Mostrando postagens com marcador fotografia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fotografia. Mostrar todas as postagens

As 10 melhores fotografias do cinema em 2021


Para abrir as listas de "Melhores de 2021" aqui no Cinematogafia (ainda teremos as melhores atuações e, claro, os melhores filmes), aqui estão as 10 melhores fotografias do ano, aquelas que nos fizeram falar "dá o Oscar para esse enquadramento". Mas antes de tudo, o que é fotografia?

A fotografia - ou cinematografia, no jargão técnico mais apropriado - é o termo que mais sofre quando alguém elogia o "visual" do filme. Ao contrário do que se pode presumir, a fotografia não é necessariamente tudo o que está na tela, tudo o que podemos ver; ela é a "impressão" do roteiro, ou seja, os enquadramentos, movimento de câmera, uso de filtros, manipulação de cores, exposição de luz e afins.

Quando alguém solta um "olha a paleta de cores maravilhosa desse filme!", muitas vezes ele não está falando da fotografia, e sim do design de produção - a chamada "direção de arte", que compõe todo o aparato físico que está no ecrã. As cores, parte visual mais emblemática, entra tanto na fotografia - pelo trabalho do colorista - como na direção de arte - no trabalho do cenógrafo - e nos figurinos - no trabalho do figurinista. São departamentos distintos e realizados por profissionais diferentes; é a união de todos que fazem um filme ser "bonito" (ou não, caso propositalmente).

Então, o que a lista está julgando, basicamente, é o trabalho de câmera juntamente com a colorização das películas. O critério de inclusão dos citados é o de sempre: ter estreado nacionalmente (em salas comercias, festivais ou plataformas de stream) em 2021 ou ter chegado à internet sem data de lançamento previsto. Preparado para fazer a linha cult na próxima roda de amigos e falar das fotografias mais estonteantes do cinema em 2021? Aqui as 10 melhores pelo Cinematofagia (sem ordem de preferência):


Ovelha (Lamb)

Cinematofragia por: Eli Arenson. Coloração por: Eggert Baldvinsson.

O selecionado da Islândia para o Oscar 2022, "Ovelha" é uma fantasia com toques de terror que necessitava de uma atmosfera ideal para o desenvolvimento de sua estranha história, e a cinematografia da fita é elemento fundamental para seu sucesso. Não é tão difícil assim conseguir um filme visualmente incrível na Islândia - é só apontar a câmera para qualquer lugar do país que é garantia de imagens belíssimas -, mas "Ovelha" sabe utilizar a natureza como elemento dramático, afinal, como bem informa o roteiro, a natureza é maior mãe que existe.

Spencer (idem)

Cinematografia por: Claire Mathon. Coloração por: Peter Bernaers.

De maneira inesperada, "Spencer" é um dos filmes mais "divisivos" de 2021: enquanto o consenso da crítica é de puro deleite, o público em geral não gostou tanto assim da obra. Um elemento, no entanto, é regra: a forma como a história de aprisionamento de Lady Di é filmada com maestria. Com cores escolhidas a dedo e enquadramentos que evidenciam o estado mental da protagonista, somos catapultados para uma década de 90 cheia de glamour e solidão, como se o que está passando diante dos nossos olhos fosse uma memória que, por mais afeto injetemos, não consegue esconder sua melancolia.


O Cavaleiro Verde (The Green Knight)

Cinematografia por: Andrew Droz Palermo. Coloração por: Alastor Arnold.

Dirigido por David Lowery, mesma cabeça pro trás de "Sombras da Vida" - uma das melhores cinematografias do século -, "O Cavaleiro Verde" não tinha como decepcionar. Lowery gosta de utilizar a lente para desenvolver um universo quase paralelo, como se suas histórias não se passassem na nossa realidade, e a epopeia de "O Cavaleiro Verde" busca ser um filme feito como se fosse uma obra fidedigna dos contos fantásticos medievais, abusando de enquadramentos que evocam magia e encantamento. Todos os momentos em que o personagem do título está na tela é um show.


If I Can't Have Love I Want Power (idem)

Cinematografia por: Petra Diensbirova. Coloração por: Bryan Smaller.

