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Dia da Mentira | Fraude no Grammy: emails vazados expõem negociações de prêmios principais em troca de performances e divulgação

Não bastassem as críticas pelo racismo e machismo por trás das faltas de indicações de suas últimas edições, o Grammy enfrenta agora mais uma crise que pode colocar em xeque toda a credibilidade da premiação e, para a surpresa do público e artistas, dos últimos eleitos pela Recording Academy.

Na noite da última quarta-feira (31) caíram na internet uma série de emails que, se confirmados, expõem a falta de transparência do prêmio que, em comum acordo com gravadoras, têm distribuído seus prêmios através de manipulações que visam estabelecer recordes e artistas em exposição de acordo com as suas necessidades de performances e troca de divulgação.

Nas conversas reveladas pelo site Hits Weekly Double, há indícios de que, desde o final do último ano, a premiação já definia, por exemplo, quem seriam os vencedores das categorias Álbum e Gravação do Ano — vencedoras foram, respectivamente, Taylor Swift e Billie Eilish — e que houve resistência de alguns artistas em compactuarem com essas combinações, o que explicaria o tão criticado boicote ao disco “After Hours”, de The Weeknd.

LOGAN Crainge (CEO da gravadora de The Weeknd) “Eu ontem fui muito claro. [...] Eu só acho o seguinte: com Abel não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o álbum pra submissão, tocar a academia, isso termina por jogar no chão a expectativa de serem outros vencedores. Porque se o Abel entrar, ele vai falar para o BET, SuperBowl, é só quem ouve ele mais, que dá algum crédito, o resto ninguém dá mais crédito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Abel vai reunir ali com os setores do folk?”, disse o presidente da Worldwide Music Group em email enviado no dia 17 de dezembro de 2020.
NEIL Porthen (Presidente do Grammy no ano passado) “Agora, ele vai acordar a militância.”
LOGAN —  “Sim.”

NEIL —  “Aquele pessoal que resistiu, acordou, e vai dar merda.”

Em outro trecho, documentado como uma conversa da mesma semana, há a sugestão de se unirem com os representantes de artistas como Taylor Swift, Justin Bieber e Billie Eilish para decidirem os próximos passos da negociação.

NEIL —  “Eu acho que a gente não pode juntar todo mundo pra conversar assim não, viu? [...] Eu acho que você deve procurar [o representante da Billie] Eilish, deve falar com Swift, Justin, depois de falar com os três, colhe as coisas todas e aí nós vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.”
LOGAN —  “Acha que não pode ter reunião com os três?”
NEIL —  “Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é... Depois a gente conversa os três sem você.”

LOGAN —  “Eu acho o seguinte: se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.”

*

LOGAN — “É aquilo que você diz, Abel não ganha porra nenhuma…”
NEIL — “Não, esquece. Nenhum artista desses urbanos ganha Grammy, não.”
LOGAN — “O Abel, rapaz… O Abel não tem condições, não. Quem não sabe? Quem não conhece o esquema dele? Eu, que participei da campanha do ‘Starboy’...

NEIL — “É, a gente viveu tudo.”

*

Todo o material revelado pelo site é extenso e segue em tradução por nossa equipe, mas não é difícil entender o teor das conversas e, principalmente, o que elas significam dentro de uma das maiores premiações musicais da história.

Pelas redes sociais, o público já se movimenta através de hashtags de repúdio que pedem pela anulação dos resultados da última edição do prêmio, exigindo a reconsideração de álbuns esnobados pela academia. Qualquer declaração oficial da premiação, por sua vez, só deverá ocorrer após essa quinta-feira (01), conhecida como o April Fools’ Day ou, em português, Dia da Mentira, mundialmente.

The Weeknd diz que a esnobada do Grammy ao seu álbum foi um “soco no estômago”


Abel Tesfaye, ou simplesmente The Weeknd, foi capa da revista Billboard nesta quinta-feira (28) e se abriu sobre sua falta de indicações ao último Grammy. 

Ele contou: “eu uso a expressão ‘soco no estômago’ como uma analogia. Porque foi realmente um golpe desavisado, vindo de lugar nenhum. Eu realmente me senti assim. Eu não sei se isso é tristeza ou raiva. Eu acho que apenas confusão. E eu só queria respostas. Tipo, o que aconteceu?”.

“Nós fizemos tudo certo,eu acho.” Ele prossegue: "eu não sou uma pessoa pretensiosa. Eu não sou arrogante. As pessoas diziam que eu iria ser nomeado. O mundo dizia isso para mim. Tipo, ‘É isso, é agora; esse é o seu ano.’ Nós ficamos muito confusos no fim.”

Aclamado e dono do topo dos charts, o quarto álbum de estúdio do cantor “After Hours” foi deixado de lado pela Academia do Grammy, assim como o hit “Blinding Lights”, que já é uma da smaiores músicas da Billboard Hot 100. 




The Weeknd acrescentou que superou tudo e segue em frente diante do incidente. “Eu não quero fazer disso tudo algo sobre mim. É apenas um fato”, e continua: “olha, eu pessoalmente não ligo mais… Eu sou péssimo em fazer discursos de qualquer jeito. Deixem as premiações pra lá”.

Apesar de tudo, Abel já possui três Grammys debaixo de seus braços. Vencedor pelas categorias “Melhor Álbum Contemporâneo Urban” em 2015 (pelo seu segundo álbum “Beauty Behind The Madness”), por “Melhor R&B Performance" em 2016 por “Earned It” (pela trilha sonora do filme “Cinquenta Tons de Cinza”) e “Melhor Álbum Contemporâneo Urban” pelo seu terceiro álbum “Starboy” em 2018.

E agora vamos virar a página também porque dia 7 de fevereiro o artista vai mostrar o que a premiação perdeu ao fazer um show de 24 minutos (!) no intervalo do SuperBowl. Esse será o maior halftime show da história! Pega essa, Academia! 

Grammy queria que The Weeknd escolhesse entre eles e o Super Bowl, afirma TMZ


Tá todo mundo bem puto com as indicações do Grammy 2021 e, principalmente, a ausência do músico The Weeknd entre os artistas nomeados, tendo o canadense sido ignorado com seu disco mais recente, “After Hours”, e o single que mantém o título de maior hit desse ano nos EUA, “Blinding Lights”.


Com submissões nas categorias do segmento pop e nas principais da premiação, incluindo Música do Ano, Gravação do Ano e Álbum do Ano, era esperado que The Weeknd fosse um dos grandes nomes do evento, e assim foi, mas por conta da massiva reação negativa ao não tê-lo ao lado de Justin Bieber, Taylor Swift, Post Malone e tantos outros indicados.


Em seu Twitter, o músico se manifestou sobre o assunto e criticou a falta de transparência do prêmio, afirmando que eles devem uma explicação para ele, seus fãs e toda a indústria.



Apesar de enigmático, o tweet de The Weeknd não demorou a criar teorias, como foi o caso do TMZ, que alega ter tido acesso a discussões sobre uma negociação do canadense com a premiação, que queria exclusividade de sua performance no ano que vem, condicionando o cantor a escolher entre eles ou o palco do Super Bowl.



A equipe de The Weeknd estaria se esforçando para manter os dois convites de pé e, como se tornou público há algumas semanas, o artista foi confirmado como a atração musical do half-time esportivo, fazendo então com que as conversas envolvendo o Grammy caíssem e, consequentemente, a premiação o fizesse se arrepender da decisão.


O relacionamento do cantor de “Blinding Lights” com a Academia já não era dos melhores: enquanto promovia o álbum “After Hours”, The Weeknd criticou os problemas raciais do Grammy e questionou suas indicações de anos anteriores, como do álbum pop “Starboy”, em categorias segmentadas de hip-hop e R&B. “O R&B e a música negra são uma variedade muito grande. Se nos colocam pra concorrer todos em uma só categoria, continua sendo injusto.”


