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5 clipes dirigidos por Romain Gavras que você precisa (re)assistir

Provavelmente, você já assistiu algum videoclipe dirigido pelo diretor francês Romain Gavras (filho do cineasta Costa-Gavras), seus filmes, comerciais e videoclipes; que sempre buscam retratar de alguma forma mais realista algumas subculturas. Como modo de vida ou manifestações artísticas, ou algum assunto que permeia a sociedade trazendo isso à tona de forma mais bruta, sempre se justapondo com a energia que a música pede.

Em seu currículo há grandes nomes da música como Jay-Z, M.I.A, Jamie XX, Mark Ronson, Justice, DJ Mehdi e Kanye West. Marcas e produtos como Adidas, Powerade e Samsung já tiveram comerciais dirigidos pelo o mesmo, assim como grandes grifes como Dior, Yves Saint Laurent e Louis Vuitton. Mas o que nos interessa aqui são os videoclipes, vamos a eles!

Kanye West quer que Scooter Braun devolva músicas antigas de Taylor Swift

Kanye West tá decidido a mudar os rumos da indústria pelos próximos anos e, através do seu Twitter, tem publicado inúmeras reflexões sobre o que considera uma forma de escravidão dos dias atuais, se referindo aos contratos de grandes gravadoras e a maneira como elas negociam a propriedade musical de seus artistas.


A principal indignação de Kanye é em relação aos direitos das “masters” de suas canções, que contratualmente pertencem as gravadoras com quem assinou contrato e, consequentemente, não permite que ele faça qualquer coisa com suas próprias músicas sem que tenha permissão, além dessas serem fontes de lucros intermináveis, visto que gerarão renda enquanto forem tocadas, seja nas plataformas de streaming, através da venda de CDs, programas de TV ou shows.


Pela rede social, Kanye revelou todos seus contratos com a Universal Music, que detém os direitos das suas masters, e criticou o selo por não revelar o quanto valem suas propriedades, afirmando que o valor está mantido em sigilo pela gravadora temer que ele tenha dinheiro o suficiente pra comprá-las de volta.


Além disso, o rapper, que no ano passado lançou o álbum gospel “Jesus is King”, propôs ainda que outros artistas se unissem ao seu manifesto e, sim, incluiu Taylor Swift, que levantou uma discussão muito semelhante há alguns meses, quando travou uma batalha em busca dos direitos pelas masters de seus primeiros álbuns, atualmente pertencentes ao empresário —e, hoje, seu inimigo declarado — Scooter Braun.


Mas Kanye foi além e, pelo Twitter, prometeu que resolverá o problema da cantora e     conversará diretamente com Scooter, quem considera um amigo próximo e de longa data da sua família. Já pensou?



Além de Taylor Swift, outros artistas citados por Kanye West foram Bono Vox, Paul McCartney, Jay-Z, Kendrick Lamar e Drake. No caso do último, Kanye ainda brincou afirmando que lutaria pelo contrato de todos, menos do canadense, voltando atrás na mesma publicação e explicando a piada, “te amo, Drake, todos os artistas devem ser livres.”


Album Review: “ye” e um Kanye West que é grandioso mesmo quando tenta não ser

“Só diga isso alto, pra ver como se sente. As pessoas dizem, ‘não fale isso, não fale aquilo.’ Só diga em voz alta e veja como se sente”, pede Kanye em “I Thought About Killing You” (Eu Pensei Em Matar Você), faixa que abre o disco “ye” e entrega, já de início, um pouco do que se trata a experiência do disco: uma terapia barra palestra dele consigo mesmo, onde somos mera plateia.



Apesar de similaridades sonoras que o aproxima de momentos de toda a sua carreira, “ye” caminha muito distante das intenções de Kanye em todos seus outros trabalhos; sem a megalomania das produções que o antecederam, nem a pressa em se tornar grandioso, o disco cresce pela sobriedade de um trabalho que nos é entregue quase cru. E traço, aqui, um paralelo necessário sobre seu nome, que inevitavelmente nos remete ao álbum “Yeezus”, mas agora sem a associação com Jesus, sem o rapper que se diz Deus, apenas o homem sobre ele mesmo, despejando seus delírios, reflexões e vulnerabilidades entre versos que misturam tudo isso como se fossem uma coisa só.

