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Kevin Spacey acaba de entrar para a lista de homens escrotos de Hollywood

Woody Allen, Charlie Sheen Jhonny Depp, Robert Downey Jr., Michael Fassbender, Bret Ratner, Casey e Ben Affleck, Sean Penn e Harvey Weinstein. Todos estes grandes nomes de Hollywood são apenas alguns de inúmeros atores, produtores e diretores que nos decepcionaram e provaram que o homem é, em sua maioria, uma merda. Infelizmente, Kevin Spacey acaba de entrar para este clube.

Na última segunda-feira, o ator de “Star Trek: Discovery” Anthony Rapp contou ao BuzzFeed sobre o assédio que sofreu pelo Kevin Spacey em 1986 durante uma festa. Na época, Rapp tinha 14 anos e Spacey 26, e o ator disse que bêbado, Spacey teve comportamentos inadequados, claramente tentando algo sexual com o jovem, que conseguiu se desvencilhar.

O ator de “House of Cards” através do Twitter disse que não se lembrava de nada, pediu desculpas e saiu do armário, dizendo que escolheu viver uma vida como um homem gay. Pegou mal de novo. Militantes LGBTQ foram enfáticos em dizer que a saída do armário de Spacey foi oportuna, com intenção de desviar o foco do que importa, e que isso corrobora o discurso de conservadores ao dizer que gays são pedófilos.

A história que aconteceu há mais de 30 anos, contudo, foi importante para que novas pessoas tivessem coragem de expor abusos sofridos por Spacey. O produtor Tony Montana contou ao Radar Online que foi agarrado por Spacey em 2003 quando os dois estavam em um bar em Los Angeles. O ator Roberto Cavazos, que trabalhou com Spacey em um teatro em Londres de 2004 a 2015, denunciou em seu Facebook as constantes tentativas de Spacey em jovens rapazes. Para ele “parece que o único requisito era ser um homem abaixo dos 30 para o sr. Spacey se sentir livre para nos tocar”. 

Em uma longa reportagem, a CNN encontrou 8 trabalhadores do set de “House of Cards” que afirmaram que o protagonista da série mantinha um comportamento predatório. Ninguém quis revelar sua identidade por medo de represália, pois são, em muitos casos, pessoas que ainda não conquistaram seu espaço em Hollywood. Um funcionário chegou a dizer que Spacey, em uma carona para o set da série em Baltimore, colocou a mão em suas pernas sem permissão. O funcionário disse que ficou em choque, “ele era um homem em uma posição muito poderosa no show, e eu não era ninguém na cadeia alimentar lá”. 

A Vulture publicou uma reportagem sobre um ator anônimo que disse ter sofrido uma tentativa de estupro por Spacey. O ator, que não quis se identificar, falou que se relacionou sexualmente com ele quando tinha 14 anos e Spacey 24. A Vulture confirmou as datas e conversou com pessoas próximas e o terapeuta do acusador, e a história foi confirmada.

A tentativa de estupro se deu no último encontro dos dois, quando Kevin forçou penetração no jovem, que resistiu. O ator ainda afirmou que Kevin confessou ter "ficado de olho" nele desde os 12 anos, mas que só se aproximou aos 14. Spacey não se pronunciou sobre o assunto, e seu advogado disse que ele irá procurar tratamento, só não sabemos para o quê, exatamente. As gravações da sexta temporada de "House Of Cards" foram suspensas pela Netflix essa semana, e depois das acusações de pessoas do próprio set não seria de se espantar se a temporada for cancelada.

Pois é Kevin Spacey, felizmente estamos num mundo onde as pessoas estão tomando coragem para enfrentar valentões de Hollywood como você e Harvey Weinstein, no que parece ser uma tendência agora.  Outros gigantes do audiovisual tendem a cair e, com sorte, essa cultura obscura de Hollywood ficará para trás.

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Que ano! Diante de alguns series finale mais aguardados da história da tv (Breaking Bad e Dexter), o aniversário de 50 anos de Doctor Who, a firmação da Netflix como uma das principais produtoras de conteúdo original mercado (House of Cards, Hemlock Grove, Orange is the New Black, Lilyhammer), que roubou nossa completa atenção quando “salvou” séries espetaculares (Arrested Development) - algumas mais de uma vez até (The Killing) -, mais a consagração de séries como Scandal e The Good Wife, o número cada vez maior de séries sobre super/anti-heróis e o incentivo de ousadas produções brasileiras de qualidade ímpar… 2013 também foi um ano de estreias marcantes nas TVs de todo o mundo e você não poderia fechar o ano sem ter conhecimento de qualquer uma dessas.