O filme que acompanhou o lançamento do quarto álbum de estúdio da norte-americana Halsey, "If I Can't Have Love I Want Power" é uma extravagância imagética que não economiza na grandiosidade de suas imagens. Seguindo uma rainha que abdica de tudo em busca de poder, Halsey foi caprichosa em extrapolar a narrativa do disco com cenas encharcadas de simbolismos que vão muito além de composições visualmente bonitas - são poderosíssimas.


Nomadland (idem)

Cinematografia por: Joshua James Richards. Coloração por: Élodie Ichter.

Aquele que deveria ter vencido o Oscar de "Melhor Fotografia" (desculpa, "Mank"), "Nomadland" arrebatou a todos (e o careca dourado de "Melhor Filme") com a simplicidade em que escancarou as mazelas do capitalismo norte-americano na contemporaneidade. Fotografado pelo parceiro da diretora e oscariada Chloé Zhao, Joshua James Richards, essa mistura de road movie com cinema de denúncia contrasta suas temáticas com cenas de tirar o fôlego, capturadas com uma falsa calmaria: tua soa muito simplista, mas carrega camadas que exprimem a luta de seus personagens ao tentarem sobreviverem àqueles ambientes.


Santa Maud (Saint Maud)

Cinematografia por: Ben Fordesman.

Filmes de terror com viés religioso são um dos meus fracos, principalmente quando fotografados da maneira correta (dá vontade, "A Freira"?). "Santa Maud" é um dos exemplos de louvor. Uma enfermeira, após um acidente fatal, se converte para o cristianismo com certo... radicalismo. Sua missão na terra é salvar a vida (e a alma) de sua nova paciente, custe o que custar. Ben Fordesman (fotógrafo do maravilhoso curta musical "M3LL155X" de FKA Twigs) vai a fundo na "decreptação" do mundo de Maud, extinguindo qualquer tom de cor alegre e afundando a história em imagens lúgubres que estão mais perto do inferno do que qualquer paraíso.


O Santo Desconhecido (The Unknown Saint)

Cinematografia por: Amine Berrada. Coloração por: Laurent Navarri.

Essa pequena joia do cinema marroquino não teve o apreço que merece aqui em terras brasileiras, e espero agora mudar essa realidade. "O Santo Desconhecido" narra o conto de um ladrão que enterra seu roubo no alto de uma colina. Ao sair da prisão tempos depois, ele volta para finalmente resgatar seu tesouro, só para descobrir que o local virou santuário intocável de um santo criado por um vilarejo. Recheado de planos abertos lindos de morrer, o árido norte da África é filmado com paixão e traduz imageticamente o misticismo (e pura comédia) de um povo apegado às tradições.


Duna: Parte 1 (Dune: Part One)

Cinematografia por: Greig Fraser. Coloração por: David Cole.

Um dos projetos mais ambiciosos do século, "Duna" comprova que Denis Villeneuve entrou na ficção-científica (depois de "A Chegada" e "Blade Runner 2049") e não sairá mais dela. Elogiar os aspectos visuais do filme é chover no molhado: efeitos especiais incríveis, figurinos irretocáveis e uma fotografia perfeita compensam qualquer defeito que podemos encontrar no filme como um todo. Villeneuve e Greig Fraser foram assertivos na criação desse mundo distópico que se consolida como um épico (ao menos no trato do ecrã). Oscars virão.


A Morte de Dois Amantes (The Killing of Two Lovers)

Cinematografia por: Oscar Ignacio Jiménez. Coloração por: Drew Tekulve.

Fincando no interior dos EUA, "A Morte de Dois Amantes" é o suprassumo do cinema indie. Um casal em crise decide dar um tempo. A regra é: cada um pode se envolver com outras pessoas, sem ressentimento. A regra é bem seguida pela esposa; já para o marido, ver a amada conseguindo seguir a vida sem ele é uma tortura. O longa se passa através do ponto de vista do marido, que vê seu relacionamento ruir impotentemente, e as imagens da fita são a combinação ideal para a destruição psicológica do fim de um romance - aqui, levado para extremos perigosos demais.