Com flow semelhante a “Wolves”, a faixa interminada de “The Life of Pablo”, e montagem que remete ao seu hit com Jay-Z, “Otis”, “Yikes” é uma das poucas canções de “ye” que acenam para alguma intenção comercial. Na letra, Kanye discorre sobre seu vício no mesmo medicamento outrora utilizado por Michael Jackson e Prince, dizendo que eles tentaram te avisar, e, amarrando a canção no contexto da faixa anterior, confessa: “às vezes fico assustado comigo mesmo.”

Se onde tem Kanye, tem polêmica, a dose do “ye” para os tablóides começa em “All Mine”, introduzida numa sonoridade quase gospel até cair em versos sobre infidelidade e traições envolvendo figuras públicas. A putaria só não dura muito tempo porque a música seguinte, “Wouldn’t Leave”, vai justamente de traições para a fidelidade entre ele e Kim Kardashian, figura que se manteve ao seu lado mesmo nos momentos difíceis que passou nos últimos anos, incluindo a internação que interrompeu a turnê do disco “The Life of Pablo”, as confusões com artistas como Taylor Swift e Jay-Z e declarações desconexas, como quando disse que “a escravidão pareceu ser uma escolha”.

Ao piano, a declaração automaticamente nos leva pra música dedicada a sua esposa em “Yeezus”, “Bound 2”, enquanto aqui seus versos soam ainda mais honestos, com ele afirmando que “sabia que você não iria partir.”

Com lugar garantido entre os melhores arranjos do disco, “No Mistakes” foi uma das tantas colaborações entre Kanye e Cudi para as sessões dos discos “ye” e “Kids See Ghost”. Nesta, o rapper desabafa sobre os problemas mentais e financeiros que teve após a internação, intercalando seus versos com um sample de 88 do britânico Slick Rick, que repete sem parar: “acredite se quiser.”

A canção também é uma das que melhores carregam a dualidade do disco, ilustrado pela frase “eu odeio ser bipolar, é demais”, dando espaço pra que o Kanye West orgulhoso e egocêntrico tome seu próprio microfone pra afirmar que, apesar de todos os problemas que passou, continua sendo a pessoa em quem mais confia. “Vou esclarecer isso aqui pra que todos entendam: eu não ouço conselhos de pessoas menos sucedidas do que eu.”



Indubitável ponto alto do disco, “Ghost Town” é uma faixa sobre redenção, na qual Kanye, Kid Cudi, PARTYNEXTDOOR e a cantora 070 Shake discorrem sobre serem amados e livres, quase que sob um efeito anestésico após os altos e baixos — e medicamentos — que marcaram não só esse disco, como toda essa fase da vida do rapper, que garante estar num lugar melhor agora. “Coloco minha mão no fogo, pra ver se ainda sangro, e nada mais me machuca. Sinto como se estivesse livre.”

E é neste ambiente de liberdade que “Violent Crimes” assusta pelo título, mas nos ganha pela intenção, sendo uma homenagem do rapper a sua filha, North West, com direito a uma participação rápida de Nicki Minaj, que aprova um verso do rapper na gravação de uma ligação ao final da faixa, quem sabe evitando um episódio semelhante a história de “Famous” e a fatídica chamada negada por Taylor Swift.

Mea culpa sobre machismo, “Violent Crimes” traz o cantor refletindo sobre a sociedade e a posição de homens e mulheres, agora sob a perspectiva de quem tem uma filha e se preocupa com os homens que ela irá lidar quando estiver maior. “Os caras são selvagens, são monstros, são safados, jogadores, até que esses caras têm filhas, aí eles se tornam cuidadosos.”



***


Ao longo de sete faixas que somam menos de trinta minutos, “ye” é um dos projetos menos ambiciosos de Kanye West e, dentro desta ótica, vence pela máxima de que “menos é mais”, nos entregando uma faceta do rapper que nos permite vê-lo sem amarras ou as muitas vezes tão desejadas papas na língua, enquanto se aproveita do seu próprio espaço, sem manchetes sensacionalistas ou trechos mal recortados, para desabafar sobre a vida, o futuro e um pouco do que se passa nessa mente que, nestes vinte e pouco minutos, parece um pouco menos turbulenta do que o normal.

Longe de estar entre os favoritos da sua discografia para o público médio, se tem algo que assemelha “ye” aos outros que o antecederam, talvez seja a necessidade de ser apreciado com calma, aos poucos, pra que, talvez, seja compreendido. E o mesmo serve para o rapper, afinal, tão odiado e frequentemente condenado quanto aclamado e admirado.