Neste ano, o músico protestou através de suas submissões, não se candidatando pras categorias de rap e R&B, mas, sim, nas principais e segmentadas ao pop, que é o gênero predominante do seu novo trabalho.


Presidente interino da Academia, Harvey Mason Jr afirmou que é difícil prever em quem os jurados, se referindo às previsões que apontavam The Weeknd como um dos grandes nomes desse ano, e justificou alegando que há vagas limitadas para todas as categorias.


“Há muitas indicações e só uma certa quantidade de vagas, é realmente difícil prever em quem os membros votarão em qualquer ano. Eu tento não ficar muito surpreso.” 

Grammy 2021 tem Beyoncé na liderança com 9 indicações, mas ignora The Weeknd


Já virou tradição, se todo ano tem Grammy, todo ano tem a gente ficando puto por conta dos artistas esnobados pela academia e, como também é de praxe, as problemáticas raciais entre os escolhidos pela premiação.


Apesar de avanços positivos, incluindo a nomeação de apenas artistas femininas na categoria Melhor Performance de Rock, onde concorrem Fiona Apple, Big Thief, Phoebe Bridgers, HAIM, Brittany Howard e Grace Potter, e a liderança de indicações nas mãos de Beyoncé, que concorre em nove categorias pela canção “Black Parade” e o projeto multimídia “Black is King”, o anúncio de todos os indicados ainda deixou a desejar, principalmente pela ausência de indicações ao cantor The Weeknd, que neste ano lançou o disco “After Hours” e emplacou um dos maiores hits de 2020, “Blinding Lights”, bem como o expressivo favoritismo a artistas de bem menos expressividade ao longo do ano ocupando algumas das principais categorias.



De mãos dadas com The Weeknd na ascensão do pop inspirado pela era disco, a britânica Dua Lipa deu mais sorte que o canadense e, na contramão das previsões, que esperavam tê-la perdendo espaço para Lady Gaga nas categorias de música pop, emplacou seis indicações, incluindo Álbum do Ano, com “Future Nostalgia”, Música e Gravação do Ano, com o hit “Don’t Start Now”.


Sem muita receptividade para o universo “Chromatica”, Lady Gaga teve apenas duas nomeações: Performance Pop de Duo/Grupo por “Rain On Me”, com Ariana Grande, e Álbum Pop Vocal. Nesta última, concorre com “Changes”, do Justin Bieber, “Fine Line”, do Harry Styles, “Future Nostalgia”, de Dua Lipa, e “Folklore”, da Taylor Swift.


Falando nela, a loirinha empatou com Dua Lipa nas seis indicações, sendo uma das grandes favoritas em todas que concorre com a sua empreitada folk, que acalma os ânimos após duas edições mal recebidas pela premiação com os discos pop “reputation” e “Lover”. A mudança de rumo foi vista com bons olhos: “Folklore” concorre ao título de Álbum do Ano e Álbum Pop Vocal; o single “Cardigan” figura como Música do Ano e Performance Pop Solo; “Exile”, uma das mais aclamadas do disco pela participação de Bon Iver, aparece em “Performance Pop de Duo/Grupo”, e sobrou até para sua participação em “Cats”, com a canção “Beautiful Ghosts” na categoria de Música para Mídia Visual.


Na falta de indicações para The Weeknd, a Academia foi mais do que generosa com Justin Bieber. Também canadense, o músico concorre em três categorias: Performance Pop de Duo/Grupo por “Intentions”, com o rapper Quavo, Performance de Pop Solo por “Yummy”, do seu mais recente álbum, e Álbum Pop Vocal com “Changes”. Em seu Instagram, o artista agradeceu as indicações, mas questionou as nomeações em categorias pop para um disco que considera R&B. “Pra esclarecer, eu absolutamente amo a música pop, mas não foi o que eu planejei fazer desta vez.”



Confira as principais categorias abaixo:


PRODUTOR DO ANO

Jack Antonoff

Dan Auerbach

Dave Cobb

Flying Lotus

Andrew Watt


ÁLBUM DE MÚSICA ALTERNATIVA

“Fetch the Bolt Cutters” — Fiona Apple

“Hyperspace” — Beck

“Punisher” — Phoebe Bridgers

“Jaime” — Brittany Howard

“The Slow Rush” — Tame Impala


PERFORMANCE DE METAL

“Bum-Rush” — Body Count

“Underneath” — Code Orange

“The In-Between” — In This Moment

“Bloodmoney” — Poppy

“Executioner’s Tax (Swing Of The Axe) – Live” — Power Trip


PERFORMANCE DE ROCK

“Shameika” — Fiona Apple

“Not” — Big Thief

“Kyoto” — Phoebe Bridgers

“The Steps” — HAIM

“Stay High” — Brittany Howard

“Daylight” — Grace Potter


MÚSICA DE ROCK

“Kyoto” — Phoebe Bridgers, Morgan Nagler & Marshall Vore (Phoebe Bridgers)

“Lost in Yesterday” — Kevin Parker (Tame Impala)

“Not” — Adrianne Lenker (Big Thief)

“Shameika” — Fiona Apple (Fiona Apple)

“Stay High” — Brittany Howard (Brittany Howard)


ÁLBUM DE ROCK

“A Hero’s Death” — Fontaines D.C.

“Kiwanuka” — Michael Kiwanuka

“Daylight” — Grace Potter

“Sound & Fury” — Sturgill Simpson

“The New Abnormal” — The Strokes


TRILHA SONORA DE MÍDIA VISUAL

Um Lindo Dia na Vizinhança

Bill & Ted: Encare a Música

Eurovision

Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars

Frozen 2

Jojo Rabbit


TRILHA SONORA ORIGINAL PARA MÍDIA VISUAL

Ad Astra - Max Richter

Becoming - Kamasi Washington

Coringa - Hildur Guðnadóttir

1917 - Thomas Newman

Star Wars: A Ascensão Skywalker - John Williams


MÚSICA PARA MÍDIA VISUAL

"Beautiful Ghosts" (Cats) — Andrew Lloyd Webber & Taylor Swift

"Carried Me With You" (Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica) — Brandi Carlile, Phil Hanseroth & Tim Hanseroth

“Into the Unknown" (Frozen 2) — Kristen Anderson-Lopez & Robert Lopez

“No Time to Die" (007 Sem Tempo Para Morrer) — Billie Eilish O’Connell & Finneas Baird O’Connell

“Stand Up" (Harriet) - Joshuah Brian Campbell & Cynthia Erivo


CLIPE MUSICAL

“Brown Skin Girl” — Beyoncé

“Life Is Good” — Future Featuring Drake

“Lockdown” — Anderson .Paak

“Adore You” — Harry Styles

“Goliath” — Woodkid



FILME DE MÚSICA

“Beastie Boys Story” — Beastie Boys

“Black Is King” — Beyoncé

“We Are Freestyle Love Supreme” — Freestyle Love Supreme 

“Linda Ronstadt: The Sound Of My Voice” — Linda Ronstadt 

“That Little Ol’ Band From Texas” — ZZ Top


PERFORMANCE R&B

“Lightning & Thunder” — Jhené Aiko Featuring John Legend

“Black Parade” — Beyoncé

“All I Need” — Jacob Collier Featuring Mahalia & Ty Dolla $Ign

“Goat Head” — Brittany Howard

“See Me” — Emily King


PERFORMANCE DE R&B TRADICIONAL

“Sit On Down” — The Baylor Project Featuring Jean Baylor & Marcus Baylor

“Wonder What She Thinks of Me” — Chloe X Halle

“Let Me Go” — Mykal Kilgore

“Anything for You” — Ledisi

“Distance” — Yebba


MÚSICA R&B

“Better Than I Imagine” — Robert Glasper, Meshell Ndegeocello & Gabriella Wilson  (Robert Glasper Featuring H.E.R. & Meshell Ndegeocello)


“Black Parade” — Denisia Andrews, Beyoncé, Stephen Bray, Shawn Carter, Brittany Coney, Derek James Dixie, Akil King, Kim “Kaydence” Krysiuk & Rickie “Caso” Tice (Beyoncé)


“Collide” — Sam Barsh, Stacey Barthe, Sonyae Elise, Olu Fann, Akil King, Josh Lopez, Kaveh Rastegar & Benedetto Rotondi (Tiana Major9 & Earthgang)


“Do It” — Chloe Bailey, Halle Bailey, Anton Kuhl, Victoria Monét, Scott Storch & Vincent Van Den Ende (Chloe X Halle)


“Slow Down” — Nasri Atweh, Badriia Bourelly, Skip Marley, Ryan Williamson & Gabriella Wilson (Skip Marley & H.E.R.)


