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Os 10 melhores filmes de 2022 (até agora)

 
Absurdo perceber que 2022 já foi pela metade, mas cá estamos. Em um ano de retomada com tudo na Sétima Arte depois de dois anos de pandemia (ainda se cuidem, hein?), finalmente estamos podendo, em grande escala, apreciar o Cinema novamente. Então é claro que eu teria que vir com meus filmes favoritos de 2022 (até agora).

Caso você já conheça o Cinematofagia, o foco aqui sempre foi e sempre será a busca por filmes que não necessariamente estejam no radar na grande indústria - principalmente quando olhamos para a distribuição brasileira, que nesse ano está bastante aquém, com atrasos de meses em comparação com estreias internacionais, inclusive de países minúsculos. Vários longas já aclamados lá fora só chegarão aqui no segundo semestre, mas tudo bem, a lista de fim de ano virá aí.

De indicados ao Oscar a pérolas de todos os cantos do mundo, os critérios de inclusão da lista são os mesmos de todo ano: filmes com estreias em solo brasileiro em 2022 - seja cinema, Netflix e afins - ou que chegaram na internet sem data de lançamento prevista, caso contrário, seria impossível montar uma lista coerente. E, também de praxe, todos os textos são livres de spoilers para não estragar sua experiência - mas caso você já tenha visto todos os 10, meu amor por você é real.

Sem mais delongas, meus 10 filmes favoritos do primeiro semestre de 2022:


10. Quanto Mais Cru Melhor (Barbaque)

Direção de Fabrice Eboué, França.

Um casal dono de um açougue enfrenta a recessão e vê seu negócio afundar sem controle - assim como seu casamento. Quando um crime acontece - o assassinato de um homem vegano -, a carne do falecido vai parar na prateleira do açougue, virando sem querer a mais nova iguaria para a clientela que forma filas. É aí que o casal vira caçadores de veganos. Sim, é isso aí. "Quanto Mais Cru Melhor" não tem papas na língua no politicamente incorreto ao abordar discussões hilárias em que rimos com a mão na consciência, numa contraposição de veganos absurdamente insuportáveis e seus protagonistas desprezíveis. O banquete visual é servido com cenas gráficas explícitas que evocam toda a bizarrice de sua premissa.


09. Crimes do Futuro (Crimes of the Future)

Direção de David Cronenberg, Canadá/Reino Unido.

David Cronenberg voltou para a ficção-científica, podemos dormir em paz. 23 anos após seu último sci-fi, Cronenberg retorna com "Crimes do Futuro" ao lado de três enormes nomes: Viggo Mortensen, Léa Seydoux e Kristen Stewart. Um futuro não definido possui humanos com mutações genéticas que afetam dois pilares fundamentais de suas existências: eles não sentem mais dor e infecções deixaram de existir. Soa incrível, não? Só soa. Essa distopia cronenberguiana é tudo o que diretor serviu com "Videodrome" (1983) e "A Mosca" (1986): uma bizarrice estética que tenta apontar o dedo para a forma com que nos relacionamos. De fato, o começo da fita é bastante hermético, sem espaços para grandes aproximações, no entanto, quando a chave do sentido é girada, todo aquele estranho universo onde a cirurgia é o novo sexo encontra lógicas espetaculares.


08. Ao Cair do Sol (Sundown)

Direção de Michel Franco, México/França.

Michel Franco está entre os meus cinco diretores favoritos da atual geração em seu cinema pessimista e misantropo - é dele três dos melhores filmes dos últimos anos: "Depois de Lúcia" (2012), "As Filhas de Abril" (2017), e meu filme #1 de 2020, "Nova Ordem". "Ao Cair do Sol" não fica atrás: uma família passa férias no México, porém, todos devem voltar ao saber que a matriarca morreu. A questão é que Neil (Tim Roth) faz todo e qualquer malabarismo para não sair dali, o que perturba sua irmã, Alice (Charlotte Gainsbourg). O cerne do texto é esse, por que diabos Neil inventa qualquer desculpa para não voltar para casa? Com uma apatia destoante, "Ao Cair do Sol" é um afiado estudo de personagem que não abre mão do seu segredo até os últimos minutos, quando toda a viagem desgraçada de Neil faz sentido.


07. A Morte de Um Cachorro (La Muerte de un Perro)

Direção de Matías Ganz, Uruguai/Argentina.

Há um sub-sub-gênero (vou chamar assim) no Cinema que tenho particular deleite: histórias que possuem um pequeno acontecimento se tornando o caos, uma Lei de Murphy cinematográfica. "A Morte de um Cachorro" se enquadra nesse hall: Mario é um veterinário em Montevideo que, após um descuido no trabalho, acaba matando um cachorro; a partir de então, sua vida tranquila e burguês vira de cabeça para baixo. A cada segundo há mais pessoas envolvidas na bagunça que Mario conduz sem freio, que gera brigas, roubos e mortes, até desbocar em um final genialmente cara de pau. Não dá para acreditar no quão cretinos conseguem ser os personagens para limpar a própria pele, e cabe à plateia se divertir com o desespero de todos os presentes - incluindo o cachorro da família. Ninguém escapa.


06. A Tragédia de Macbeth (The Tragedy of Macbeth)

Direção de Joel Coen, EUA.