KANYE WEST, “YE” (2018)
★★★

Omulu e Alice Caymmi unem Kanye West e Roberto Carlos no remix mais inusitado do ano

Valendo a máxima de que o melhor do Brasil é o brasileiro, o novo disco de Kanye West, “Jesus is King”, já começou a influenciar nossos artistas nacionais e, na manhã desta quarta, quem acordou gospel foi o produtor Omulu, que aproveitou a inspiração no dono de “Jesus Walks” para dar uma prévia do que tem trabalhado ao lado da cantora Alice Caymmi.

Juntos, a dupla mandou o mashup mais inusitado possível: “Jesus Cristo”, do Roberto Carlos, com “Use This Gospel”, do Kanye, que traz aquela participação icônica do Kenny G, nos vocais da dona de “Louca” acompanhados de um batidão em 150. Impossível dar errado.



Chegadíssimo nos remixes fora da caixa, Omulu já havia misturado Dua Lipa com funk em “New Rules” e mandado uma Beyoncé à brasileira nesse arranjo de “Partition”, famoso pelo cover da Pabllo Vittar em “Minaj”.

Em seus trabalhos autorais, a pegada criativa não fica de fora: “Meu jeito de amar”, dele com Duda Beat e Lux & Tróia, por exemplo, vai do bregafunk ao funk em 150, somados a proposta romântica da pernambucana famosa por “Bixinho”; já em “Tô te querendo”, o som de Luedji Luna é remixado sob as influências do funk e música baiana.


“Roberto is King”, como Omulu explica na descrição do seu vídeo no Youtube, é apenas uma ideia que surgiu no intervalo da produção do seu novo single com Alice Caymmi. Sendo assim, mais do que esse mashup maravilhoso, fica o anúncio de que tem mais coisa vindo aí. Que Deus abençoe o rolê.

Santo e profano, no Coachella, Kanye West é uma religião

Kanye West é o ápice da contracultura na música mainstream. Meses após o contraditório apoio ao Donald Trump, seguido de declarações duvidosas sobre o racismo estrutural e a história dos negros nos EUA, o rapper emplacou um hit sexual com Lil Pump na Billboard, “I Love It”, e então se isolou para voltar a cuidar da sua saúde mental e trabalhar em seu novo disco, até então chamado “Yandhi”.

Em janeiro, deu um novo passo musical quando, aos domingos, deu início ao Sunday Service, um culto musical no qual Deus se confunde entre Ele, da religião cristã, e ele, Kanye West, que já compôs obras como “I am a God” e o disco “Yeezus”.



Neste show, West se une ao coral The Samples, com um repertório que vai de releituras de seus maiores hits aos covers de Stevie Wonder, The Throne (seu projeto em parceria com Jay Z) e do rapper e pastor DMX, que também se apresentou em algumas dessas sessões dominicais.

E foi neste formato, um culto em tributo ao Kanye West, conduzido pelo próprio Kanye West (nota do editor: ouça “I Love Kanye”, do disco “The Life of Pablo”), que o rapper aceitou tocar no grandioso Coachella que, meses atrás, havia o convidado para o posto de headliner, ao lado de nomes como Childish Gambino e Ariana Grande, mas declinou a proposta desde que West pediu, em contrapartida, um palco diferente das demais atrações, que exigiria uma estrutura além do que o festival poderia atender no momento.

Para o Sunday Service, por sua vez, o músico foi mais modesto: queria o topo de uma montanha. E, como diz o ditado, se Kanye vai ao Coachella, a montanha vai até ele.

Ao redor da montanha, uma lista pra lá de privilegiada de convidados, com nomes que foram de Kim Kardashian e Justin Bieber às coreanas do girlgroup Blackpink, enquanto, no topo, Kanye conduzia o seu culto musical ao lado de pupilos como Kid Cudi, Chance The Rapper e Teyana Taylor, além de todo coral que, durante a maior parte da performance, foi o centro das atenções.

Na contramão de suas últimas turnês, mas em sintonia com seus últimos álbuns, nos quais o rapper assume cada vez mais o papel de produtor, e não intérprete principal, Kanye West quase não foi ouvido no seu palco do Coachella. Suas primeiras rimas só apareceram após cerca de duas horas de show, com “All Falls Down”, e assim ele seguiu, entre versos cantados, sorrisos para todos os lados e, em dado momento, choro, consolado por Cudi e Chance.