ÁLBUM DE R&B PROGRESSIVO

“Chilombo” — Jhené Aiko

“Ungodly Hour” — Chloe X Halle

“Free Nationals” — Free Nationals

“F*** Yo Feelings” — Robert Glasper

“It Is What It Is” — Thundercat


ÁLBUM DE R&B

“Happy 2 Be Here” — Ant Clemons

“Take Time” — Giveon

“To Feel Love/D” — Luke James

“Bigger Love” — John Legend

“All Rise” — Gregory Porter


PERFORMANCE RAP

“Deep Reverence” — Big Sean Featuring Nipsey Hussle

“Bop” — Dababy

“What’s Poppin” — Jack Harlow

“The Bigger Picture” — Lil Baby

“Savage” — Megan Thee Stallion Featuring Beyoncé

“Dior” — Pop Smoke


PERFORMANCE DE RAP MELÓDICO

“Rockstar” — DaBaby Featuring Roddy Ricch

“Laugh Now, Cry Later” — Drake Featuring Lil Durk

“Lockdown” — Anderson .Paak

“The Box” — Roddy Ricch

“Highest in the Room” — Travis Scott


MÚSICA DE RAP

“The Bigger Picture” — Dominique Jones, Noah Pettigrew & Rai’shaun Williams (Lil Baby)


“The Box” — Samuel Gloade & Rodrick Moore (Roddy Ricch)


“Laugh Now, Cry Later” — Durk Banks, Rogét Chahayed, Aubrey Graham, Daveon Jackson, Ron Latour & Ryan Martinez (Drake Featuring Lil Durk)


“Rockstar” — Jonathan Lyndale Kirk, Ross Joseph Portaro Iv & Rodrick Moore (DaBaby Featuring Roddy Ricch)


“Savage” — Beyoncé, Shawn Carter, Brittany Hazzard, Derrick Milano, Terius Nash, Megan Pete, Bobby Session Jr., Jordan Kyle Lanier Thorpe & Anthony White (Megan Thee Stallion Featuring Beyoncé)


ÁLBUM DE RAP

“Black Habits” — D Smoke

“Alfredo” — Freddie Gibbs & The Alchemist

“A Written Testimony” — Jay Electronica

“King’s Disease” — Nas

“The Allegory Royce” — Da 5’9″


PERFORMANCE DE POP SOLO

“Yummy” — Justin Bieber

“Say So” — Doja Cat

“Everything I Wanted” — Billie Eilish

“Don’t Start Now” — Dua Lipa

“Watermelon Sugar” — Harry Styles

“Cardigan” — Taylor Swift


PERFORMANCE DE POP EM DUO/GRUPO

“Un Dia (One Day)” — J Balvin, Dua Lipa, Bad Bunny & Tainy

“Intentions” — Justin Bieber Featuring Quavo

“Dynamite” — BTS

“Rain on Me” — Lady Gaga With Ariana Grande

“Exile” — Taylor Swift Featuring Bon Iver



PERFORMANCE DE POP TRADICIONAL

“Blue Umbrella” — Burt Bacharach & Daniel Tashian

“True Love: A Celebration of Cole Porter” — Harry Connick, Jr.

“American Standard” — James Taylor

“Unfollow the Rules” — Rufus Wainwright

“Judy” — Renée Zellweger


ÁLBUM DE POP VOCAL

“Changes” — Justin Bieber

“Chromatica” — Lady Gaga

“Future Nostalgia” — Dua Lipa

“Fine Line” — Harry Styles

“Folklore” — Taylor Swift


ÁLBUM DO ANO

“Chilombo” — Jhené Aiko

“Black Pumas (Deluxe Edition)” — Black Pumas

“Everyday Life” — Coldplay

“Djesse Vol.3” — Jacob Collier

“Women in Music Pt. III” — HAIM

“Future Nostalgia” — Dua Lipa

“Hollywood’s Bleeding” — Post Malone

“Folklore” — Taylor Swift


MÚSICA DO ANO

“Black Parade” — Denisia Andrews, Beyoncé, Stephen Bray, Shawn Carter, Brittany Coney, Derek James Dixie, Akil King, Kim “Kaydence” Krysiuk & Rickie “Caso” Tice (Beyoncé)


“The Box” — Samuel Gloade & Rodrick Moore (Roddy Ricch)


“Cardigan” — Aaron Dessner & Taylor Swift (Taylor Swift)


“Circles” — Louis Bell, Adam Feeney, Kaan Gunesberk, Austin Post & Billy Walsh (Post Malone)


“Don’t Start Now” — Caroline Ailin, Ian Kirkpatrick, Dua Lipa & Emily Warren (Dua Lipa)


“Everything I Wanted” — Billie Eilish O’Connell & Finneas O’Connell (Billie Eilish)


“I Can’t Breathe” — Dernst Emile II, H.E.R. & Tiara Thomas (H.E.R.)


“If the World Was Ending” — Julia Michaels & JP Saxe (JP Saxe Featuring Julia Michaels)


ARTISTA REVELAÇÃO

Ingrid Andress

Phoebe Bridgers

Chika

Noah Cyrus

D Smoke

Doja Cat

Kaytranada

Megan Thee Stallion


GRAVAÇÃO DO ANO

“Black Parade” — Beyoncé

“Colors” — Black Pumas

“Rockstar” —DaBaby Featuring Roddy Ricch

“Say So” — Doja Cat

“Everything I Wanted” — Billie Eilish

“Don’t Start Now” — Dua Lipa

“Circles” — Post Malone

“Savage” — Megan Thee Stallion Featuring Beyoncé


Ariana Grande se desentende com produtores do Grammy e decide não comparecer à cerimônia

A situação de Ariana Grande com os produtores do Grammy não está nada boa, e ela tem um motivo mais do que justificável pra isso. Segundo fontes, a cantora foi chamada pra performar no evento, e decidiu cantar seu mais novo single, "7 rings", mas foi barrada pela galera da produção. O motivo? Eles queriam escolher a canção que ela iria performar.

A artista e o time da produção quase chegaram a um acordo que envolvia um medley entre a própria "7 rings", faixa do seu novo disco, "thank u, next", que chega já nessa sexta-feira (8), e uma outra canção a ser escolhida. Ainda assim, a situação não pôde ser contornada, pois os produtores exigiram que essa segunda música fosse de sua escolha. 

Variety conta que, segundo fontes, imposições como essas não foram feitas aos demais artistas que vão performar no evento. E como Ariana e os produtores não conseguiram chegar a um acordo, a cantora resolveu não só cancelar sua performance como também deixar de comparecer à premiação. 



No ano passado, Lorde passou por uma situação similar. A artista, indicada a "Disco do Ano" naquela edição pelo "Melodrama" (e boicotada nas demais categorias de pop), quis performar uma música do material no palco da premiação, mas também foi barrada, porque os produtores não queriam vê-la se apresentar sozinha. Para "compensar", eles ofereceram a ela um lugarzinho no tributo ao Tom Petty, mas ela recusou, embora tenha comparecido ao evento. Na ocasião, todos os outros indicados na mesma categoria que ela (JAY-Z, Childish Gambino, Bruno Mars e Kendrick Lamar) foram convidados a realizar performances solo. 