Devo confessar que minha animação para "A Tragédia de Macbeth" não era das maiores. Apesar de ser dirigido por Joel Coen (a metade da dupla Joel & Ethan, donos da obra-prima "Onde os Fracos Não Têm Vez", 2007) e com um elenco estrelar, a adaptação do conto de William Shakespeare não soava tão interessante, todavia, o espetáculo que é a película derruba qualquer dúvida. Quando um trio de bruxas proclama o trono para Macbeth, sua saga para a glória e a queda afeta a vida de todos a sua volta. Com um dos melhores designs de produção e cinematografia já feitos na história do Cinema, Denzel Washington e Frances McDormand carregam a história com um poder avassalador, sem jamais tornar desinteressante um roteiro que é falado em inglês arcaico (!).


05. Deserto Particular (idem)

Direção de Aly Muritiba, Brasil.

Um policial afastado do cargo por má conduta mantém um relacionamento virtual com uma misteriosa mulher que desaparece sem deixar rastros. Ele sai do sul do Brasil até o Nordeste a fim de encontrar a amada, só para descobrir que ela não é uma mulher cis, e sim uma pessoa não binária. Aly Muritiba ficou conhecido pelos seus pesados e obscuros filmes - assista a "Ferrugem" (2018) - e decidiu mudar seus ares com "Deserto Particular", um drama com toques de romance que mergulha de cabeça em discussões de gênero e sexualidade com uma delicadeza perspicaz.  Não apenas um dos melhores filmes do Novíssimo Cinema Nacional, uma das mais certeiras escolhas de representantes para o Oscar, como também um exemplar fabuloso do cinema LGBTQIA+.

P.S.: "Deserto Particular" estreou no Brasil no finzinho de 2021 em circuito limitado, chegando na HBO Max em 2022, então vai entrar na lista de 2022 sim, a lista é minha e é isso.


04. O Homem do Norte (The Northman)

Direção de Robert Eggers, EUA.

Em sua terceira excursão para contos do séculos passados (depois das obras-primas "A Bruxa", 2015, e "O Farol", 2019), Robert Eggers entrega mais uma obra-prima que amplia a mitologia de seu cinema, sempre dançando entre o fantástico e o terror com uma assinatura própria espetacular para um autor tão jovem. Pegando a plateia pelo pescoço e forçando-a a embarcar em um barco que está fadado ao sangue, todas as profecias ditas através da boca de bruxas conduzem histórias em que a natureza (seja a do planeta ou a nossa própria) está presa a grossas cordas do destino. Resta a você acompanhar o degringolar dos personagens "eggerianos", pobres vítimas de forças sobrenaturais que turvam as suas missões de descobrirem quem são. "O Homem do Norte" é tudo que você poderia esperar de uma saga viking milionária assinada por Robert Eggers.


03. Red Rocket (idem)

Direção de Sean Baker, EUA.

Na minha casa, nós louvamos Sean Baker. O coração da sua filmografia gira em torno da observação de grupos que, por motivos que sejam, caem no trabalho sexual - as travestis de "Tangerina" (2015), a mãe da protagonista de "Projeto Flórida" (2017), etc. Em "Red Rocket" temos Simon Rex como Saber, um ex-ator pornô cujo sucesso é apenas uma memória. Tendo que retornar para a cidade que prometeu nunca mais por os pés, ele conhece e se apaixona por Raylee (Suzanna Son), uma atendente menor de idade. O trunfo de "Red Rocket" é ver até onde conseguimos detestar o carismático Saber, um poço aparentemente sem fundo de trambicagens, roubos e sim, pedofilia. O questionamento principal é: o Cinema deve ter uma moral intocável e sem espaço para dúvidas? Ou ele pode analisar personagens odiosos sem precisar transformá-lo em exemplo? É uma discussão complexa, e Baker assume o risco de não poupar o caráter tenebroso de seu protagonista em prol de uma punição explícita na ficção.


02. Os Homens (Men)

Direção de Alex Garland, Reino Unido.

Alex Garland já surgiu na indústria com o pé na porta ao lançar "Ex Machina: Instinto Artificial" (2014), e cunhou ao longo dos anos um cinema que mistura ficção científica com discussões sobre nossas vidas e regras. "Os Homens" segue a mesma ideia, com uma mulher que, após o suicídio do marido, se isola em uma vila no meio do nada para superar o luto. A grande questão é: todos os homens da vila são exatamente iguais (e criativamente performados pelo mesmo ator, Rory Kinnear). O título pode ser muito óbvio, mas "Os Homens" é uma odisseia bizarra e claustrofóbica que desfila uma infinidade de agressões que as mulheres encontram todos os dias, sem cair em execuções óbvias - são simbolismos que exigem uma pesquisada ao fim da sessão, principalmente com os 10 minutos finais, uma das sequências mais bizarras do século. E Jessie Buckley está fantástica.


01. Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo (Everything Everywhere All at Once)

Direção de Daniel Scheinert & Daniel Kwan, EUA.

A maior bilheteria na história da A24, "Tudo em Todo Lugar" virou um fenômeno sem precedentes; até mesmo a produtora deve ter ficado surpresa. Seguindo uma imigrante coreana em um EUA falido que deve salvar o mundo (ou os mundos), o filme parece pegar carona na temática do momento, os multiversos, porém, com um roteiro concebido em 2010, a fita dos Daniels - que sabem fazer uma obra insanamente contemplativa - é uma aula de qualquer aspecto da Sétima Arte pelo domínio absurdo do material em mãos. Um filme para rir, chorar e contemplar a absurda falta de sentido em nossas pequenas em inúteis vidas, no mais delicioso niilismo cinematográfico possível. Mas é orgânico, viu?