Assim como a passagem bíblica de Moisés ou, no Coachella, o show de Beyoncé no último ano, a performance de Kanye West é divisora de águas para o festival. Um dos rappers mais relevantes da música atual, abrindo mão do título de headliner, se apresenta na manhã de um domingo, conduzindo um tributo no qual sua arte é a sua religião. Pretos elevando suas músicas para outro patamar, outra vez.

Santo e profano, West nos lembra dos versos do brasileiro Baco Exu do Blues, autointitulado Kanye West da Bahia, que responde na faixa “En Tu Mira”, de seu primeiro CD, “Por que você fala tanto de Deus? É porque eu sou humano.E, apesar das poucas palavras, se utiliza da música para nos lembrar o porquê dele ainda ser um dos artistas vivos mais geniais da nossa geração e, enquanto gênio, também louco, protagonizando uma contradição que não poderia terminar diferente do seu Sunday Morning: com muitos aplausos e saudosa admiração.

Kendrick Lamar, Drake, Lollapalooza e a consolidação do rap nos festivais brasileiros

Familiarizado com o consumo pela internet, pela cultura das mixtapes e, na era pré-Spotify, a utilização massiva de videoclipes e compilados do Youtube para a divulgação de suas obras, o rap coube como uma luva na era dos streamings, que só fez centralizar o que eles já exploravam como ninguém por plataformas como Soundcloud.

De olho nesse nicho, as plataformas não tardaram em abraçar os gêneros e seus principais representantes, do Tidal com Kanye West a Apple Music com Drake, e aí não deu outra: o gênero cresceu esmagadoramente pelas paradas, ocupando posições antes tomadas por artistas pop, e disseminou ainda mais os seus hits e mensagens.



No lado offline da história, não poderia ser diferente. Os festivais viram nessa virada uma possibilidade de agarrar mais um público no seu target e, pra ontem, pegaram os rappers, antes presentes timidamente pelas menores, para o posto de headliners.

Em 2016, por exemplo, Lollapalooza trouxe dois nomes de peso: Eminem e Snoop Dogg. Dois anos mais tarde, em 2018, vieram de Mano Brown, Chance The Rapper e Wiz Khalifa. E já neste ano, meteram o pé na porta com o gigante Kendrick Lamar, acompanhado de Post Malone e os brasileiros BK’ e Rashid.



Seguindo pelo mesmo caminho, outro grande festival brasileiro, Rock in Rio, também foi ambicioso e tentou chegar na dobradinha de Beyoncé e Jay-Z, The Carters, mas, pelo menos desta vez, não rolou. Em compensação, fechou com outros dois gigantes da era digital: o canadense Drake e a americana Cardi B.

E a história se repete pelos eventos com menor porte, como o maravilhoso Coala Festival que, no último ano, apoiou e produziu a obra visual “Bluesman”, do rapper baiano Baco Exu do Blues, que encabeça toda uma nova geração do gênero entre os nomes brasileiros.



Para o próximo ano, as apostas são ainda mais altas: Kanye West, que se apresenta no Coachella daqui alguns dias, estará com novo material nas ruas; Nicki Minaj, todo ano especulada num desses festivais, pisou no Brasil para um evento fechado em 2018 e prometeu voltar; Childish Gambino, também no Coachella e no Lollapalooza Chicago 2019, chegou a vir ao Lolla brasileiro em 2015, mas agora está envolto de todo o hype pós-“This is America” e com um disco visual saindo de forno e, claro, brasileiros como Djonga, Baco, Coruja BC1, Drik Barbosa, entre outros, acenam para uma nova era do rap nacional, que precisa marcar presença também nos palcos.


No último domingo (07) de encerramento do Lollapalooza, como atração principal e mais aguardada do maior palco do festival, Kendrick Lamar fez mais do que um puta show, ele selou a consolidação do rap como gênero obrigatório nesses festivais.

Kanye West levará seu Sunday Service para o último domingo do Coachella 2019

Kanye West se entendeu com a produção do Coachella e após recusar se apresentar no festival, que não topou montar um palco diferente das outras atrações para o rapper, confirmou que será uma das atrações do evento em abril deste ano, no domingo do segundo final de semana do festival, dia 21.