Imagine aquelas sitcom bem pastelão, mas com o refinado (nem tanto) humor inglês. No apartamento, um casal homossexual da terceira idade, tendo Sir Ian McKellen (X-Men, O Senhor dos Aneis) como uma das partes. O círculo de amigos: uma tiazona tarada que não mede elogios ao novo e jovem vizinho bonitão sem objetivos de vida, uma sensata senhora de memória volátil com os insights mais inconvenientes e um avarento senhor nem um pouco sutil. Não é o tipo de série que você pode esperar dos britânicos, algumas piadas um pouco indevidas aqui e ali e atuação de boa parte do elenco é um pouco ridícula… mas isso é o que torna a série ridiculamente viciante. 

Indicada para quem gosta de: 2 Broke Girls, Will & Grace.


Durante o séc. XVIII, Ichabod Crane luta contra um soldado mascarado, decepa-lhe a cabeça.  Após isso, se vê dois séculos a frente caminhando pela cidade de Sleepy Hollow. A partir de então, se une a uma policial e juntos tentarão lutar contra o apocalipse, cavaleiros sem cabeça, possessões, fanáticos por ocultismo, bruxas, sandman e outras criaturas igualmente bizarras. Sleepy Hollow pode não apresentar muitos traços originais, mas isso não implica em qualidade. Afinal… o que é 100% original nos dias atuais? Pode não parecer tão interessante de início, mas a série consegue unir várias histórias as quais já estamos acostumados, criando um épico leve, despretensioso e de uma mitologia igualmente rica. 

Indicada para quem gosta de: Fringe, American Horror Story, Arquivo X, Supernatural.


Quando Raymond Reddington (James Spader, Lincoln), um dos terroristas mais procurados do país, se “rende” ao FBI, prontificando-se a entregar uma lista com todos os terroristas desconhecidos e seus crimes premeditados em troca de total imunidade e, especificamente, uma agente novata para assistí-lo. Assim começa The Blacklist. Pode parecer um pouco pretensioso, mas a série funciona como um momento pós-Breaking Bad. Obviamente não possui qualquer argumento semelhante à dramédia da AMC, mas brinca com o nosso cinismo em querer aceitar a redenção de caras que se tornaram publicamente maus por atividades ilícitas.

Indicada para quem gosta de: Fringe, Homeland, 24.


Baseado em fatos reais, Masters of Sex  traz a história de William Masters (Michael Sheen, A Saga Crepúsculo), um médico de caráter dúbio, e sua assistente Virginia Johnson (Lizzy Caplan, Meninas Malvadas) no desenvolvimento de um estudo pioneiro sobre o comportamento sexual humano, bem como a sexualidade feminina em plena década de 50. Ainda que a série aborde em primeiro plano os avanços científicos da época, temas como machismo, homofobia e racismo são constantemente levantados de maneira sutil, mas nenhum pouco mal desenvolvidos. Uma das séries mais originais e fascinantes dos últimos tempos e com um elenco de primeira classe, a primeira temporada de Masters of Sex possui 12 episódios (aprox. 45min, cada).

Indicada para quem gosta de: Mad Men, Private Practice.


Das melhores surpresas do ano, O Negócio é dessas poucas desventuras do Brasil no mercado de séries. A própria HBO já havia produzido Filhos do Carnaval, Mandrake e Alice, mas nada tão ousado quanto agora. A série gira em torno de duas garotas de programa (logo conseguem uma terceira integrante) frustradas com a negligência dos bookers (aka cafetões) e a banalização da profissão, que se unem para cuidar da própria carreira. Para isso, aprendem no decorrer da temporada técnicas de marketing para se tornarem garotas de programa de luxo e, consequentemente, símbolo de ostentação para os grandes empresários de São Paulo. A série ainda conta com arcos secundários, como o passado de cada uma das garotas, os relacionamentos duradouros, as aulas de esgrima de Karin, as mentiras que Luna conta à sua familia, clientes empáticos, uma promotora que luta contra a prostituição, a inveja de outras garotas e cafetões. A primeira temporada possui 13 episódios (40min cada) e já possui uma segunda temporada em produção.