Luz Eterna (Lux Æterna)

Cinematografia por: Benoît Debie. Coloração por: Marc Boucrot.

Parceiro de cinematografia de Gaspar Noé, Benoît Debie sabe, desde "Irreversível", como o diretor é quase um ditador ao tratar suas imagens com o maior choque possível. Depois da festa mais caótica de todos os tempos com "Clímax", Debie vai ainda mais longe no média-metragem "Luz Eterna": são múltiplos trabalhos de câmera, que muitas vezes são colocados lado a lado na tela mostrando pontos de vistas diferentes do inferno que é a filmagem de uma obra. Um filme dentro do filme, "Luz Eterna" é ousado e desconcertante ao querer provar que o pandemônio não é sua história de bruxas high-fashions prestes a serem queimadas na fogueira, são os bastidores.

***

Lista: as 10 melhores fotografias do Cinema em 2020

 

Para abrir as listas de "Melhores de 2020" aqui no Cinematogafia, depois de um dos anos mais instáveis da história da Sétima Arte, aqui estão as 10 melhores fotografias do ano, aquelas que nos fizeram falar "dá o Oscar para esse enquadramento". Mas antes de tudo, o que é fotografia?

A fotografia - ou cinematografia, no jargão técnico mais apropriado - é o termo que mais sofre quando alguém elogia o "visual" do filme. Ao contrário do que se pode presumir, a fotografia não é necessariamente tudo o que está na tela, tudo o que podemos ver; ela é a "impressão" do roteiro, ou seja, os enquadramentos, movimento de câmera, uso de filtros, manipulação de cores, exposição de luz e afins.

Quando alguém solta um "olha a paleta de cores maravilhosa desse filme!", muitas vezes ele não está falando da fotografia, e sim do design de produção - a chamada "direção de arte", que compõe todo o aparato físico que está no ecrã. As cores, parte visual mais emblemática, entra tanto na fotografia - pelo trabalho do colorista - como na direção de arte - no trabalho do cenógrafo - e nos figurinos - no trabalho do figurinista. São departamentos distintos e realizados por profissionais diferentes; é a união de todos que fazem um filme ser "bonito" (ou não, caso propositalmente).

Então, o que a lista está julgando é o trabalho de câmera juntamente com a colorização das películas. O critério de inclusão dos citados é o de sempre: ter estreado nacionalmente (em salas comercias, festivais ou plataformas de stream) em 2020 ou ter chegado à internet sem data de lançamento previsto. Preparado para fazer a linha cult na próxima roda de amigos e falar das fotografias mais estonteantes do cinema em 2020? Aqui as 10 melhores pelo Cinematofagia:


Mank

Cinematofragia: Erik Messerschmidt. Edição de Cor: Eric Weidt.

"Mank", novo filme de David Fincher, tem todos os elementos que fazem a Academia tremer da base: é uma homenagem ao eleito "melhor filme de todos os tempos", "Cidadão Kane" (1941). O longa não apenas vai até os passos que levaram à produção do clássico como remonta perfeitamente a rodagem de um filme na Era de Ouro de Hollywood, e a fotografia não poderia ficar de fora. Pesadamente inspirada no trato visual de "Kane", revolucionário dentro do quesito, todo quadro da cinematografia de Erik Messerschmidt aponta para a grandiosidade das películas de época. Pelo menos a indicação ao Oscar da categoria o filme leva - e se ganhar a estatueta, não será surpresa.

A Primeira Vaca

Cinematografia: Christopher Blauvelt. Edição de Cor: Sam Fischer.

Jogando o espectador para o séc. XIX, no interior dos Estados Unidos, "A Primeira Vaca" é uma obra que exala simplicidade à primeira vista, mas é muito mais complexa do que aparenta. A amizade improvável de dois homens, que mudará os rumos de toda a cidadezinha em que vivem, é capturada com uma fotografia estonteante de Christopher Blauvelt, sabiamente executada em um plano mais quadrado, um dos principais elementos que fazem o público embarcar no período.