O acordo só rolou porque, após negar a estrutura de palco diferenciada, o festival ofereceu o topo de uma montanha pra que Kanye apresentasse seu novo projeto: a performance dominical com o coral gospel de seu Sunday Service.

Pra quem não sabe, já faz algumas semanas desde que Kanye West vem se apresentando religiosamente nas manhãs de todos os domingos, com versões inéditas de suas músicas mais famosas e trechos de canções inéditas, que deverão integrar o disco “Yandhi”.


Nos vídeos, em sua maioria revelados pelo Instagram Story de Kim Kardashian e outras pessoas presentes, o músico aparece sempre muito empolgado, com a performance e culto tão grandiosos quanto despretensiosos. Que deverá ir nesse mesmíssimo formato para o festival.

No Twitter, temos o momento em que o rapper anuncia a performance do Coachella para a equipe do Sunday Service, olha só:


Fofo demaaaais, gente!

O Coachella 2019 acontecerá durante dois finais de semana nos EUA, entre as datas 12 e 14 de abril e, depois, 19 e 21. Além de Kanye, o festival também contará com shows de Childish Gambino, Ariana Grande e Tame Impala.

Ah, pronto: Kanye West usará boné em apoio ao Donald Trump nos palcos

Kanye West prometeu tirar um tempo de comentários sobre política, após descobrir que sua imagem estava sendo associada a tópicos que não concordava inteiramente, mas já começou 2019 voltando a demonstrar seu apoio ao presidente dos EUA, Donald Trump.

Por sua rede social favorita, o hitmaker de “Ghost Town” afirmou que passará a realizar seus shows com o boné “Make America Great Again”, que foi um dos símbolos da campanha do laranja americano, e mais tarde explicou ainda de onde vem a sua fixação pelo acessório tão criticado:

“Uma das minhas coisas favoritas sobre o que o boné de Trump representa pra mim, é que as pessoas não podem me dizer o que fazer apenas por ser negro.”


Hmm kkk bjs.

Apesar de ter atraído mais atenção por suas declarações questionáveis do que qualquer outra coisa, em 2018 o ano foi musicalmente positivo para Kanye. O rapper lançou dois discos, “ye” e “Kids See Ghosts”, produziu registros para Pusha T, NAS, Teyana Taylor e Christina Aguilera, além de ter emplacado o hit “I Love It”, ao lado do novato Lil Pump.

Ariana Grande tá bem p*ta com a treta do Kanye West com Drake no Twitter

Ariana Grande tá bem puta lá no Twitter, gente. E isso porque ela lançou nesta sexta (14) seu single novo, “imagine”, mas a internet só quer saber da treta nova do Kanye West, que usou a mesma rede social pra avisar que o Drake teria mandado alguém assassiná-lo. Sim, a história é essa mesmo.

Indo por partes, Kanye começou a mandar várias diretas para o Drake no Twitter, com quem ele já vem se desentendendo há um bom tempo. Rolaram até umas menções naquela vez que ele desabafou durante um show, se lembram? Daí ele pediu pra que o rapper de “Nice For What” fique longe de sua família, o acusou de ameaçá-lo, mandar recados por pessoas próximas, ofendê-lo por seus transtornos mentais, lembrou que “sem Kanye, não existiria Drake”, se referindo ao quanto inspirou os trabalhos do canadense e ainda mandou um: “se alguma coisa acontecer comigo, você será o primeiro suspeito, cara.”


O início da treta, também segundo os tweets de Kanye, seriam algumas indiretas que Drake teria mandado para o rapper na faixa “Sicko Mode”, do Travis Scott. Ele disse que ficou sabendo, inclusive, que a música fazia mais referências à ele, que foram removidas na versão final. E aí parece que o Drake andou mandando mensagens sobre Kanye para a mãe da Kim, Kris Jenner, o que deixou o rapper de “Ghost Town” ainda mais fodido.

Ariana Grande, por sua vez, já chegou pedindo pros caras se comportarem, reclamando que tinham dois marmanjos arrumando confusão e ofuscando as estreias dela e da Miley Cyrus, que também lançou hoje a natalina “Happy Xmas (War Is Over)”. Olha como ela tava bem *eye rolling* pra essa treta toda:

Tradução: “gente, eu sei que têm uns marmanjos tretando online agora, mas eu e Miley lançamos nossas músicas novas e maravilhosas nesta noite, então se vocês pudessem, por favor, se comportar só por algumas horas, pra que as garotas brilhem, eu ficaria MUITO grata.”

Definitivamente, GOD IS A WOMAN!

Nas respostas ao tweet, teve uma galera achando que Ariana foi bem indelicada, principalmente pelo histórico do hip-hop contar com algumas histórias de rivalidade bem bizarras que realmente terminaram em mortes, mas a maioria tá concordando com ela em que, se era pra causar, que ao menos fosse em algum outro dia.

Será que o Drake vai responder às declarações do Kanye? Será que o Kanye vai contar mais sobre essa confusão toda? E “imagine”, da Ariana, cês já ouviram? Gostaram?


Conta aí pra gente, enquanto ficamos torcendo pra que tudo fique bem entre Kanye e Drake o quanto antes.

Designer recria capas de Rihanna, Beyoncé e Kanye West como vinis dos anos 70

Se você é daqueles fãs que vive imaginando como aquela capa do seu ídolo poderia ter ficado muito mais foda se ele tivesse optado por uma direção diferente da original, vai pirar com o trabalho do designer gráfico Patso Dimitrov, que vem recriando capas de álbuns dos mais variados artistas, incorporando o visual dos vinis dos anos 70 e 80.

Uma publicação compartilhada por pvtso (@pvtso) em

Em seu Instagram (onde assina como @pvtso), o artista de Barcelona exibe suas versões para o trabalho de artistas como Rihanna, Beyoncé, Kendrick Lamar e Kanye West, e os leva direto para décadas passadas, com inspirações e referências que, arriscamos dizer, ficam ainda mais fodas que os trabalhos originais, já impecáveis.

Uma publicação compartilhada por pvtso (@pvtso) em

Numa entrevista para a Crack, Patso explica que a inspiração para estes trabalhos veio da admiração que ele sempre teve pelos discos de jazz e funk dos anos 70, somada ao interesse dele se aproximar de obras mais atuais, e conta ainda que desde sempre deu o seu toque para materiais que gostava.


Foda demais, né? Nas redes sociais do cara, tem sido cada vez mais frequente a presença de fãs pedindo por novas versões para as artes de seus artistas favoritos, então vale ficar de olho e, quem sabe, deixar os seus pedidos também.

Kanye West não perdeu milhões de seguidores no Twitter, mas uns migos famosos pularam fora

Kanye West está oficialmente de volta ao Twitter e, com isso, o que não faltam são declarações controversas do rapper que, nos últimos dias, se dedicou a falar sobre o carinho que tem por Donald Trump – e também por Hillary Clinton – já que acredita que, em tempos de medo, a melhor solução é o amor.

É claro que muitas dessas falas não pegaram bem e, após publicar uma foto vestindo o boné com a frase de campanha do presidente americano (“Make America great again” ou, em tradução livre, “Torne a América ótima de novo”), Kanye deixou de ser seguido por vários nomes grandes da indústria, incluindo alguns bem próximos do artista, como The Weeknd, Rihanna, Katy Perry, Justin Bieber, Jaden Smith e até Kendrick Lamar.

No meio dessa confusão, saíram dizendo que o rapper havia perdido mais de 9 milhões de seguidores, e aí, pra esclarecer os fatos, quem interveio foi o próprio Twitter, alertando que o hitmaker de “I Love Kanye” permanece com seus 27 milhões na rede social, apesar de suas últimas falas.

Nós podemos confirmar que o número de seguidores atuais do Kanye West é de aproximadamente 27 milhões”, disse a rede social. “Qualquer variação que as pessoas possam ver se trata de uma inconsistência que em breve será resolvida.

Prestes a lançar dois novos discos, incluindo um projeto em parceria com Kid Cudi, o rapper tem usado suas redes sociais para anunciar alguns trabalhos paralelos e, no que diz respeito a política, criticou a falta de ações de Obama em Chicago e voltou a afirmar que será candidato a presidência dos EUA em 2024, como prometeu numa premiação da MTV.

Seguindo um conselho de Kim Kardashian, entretanto, Kanye ressaltou que não concorda em absolutamente tudo o que diz Donald Trump. “Não concordo 100% com ninguém além de mim mesmo”, afirmou o rapper.

A Kim Kardashian tá dando uns esporros pro Kanye West parar de elogiar o Trump no Twitter

Gente, imagina esse momento: a Kim Kardashian tá lá de boa, empreendendo e testando seus novos emojis, quando uma amiga vai e manda uma mensagem no seu Whatsapp, “ai, seu marido tá falando do Trump de novo kkk”.