Indicada para quem gosta de: Mad Men, Sex and the City, O Aprendiz


Remake de um drama político inglês dos anos 90, Kevin Spacey dá vida a Francis Underwood, um político veterano que esperava ser nomeado secretário de Estado após ter ajudado Garrett Walker a ser eleito presidente… o que não aconteceu. A partir de então, Underwood e sua igualmente implacável esposa Claire (Robin Wright) traçam um “sangrento” plano para sabotar a administração do recém eleito presidente, bem como todos os outros políticos envolvidos. Apesar de séries políticas não terem um público tão abrangente, a Netflix aqui não poupou esforço$ em aumentar seu público alvo. Contou com a direção de ninguém menos que David Fincher nos primeiros episódios, reduziu ao máximo o uso de jargões políticos e ainda coloca o personagem de Spacey conversando diretamente com a câmera vez ou outra. Amplamente bem criticada e multipremiada, House of Cards foi o marco zero para uma sequência de produções de ponta da Netflix, colocando-a como principal concorrente de canais fechados como a HBO.   

Indicada para quem gosta de: The West Wing, The Newsroom, Scandal, The Good Wife. 


Quando Sarah Manning (Tatiana Maslany) presencia o suicídio de uma mulher chamada Beth, que parecia exatamente igual a ela, resolve assumir sua identidade em um apartamento de classe média alta e um namorado aparentemente inocente. Só não imaginava que também estaria entrando em uma caçada de outras mulheres com sua exata mesma aparência. Superficialmente, a série parece ser uma versão sci-fi de A Usurpadora, mas aos poucos se constrói como um obscuro épico contemporâneo, com os melhores efeitos visuais da atualidade. 

Indicada para quem gosta de: Fringe, Dollhouse, Ringer.


Da mesma criadora de Weeds e baseado no livro de mesmo título, Orange is the New Black conta as memórias de Piper Kerman, uma mulher de classe média alta que se entrega a polícia após alguns anos do seu envolvimento no tráfico de drogas com sua antiga namorada. Sentenciada a passar 15 meses na prisão, Piper troca uma vida estável ao lado do marido e da sócia com quem estava para lançar uma linha de loções por ter que compartilhar o banheiro com outras 20 mulheres toda manhã, uma cafeteria onde tem refeições negadas nos primeiros dias, as investidas de outras detentas, facções de mulheres latinas, o salão de uma transexual e sua ex-namorada dos tempos de lésbica. Com o passar dos episódios, também podemos conhecer a história por trás de grande parte das detentas e passamos a cultivar um sentimento por cada uma delas. Assim como House of Cards, sua primeira temporada de 13 episódios foi lançada por completo no serviço de streaming e já possui sua 2ª temporada em produção.

Indicada para quem gosta de: Weeds, The L Word, Shameless US


Como um prequel moderno do clássico Psicose, do mestre do suspense Alfred Hitchcock, Bates Motel gira em torno da relação entre o adolescente Norman Bates (Freddie Highmore, A Fantástica Fábrica de Chocolate) e sua mãe Norma (Vera Farmiga, Invocação do Mal), quando ambos se mudam de cidade para comandar um hotel, após o pai de Normal aparecer morto logo no primeiro episódio. Enquanto mãe e filho estabelecem sua fonte de renda, também há tramas como o Norman se estabelecendo em seu novo colégio e seus hobbies, investigações de assassinatos misteriosos, a chegada do primogênito da família Bates e vários segredos obscuros provando que todos na cidade tem lá a suas psicoses. 

Indicada para quem gosta de: Breaking Bad, Hannibal, Dexter.


Um dos mais carismáticos assassinos de todos os tempos antes interpretado por Anthony Hopkins, em O Silêncio dos Inocentes, mais uma vez ganha vida graças ao canal americano NBC. Mads Mikkelsen (Casino Royale) agora dá vida ao Dr. Hannibal Lecter, que irá auxiliar o profiler do FBI Will Graham (Hugh Dancy, Rei Arthur) na perseguição de serial killers. O drama de alto teor psicológico ainda conta como Laurence Fishburne e Gillian Anderson. Desde o fim de Lost, sempre fica aquela pergunta: qual será a substituta? Obviamente isso não reduz a qualidade de nenhuma outra, mas alguns anos depois surge Breaking Bad, uma da poucas séries que tratou toda a equipe de arte igualmente relevante como roteiro e direção, brilhantes em sua maior parte. Ok, mas onde eu quero chegar? Assim como a AMC arriscou alto nas ações de Walter White, transformando-o em um dos piores personagens da história da tv (no melhor sentido, claro), a NBC pode ter encontrado uma herdeira do anti-herói químico. Além da direção, roteiro e montagem, Hannibal possui efeitos visuais e especiais fantásticos, bem como uma cenografia, câmera e figurinos (principalmente) primorosos e de uma inteligência sem precendentes. Posso estar exagerando, mas podemos estar diante do que virá a ser um dos mais saborosos clássicos da TV (trocadilho necessário) dentro de uns 20 anos. 


Indicada para quem gosta de: Breaking Bad, The Killing, Dexter, Sherlock

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