911

Cinematografia: Jeff Cronenweth. Edição de Cor: Dave Hussey.

Lady Gaga, conhecida pelos videoclipes extravagantes e produções faraônicas, é uma cinéfila de carteirinha, já tendo referenciado inúmeros filmes ao longo da carreira. Com "911", curta em parceria com o aclamado diretor Tarsem Singh, o patamar é elevado para níveis raramente vistos na cultura pop. Inspirando em nomes como "A Cor de Romã" (1969), "8½" (1963) e "A Montanha Sagrada" (1973), a execução imagética realizada pelas mãos de Jeff Cronenweth é de cair o queixo, não se contendo em abocanhar imagens belíssimas como ousando em enquadramentos que denotam toda a carga de sua temática.

Casa de Antiguidades

Cinematografia: Benjamín Echazarreta. Edição de Cor: Mickaël Commereuc.

Se "Casa de Antiguidades" frustrou enquanto obra, sua fotografia deve em nada. Fincado no Brasil atual, em uma colônia de leite sulista, o longa busca retratar as garras do racismo e ageísmo da nossa sociedade. Como era de se esperar, esse retrato vai ganhando ares cada vez mais fantasiosos para encaminhar suas discussões para campos além do óbvio, e a cinematografia de Benjamín Echazarreta é um dos transportes dessa viagem sempre imageticamente bonita.

Devorar 

Cinematografia: Katelin Arizmendi. Edição de Cor: Sam Daley.

"Devorar" pode ser usado com excelente estudo de como a fotografia deve ir bem além de um elemento "bonito" dentro do filme: ela é usada para potenciar a atmosfera da narrativa. Seguindo uma dona de casa de classe alta que passa os dias na tediosa rotina doméstica, Katelin Arizmendi é largamente influenciado por "O Bebê de Rosemary" (1968), ao atirar a maternidade em um campo que beira o sobrenatural e a questionar de formas corajosas e longe de toda a glamourização a obrigação imposta sobre as mulheres no ato de procriar.

Viveiro

Cinematografia: MacGregor. Edição de Cor: Gary Curran.

O objetivo de quase toda cinematografia é emoldurar o ecrã da maneira mais natural e real possível, contudo, o caso de "Viveiro" vai para o extremo oposto. O filme necessita de uma cinematografia totalmente artificial para dar vida ao seu estranho roteiro, e MacGregor atinge sem dificuldades o propósito. Com seu design de produção esteticamente correto é fachada para a trama, com a fotografia escondendo toda a bizarrice com uma estética que passeia por "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "O Show de Truman" (1998), e transforma a casa própria, uma das mais desejadas paisagens, em um verdadeiro labirinto em que cada esquina é um pesadelo.

O Chalé

Cinematografia: Thimios Bakatakis.

Um dos elementos mais seminais para a construção de um bom terror é a fotografia - e não é de admirar que os melhores filmes do gênero também possuem cinematografias de sucesso. "O Chalé" entra nesse panteão: a película nada contra a maré do modelo atual de cinema de terror, acomodado em berrar sustos, e edifica sua atmosfera com muito cuidado, trabalhando com sugestões e temáticas geralmente tratadas com pobreza. A fotografia - do mesmo responsável por "O Lagosta" (2015) e "O Sacrifício do Cervo Sagrado" (2017) - é fundamental na imersão da história quando captura luzes naturais de maneira não convencional, no limiar entre claridade e escuridão.

1917

Cinematografia: Roger Deakins. Edição de Cor: Greg Fisher.

O atual detentor do Oscar de "Melhor Fotografia", falar do trato visual de "1917" é chover no molhado: a maneira como o longa foi filmado é espetacular. A fotografia de Roger Deakins - que também levou o Oscar por "Blade Runner 2049" (2017) - faz um preciso balé coreografado enquanto segue os protagonistas incessantemente. Editado para parecer uma rodagem sem cortes, o trabalho de câmera rende sequências que já entraram para a história do Cinema pela precisão e poder - e aqui, os exemplos são vários.

Maria & João: Conto de Bruxas

Cinematografia: Galo Olivares. Edição de Cor: Mitch Paulson.