Ela, politicamente consciente como é, vai lá e liga pro Kanye: “porra, mô, de novo essa história? Pelo amor de mim, para com essa mania de ficar defendendo o Trump e sai desse Twitter. Você não disse que tava indo para o estúdio? Termina esse disco e vai logo pra casa!”

O Kanye tenta responder, mas a Kim não o deixa finalizar: “Depois você ainda não sabe porque a Bey e o Jay nunca aceitam vir para os nossos brunches.”

Kanye: Kim, eu tava no meio de uma refle...

Kim: Que saco!

Kanye: Reflexão, Kim. Eu estava refletindo sobre a nossa geraç...

Kim: Presta atenção e desfaz essa merda!

Kanye fica pensativo, porque ele sabe que fala demais, apesar de concordar muito consigo mesmo, e  já que a Kim desligou o telefone, volta para o Twitter:


“Minha esposa acabou de me ligar e queria que eu deixasse claro pra todos: eu não concordo com tudo o que Trump faz. Eu não concordo 100% com ninguém além de eu mesmo.”

Após a publicação, abre sua conversa com a Kim no Telegram (ele prefere esse app ao Whatsapp, pela segurança de ter as mensagens deletadas instantes depois, sem riscos de vazamentos ou espionagens do Mark Zuckerberg): “Te amo como amo a mim mesmo. 😘”

Mensagem visualizada.

Tem Kanye West em dose dupla neste ano: rapper anuncia disco inédito e projeto com Kid Cudi

Depois de meses de silêncio sobre novos projetos musicais, Kanye West voltou para o Twitter para anunciar o lançamento de DOIS álbuns em junho desse ano.

Com uma sequência de posts "enigmáticos", ele ainda indicou que um dos discos será feito em parceria com Kid Cudi, em um projeto chamado "Kids See Ghost".
Kanye ainda aproveitou o embalo para anunciar as datas de mais dois álbuns da sua label, a GOOD Music. Ambos produzidos por ele, o disco do rapper Pusha T sai em 25 de maio, e o da maravilhosa Teyana Taylor em 22 de junho. Mr. West não brinca em serviço!


Foram quase 11 meses desaparecido das redes sociais até os tweets dessa semana, que além de trazerem novidades da carreira musical de Kanye, também foram a plataforma escolhida por ele para compartilhar pensamentos filosóficos. Aparentemente, tudo o que ele está compartilhando por ali vai fazer parte de um livro. Quem já quer entrar na lista de espera pra garantir a sua cópia?

Seja o mais transparente possível. Pare de definir as jogadas. Pare de jogar xadrez com a vida. Tome decisões baseadas em amor e não medo
Aliás esse é o meu livro que estou escrevendo em tempo real. Nenhum editor vai me dizer o que colocar onde ou quantas páginas escrever. Isso não é uma oportunidade financeira, isso é uma necessidade inata de me expressar.

Há um ano, Taylor Swift foi exposta por Kim Kardashian na internet



Nessa semana faz um ano desde que a internet foi quebrada por Kim Kardashian que, no dia 17 de julho de 2016, revelou um vídeo em que seu marido, o rapper Kanye West, conversava amigavelmente com Taylor Swift sobre a faixa “Famous”, do álbum “The Life of Pablo”, na qual ele afirma que a fez famosa e que eles deveriam fazer sexo por conta disso.

No vídeo, Kanye e Taylor conversam sobre a canção por telefone e, após ouvir o trecho em que o rapper sugere que os dois deveriam transar, a cantora de “Blank Space” afirma: “Eu acho que isso é uma coisa boa pra colocar na música. E, tipo, é um elogio”.

Kanye continua, afirmando: “Eu me importo com você, como pessoa e amiga, e quero fazer algo que te faça sentir bem. Eu não quero fazer rap que faça as pessoas se sentirem mal”. E ela responde: “Vá em frente com os versos que achar melhor (...) E eu realmente te agradeço por me contar isso. É muito legal [da sua parte]”.

Eu não acho que as pessoas ouvirão isso e pensarão ‘Ela deve estar chorando agora’”, continua Taylor. “Você tem que contar a história do jeito que ela aconteceu pra você, porque você não sabia quem eu era antes do ocorrido. Não importa que eu tenha vendido 7 milhões de álbuns antes do que você fez. O que aconteceu, aconteceu.  Você não sabia quem eu era antes disso. (...) Quando a música sair e me perguntarem, eu direi que você me ligou”, finaliza.