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Quais dos 10 aqui listados você já viu? Faz sua lista também!

Você já assistiu os cinco melhores documentários da Netflix, segundo o Rotten Tomatoes?

Nesta quarta-feira (6), o documentário “Becoming”, de Michelle Obama, chega ao streaming da Netflix. O filme relata a turnê da ex-primeira-dama dos Estados Unidos para promover o livro homônimo que conta sua história, da infância à ascensão ao lado de seu marido, Barack Obama.

Obras não-ficcionais estão cada vez mais influentes nos serviços digitais. Na própria Netflix, o catálogo está recheado de títulos importantes e aclamados pela crítica. O Rotten Tomatoes, um dos mais conhecidos e influentes sites especializados em cinema, listou as 250 melhores produções da plataforma, as cinco primeiras colocações estão ocupadas por documentários. Conheça:

#1 Virando a Mesa do Poder (2019)


O primeiro título destacado pelo Rotten Tomatoes é “Virando a Mesa do Poder”. Dirigido por Rachel Lears, a obra explora os bastidores da eleição de quatro candidatas empenhadas em derrotar políticos com campanhas milionárias na disputa para o Congresso dos EUA em novembro 2018. A produção teve início um dia após a vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 2016.

#2 Crip Camp: Revolução pela Inclusão (2020)


A divulgação da segunda obra da lista, que fala sobre a luta pela inclusão de pessoas com deficiência nos EUA, teve que ser cancelada pela pandemia causada pela Covid-19. Em seu enredo, os diretores Nicole Newnham e James LeBrecht mostram um acampamento de verão que motivou jovens com deficiência a desenvolverem um movimento em busca de um mundo com mais igualdade.

#3 The Square (2013)


O documentário de Jehane Noujaim aborda a crise egípcia entre 2011 e 2013, começando pela Revolução Egípcia na Praça Tahrir, movimento que derrubou dois governos. A produção foi indicada ao Oscar por Melhor Documentário e ganhou três Emmys no Primetime Creative Arts Emmy Awards.


#4 Shirkers - O Filme Roubado (2018)


No verão de 1992, a cineasta Sandi Tan, com a ajuda de seus amigos, tinha o objetivo de gravar um road movie sobre uma assassina chamada “S” nas ruas de Singapura. Depois da gravação, no entanto, o material foi roubado. O enredo parte da aventura de Tan para descobrir o que aconteceu com as filmagens. “Shirkers” foi ganhador do prêmio de Melhor Direção de Documentário na edição de 2018 do Festival Sundance.

#5 Strong Island (2017)


A obra da norte-americana, quinta entre as melhores da Netflix pelo Rotten Tomatoes, foi indicada ao Oscar de 2018. Aqui, Yance Ford embarca na cultura racista dos Estados Unidos para tentar entender a morte de seu irmão, William Ford, e a justiça falha que, sequer, indiciou o assassino. 

Selecionamos quatro filmes que mostram a importância do jornalismo para a sociedade


Na tarde do último domingo (3), coincidentemente Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, uma série de vídeos começou a circular na internet. Nas imagens que tomaram as redes sociais, jornalistas do Estadão são agredidos com chutes, murros e empurrões por apoiadores de Jair Bolsonaro enquanto cobriam mais uma das manifestações a favor do presidente na Esplanada dos Ministérios.

Em meio à crise causada pela pandemia do novo coronavírus que toma o mundo inteiro, não só jornalistas, mas até mesmo profissionais da saúde estão sendo atacados verbal e fisicamente por apoiarem uma medida mais qualificada de isolamento social.

Nesse momento, é importante relembrar que ambos os trabalhos são fundamentais à população e merecem o respeito de todos. Para ressaltar a importância do jornalismo e seu papel para a sociedade, separamos quatro filmes que falam diretamente sobre o tema. Veja:

Spotlight (2015)


Baseado em uma história real e vencedor das categorias Melhor Filme e Melhor Roteiro Original no Oscar, o longa dirigido por Tom McCarthy conta sobre a editoria “Spotlight”, do jornal Boston, direcionada para trabalhos investigativos. Em 2001, a redação reuniu uma série de documentos para denunciar casos de pedofilia por parte de padres em Massachusetts. O material foi publicado em 2002, e no ano seguinte recebeu o Prêmio Pulitzer de Serviço Público.

Cidadão Kane (1941)


Escrito, dirigido e produzido por Orson Welles, o filme considerado uma obra-prima do mercado cinematográfico é, possivelmente, baseado na vida de William Randolph Hearst, um magnata do jornalismo. A suposição, no entanto, sempre foi negada publicamente por Welles.

Na produção, é contada a história de Charles Foster Kane, que teve uma infância difícil, mas se tornou um dos homens mais poderosos dos Estados Unidos. Após sua morte, um jornalista recebe a tarefa de investigar a vida de Kane, com a intenção de descobrir o propósito de uma das últimas palavras ditas por ele.