"Maria & João" foi uma fita quase universalmente subestimada, tanto pelo público como pela crítica. É claro, a releitura da história clássica poderia ser muito mais potente caso não cedesse a comodismos (o final é particularmente fraco), todavia, há um elemento indiscutivelmente fantástico aqui: sua cinematografia. "Maria & João" aprendeu com "A Bruxa" (2015) a como fazer um filme de época no aparato visual. Cheio de simbolismos, cores artificiais e enquadramentos irretocáveis, Galo Olivares - em seu trabalho de estreia na cadeira de cinematógrafo em um longa - mostra a que veio sem sutilezas.

O Poço

Cinematografia: Jon D. Domínguez.

Quando um filme longe dos cofres bilionários de Hollywood consegue um feito além da média em termos técnicos, sabemos que é um sucesso. "O Poço", produção espanhola, é um desses filmes. "O Poço" impressiona pelo requinte técnico – e é a estreia do diretor Galder Gaztelu-Urrutia, mais um motivo para potencializar a boa realização da película. Toda a concepção visual da trama é realizada fantasticamente; quase inteiramente filmado em um único cômodo, o que exigiu o triplo da cinematografia de Jon Domínguez, que foi capaz de dar o tom correto da claustrofóbica trama.

***


Siga @cinematofagia no Instagram para não perder nenhum post - além de conteúdos exclusivos.

Lista: as 10 melhores fotografias do cinema em 2018

Seguindo o esquenta para minha anual lista de melhores filmes de 2018, é hora de escolher as 10 melhores fotografias do ano - no mesmo critério de inclusão de sempre: ter estreado nacionalmente em 2018 ou ter chegado à internet sem data de lançamento -, aquelas que nos fizeram falar "dá o Oscar para esse enquadramento". Mas antes de tudo, O QUE É FOTOGRAFIA?

A fotografia - ou cinematografia, no jargão técnico mais apropriado - é o termo que mais sofre quando alguém elogia o "visual" do filme. Ao contrário do que se pode presumir, a fotografia não é necessariamente tudo o que está na tela, tudo o que podemos ver; ela é a "impressão" do roteiro, ou seja, os enquadramentos, movimento de câmera, uso de filtros, manipulação de cores, exposição de luz e afins.


Quando alguém solta um "olha a paleta de cores maravilhosa desse filme!", muitas vezes ele não está falando da fotografia, e sim do design de produção - a chamada "direção de arte", que compõe todo o aparato físico que está no ecrã. As cores, parte visual mais emblemática, entra tanto na fotografia - pelo trabalho do colorista - como na direção de arte - no trabalho do cenógrafo - e nos figurinos - no trabalho do figurinista. São departamentos distintos e realizados por profissionais diferentes; é a união de todos que fazem um filme ser "bonito" (ou não, caso propositalmente).

Então, o que a lista está julgando é o trabalho de câmera juntamente com a colorização das películas. Preparado para fazer a linha cult na próxima roda de amigos e falar das fotografias mais estonteantes do cinema em 2018? Aqui as 10 melhores pelo Cinematofagia:


10. Faca no Coração

Direção de: Yann Gonzalez. Fotografia de: Simon Beaufils. Colorização de: Jerome Brechet.
A melhor definição visual do francês "Faca no Coração" é: uma louca mistura de Pedro Almodóvar com Dario Argento. Como se "Prelúdio Para Matar" (1975) e "Ata-me" (1989) tivessem um filho, o novo filme de Yann Gonzalez segue com seu cinema psicodélico, e usa e abusa das cores para homenagear a arte que é a Sétima Arte, expondo à plateia a realização de um filme. Camp e LGBT,  a atmosfera da película é belíssima, tanto nos momentos em estúdio com suas luzes artificiais quanto nas locações externas.

