segundo final de semana do festival, dia 21.

O acordo só rolou porque, após negar a estrutura de palco diferenciada, o festival ofereceu o topo de uma montanha pra que Kanye apresentasse seu novo projeto: a performance dominical com o coral gospel de seu Sunday Service.

Pra quem não sabe, já faz algumas semanas desde que Kanye West vem se apresentando religiosamente nas manhãs de todos os domingos, com versões inéditas de suas músicas mais famosas e trechos de canções inéditas, que deverão integrar o disco “Yandhi”.


Nos vídeos, em sua maioria revelados pelo Instagram Story de Kim Kardashian e outras pessoas presentes, o músico aparece sempre muito empolgado, com a performance e culto tão grandiosos quanto despretensiosos. Que deverá ir nesse mesmíssimo formato para o festival.

No Twitter, temos o momento em que o rapper anuncia a performance do Coachella para a equipe do Sunday Service, olha só:


Fofo demaaaais, gente!

O Coachella 2019 acontecerá durante dois finais de semana nos EUA, entre as datas 12 e 14 de abril e, depois, 19 e 21. Além de Kanye, o festival também contará com shows de Childish Gambino, Ariana Grande e Tame Impala.

Kendrick, Arctic Monkeys e Kings of Leon encerram noites do Lollapalooza; confira todos os horários

Tá finalmente chegando, pessoal! Falta menos de um mês para o Lollapalooza Brasil 2019 e, depois de revelarem suas atrações, chegou a hora do festival nos mostrar também como será a programação completa do evento, com os horários e palcos em que cada artista se apresentará.

Antes de mostrar a programação, a gente deixa um recado urgente: encerram hoje as vendas do ingresso social para o evento, que oferece desconto de até 45% no valor do ingresso para quem fizer uma doação ao Criança Esperança. Saiba mais no site da T4F.

Agora vamos aos horários? Olha só:

Até que desta vez houveram poucos conflitos de horário, né? Por aqui, já temos certeza de iremos correr pelo Autódromo de Interlagos, onde acontece o festival, pra garantir as tríades Troye Sivan, The 1975 e St Vincent na sexta-feira, Jorja Smith, Post Malone e Kings of Leon no sábado e The Struts, Twenty One Pilots e Kendrick no domingo.


As atrações nacionais, como de praxe, garantem seu espaço em horários mais cedo do evento, dando tempo de todo mundo aproveitar com calma artistas como as cantoras Iza, Duda Beat e Luiza Lian, e o rapper BK.


O Lollapalooza acontece nos dias 5, 6 e 7 de abril em São Paulo, no Autódromo de Interlagos. Abaixo, você pode começar o aquecimento com a nossa playlist oficial para o evento:

Coro pra Liniker, aplausos pro Anderson Paak e um puta show do Imagine Dragons no 2º dia de Lollapalooza

(Foto: Marcelo Brandt/G1)

Já estamos chegando ao fim do Lollapalooza, gente! E apesar do cansaço, a vontade é de que tivesse o festival todo dia e, de preferência, com o Dan Reynolds, do Imagine Dragons, e o Anderson Paak melhorando as nossas tardes.

Daqui, já deu pra saber quais foram os destaques desse sábado (24), né? Mas vamos com calma…

A nossa tarde de festival começou ao som da brasileira Liniker que, chorando, precisou encerrar seu show antes do previsto, por conta de algumas falhas técnicas no seu palco. Já acompanhada pela banda Os Caramelows, com quem se apresenta ao vivo tradicionalmente, Liniker trouxe reforços de sobra para o palco, incluindo as cantoras Linn da Quebrada e Tássia Reis, e quando faltou energia pra amplificar todas essas vozes, foi a plateia quem puxou o coro, emocionando a moça. Apesar dos imprevistos, tudo ficou lindo demais!



Mantendo o nível das apresentações de Chance The Rapper e Rincon Sapiência, que fizeram bonito na sexta-feira (23), quem chegou inspirado para ir além das expectativas foi o músico Anderson Paak, que cantou, dançou, fez rap, tocou vários instrumentos e, vez ou outra, fez todas essas coisas ao mesmo tempo, com um som que mescla hip-hop, blues, rock e mais um pouco. Um dos destaques foi a canção “Til’ It’s Over”, famosa por um comercial estrelado pela FKA Twigs, e sua parceria com Mac Miller, “Dang!”, que fez todo mundo dançar.