Todos os Homens do Presidente (1976)


Outra produção que é muito importante para conhecer mais sobre o jornalismo é “Todos os Homens do Presidente”. O longa aborda o escândalo Watergate, que causou a renúncia do ex-presidente dos EUA, Richard Nixon, em agosto de 1974.

O “Caso Watergate”, noticiado em 1972 pelo jornal Washington Post, foi uma investigação criada após a invasão de cinco homens na sede do Partido Democrata, no edifício Watergate. Com ajuda de fontes, dois repórteres conseguiram fazer uma conexão entre os invasores e funcionários da Casa Branca.

The Post - A Guerra Secreta (2018)


O longa protagonizado por Meryl Streep, no papel de Kat Graham, e Tom Hanks, interpretando Ben Bradlee, também aborda o caso Watergate, aqui narrado por dentro do The Washington Post e do mercado jornalístico. Quando o New York Times é punido pela Lei de Espionagem, o jornal comandado por Graham precisa decidir se publica ou não o material que incrimina o presidente norte-americano. Uma escolha entre possivelmente acabar com a empresa ou proteger a liberdade de imprensa.

Bônus: Holocausto Brasileiro (2013)


O livro de Daniela Arbex relata uma história que por muito tempo foi jogada pra debaixo do tapete. Na reportagem, a jornalista brasileira denuncia um dos grandes genocídios do Brasil, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena do Brasil, em Minas Gerais.

Mais de 60 mil internos morreram no local, entre eles pacientes com diagnóstico de doença mental, homossexuais, prostitutas, mães solteiras, alcoólatras, etc.

Além de “Holocausto Brasileiro”, Arbex também é autora de outros dois livros-reportagem: “Cova 312: A Longa Jornada…” e “Todo Dia a Mesma Noite”.


O primeiro trailer de "King's Man" é simplesmente perfeito

É isto. Os quadrinhos de "Kingsman", que nasceram para brincar e tirar sarro do gênero de espionagem, oficialmente se tonará uma franquia grandiosa do cinema porque, após dois filmes, o primeiro spin-off chegará às telonas. Pode entrar, "King's Man: A Origem"! Já nasceu aclamadíssimo demais.


O curioso do trailer divulgado na segunda-feira (15) é que ele destoa de tudo o que vimos até agora. Ao contrário do tom cômico, há um peso bem tramático, principalmente pela "carga" de proteger o rei. A possível mudança de tom é bem-vinda para que a franquia não caia na fórmula-comum que já se mostrou um pouco saturada em "O Círculo Dourado".

Com Ralph Fiennes, você sabe quem, o filme vai contra as expectativas de uma sequência da suposta trilogia iniciada por Taron Egerton, e será um prelúdio que contará o início e possivelmente a criação da organização secreta-título. Há rumores de que o filme pode passar em épocas diferentes, para mostrar o quão antiga a organização é.

Entre os nomes envolvidos no elenco, há boatos de que Liam Neeson estaria envolvido no projeto. Nomes como Aaron Taylor-Johnson, Harris Dickinson e Gemma Arterton estão confirmados no elenco. Matthew Vaughn retorna para a direção.

"King's Man: A Origem" chega aos cinemas em 2020.

Acabou a bondade: novo trailer de "Malévola 2" traz protagonista mudando de lado

Ninguém entendeu quando a Disney anunciou que "Malévola", o primeiro de uma série de live-actions dos clássicos do estúdio, iria ganhar uma sequência. O sentimento se permaneceu no primeiro teaser da produção divulgado há algumas semanas. O vídeo mostrou tudo e, ao mesmo tempo, nada. Agora, o novo trailer traz os primeiros detalhes da trama. Sem criar grandes expectativas, mas tudo aponta para um enredo interessante.


A impressão inicial é de que a sequência deve desconstruir todo o lado anti-herói criado para Malévola e transformá-la em uma grande vilã de verdade. Porém, conhecendo Disney, tudo pode ser resolvido no ato final, justificando novamente seu tom vilanesco, se justificando por um bem maior - o próprio trailer dá indícios disso. Malévola é a Mística das vilãs da Disney que deu certo.

Outra coisinha é que finalmente fica claro quem é Michelle Pfeiffer nesse bololo todo. A personagem é mãe do príncipe com quem Aurora (Elle Fanning) irá se casar e deve ser a grande antagonista na perspectiva da personagem de Angelina Jolie.

"Malévola: Dona do Mal" chega aos cinemas brasileiros em 17 de outubro deste ano.

Os 10 melhores filmes de 2019 (até agora)

A melhor época do ano é quando podemos fazer as listas de melhores lançamentos do período - em dezembro, a lista final, e em junho, com os melhores nomes na primeira metade do ano. Quem me conhece, sabe: eu sou viciado em listas - foram cinco diferentes para o cinema ano passado. Como já disse Sheldon Cooper, "se houver uma lista de coisas que me deixam felizes, 'listas' estaria no topo dessa lista". Parece que foi ontem que as fiz, mas felizmente cá estamos no fim do primeiro semestre, então é hora de listar os melhores filmes de 2019 (até agora).


De indicados e vencedores do Oscar a pérolas de todos os cantos do mundo, os critérios de inclusão da lista são os mesmos de todo ano: filmes com estreias em solo brasileiro em 2019 - seja cinema, Netflix e afins - ou que chegaram na internet sem data de lançamento prevista, caso contrário, seria impossível montar uma lista coerente. E, também de praxe, todos os textos são livres de spoilers para não estragar sua experiência - mas caso você já tenha visto todos os 10, meu amor por você é real. Preparado para uma maratona do que há de melhor no cinema mundial até agora?