9. Terrorismo na Noruega

Direção de: Erik Poppe. Fotografia de: Martin Otterbeck. Colorização de: Cem Ozkilicci.
"Terrorismo na Noruega" não está na lista por ser visualmente bonito, pelo contrário. O filme segue os 70 minutos que aterrorizam um grupo de jovens na Noruega em 22 de julho de 2011, quando um atirador matou vários em uma ilha. A fotografia filma os acontecimentos sem cortes, do momento em que o atirador chega até o final, e a imersão é fantástica. Se o roteiro peca por não conseguir manter o ritmo, a câmera incansável, real protagonista da obra, segue os desesperados passos dos personagens (versões ficcionais das pessoas reais) e mostra que o Cinema não conhece fronteiras.

8. Grão

Direção de: Semih Kaplanoglu. Fotografia de: Giles Nuttgens. Colorização de: Cem Ozkilicci.
Filmes em preto & branco na atualidade são raros, e os exemplares abdicam das cores em prol de uma determinada estética. No turco "Grão", o P&B não soa gratuito ao esbarrarmos na premissa: no futuro, quando as cidades são protegidas contra imigrantes, a agricultura sofre uma crise genética, deixando o planeta árido. A distopia biológica encontra um estranho esplendor a partir da fotografia de tirar o fôlego, capturando as planícies decrépitas e as cidades em ruínas de maneira brilhante.

7. Zama

Direção de: Lucrecia Martel. Fotografia de: Rui Poças. Colorização de: Wouter Suyderhoud.
Numa colônia na Argentina, o corregedor Zama não vê a hora de receber a carta da corte espanhola para voltar para casa. Enquanto espera, passeia por esse drama escravocrata que arranca suspiros com suas imagens. Bem barroco, o ecrã de "Zama" demonstra requinte estético afiado ao contrastar o luxo da monarquia com a pobreza dos escravos, sempre colocando o aspecto natural das terras tropicais como primeiro plano.

6. Eu Não Sou Uma Feiticeira

Direção de: Rungano Nyoni. Fotografia de: David Gallego. Colorização de: Matt Troughton.
Co-produção entre a Zâmbia e o Reino Unido, "Eu Não Sou Uma Feiticeira" nos leva até o interior africano a fim de explorar a cultura da bruxaria no continente. Usando uma garotinha como eixo central, o longa vai à fundo na composição visual e inclui aspectos ficcionais para alavancar suas imagens, como uma gigantesca fita branca que prende as bruxas. Além de criatividade plástica, a fotografia emprega suas imagens com o intuito de transformá-las em porta-voz de críticas e exposição da cultura africana.

5. No Coração da Escuridão

Direção de: Paul Schrader. Fotografia de: Alexander Dynan. Colorização de: Tim Masick.
"No Coração da Escuridão" é um célebre exemplo de como usar a fotografia como artefato narrativo. Voltando à aurora do cinema, o ratio (o "tamanho" da tela) da película é quase quadrado, e não é por acaso: ela engole os personagens, aprisionando-os visualmente. Reflexo da situação claustrofóbica que ocorre, a fotografia é pincelada em tons frios, como marrom, azul e preto, já que não há sinal de esperança ou felicidade à vista. Cada enquadramento daria um quadro para ser pendurado em qualquer museu.

4. O Gigante

Direção de: Aitor Arregi & Jon Garaño. Fotografia de: Javier Agirre.
"O Gigante" mal estreou e já foi considerado o melhor filme basco já feito, tecnicamente falando. E dá para entendermos logo de cara: um drama de época, a produção não mede esforços para extrair o que há de mais belo das paisagens espanholas. E, uma sacada muito engenhosa, é brincar com os enquadramentos quando seu protagonista - o tal gigante - está na tela, criando efeitos lindos de proporção. Merecidamente venceu DEZ Goyas (o Oscar espanhol), incluindo o de "Melhor Fotografia", é óbvio.

3. A Balada de Buster Scruggs

Direção de: Ethan Coen & Joel Coen. Fotografia de: Bruno Delbonnel. Colorização de: Peter Doyle.
Dizer que um filme dos irmãos Coen não possui defeitos técnicos é até clichê - do faroeste "Bravura Indômita" (2010) ao hollywoodiano "Ave, César!" (2016), não há o que reclamar dos atributos técnicos. Talvez seja prematuro afirmar, mas "A Balada de Buster Scruggs" é o trabalho visual mais irretocável da carreira da dupla. Dessa vez, junto com as lentes de primeiro mundo, eles orquestraram saturações e manipulações de cores gritantes, colocando filtros artificiais que casam com o tom jocoso do roteiro. A transição visual do fim da tarde ao anoitecer do último segmento, quase inteiramente filmado dentro de uma charrete, não é desse mundo.