Na mesma linha, quem também não economizou na ousadia e experimentações foi Mano Brown que, distante do som que o consagrou à frente d’Os Racionais MCs, entregou para o Lollapalooza um show todo levado pela pegada Mowtown, uma das principais influências do seu disco “Boogie Naipe”. Dançante e piegas, o show é quase uma viagem no tempo para a música negra dos anos 70, e esse é o melhor elogio possível.



De volta aos dias atuais, Kygo fez muita gente dançar, apesar da performance confusa e com hits espaçados, apoiados em alguns truques manjados. Dono de hits como “It Ain’t Me”, com Selena Gomez, e “Firestone”, o norueguês apelou para “Fuego”, do brasileiro Alok, e até versões de “Sweet Dreams”, do Eurythmics, e Marvin Gaye. Para o público presente, funcionou.



Já pela noite, Imagine Dragons entregou um dos shows mais impactantes dessa edição e, de certo, fez valer a espera do público, que se alojou no palco Onix para aproveitar cada um dos seus hits. Passando por toda a sua discografia, a banda balanceou seus maiores sucessos com algumas de suas melhores faixas, mas nem tão conhecidas, e compensou os momentos em que o público não sabia cantar com toda a energia e presença de palco do vocalista, Dan Reynolds, que demonstrou extrema gratidão por estar de volta ao festival em São Paulo. Mesmo com alguns hits do novo disco, os destaques ficam para as antigas e, até então, imbatíveis “It’s Time”, “Demons” e “Radioactive”, de seu primeiro CD. Um puta show.



No palco Budweiser, Pearl Jam cantou tudo e mais um pouco em um show que durou quase 2 horas e meia (!). “Black”, “Even Flow” e “Jeremy”, os maiores sucessos da banda, marcaram presença. Se “Last Kiss” ficou de fora, os caras compensaram com “Yellow Ledbetter”, que não costuma entrar em seus setlists. O vocalista Eddie Vadder fez discursos em português, com cola, sobre desarmamento e a necessidade de se apoiar a luta das mulheres por igualdade. Aproveitou também pra pedir (na nossa língua, é claro) um “parabéns pra você” para o vocalista da banda Jane’s Addiction, Perry Farrell. Esse encontrão gerou também uma apresentação de “Montain Song”, uma música do Jane’s. Mas o maior encontrão mesmo foi o de gerações: na plateia, pessoas de todas as idades entoaram e se emocionaram com sucessos do rock dos anos 90. Clássicos são clássicos.



Neste domingo (25) chega ao fim mais uma edição do Lollapalooza Brasil e, outra vez, a dica é que vocês não tirem os olhos do nosso Instagram, @instadoit, pra acompanhar vários vídeos e novidades em tempo real! ;)

Lolla Brasil 2018 começa com culto de Chance, benção de Iza e Zara homenageando Marielle

(Foto: Marcelo Brandt/G1)

Já era comecinho de tarde quando chegamos no Autódromo de Interlagos, para dar início a maratona Lollapalooza, que ainda vai nos render boas horas de música boa e dos mais variados estilos pelos próximos dias.

Na correria entre entrevistas, palcos e shows, a primeira apresentação que assistimos foi do rapper Rincon Sapiência, e não só por já amarmos seu disco seu disco de estreia, “Galanga Livre”, como também por sua grandiosidade ao vivo, terminamos o dia com a certeza de que não dava pra ter começado melhor.



Apesar dos poucos hits (a sua faixa mais conhecida é “Ponta de Lança”, recentemente incluída na novela adolescente “Malhação”), Sapiência não deixa ninguém parado e, como se precisasse de reforço, ainda trouxe a participação especial da cantora Iza, com quem apresentou sua nova colaboração, “Ginga”. Um dos pontos altos aconteceu quando o rapper pediu pelo fim do genocídio negro, prestando uma homenagem a vereradora Marielle Franco, brutalmente assassinada no Rio de Janeiro.



O dia seguiu ao som de Zara Larsson e Chance The Rapper, que se apresentaram no mesmo horário, respectivamente, nos palcos Onix e Budweiser. 

De um lado, a princesinha sueca entregou um show pop pra ninguém botar defeito: teve vocais ao vivo, teve coreografia, muito fôlego, presença de palco e interação com o público. Com uma carreira ainda breve, Larsson já tem hits de sobra pra chamar de seus, mas o destaque fica para as faixas “Never Forget You”, “Ain’t My Fault” e “Lush Life”, fora a parceria com o trio Clean Bandit, “Symphony”, que rendeu mais uma homenagem maravilhosa para Marielle.



Do outro, Chance The Rapper não fez apenas uma apresentação, mas, sim,um verdadeiro culto. Ao som de seus dois trabalhos, “Acid Rap” e o ganhador de Grammy “Coloring Book”, o rapper mescla faixas apoteóticas, repletas de corais e camadas instrumentais grandiosas com músicas dançantes e letras chicletes, ganhando de vez a atenção do público com o seu hit ao lado de DJ Khaled e Justin Bieber, “I’m The One”, que todo mundo tinha na ponta da língua. Outro destaque fica para o seu próprio sucesso, “No Problem”, com direito ao logo de grandes gravadoras e corporações sendo desfigurados no telão, e para a sua parceria com Kanye West, “Ultralight Beam”, que ainda nos arrancou algumas lágrimas.



Em sua segunda vinda ao Brasil, o duo Oh Wonder também deixa uma impressão maravilhosa. Donos de um synthpop dançante e manjado para festivais, Josephine e Anthony compensam a falta de hits com muita simpatia e troca de energia com o público que, a cada refrão recém-aprendido, não tardava em retribuir todo o carinho. Sem dúvidas, é um nome que queremos ver mais vezes por aqui.



Uma das atrações mais aguardadas desta sexta (23), os caras do Red Hot Chili Peppers entregaram um show sem muita enrolação ou inovação, do jeitinho que, pela reação do público, seus fãs já esperavam. Sem grandes surpresas no repertório, o destaque fica mesmo para o baixista Flea, que é quem veio de corpo e alma, dando uma energia inumana para o show.



Já no palco eletrônico, o destaque é da dupla sueca Galantis, que só tem dois grandes hits, “Runaway” e “No Money”, e mesmo assim, embalou um dos shows mais animados da noite, não deixando o público parado com um set eletrônico na medida. Além de “Runaway”, outros destaques do show foram as apresentações de “Rather Be”, do Clean Bandit, e a repaginada em “I Wanna Dance”, da Whitney Houston, com ilustrações da cantora no telão e tudo mais.



O Lollapalooza Brasil 2018 ainda rola neste sábado e domingo, 24 e 25 de março, com apresentações de Liniker, Imagine Dragons, Mahmundi, Mano Brown, Khalid, The Killers e Lana Del Rey. A nossa cobertura, você pode acompanhar no nosso Instagram e, diariamente, também aqui no blog.

O vale dos heterossexuais chora: Tomorrowland Brasil não acontecerá em 2017

Os rumores eram reais! O festival de música eletrônica Tomorrowland não contará com uma edição brasileira em 2017, na contramão dos vários shows internacionais confirmados e especulados, além dos festivais Lollapalooza e Rock in Rio.

O cancelamento foi confirmado durante uma palestra em Fortaleza, pelo diretor da produtora responsável pelo evento, Plus Talent, Luiz Eurico Klotz, que objetivamente afirmou: “Não vai rolar”.


Como explica Luiz no vídeo acima (a partir dos 18:33), o festival não chegou a ser oficialmente anunciado para o próximo ano, mas, por conta dos problemas econômicos no país e, consequentemente, falta de investimento para o projeto, decidiram “pular” 2017, com a intenção de fazê-lo acontecer futuramente em solos tupiniquins.

Os fãs de música eletrônica, entretanto, não ficarão órfãos por muito tempo, visto que o mesmo ano deverá contar com quatro festivais menores, também realizados pela produtora.

Agora é oficial! Demi Lovato se apresentará no Brasil em dezembro, no Z Festival

Segura essa confiança! Pouco depois de confirmar que Selena Gomez não virá mais ao Brasil, o Z Festival anunciou o nome que irá substituir a cantora e, sem que ninguém esperasse, sua nova atração principal será ela: Demi Lovato!

A cantora, que lançou no ano passado o disco “Confident”, viria ao país com a Future Now Tour, acompanhada de Nick Jonas, mas havia adiado essa passagem por conta de indisponibilidade na agenda da dupla – e agora virá sozinha.