10. Temporada (idem)

Direção de André Novais Oliveira, Brasil.
Juliana é abandonada pelo marido e largada em uma cidade diferente enquanto se adapta com o novo trabalho. Enquanto acompanhamos essa epopeia do comum, vemos pessoas normais vivendo dramas normais com suas lutas normais, e o filme soa ainda mais impressionante quando consegue extrair o extraordinário de algo que já está tão impresso na nossa realidade. Ao abrirmos nossas portas, vemos várias Julianas passarem pelas ruas, as heroínas do cotidiano que representam a batalha por uma vida melhor em meio a um Brasil em crise econômica, social e cultural. O lançamento de uma obra como essa, na recessão intelectual que o país se afoga, é a lembrança do quão necessária é a cultura para valorizar e questionar um meio. Contudo, o que "Temporada" mais almeja gritar aos quatro ventos é: o que há de melhor no nosso povo é sua garra.

9. Assunto de Família (Manbiki Kazoku/Shoplifters)

Direção de Hirokazu Kore-eda, Japão.
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2018, "Assunto de Família" é mais um belíssimo lembrete de como Kore-eda é um dos melhores autores do cinema moderno. Em meio à pobreza, uma família sobrevive à base de furtos nos mercados da vizinhança. Quando encontram uma garotinha vítima de abusos domésticos, a família adota a menina, iniciando-a no ritual dos roubos. Pode soar uma problema, como se a criança estivesse sendo corrompida, mas, de maneira muito rica, é o contrário: a menina finalmente tem o que sempre quis, uma família que a ame incondicionalmente. Sem julgar os métodos escolhidos para manter a vida de seus personagens, o longa é de uma delicadeza rara, estudando o quão poderosa é essa instituição que não se liga apenas por laços sanguíneos.

8. Animais (Tiere)

Direção de Greg Zglinski, Suíça/Áustria.
Um casal resolve passar um tempo em um afastado chalé. O marido, em busca de inspiração para seu livro, tenta acabar com as desconfianças da esposa. O plano começa a dar errado quando eles atropelam uma ovelha na estrada, desencadeando uma série de experiências estranhas. "Animais" é um filme que se utiliza do molde clássico: será se os personagens estão ficando loucos? Com uma atmosfera onírica à la David Lynch, que esconde segredos e camadas mais profundas por trás de cada porta, embarcamos no quebra-cabeças narcótico da narrativa, que mistura múltiplos universos, bizarrices, relacionamentos em ruínas e gatos falantes. Sem falar que é visualmente espetacular.

7. Selvagem (Sauvage)

Direção de Camille Vidal-Naquet, França.
"Selvagem" já nasceu como marco dentro do cinema LGBT pelo seu olhar documental de uma condição que preferimos não encarar: a prostituição. Sua sinceridade brutal não é apenas motor de uma sessão de entretenimento (por mais drenadora que ela seja), é ferramenta de comoção social fenomenal da difícil vida de um garoto de programa. Longe de qualquer glamourização, fetichismo e julgamento moral, o filme vira um documento do quão desumanizadora é a marginalização da prostituição - aproximando o homem da selvageria - e manifesto da intragável solidão de seu protagonista, uma mercadoria à baixo preço que está sedenta por qualquer demonstração de afeto. E não estamos todos nós?

6. Cafarnaum (Capharnaüm)

Direção de Nadine Labaki, Líbano.
O vencedor moral do Oscar 2019 de "Melhor Filme Estrangeiro" e "Melhor Direção" ("Roma" não chega nem aos pés), "Cafarnaum" surgiu quando Labaki se perguntou: no nosso sistema tão falho, quem mais sofre com nossos conflitos, guerras e governos? As crianças. E a película é inteiramente transposta a partir da visão dos pequenos, em especial Zain, que está processando os pais por lhe darem a vida. "Cafarnaum" vai até o seio de um Líbano degradado e à beira do colapso, dando voz àqueles que são ignorados por completo. Carregado nas costas pelo brilhante elenco infantil, eis um daqueles filmes que são uma forma de documentação histórica e denúncia de realidades esquecidas. A cena final é uma das maiores destruições já filmadas nesse século.

5. Clímax (Climax)

Direção de Gaspar Noé, França.
"Clímax" não é uma produção recomendável, mas pelos motivos corretos: quando um grupo de dançarinos descobre que a bebida da festa foi batizada com LSD, o lado mais animalesco de cada um vem à superfície. Esse é um filme que não só demanda como suga o emocional do público, tão massacrado quanto os personagens, presos em uma bolha ácida que não escolheram e nem podem escapar. E talvez seja a impotência - tanto nossa como deles - que faz "Clímax" tão bizarro. Gaspar Noé nunca pôs os dois pés no terror, apesar de sempre flertar no gênero, e dessa vez ele não apenas entrou como filmou um show de horrores inacreditável, transformando cinema em uma experiência sensorial. Se já houve uma festa que você pode ficar feliz em não ter sido convidado, é essa aqui. Porém, há quem prefira dançar em meio ao caos.

4. Garota (Girl)

Direção de Lukas Dhont, Bélgica.
Baseado na vida de uma real bailarina trans, "Garota" foi recebido com amores e ódios pela ótica íntima da vida transsexual. A sessão é impactante não só pelo o que a fita mostra, mas pelo o que ela gera como sensações, navegando pelas ansiedades, medos e momentos mais obscuros que um LGBT passa ao se ver em uma sociedade que não está capacitada para entendê-lo. Porém, a maior lição que retiramos de "Garota" é óbvia: o local de fala é importante, mas não garante coisa alguma, principalmente se tratando de expertises artísticas. Sua bagagem não vai, necessariamente, fazer um bom filme. Felizmente, não foi o caso de "Garota", um delicado filme baseado na vivência de uma real mulher trans, não uma fantasia erotizada de uma pessoa cis.

3. A Favorita (The Favourite)

Direção de Yorgos Lanthimos, Reino Unido/EUA.
O filme de época mais espirituoso dos últimos tempos, "A Favorita" é, em primeiro lugar, um filme sobre mulheres difíceis em uma época difícil e em posições difíceis. A obra encanta na riqueza de detalhes narrativos e visuais, e quando suas protagonistas - três monstros na tela - não dão a mínima para a guerra do lado de fora de seu palácio, mais preocupadas com a batalha que acontece ali dentro - o destino da nação pouco importa quando é seu status que está em jogo. Mesmo não tendo o roteiro assinado por Lanthimos, o maior diretor em atividade, o longa é mais uma prova da genialidade do cineasta enquanto contador de histórias. "A Favorita" é uma luta real pelo favoritismo de uma insana rainha que escancara o nada discreto charme da burguesia.

2. Suspíria: A Dança do Medo (Suspiria)

Direção de Luca Guadagnino, EUA/Itália.
Remake do clássico de Dario Argento, lançado em 1977, a empreitada pós "Me Chame Pelo Seu Nome" de Guadagnino abandona o compromisso com a trama do original e cria uma película próxima, seguindo apenas a premissa: uma dançarina americana chega à uma escola de balé em Berlim que é controlada por bruxas. As atuações, os diálogos e todos os aspectos visuais de "Suspíria" são irretocáveis, todavia, o melhor é sua atmosfera. Há imagens de beleza irretocável ao lado de cenas perturbadoras, emolduradas por uma narrativa onírica que, a partir de sua técnica, tem a capacidade de transformar o mundo físico em algo etéreo e narcotizante. Dotado de pretensão para dar e vender, "Suspiria" consegue ser traduzido por um diálogo proferido aos berros: "Isso não é vaidade, é arte".

1. Fronteira (Gräns/Border)

Direção de Ali Abbasi, Suécia.
Uma estranha policial possui o dom de farejar quando pessoas estão cometendo um crime, o que vai desencadear uma corrida policial, a fim de desmantelar uma rede de tráfico sexual e infantil. Indicado ao Oscar de "Melhor Maquiagem", o sueco "Temporada" funde realismo social com bizarra fantasia, e choca como mundos tão distintos funcionam com perfeição na tela. Fábula que discute o entendimento da natureza - seja a fauna e flora que nos rodeia, seja a nossa própria natureza -, há latente misantropia em seu texto, com um discurso fatalista sobre como pendemos para o pior lado da nossa existência. Aquela mulher que sente o cheiro de culpa é porta-voz dessa obra-prima que surpreende em imagens, sons e mensagens - este é um trabalho original, autêntico e ousado do começo ao fim.

***

Lista: 10 casais que marcaram o cinema contemporâneo (se amando ou se odiando)

Aaaah, o amor, esse sentimento tão estranho e que tanto nos une. Ao longo da história do Cinema, o romance foi peça primordial na popularização da arte. De casais que dão nome aos filmes - como o caso de "Bonnie & Clyde" (1967) - até amores lendários - como Jack e Rose em "Titanic" (1997) -, esses relacionamentos são compartilhados para com o público, que ama, ri, sofre e chora junto com eles.

Mas é interessante, também, ver que não é só o amor que une duas pessoas; em vários casos, o ódio é o sentimento presente, como Zhenya e Boris, os pais que desencadeiam toda a tragédia de "Sem Amor" (2017). Pensando nisso, esse post tem como objetivo listar 10 casais do cinema contemporâneo que gravaram seus nomes pelos mais diferentes motivos - romances perfeitos, ódio que une, amores fadados ao fracasso ou até casais impossíveis, não importa. Como sempre, cada texto tenta ao máximo trazer o menor teor de spoilers possível, mas às vezes é inevitável. Agora é hora de chamar o mozão e fazer uma maratona.


A Forma da Água (2015)

Meu deus, meu deus, o Homem Peixe. "A Forma da Água" é um dos melhores vencedores do Oscar de "Melhor Filme" no século pelo resgate impecável da Hollywood de Ouro. Era de técnica faraônica e amores lendários, Guilhermo Del Toro usa sua estética fantasiosa e dá vida a um romance absurdo: de uma tímida mulher muda e um humanoide anfíbio da Amazônia. As características dos pombinhos já seriam o suficiente para garantir qualquer interesse, mas o desenvolvimento dessa relação atinge outro patamar quando, durante todo o filme, eles não trocam uma fala. A cena final é um júbilo e o que há de melhor no gênero romance nos últimos tempos.