Vale lembrar que foi também no ano passado que o então presidente da Academia, Neil Portnow, atualmente afastado do cargo, deu uma declaração terrivelmente machista ao comentar a falta de indicações para mulheres na edição, dizendo que elas precisavam "se impor" se queriam conquistar mais espaço no Grammy. E talvez por isso esse ano a premiação esteja tão empenhada em fazer uma "edição das mulheres", como a imprensa norte-americana tem chamado. 

E se você está pensando que quem perde com tudo isso é a Ariana, estamos aqui pra te dizer que não. Quem perde mesmo é o Grammy que, sabendo da força da cantora, já estava até usando fotos dela em outdoors por todo os Estados Unidos para promover o evento e agora não terá em seu line-up um dos maiores nomes no pop atual, prestes a lançar um disco que, muito provavelmente, quebrará diversos recordes (e será o assunto mais comentado do fim de semana). 

Ariana Grande concorre em "Melhor Álbum Pop Vocal", com o "Sweetener" e "Melhor Performance Solo de Pop", com "God is a woman".

Com destaque para Kendrick Lamar, Lady Gaga e Cardi B, confira os indicados ao Grammy 2019

Estão entre nós as indicações ao principal prêmio da indústria musical (quer a gente queira ou não), o Grammy Awards. A lista completa foi liberada nessa sexta-feira (07) e, além de confirmar algumas apostas, trouxe muitas surpresas - de indicados a esnobados inesperados. 

No ano passado, a premiação foi bastante criticada pela falta de figuras femininas nas principais categorias. Entre os concorres à Álbum do Ano da última edição, por exemplo, tínhamos apenas Lorde com seu "Melodrama". Esse ano, a situação mudou. A maior categoria do Grammy foi dominada por mulheres, brancas, negras e uma latina. O aumento no número de indicados de 5 para 8 nas principais categorias ajudou, assim como o que a academia chamou de "uma força tarefa para inclusão de diversidade em sua bancada". Nas outras categorias, muitas mulheres marcaram presença também, mostrando que, sim, tem muita artista boa por aí, é só querer prestar atenção nelas. 

Entre os destaques, temos Kendrick Lamar liderando com 8 indicações graças a maravilhosa trilha do filme "Pantera Negra", que aparece também em Álbum do Ano, uma conquista não muito comum, mas muito bem-vinda, para esse tipo de disco. Drake vem em seguida com 7 nomeações, Brandi Carlile, uma das surpresas dessa edição, com 6, mesmo número de Maren Morris, cuja as maiores indicações vieram para o hit "The Middle", parceria com Zedd e Grey.




Cardi B e Lady Gaga vem em seguida com 5 indicações. A rapper se apoia em seu disco de estreia, o ótimo "Invasion Of Privacy", enquanto Gaga chega com a força de "Shallow", para a trilha de "Nasce Uma Estrela", embora tenha conseguido uma indicação com "Joanne (Where Do You Think You're Goin'?) [Piano Version]" (sim, é isso mesmo!).

Entre as gratas surpresas, descobrimos que Janelle Monáe finalmente está ganhando o reconhecimento que merece, H.E.R. já não é apenas uma promessa da música, Christina Aguilera (e Demi Lovato!) não foram ignoradas pelo Grammy, SOPHIE se tornou a primeira mulher trans nomeada ao prêmio e artistas novatas conseguiram se sobressair entre a enorme lista de indicados. 

Vamos lá?

Álbum do Ano

"Invasion of Privacy", Cardi B
"By the Way, I Forgive You", Brandi Carlile
"Scorpion", Drake
"H.E.R.", H.E.R.
"Beerbongs & Bentleys", Post Malone
"Dirty Computer", Janelle Monae
"Golden Hour", Kacey Musgraves
"Black Panther: The Album", Featuring Kendrick Lamar

Gravação do Ano

"I Like It", Cardi B, Bad Bunny & J Balvin
"The Joke", Brandi Carlile
"This is America", Childish Gambino
"God's Plan", Drake
"Shallow", Lady Gaga & Bradley Cooper
"All The Stars", Kendrick Lamar & SZA
"Rockstar," Post Malone feat. 21 Savage
"The Middle," Zedd, Maren Morris and Grey

Canção do Ano

"All The Stars" Kendrick Lamar & SZA
"Boo'd Up", Ella Mai
"God's Plan", Drake
"In My Blood", Shawn Mendes
"The Joke", Brandi Carlile
"The Middle," Zedd, Maren Morris and Grey
"Shallow", Lady Gaga & Bradley Cooper
"This is America", Childish Gambino

Artista Revelação

Chloe X Halle
Luke Combs
Greta Van Fleet
H.E.R.
Dua Lipa
Margo Price
Bebe Rexha
Jorja Smith

Melhor Álbum Pop

"Camila", Camila Cabello
"Meaning Of Life", Kelly Clarkson
"sweetener", Ariana Grande
"Shawn Mendes", Shawn Mendes
"Beautiful Trauma", P!nk
"reputation", Taylor Swift

Melhor Performance Solo de Pop

"Colors", Beck
"Havana (Live)", Camila Cabello
"God is a woman", Ariana Grande
"Joanne (Where Do You Think You're Goin'?) [Piano Version]", Lady Gaga
"Better Now", Post Malone

Melhor Performance de Pop em Dupla/Grupo

"Fall In Line", Christina Aguilera feat. Demi Lovato
"Don't Go Breaking My Heart", Backstreet Boys
"'S Wonderfull", Tony Bennett & Diana Krall
"Shallow", Lady Gaga & Bradley Cooper
"Girls Like You", Maroon 5 feat. Cardi B
"Say Something", Justin Timberlake feat. Chris Stapleton
"The Middle", Zedd, Maren Morris & Grey

Melhor Gravação Dance

"Northern Soul",Above & Beyond Featuring Richard Bedford
"Ultimatum", Disclosure feat. Fatoumata Diawara
"Losing It", Fisher Paul 
"Electricity", Silk City & Dua Lipa
"Ghost Voices", Virtual Self

Melhor Álbum de Música Eletrônica

"Singularity", Jon Hopkins
"Woman Worldwide", Justice
"Treehouse" Sofi Tukker
"Oil Of Every Pearl's Un-Insides", SOPHIE
"Lune Rouge", TOKiMONSTA

Melhor Performance de R&B

"Long As I Live", Toni Braxton
"Summer", The Carters
"Y O Y", Lalah Hathaway
"Best Part", H.E.R. feat. Daniel Caesar
"First Began", PJ Morton

Melhor Canção de R&B

"Boo'd Up", Ella Mai
"Come Through And Chill", Miguel feat. J. Cole & Salaam Remi
"Feels Like Summer", Childish Gambino
"Focus", H.E.R.
"Long As I Live", Toni Braxton

Melhor Álbum de Urban Contemporâneo

"EVERYTHING IS LOVE", The Carters
"The Kids Are Alright", Chloe X Halle
"Chris Dave And The Drumhedz", Chris Dave And The Drumhedz
"War & Leisure", Miguel
"Ventriloquism", Meshell Ndegeocello

Melhor Performance de Rap

"Be Careful", Cardi B
"Nice For What", Drake
"King's Dead", Kendrick Lamar, Jay Rock, Future & James Blake
"Bubblin", Anderson .Paak
"SICKO MODE", Travis Scott, Drake, Big Hawk & Swae Lee

Melhor Performance de Rap/Sung

"Like I Do", Christina Aguilera feat. Goldlink
"Pretty Little Fears", 6LACK feat. J. Cole
"This Is America", Childish Gambino
"All The Stars", Kendrick Lamar & SZA
"rockstar", Post Malone feat. 21 Savage

Melhor Álbum de Rap

"Invasion Of Privacy", Cardi B
"Swimming", Mac Miller
"Victory Lap", Nipsey Hussle
"Daytona", Pusha T
"ASTROWORLD", Travis Scott

Quer conferir todos os indicados? Corre lá no site do Grammy clicando aqui

Bem na sua cara! Pabllo Vittar se torna a primeira drag queen indicada ao Grammy


Pabllo Vittar entrou para história nessa quinta-feira (20) ao ser incluída entre as indicações do Grammy Latino, pela sua participação na faixa "Sua Cara" - produção do Major Lazer em que divide os vocais com Anitta. A cantora é a primeira drag queen a ser indicada a uma premiação do Grammy, dessa vez na categoria Melhor Fusão/Interpretação Urbana.