Embora seus últimos trabalhos não tenham rendido números enormes mundialmente, é inegável o sucesso de Demi no Brasil, e os certificados de seus discos por aqui não nos deixam mentir. O que a torna um nome interessante quando o assunto são shows e festivais que visem o público adolescente.

Além da hitmaker de “Kingdom Come”, o Z Festival, que acontecerá no dia 10 de dezembro, no Allianz Parque (São Paulo), contará com shows de Anitta, Manu Gavassi, Projota, Cheat Codes, Larissa Manoela e Tiago Iorc. Os ingressos começarão a ser vendidos no mês de outubro, pela Live Pass.

Com música boa brasileira e muito #ForaTemer, Coala Festival é um refúgio na contramão do Rock in Rio

(Foto por: Rafael Strabelli/Nação da Música)
O último sábado (03) foi dia de Coala Festival, em São Paulo, no Memorial da América Latina, e é claro que nós fomos conferir o que rolou de melhor no evento, que contou com shows de artistas como Silva, Lila, Céu, Cícero, Baiana System e Karol Conká.

Em sua terceira edição, o festival apresenta uma proposta que se prova singular a partir da sua line-up, toda composta por artistas brasileiros, acompanhada de um peso social que vai dos seus ingressos (a meia-entrada poderia ser adquirida com a doação de alimentos não perecíveis) ao discurso de seus artistas, que não deixaram de falar sobre o golpe em curso no Brasil e fez do “Fora Temer!”, o grito de guerra de toda a festa.

Por mais que tenhamos ido com os shows de Silva, Céu e Karol Conká em mente, sendo eles os artistas que éramos mais familiarizados, o grande destaque do evento foi o coletivo Baiana System, que apresenta uma mistura de música eletrônica com rap, axé e reggae, levando o público a loucura após a calmaria quase sonolenta dos artistas anteriores. É uma banda que carregaria facilmente um show em festivais maiores, se as produtoras desses, ao contrário do Coala, não desvalorizassem tanto as atrações nacionais, colocando-os em horários desfavoráveis da programação, para públicos minúsculos.

Karol Conká entregou uma performance objetiva e divertida, composta por músicas de seu disco de estreia, “Batuk Freak”, além das novas “Tombei” e “É O Poder”, e uma amostra do seu segundo disco, com a morna “Maracutaia”. Para essa última, a rapper anunciou um videoclipe estrelado por Thais Araújo e Lazáro Ramos, dizendo que o casal e ela estarão lindos na produção.
(Foto: Rafael Strabelli/Nação da Música)
Ainda desconhecida do grande público, Lila trouxe ao Coala um show único. Sua música, disponível no Spotify por meio do EP que leva o seu nome, é um samba pop com pé na MPB, que deve agradar dos fãs da velha música popular brasileira aos que se debruçam ao gênero com nomes como Mallu Magalhães, Maria Gadú e Mahmundi. Ela foi uma das artistas que não pouparam seu público da manifestação política contra o governo golpista, de Michel Temer, trazendo neste protesto uma agressividade imperceptível dentro do seu leve repertório.



Por fim, não podemos deixar de falar sobre Céu, que mesclou o seu show, com foco no recente – e impecável – “Tropix”, e entregou uma performance singular e completamente conectada a sua música, de forma que o palco se tornara um mundo só seu, funcionando como um portal pra que entrássemos um pouquinho no seu universo. Corrijam-nos se estivermos errados, mas toda a maneira como ela, a música e o palco se tornam uma só coisa ao vivo, nos lembrou bastante das primeiras apresentações da neozelandesa Lorde, com o disco “Pure Heroine”.

Ao final do dia, a certeza é de que o Coala Festival entrega o que se propõe. O ambiente é de uma diversidade que vai além dos looks à la Coachella e, antes de qualquer coisa, carrega importantes discursos, somados a uma valorização pouco vista à música nacional, que tem artistas de sobra para adorarmos por um bom tempo.
(Foto: Allison Ribeiro/Nação da Música)
Com a “Rock in Rio-lização” do Lollapalooza, que caminha para edições cada vez mais grandiosas e, consequentemente, massificadas, o Coala se torna um bom refúgio para os que buscam por um festival alternativo que abrace dos artistas consagrados aos emergentes, sendo uma experiência que mistura boa música com responsabilidade social, de uma maneira intencionalmente desleixada e, talvez por isso, tão bem sucedida.

Todas as fotos foram tiradas do site Nação da Música.

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