Carol (2014)

Therese trabalha como vendedora numa loja de brinquedos quando conhece Carol. As duas parecem habitar mundos completamente diferentes, porém, há uma semelhança: ambas estão vivendo uma mentira. A libertação dessas máscaras fará com que elas se unam de formas que nem ousavam cogitar, o que rende um dos romances mais requintados já feitos. "Carol" - que injustamente nem indicado ao Oscar de "Melhor Filme" foi - é a prova indiscutível de que local de fala não garante um bom trabalho - o filme é dirigido por um homem gay, e isso em nada diminui o impacto dessa obra-prima lésbica, que transcende a barreira da sexualidade.

Garota Exemplar (2014)

Dizem que a linha que separa o amor e ódio é tênue, e Nick e Amy provavelmente concordariam com essa premissa. O que começou como um jovem e promissor casal vai aos poucos entrando na roda que gira o casamento convencional: a rotina. As crises pessoas, profissionais e econômicas vão pesando ainda mais a insatisfação com o casamento, até que um dia, no aniversário de cinco anos do matrimônio, Amy desaparece. Nick, claro, é o principal suspeito. A odisseia de "Garota Exemplar", conduzida com brilhantismo por David Fincher, é uma montanha-russa entre paixão e desprezo de duas pessoas que vão longe demais para ferir um ao outro.

Ela (2013)

Em um futuro não tão longe assim, Theodore tenta ao máximo superar o fim do casamento, sem sucesso. Ele vai em encontros casuais, faz sexo virtual, mas nada é capaz de arrancar a dor que reside em seu peito. Quando compra um novo sistema operacional, desenvolvido com inteligência artifical capaz de se adaptar aos gostos do usuário, Theo acaba...se apaixonando pelo computador - chamado de Samantha. Sim, isso soa patético, e é aqui que mostra a grandeza de "Ela": transformar o amor de um homem e uma máquina em algo verdadeiro. O melhor filme de Spike Jonze - que lhe garantiu o Oscar de "Melhor Roteiro Original" - questiona o quão desesperados estamos por uma migalha de afeto em tempos em que a tecnologia desune ao invés de aproximar. Samantha, não conte com a gente.

Amantes Eternos (2013)

Quando o título do filme carrega toda a sua essência: em "Amantes Eternos", Adão e Eva são dois vampiros centenários que estão em momentos diferentes de suas eternidades; Eva é uma luminosa vampira, com incessável sede pela vida, enquanto Adão se cansou das atividades terrenas. O que mantém os dois é a existência um do outro. O longa é um honesto questionamento de uma das dúvidas universais: valeria mesmo a pena ser imortal? Uma hora não cansaria? E o amor pode perdurar? Talvez o melhor filme sobre vampiros já feitos na história, "Amantes Eternos" é verossímil e narcotizante, com paixão latente entre seus estranhos (e hipsters!) protagonistas.

La La Land (2016)

O musical do século (sim) é uma das obras mais conhecidas e aclamadas da década, e também pudera. Os arquétipos que solidificam "La La Land" são absolutamente clichês: a mocinha que sonha estar nas telas do cinema enquanto sofre com seu iPhone com a tela quebrada de um lado, o galã viciado em jazz que luta para ganhar cada gorjeta do outro. É claro que eles se odeiam de início, é óbvio que eles vão se apaixonar loucamente. O que faz com que "La La Land" não seja só um filme da Sessão da Tarde é, além de sua produção fenomenal, a maneira como Emma Stone e Ryan Gosling abraçam aquele romance, mesmo questionando se ele deve se sobrepor às suas carreiras. Um filme lindo de doer - e dói.

A Região Selvagem (2016)

Alejandra, mãe e dona de casa, vive um casamento falido. O marido, que mantém um caso extra-conjugal com o irmão de Alejadra, é reflexo de tantos homens que enxergam as mulheres como objetos de posse. A salvação da vida sexual de Alejandra estava a um meteorito de distância: quando o objeto especial cai na sua cidade, traz com ele um alienígena faminto por..........sexo. Essa ficção-científica mexicana é um dos filmes mais bizarros já feitos, mas não por isso menos fantástico. Alejandra e o e.t. desenvolvem uma relação inacreditável, fomentada pelos efeitos especiais de primeira linha que transformaram a criatura em realidade. Só vendo para crer.

Nasce Uma Estrela (2018)

O filme que catapultou Lady Gaga como ícone do Cinema mal havia visto a luz do dia e já era chamado de "clássico". A quarta versão da mesma história, o "Nasce Uma Estrela" de Bradley Cooper encontra o apogeu ao casar uma história shakespeariana com uma cultura moderna, além de elevar os elementos básicos do enredo original. Impulsionado ainda mais pelas canções perfeitas - de "Shallow" a "I'll Never Love Again" -, Ally e Jack formam um turbulento casal que são também casados com a fama e o vício. Quer um romance para se acabar de chorar? Achou.

Mãe! (2017)

Idolatrado por uns, repudiados por outros, é impossível ser indiferente com "Mãe!", o filme mais polêmico de Darren Aronofsky. Um casal mora em uma idílica casa no meio do nada, buscando apenas paz e sossego, que são obliterados com a chegada de um hóspede não convidado. A relação do casal, que não possui nome em cena, gravita ao redor do humor do marido, um escritor atualmente em bloqueio criativo. Quando as alegorias do enredo se tornam claras, a película mostra a que veio e abre as portas do inferno de um amor que não existia pelos motivos corretos. "Você só ama o meu amor por você" é uma das falas definitivas de "Mãe!".