No Instagram, Pabllo deixou claro que quer ser a primeira de muitas drags a ocuparem um espaço tão importante na música: "Eu estou muito feliz. Queria dedicar esse título a todas as drag queens. Meninas, vocês também podem!", disse a queen via stories.

A premiação ainda conta com outras indicações para o pop nacional: além de "Sua Cara", Anitta também foi indicada na categoria Melhor Canção Urbana com o single "Downtown", que tem a participação do colombiano J Balvin. O álbum da Iza, "Dona de Mim", foi indicado na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, e a cantora também foi ao Instagram toda emocionada para compartilhar a indicação.
A cantora baiana Xênia França recebeu duas indicações: uma para o seu álbum de estreia,"Xênia", na mesma categoria que o álbum de Iza, e para sua colaboração com Lucas Cirillo, "Para Que Me Chamas?", na categoria Melhor Canção Em Língua PortuguesaElza Soares ainda foi indicada na categoria Melhor Álbum de MPB por "Deus É Mulher".

O Grammy Latino acontece em 15 de novembro, na Arena do hotel MGM Grand, em Las Vegas. Quais são as apostas de vocês?

P!nk, Charli XCX, Katy Perry e Lorde falaram sobre a falta de mulheres no Grammy

O Grammy 2018 continua sendo assunto e, desta vez, pela ausência de mulheres indicadas e premiadas no evento, que contou com apenas uma vencedora em suas categorias principais, a eleita ‘Artista Revelação’, Alessia Cara.

Em resposta às críticas pelo chamado #GrammySoMale (uma adaptação do movimento anterior, Grammy So White, que significam, respectivamente, ‘Grammy Tão Masculino’ e ‘Grammy Tão Branco’), o presidente da premiação, Neil Portnow, conversou com a revista Variety, afirmando que “as mulheres precisam se impor”.

Para ele, falta um esforço delas em mostrarem que querem fazer parte da música em todos os seus níveis e, no seu mundo, se elas fizessem isso, “seriam muito bem-vindas”.

Obviamente, a declaração pegou super mal. Soa extremamente fora da curva para a mesma premiação que, apesar da desigualdade entre seus indicados e vencedores, contou com um discurso maravilhoso da Janelle Monáe em prol do movimento Time's Up e uma performance grandiosa de Kesha, que há pouco lançou seu primeiro disco sem o produtor que a abusou sexualmente, Dr. Luke.

Pelas redes sociais, algumas cantoras rebateram a declaração de Neil da melhor forma possível:

“O que você de acha de pisarmos na sua cara… As mulheres estão fazendo músicas INCRÍVEIS atualmente, que porra esse cara está falando?”, disse Charli XCX.

“As mulheres na música não precisam se impor. Elas estão se impondo desde o começo. As mulheres dominaram a música neste ano. Estão arrasando, e a cada ano antes desse. Quando celebramos e honramos o talento e as conquistas das mulheres, e como elas se impõem todos os anos contra todas as expectativas, nós mostramos para a próxima geração de mulheres e garotas, de homens e garotos, o que significa ser igual e como é ser justo”, afirmou P!nk, por meio de uma carta.

“Mais uma mulher poderosa servindo como exemplo”, disse Katy, replicando a mensagem de P!nk. “TODAS nós temos a responsabilidade de chamar a atenção para essa absurda falta de igualdade em todo lugar que a vemos. Fico orgulhosa de todas essas mulheres que fazem artes incríveis diante da resistência contínua.”

Lorde, que se recusou a cantar na premiação, ao saber que foi a única indicada na categoria de ‘Disco do ano’ que não teve direito a uma apresentação solo, também afirmou:

“Se você quer debater se eu posso ou não arrasar em cima de um palco, venha ver por conta própria”, com o link para a agenda da sua turnê.

No palco da premiação, o discurso de Janelle Monáe, já antecipava o inevitável debate:

“Para esses que ousam tentar nos silenciar, nós oferecemos duas palavras: Time's Up (os tempos mudaram). Nós dizemos Time's Up para o pagamento desigual, discriminação e assédio de qualquer forma, e abuso de poder. Nós chegamos em paz, mas estamos falando de negócios. Isso não está acontecendo apenas em Hollywood ou Washington. Está exatamente aqui, na nossa indústria também. E assim como temos o poder de moldar a cultura, nós também podemos nos desfazer da cultura que não nos serve bem. Então, vamos trabalhar juntos, homens e mulheres, como uma indústria musical unida e comprometida a criar ambientes mais seguros, pagamentos iguais e acessos para todas as mulheres.”


A gente espera que, após aprender com as cobranças e buscar corrigir seus problemas com a desigualdade racial, a academia também pare para ouvir o que elas têm a dizer e cantar e apresentar e produzir. E que nunca mais deem um Grammy para Ed Sheeran no lugar de Kesha ou Lady Gaga.

Presidente do Grammy comenta falta de mulheres na premiação: "elas precisam se impor"

A cada ano que passa, o Grammy gera mais conversas sobre injustiças ligadas a problemas sociais, principalmente no que diz respeito ao racismo e machismo. Esse ano, por exemplo, tivemos apenas uma mulher indicada a Álbum do Ano — Lorde, com o "Melodrama" —, enquanto apenas uma mulher ganhou um dos principais prêmios — Alessia Cara por "Artista Revelação" —, ainda que muitos trabalhos femininos de excelência tenham sido lançados em 2017. 

E o que a Academia tem a dizer sobre isso? Questionado pela revista Variety sobre o que tem sido chamado de #GrammysSoMale (Grammy Muito Masculino), o presidente Neil Portnow, aquele que disse no ano passado, após a derrota de Beyoncé e "Lemonade" para Adele e o "25", que o "Grammy não tem um problema racial", deu outra declaração incrivelmente... péssima. 

[A inclusão das mulheres] tem que começar com... mulheres que tem criatividade em seus corações e suas almas, que querem ser musicistas, que querem ser engenheiras, produtoras, e querem ser parte da indústria em um nível executivo... [Elas precisam] se impor porque eu acho que elas seriam bem vindas. Eu não tenho experiência pessoal com essas barreiras que você [a repórter] enfrenta, mas acho que cabe a nós — nós como indústria — criar uma recepção obvia, criando oportunidades para todas as pessoas que querem ser criativas e levando isso para frente e criando a próxima geração de artistas

O senhor Paul (e, francamente, metade dos homens que vemos por aí) diz que as mulheres precisam se impor, como se elas precisassem "fazer mais", como se a culpa fosse delas. Mas aonde ele estava quando a Lorde lançou o “Melodrama” e foi aclamada pela crítica? Quando a Kesha lançou o “Rainbow”, um disco que aborda temas pesados como abuso sexual, fez o melhor trabalho de sua carreira e um dos melhores do ano? E aonde ele se encontravam quando o “CTRL”, da SZA, arrebatava a crítica com as histórias mais íntimas de uma mulher negra e sua solidão? 

Ele estava fazendo-as perder em todas as categorias em que concorreram, contra homens que tiveram críticas muito inferiores.


Além da singela indicação de Álbum do Ano para o “Melodrama”, Lorde também se viu diante de outra polêmica no período pré-Grammy. Enquanto todos os indicados a essa mesma categoria, homens, foram convidados a realizarem performances solo, em apoio aos trabalhos indicados, Lorde foi convidada apenas para uma performance em grupo, que serviria como um tributo a Tom Petty. Sem entrar em um acordo com a produção da premiação, Lorde optou em não performar de forma alguma. 

Não colocar a Lorde entre as performances foi um erro? O produtor do Grammy, Ken Ehrlich, disse não saber: “Esses shows são feitos de escolhas. Nós temos uma caixa e ela fica cheia. Ela fez um ótimo álbum. Não há como arrumar espaço para todos”

Não há como arrumar espaço para a única mulher indicada em Álbum do Ano, mas há como arrumar espaço para performances de quem nem estava indicado. Um pouco controverso, não?



Homens culpabilizando mulheres por não conseguirem espaço na indústria? Não dá pra dizer que estamos chocados. 

O boicote de Lorde pode dar um novo rumo para o Grammy de ‘Disco do ano’

Uma das grandes apostas para a categoria de ‘Disco do Ano’, do Grammy 2018, a cantora neozelandesa Lorde se recusou a cantar na premiação, após ter recebido um tratamento diferente dos artistas masculinos indicados ao mesmo prêmio.

Concorrendo com Kendrick Lamar, Childish Gambino, Bruno Mars e JAY-Z, a cantora de “Green Light” foi chamada para realizar uma performance em homenagem ao músico Tom Petty, ao lado de outros artistas, enquanto todos os outros indicados foram convidados a realizarem performances solos, que apoiarão os trabalhos indicados.

Segundo a revista Variety, a premiação e Lorde não chegaram num acordo, de forma que a cantora terminou fora das apresentações ao vivo, ainda que seja um dos possíveis grandes nomes da noite.

A dúvida agora fica sobre essa discussão influenciar ou não a decisão sobre o grande prêmio desta edição, uma vez que a cantora foi a única artista branca indicada ao ‘Disco do Ano’, mas também a única mulher, retomando os debates sobre a desigualdade de gênero e apagamento das mulheres na indústria musical.



Além de Lorde, quem também teria recusado um espaço no palco da premiação foi JAY-Z, que lidera as indicações deste ano com Kendrick Lamar. O rapper, por sua vez, esteve a frente de inúmeras discussões sobre a forma como não valorizam os artistas hoje em dia, levantando a bandeira da sua própria plataforma de streaming, Tidal, único lugar onde você pode ouvir trabalhos como o “Lemonade”, de Beyoncé, e toda a sua discografia.

Afinal, Demi Lovato merecia ou não uma indicação ao Grammy 2018?

Quando uma lista de indicados ao Grammy é liberada, inevitavelmente, uma lista de esnobados do ano é formada e, entre os ignorados pela edição desse ano, uma nos chamou bastante atenção: Demi Lovato.   


Depois de surpreender e ser indicada a Best Pop Album pelo “Confident” na edição passada, Demi, motivada, correu para o estúdio e, ao invés de tirar suas previstas férias, mergulhou de cabeça na produção de seu novo álbum. 

Com influências de soul e R&B, a cantora lançou o “Tell Me You Love Me” no último dia de submissões ao 60th Grammy Awards, 29 de setembro. Explorando seu vocal como nunca, Demi conseguiu não só a aprovação da crítica especializada como do público, que fez de “Sorry Not Sorry” um dos maiores hits femininos do ano. 

Apontada como um nome forte para disputar a categoria de Best Pop Vocal Album em 2018, por ter o apoio da crítica e do público, algo que o Grammy pesa bastante, Demi Lovato foi deixada de lado, mesmo que, nessa edição, tenhamos 6 álbuns disputando o prêmio, e não 5, como é de costume. Como não poderia deixar de ser, além de reclamações por parte da mídia, a escolha da premiação causou uma certa revolta nas redes sociais.




Entre os azarões que conseguiram um espaço na categoria, temos Lana Del Rey com seu “Lust For Life”, “Evolve”, do Imagine Dragons, e o EP de apenas cinco músicas “Kaleidoscope”, do Coldplay. Lady Gaga, Kesha e Ed Sheeran completam a categoria com “Joanne”, “Rainbow” e “Divide”, já previstos em grande parte das apostas. 

Pra gente, Demi Lovato merecia sim uma indicação ao Grammy com o “Tell Me You Love Me”, um disco muito melhor do que o  “Confident”, que lhe rendeu uma indicação. Mas, e aí? Pra você, Demi Lovato merecia ou não um lugar na premiação?

Jay-Z e Kendrick Lamar foram indicados em quase todas as categorias do Grammy 2018

Chegou a hora da verdade!

Na manhã  desta terça-feira (28) foram revelados os indicados ao 60º Grammy Awards e, pelo incrível que pareça, o que não faltam são surpresas com a lista completa, liderada pelos rappers JAY-Z e Kendrick Lamar que, respectivamente, foram lembrados em oito e sete categorias.



Entre os principais indicados, a música de Luis Fonsi com Daddy Yankee e Justin Bieber, “Despacito”, foi mais do que reconhecida, assim como Childish Gambino, SZA, Khalid e o produtor No I.D., que garantiram nada menos do que cinco indicações cada.



Grande nome desta edição, JAY-Z é o único artista que concorre nas três principais categorias: álbum, gravação e música do ano. Batendo de frente com outros dois nomes fortes, Kendrick Lamar e Bruno Mars, que concorrem pelos trabalhos com os discos “DAMN.” e “24K Magic”.



O aclamado retorno de Lorde, “Melodrama”, só conta com uma indicação, por álbum do ano, podendo ser o responsável por tirar o prêmio de um artista negro mais uma vez - como aconteceu com Adele e Beyoncé no ano passado ou com Taylor Swift e Kendrick Lamar em 2016.



Ed Sheeran, que lançou no último ano o disco “Divide” e fez bastante sucesso ao som de “Shape of You”, só foi lembrado nas categorias pop, disputando os gramofones que gostaríamos de ver nas mãos de Kesha, Lady Gaga ou Lana Del Rey, todas indicadas fora dos prêmios principais.



Na ala dos nomes que sentimos falta, estão mulheres como Rihanna (“Wild Thoughts”, do DJ Khaled), Demi Lovato (“Tell Me You Love Me”) e Camila Cabello (“Havana”), além do cantor Harry Styles, que neste ano lançou seu disco de estreia, autointitulado, e também merecia o seu lugar ao sol.



Veja os indicados das principais categorias abaixo:

Gravação do Ano
“Redbone” — Childish Gambino
“Despacito” — Luis Fonsi & Daddy Yankee Featuring Justin Bieber
“The Story Of O.J.” — Jay-Z
“HUMBLE.” — Kendrick Lamar
“24K Magic” — Bruno Mars

Álbum do Ano
“Awaken, My Love!” — Childish Gambino
4:44 — Jay-Z
DAMN. — Kendrick Lamar
Melodrama — Lorde
24K Magic — Bruno Mars

Música do Ano
“Despacito” — Ramón Ayala, Justin Bieber, Jason “Poo Bear” Boyd, Erika Ender, Luis Fonsi & Marty James Garton, songwriters (Luis Fonsi & Daddy Yankee Featuring Justin Bieber)
“4:44” — Shawn Carter & Dion Wilson, songwriters (Jay-Z)
“Issues” — Benny Blanco, Mikkel Storleer Eriksen, Tor Erik Hermansen, Julia Michaels & Justin Drew Tranter, songwriters (Julia Michaels)
“1-800-273-8255” — Alessia Caracciolo, Sir Robert Bryson Hall II, Arjun Ivatury & Khalid Robinson, songwriters (Logic Featuring Alessia Cara & Khalid)
“That’s What I Like” — Christopher Brody Brown, James Fauntleroy, Philip Lawrence, Bruno Mars, Ray Charles McCullough II, Jeremy Reeves, Ray Romulus & Jonathan Yip, songwriters (Bruno Mars)


Artista Revelação
Alessia Cara
Khalid
Lil Uzi Vert
Julia Michaels
SZA

Melhor Performance Pop Solo
“Love So Soft” — Kelly Clarkson
“Praying” — Kesha
“Million Reasons” — Lady Gaga
“What About Us” — P!nk
“Shape Of You” — Ed Sheeran

Melhor Performance Pop em Duo/Grupo
“Something Just Like This” — The Chainsmokers & Coldplay
“Despacito” — Luis Fonsi & Daddy Yankee Featuring Justin Bieber
“Thunder” — Imagine Dragons
“Feel It Still” — Portugal. The Man
“Stay” — Zedd & Alessia Cara

Melhor Álbum Pop Vocal
Kaleidoscope EP — Coldplay
Lust For Life — Lana Del Rey
Evolve — Imagine Dragons
Rainbow — Kesha
Joanne — Lady Gaga
÷ (Divide) — Ed Sheeran


Melhor Álbum de Música Alternativa
Everything Now — Arcade Fire
Humanz — Gorillaz
American Dream — LCD Soundsystem
Pure Comedy — Father John Misty
Sleep Well Beast — The National

Melhor Performance R&B 
“Get You” — Daniel Caesar Featuring Kali Uchis
“Distraction” — Kehlani
“High” — Ledisi
“That’s What I Like” — Bruno Mars
“The Weekend” — SZA

Melhor Música R&B
“First Began” — PJ Morton, songwriter (PJ Morton)
“Location” — Alfredo Gonzalez, Olatunji Ige, Samuel David Jiminez, Christopher McClenney, Khalid Robinson & Joshua Scruggs, songwriters (Khalid)
“Redbone” — Donald Glover & Ludwig Goransson, songwriters (Childish Gambino)
“Supermodel” — Tyran Donaldson, Terrence Henderson, Greg Landfair Jr., Solana Rowe & Pharrell Williams, songwriters (SZA)
“That’s What I Like” — Christopher Brody Brown, James Fauntleroy, Philip Lawrence, Bruno Mars, Ray Charles McCullough II, Jeremy Reeves, Ray Romulus & Jonathan Yip, songwriters (Bruno Mars)

Melhor Álbum Urban Contemporâneo
Free 6LACK — 6LACK
“Awaken, My Love!” — Childish Gambino
American Teen — Khalid
Ctrl — SZA
Starboy — The Weeknd


Melhor Álbum R&B
Freudian — Daniel Caesar
Let Love Rule — Ledisi
24K Magic — Bruno Mars
Gumbo — PJ Morton
Feel The Real –Musiq Soulchild

Melhor Performance Rap
“Bounce Back” — Big Sean
“Bodak Yellow” — Cardi B
“4:44” — Jay-Z
“HUMBLE.” — Kendrick Lamar
“Bad And Boujee” — Migos Featuring Lil Uzi Vert

Melhor Performance Rap/Cantado
“PRBLMS” — 6LACK
“Crew” — Goldlink Featuring Brent Faiyaz & Shy Glizzy
“Family Feud” — Jay-Z Featuring Beyoncé
“LOYALTY.” — Kendrick Lamar Featuring Rihanna
“Love Galore” — SZA Featuring Travis Scott

Melhor Música de Rap
“Bodak Yellow” — Dieuson Octave, Klenord Raphael, Shaftizm, Jordan Thorpe, Washpoppin & J White, songwriters (Cardi B)
“Chase Me” — Judah Bauer, Brian Burton, Hector Delgado, Jaime Meline, Antwan Patton, Michael Render, Russell Simins & Jon Spencer,
songwriters (Danger Mouse Featuring Run The Jewels & Big Boi)
“HUMBLE.” — Duckworth, Asheton Hogan & M. Williams II, songwriters (Kendrick Lamar)
“Sassy” — Gabouer & M. Evans, songwriters (Rapsody)
“The Story Of O.J.” — Shawn Carter & Dion Wilson, songwriters (Jay-Z)

Melhor Álbum de Rap
4:44 — Jay-Z
DAMN. — Kendrick Lamar
Culture — Migos
Laila’s Wisdom — Rapsody
Flower Boy — Tyler, The Creator

Produtor do Ano (Não-Clássico)
Calvin Harris
Greg Kurstin
Blake Mills
No I.D.
The Stereotypes

Melhor Videoclipe
“Up All Night” — Beck
“Makeba” — Jain
“The Story Of O.J.” — Jay-Z
“Humble.” — Kendrick Lamar
“1-800-273-8255” — Logic Featuring Alessia Cara & Khalid

Estas são as nossas apostas para indicados ao Grammy 2018

Na próxima terça-feira, 28 de novembro, depois de muita espera e especulação, serão anunciados os nomeados ao 60th Grammy Awards, e nós não poderíamos deixar de fazer nossas apostas de indicados para a principal premiação da mundo da música. 

Kendrick Lamar x Ed Sheeran? Tem sim. Lorde e seu "Melodrama"? Tem também. Junto, é claro, com muitas surpresas e um pouquinho de esperança com relação a alguns indicados (e possíveis vencedores), afinal, ela é a última que morre, né?

Confira nossas apostas finais abaixo: 

Album Of The Year

"DAMN." - Kendrick Lamar
"Divide" - Ed Sheeran
"24K Magic" - Bruno Mars
"Melodrama" - Lorde
"The Weight Of These Wings" - Miranda Lambert
Pode rolar: "Starboy" - The Weeknd

Nos últimos anos tivemos embates entre artistas negros e brancos, com esses últimos levando a melhor sem merecer. Em 2016, tivemos Kendrick Lamar com "To Pimp a Butterfly" e Taylor Swift com o vitorioso "1989". A história se repetiu nesse ano, com Beyoncé e o álbum visual "Lemonade", e Adele com o "25", esse último levando o prêmio pra casa. Em 2018, é praticamente certo que os protagonistas serão Kendrick com o aclamadíssimo "DAMN." e Ed Sheeran com o "Divide" e, bom, acho que você já sabe como essa história vai terminar. 

Entre o outros competidores, Bruno Mars deve garantir sua vaga pelo sucesso comercial do "24K Magic", enquanto Lorde teve um dos álbuns mais aclamados pela crítica nesse ano e não poderia ficar de fora. O country é um dos ritmos mais populares nos Estados Unidos e arranca praticamente todo ano uma indicação a Album Of The Year, por isso, apostamos em Miranda Lamber, que também recebeu muitos elogios pelo seu novo disco, mas não descarte o "Starboy", do The Weeknd.



Record Of The Year

"Humble" - Kendrick Lamar
"Shape Of You" - Ed Sheeran
"That’s What I Like" - Bruno Mars
"1-800-273-8255" - Logic feat. Alessia Cara & Khalid
"Look What You Made Me Do" - Taylor Swift
Pode rolar: "Despacito" - Luis Fonsi & Daddy Yankee feat. Justin Bieber

A disputa Lamar x Sheeran deve se estender pelas principais categorias do Grammy e, nesses casos, o troféu deve ficar com um dos dois mesmo. Bruno Mars fez um grande sucesso com seu "24K Magic", e "That's What I Like" foi um dos maiores hits do ano, o que deve contribuir para essa indicação. Logic, Alessia Cara e Khalid se juntaram para lançar um hit de qualidade sobre um assunto tão importante quanto suicídio, o que deve lhes render uma indicação mais do que merecida. Taylor Swift é queridinha da Academia e, até quando é criticada pela mídia, deve conseguir seu espaço em pelo menos uma das categorias principais. 

Apesar de ser o maior sucesso do ano nos Estados Unidos (e no mundo todo!), "Despacito" é uma incógnita. A canção de Luis Fonsi arrebatou o Grammy Latino, mas não é nada improvável que a bancada do Grammy norte-americano acredite que isso já basta para a faixa e decida não indicá-la nas categorias principais. É esperar para ver. 

Song Of The Year

"Humble" - Kendrick Lamar
"Shape Of You" - Ed Sheeran
"1-800-273-8255" - Logic feat. Alessia Cara & Khalid
"Million Reasons" - Lady Gaga
"Praying" - Kesha
Pode rolar: "Sign Of The Times" - Harry Styles

Mais um embate "Humble" x "Shape Of You" com o prêmio com certeza indo para um dos dois. Logic, Alessia Cara e Khalid trazem a letra forte e poderosa de "1-800-273-8255" para a disputa, enquanto Gaga coloca sua "Million Reasons" no páreo, um dos maiores hits femininos do ano e com grandes chances de pelo menos uma indicação nas categorias principais. Acreditamos que, pelas boas críticas que recebeu e pela conexão da letra de sua música com Dr. Luke, Kesha não deve ficar de fora. 

Harry Styles merece pelo menos uma indicação, mas isso vai depender de como a Academia o enxerga, já que ele veio de uma boyband e resolveu apostar em uma sonoridade mais voltada para o rock no primeiro álbum solo. Estamos na torcida.


Best Pop Vocal Album

"Divide" - Ed Sheeran 
"Melodrama" - Lorde
"Joanne" - Lady Gaga
"Rainbow" - Kesha
"Tell Me You Love Me" - Demi Lovato
Pode rolar: "Evolve" - Imagine Dragons

Uma das categorias mais certas do Grammy 2018, Best Pop Vocal Album deve ficar mesmo entre os citados acima, com vitória provável de Ed Sheeran. Lorde e seu "Melodrama" seguem de perto o britânico e não descartaríamos completamente a vitoria do ícone. Lady Gaga, Kesha e Demi Lovato completam a categoria não tendo muitas chances, mas merecendo seu espaço ali. 

Ainda assim, deixamos um alerta para a possível indicação do "Evolve", do Imagine Dragons. Esse ano, a banda concorrerá pela primeira vez nas categorias de pop, e tem dois hits de peso ("Believer" e "Thunder") para justificar um espaço em Best Pop Vocal Album. Se entrarem, é provável que tirem a indicação de Demi. 


Best Pop Solo Performance

"Shape Of You" - Ed Sheeran
"Million Reasons" - Lady Gaga
"Look What You Made Do" - Taylor Swift
"Praying" - Kesha
"What About Us" - P!nk
Pode rolar: "Too Good At Goodbyes" - Sam Smith

Nesse ponto você já deve saber bem quem provavelmente vai levar, né? Ainda assim, não descartaríamos por completo uma vitória de "Look What You Made Me Do". Vai que? 

Se tudo der errado, "Million Reasons" e "Praying" devem, pelo menos, aparecer nessa categoria. P!nk é uma queridinha da premiação e, por isso, deve conseguir uma indicação com "What About Us", enquanto Sam Smith, correndo por fora, também é bastante querido pela bancada do Grammy, o que pode fazer com que ele pegue o lugar dela.



Best Pop Duo/Group Performance

"I Don’t Wanna Live Forever" - Taylor Swift & ZAYN
"Despacito" - Luis Fonsi & Daddy Yankee feat. Justin Bieber
"Something Just Like This" - Chainsmokers & Coldplay
"1-800-273-8255" - Logic feat. Alessia Cara & Khalid
"Thunder" - Imagine Dragons
Pode rolar: "I Feel It Coming" - The Weeknd feat. Daft Punk

"I Don't Wanna Live Forever" é uma música de Taylor Swift que alcançou o #2 na Hot 100 e deve concorrer ao Oscar de Melhor Canção Original. Não precisamos mais justificar nossa aposta, né? Porém, "Despacito" é o maior hit do ano e se tem uma categoria que ele não pode ser ignorado, é em Bets Pop Duo/Group Performance. 

A Academia já provou que gosta bastante do The Chainsmokers ao dar a eles o prêmios de Best Dance Record por "Don't Let Me Down" nesse ano, o que significa que, com Coldplay, grupo também queridinho da bancada, a indicação aqui é praticamente certa. Logic & companhia entram por todos os motivos já citados em outras categorias, enquanto Imagine Dragons está com tudo e deve fazer seu debut nas categorias de pop com "Thunder"

Se o "Starboy" conseguir uma indicação em Album Of The Year, é bem provável que "I Feel It Coming" entre por tabela nessa categoria.


Best Rap Album

"DAMN." - Kendrick Lamar
"Big Fish Theory" - Vince Staples
"4:44" - Jay-Z
"Grateful" - DJ Khaled
"HNDRXX" - Future
Pode rolar: "We Got it from Here... Thank You 4 Your Service" - A Tribe Called Quest 

Mesmo que não faltem dúvidas sobre o ano ser de Kendrick Lamar, que neste ano lançou o “DAMN.” e, em edições anteriores, já viu seu trabalho ser passado pra trás injustamente, o rap nos rendeu vários discos fodas neste ano. O estreante Vince Staples já chegou como um peixe grande em “Big Fish Theory”, Jay-Z, que não teve lá tanto apreço comercial, entregou um dos melhores discos da sua carreira no pessoal “4:44” e, pesando a preocupação do Grammy com trabalhos que tenham tido algum impacto comercial, ainda temos “HNDRXX”, do Future, e o baú de hits “Grateful”, do DJ Khaled.


Best Dance Record

"Stay" - Zedd & Alessia Cara
"It Ain’t Me" - Kygo & Selena Gomez
"Slide" - Calvin Harris feat. Frank Ocean & Migos
"Rockabye" - Clean Bandit feat. Sean Paul & Anne Marie
"Lonely Together" - Avicii feat. Rita Ora
Pode rolar: "Scared To Be Lonely" - Martin Garrix & Dua Lipa

A disputa entre "Stay" e "It Ain't Me", os dois maiores hits EDM desse ano nos Estados Unidos, vai ser boa. Tirando essas duas faixas, é bem difícil saber, com certeza, quem vai estar nessa categoria, mas apostamos em Calvin Harris, figurinha carimbada na premiação, com "Slide" e Clean Bandit, que já ganhou um Grammy por "Rather Be", dessa vez com sua "Rockabye". Avicii e Rita Ora correm por fora, enquanto Martin Garrix e Dua Lipa podem surpreender. 


Best New Artist

Alessia Cara
SZA
Vince Staples
Khalid
Julia Michaels
Pode rolar: James Arthur

Vai ser bem difícil tirar essa indicação de Alessia Cara, a provável vencedora dessa categoria. SZA e Vince Staples tem o apoio total da crítica e foram extremamente aclamados com os álbuns que lançaram nesse ano, "Ctrl" e "Big Fish Theory", respectivamente. Khalid é um nome popular, que tem a simpatia da crítica e do público, o que com certeza conta bastante. 

Para a última vaga, Julia Michaels é a mais cotada. Ela participou como compositora do "Purpose", álbum de Justin Bieber que foi indicado a Album Of The Year na premiação passada, e brilhou como estrela principal esse ano no hit "Issues". Porém, James Arthur tem ganhado o apoio da mídia nas últimas semanas e representa bem a noção óbvia de talento que o Grammy tem, o que pode fazer com que ele consiga essa indicação. 

Se o mundo fosse justo, Dua Lipa seria indicada a essa categoria, mas não vamos mentir pra vocês: é algo muito improvável de acontecer.



***

E aí? Concordou? Discordou? Conta pra gente quais são suas principais apostas nos comentários. Que os jogos (e as orações pelxs nossxs faves) comecem! 

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