2. A Forma da Água

Direção de: Guillermo del Toro. Fotografia de: Dan Laustsen. Colorização de: Chris Wallace.
É engraçado como "A Forma da Água" transparece um sentido errado: parece ser uma obra simples. O ápice criativo de Del Toro é uma fofa história de amor que mistura fantasia com drama, divertida para toda a família, entretanto, para orquestrar o tom perfeito do roteiro, a fotografia - junto com o design de produção - tiveram que suar a camisa para nos transportar ao período clássico da Hollywood de Ouro. Com um filtro verde, seja na terra ou na água, a fotografia de "A Forma da Água" é uma dádiva visual - que se mostra ainda mais divina na tela grande.

1. Projeto Flórida

Direção de: Sean Baker. Fotografia de: Alexis Zabe. Colorização de: Sam Daley.
"Projeto Flórida" também tem sua fotografia como aliado para a construção do universo psicológico de seus personagens. Protagonizado por crianças, a primeira escolha técnica foi colocar a câmera na altura dos pequenos, ao invés de olhá-los de cima para baixo, como de costume. Essa sutileza os coloca como reis de seus castelos, e é fundamental tal impressão para entendermos como eles se desenvolvem perante suas condições de moradia. O que para nós é mero hotel, paredes de tanta pobreza, para eles é um conto de fadas com uma aventura a cada esquina, e as cores mais lindas do ano estão aqui. Eu queria morar dentro desse filme.

***

Viciado em listas? Confira os melhores do ano no Cinematofagia:


http://bit.ly/2QymIlj


Fotógrafa canadense mostra ao mundo uma Barbie diferente!




Já virou rotina rir aos montes com fotos da boneca mais famosa do mundo maltratando o pobre do Ken nessas páginas de humor do Facebook. O fato é que muita gente adorou saber que a Barbie tem seu lado obscuro, como todo pobre mortal (o que não inclui Angelina Jolie).

A fotógrafa canadense Mariel Clayton adorou tanto essa faceta da Barbie que começou a fotografar momentos 'interessantes' da vida da boneca.
O que poderia ser assustador acabou virando febre no mundo todo, e você já pode ver várias dessas imagens circulando por aí com legendas engraçadíssimas.

Nesses ensaios fotográficos podemos conhecer uma Barbie bebum, fumante, assassina, devassa e até fracassada. Afinal de contas, quem nunca assumiu nenhum desses papeis que atire a primeira pedra!

Mariel também fez ensaios com o Ken e sua versão gay (Adam&Steve).
No geral a fotógrafa tem como objetivo principal formular situações bizarras com os bonecos. E aí, vai encarar essa Barbie diferente?











O fotógrafo Steven Klein anuncia projeto secreto no Twitter



O fotógrafo Steven Klein publicou esta semana no Twitter que está trabalhando em um projeto secreto que será revelado em 12 de Maio. Fãs de Madonna e Lady GaGa estão na expectativa para saber qual é esse projeto e qual seria a cantora envolvida nele. 

Madonna participou no final do ano passado de um trabalho na Argentina envolvendo Steven Klein, o diretor de arte Giovani Bianco e a sua figurinista Arianne Phillips. Nenhum detalhe foi divulgado pela equipe da Material Girl e o que se cogita é de que se trata do videoclipe de "Gang Bang" que seria trabalhado como quarto single do disco "MDNA". 

Imagem dos bastidores do novo projeto de Madonna
Já os Little Monsters acreditam ser a continuação do clipe "Telephone" ou algo relacionado ao álbum "ArtPop" que segundo rumores será lançado em março deste ano.


Capa feita por fãs

E vocês, o que acham que é esse #SecretProject?

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo