Após a denúncia de Ray Fisher, que alegava abuso de poder de Joss Whedon no set de "Liga da Justiça", a Warner abriu uma investigação interna para apurar o caso. A informação foi divulgada pelo próprio Fisher no Twitter, nesta quinta-feira (20).
"Após cinco semanas de entrevistas com membros da equipe e elenco, a Warner iniciou uma investigação interna para chegar a cerne do ambiente tóxico e abusivo durante a regravação de 'Liga da Justiça'. Isso é um avanço enorme. Acredito que a investigação irá mostrar que Geoff Johns, Joss Whedon, Jon Berg e outros abusaram de seu poder durante a fusão da AT&T e Warner", disse.
Na primeira semana de julho, o ator afirmou nas redes sociais que o diretor foi "nojento, abusivo, sem profissionalidade e completamente inaceitável". A denúncia ainda alegou que a conduta de Whedon no set tinha apoio de ninguém menos que o Presidente da DC Entertainment, Geoff Johns, e do produtor Jon Berg.
As falas de Fisher foram suficiente para que um segundo rumor sobre a conduta de Whedon chegasse ao público. De acordo com Grace Randolph, criadora do canal Beyond The Trailer, o diretor teria forçado Gal Gadot a gravar a polêmica cena em que o Flash (Erza Miller) cai sobre Mulher-Maravilha. No fim, a atriz não aceitou gravar, o que resultou no uso de uma dublê de corpo - que explica porquê não vemos o rosto da atriz nessa cena.
Já o fotógrafo Jason Laboy acrescentou que Whedon ainda ameaçou a dublê caso ela não gravasse tal cena. Curiosamente, há uma cena similar em "Vingadores: Era de Ultron" em que Mark Ruffalo cai sobre Scarlet Johansson.
A produção de "Liga da Justiça" foi totalmente conturbada. Em meio as gravações, Joss Whedon foi chamado para reescrever algumas cenas pois o estúdio as achava sombria demais. Tudo piorou quando Snyder se afastou após a morte de sua filha, o que resultou com que Whedon assumisse a direção. O resultado foi um filme com dois tons totalmente diferentes e uma sensação de que muita coisa estava faltando.