Moonrise Kingdom (2012)

Wes Anderson, um dos melhores diretores em atuação, é famoso pelas suas histórias fabulescas e cheia de cores, e seu ápice foi com "Moonrise Kingdom". Suzy e Sam são adolescentes que se conhecem em uma peça e imediatamente se apaixonam. Eles trocam cartas e decidem fugir para poder viver aquele amor livremente. A magia do filme está na pureza gritante daquela relação na flor da idade, enquanto eles ainda nem sabem quem são completamente. Recheado com diálogos delicados e sempre repleto de simpatia, "Moonrise Kingdom" é uma daquelas obras que, se pudéssemos, moraríamos dentro. Fofíssimo e inocente na medida certa.

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Sim, Robert Pattinson é uma ótima escolha para viver o Batman nas telonas

Ontem (16), a Variety pegou todo mundo de surpresa anunciando que Robert Pattinson, nosso eterno Edward Cullen ("A Saga Crepúsculo"), será o Batman no filme auto-intitulado do morcegão, que deve estrear em 2021. Entretanto, o site desmentiu a escolha, afirmando que as negociações ainda não se enceram, porém que o ator é o favorito para o papel.

De qualquer forma, a rede mundial de computadores foi contra a escalação, mas já está na hora da gente esquecer sua má performance em "Crepúsculo", não?

Nós poderíamos muito bem levantar já a carta Heath Ledger, que teve uma péssima recepção quando anunciado como o Coringa em "O Cavaleiros das Trevas" do Nolan, ou até mesmo a carta Ben Affleck que, apesar de não ter a mesma aclamação que Ledger, conseguiu entregar uma boa performance mesmo que por pouquíssimo tempo.

Gente, só para começar, o Pattinson já cumpre dois dos requisitos principais visuais para interpretar o Batman: ter cara de amargurado e um queixo bonito para ficar de fora quando ele botar a máscara. Como vocês podem ser contra isso?

Brincadeiras a parte, Robert Pattinson é um excelente ator, uma pena que pouquíssimas (mesmo) sabem disso. Depois da produção baseada nos livros de Stephenie Meyer, o cara se enfiou em um ou outro filme menor onde pôde mostrar suas habilidades de atuação e não tem como não reconhecer seu talento. Parem de ser chatos.



O melhor longa-metragem para exemplificar a boa atuação de Robert é "Bom Comportamento", dirigindo pelos irmãos Safdie. A produção segue a história de Constantine Nikas (Pattinson) que após tentar assaltar um banco vê o seu irmão mais novo ser preso. Então, Nikas se vê obrigado a tentar resgatá-lo.

O cultzinho é tão bom que nós o elegemos em 2017 como um dos melhores daquele ano na lista do Cinematofagia. E para as loucas do Rotten Tomatoes, o filme tem aprovação de 91% dos críticos de cinema e 80% do público. Não iremos avançar nos argumentos, só assistam.

Talvez a recepção negativa quanto a escolha do ator para o papel a ponto de criar uma petição contra (!) seja "realmente" necessária para que o ator surpreenda aquém daquilo que todos estavam esperando. Talvez, "The Batman" seja a merecida redenção de Pattison para o grande público. Talvez seja a vez das pessoas verem mais uma vez que um único papel ruim não é o suficiente para se manchar uma carreira.

Em Robert Pattinson nós acreditamos.

Vera Farmiga e Patrick Wilson estão de volta ao universo de "Invocação" com o trailer de "Annabelle 3"

Desde quanto a boneca Annabelle ganhou um filme para chamar de seu, o blogueiro que vos escreve tinha a certeza de uma coisa: o casal Warren em algum momento seria fundamental para os spin-offs. Não é para menos, a boneca foi encontrada pelos dois e, por se tratar de prelúdios, é totalmente plausível trazê-los para estes filmes, ainda mais por trazerem um peso para a franquia.

O casal, interpretado por Vera Farmiga e Patrick Wilson, esteve presente de forma bem tímida nestes filmes, mas nada que exigisse a participação dos atores. Era mais um fanservicezinho para quem é fã da franquia idealizada por James Wan. Agora, o terceiro filme "Annabelle - De Volta Pra Casa" traz os mozões de vez.

A surpresa veio logo no primeiro trailer da produção. Assista.



Nem tudo são flores e o trailer deixa nítido que o melhor casal do terror sequer será o centro do "elenco humano", porém não deixa de ser interessante ver o ponto em que as histórias irão se cruzar, ficando bem longe de um mero spin-off. Essa é a primeira vez que realmente se tem a sensação de estarmos imergindo em um universo compartilhado de verdade na franquia. Acabou para você, Marvel.

Em "Annabelle - De Volta Para Casa", teremos uma espécie de "Uma Noite no Museu" de terror, com a tenebrosa boneca "ativando" várias das entidades presentes no sótão de artefatos dos Warrern. Diferente do que falamos antes, isso pode dar certo.

"Annabelle 3" chega aos cinemas norte-americanos em julho. Ainda não há previsão de estreia no Brasil.

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