Mas a gente se lembra que a história não foi bem assim...



Quando o disco “The Life of Pablo” foi lançado, incluindo a parceria com Rihanna em “Famous”, Taylor Swift não disse uma linha sobre essa conversa com Kanye West, depois afirmando que gostaria de ser retirada de uma narrativa que nunca pediu para fazer parte.

Por meio de textos em suas redes sociais, a cantora foi firme em dizer que não sabia da existência da música, ainda que Kanye contasse o contrário, e, obviamente, teve sua versão acatada pela maioria, apenas reforçando todo o mal entendido que se estendia desde a premiação da MTV em que o rapper a interrompeu pra discutir sobre o privilégio branco e a perda de Beyoncé, que na época foi passada por Taylor Swift com o clipe de “Single Ladies” - one of the best videos of all time.

Com a exposição de Kim Kardashian, uma nova perspectiva foi dada para toda a história, que não anulava a misoginia por trás dos versos de Kanye West, mas acrescentava pontos sobre a forma como Taylor Swift usufruiu de seus privilégios ao colocar sua palavra acima do que realmente aconteceu, deixando que o rapper saísse como mentiroso e com o estereotipo do homem negro raivoso.

No Brasil, toda a história se transformou no meme que apresentou para o mundo Duny, de “Girls In The House”, e essa versão maravilhosa de “Keeping Up With The Kardashians”:



Ela é dissimulada essa garota.

Ouvimos o “4:44” do JAY-Z por várias horas e essas foram nossas primeiras impressões

Os rumores eram reais e, na última sexta-feira (30), o rapper JAY-Z lançou com exclusividade ao Tidal o seu novo disco, “4:44”. O álbum sucessor do “Magna Carta... Holy Grail”, é um verdadeiro livro confessional, no qual o marido de Beyoncé narra das vezes (sim, no plural) em que traiu a cantora aos problemas que teve com o seu amigo de longa data, Kanye West, abordando ainda narrativas sobre a forma como lida com o racismo e até mesmo a homossexualidade de sua mãe.

Das letras aos arranjos, “4:44” nos entrega uma experiência ainda mais complexa do que a oferecida pelo rapper em seu álbum anterior, contando com referências o suficiente para nos perdermos por algum tempo, o que só nos mantém ainda mais curiosos para ouvi-lo mais e mais vezes.

Abaixo, listamos alguns pensamentos que tivemos durante as primeiras vezes em que o escutamos.

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Kanye West está presente nesse disco


Apesar de JAY-Z e Kanye West estarem brigados, a influência do parceiro de Jay em “Watch The Throne” é perceptível do início ao fim do disco. A faixa de abertura, “Kill Jay Z”, inevitavelmente nos remete a “I Love Kanye”, do disco “The Life of Pablo”, o sample de Nina Simone em “The Story of OJ” é algo que Kanye West faria, o sample de Sister Nancy em “Bam” é o mesmo que o Kanye usou em “Famous” e por aí vai. Se não fossem as letras sobre ele, ‘Ye ficaria orgulhoso.



“The Story of OJ” é uma das músicas mais fodas desse ano, porque sim.


“Eu não sou um negro [qualquer], eu sou O.J.”, disse O.J. Simpson durante um de seus depoimentos enquanto era julgado pelo assassinato de sua mulher, em um dos maiores casos policiais dos EUA. A frase, por sua vez, foi o que permitiu que JAY-Z o associasse com essa faixa, na qual discute a forma como o racismo se mantém presente e violento na vida negra, independente da sua pele ser mais clara ou, como no caso de O.J. Simpson, você ser um negro famoso e milionário. “Negro claro, negro escuro, negro falso, negro real, negro rico, negro pobre, negro de casa, negro do campo, continuará sendo apenas um negro. Apenas um negro”, diz em seu refrão.

A música ainda traz um sample pontual de “Four Women”, da Nina Simone, na qual ela dá voz para quatro mulheres negras em tonalidades diferentes, demonstrando a forma como a escravidão deixou seus resquícios na vida de cada uma delas. Foda demais.

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O relacionamento dele com Beyoncé foi abusivo?


Da treta com Solange no elevador aos versos que fazem referência as agressões sofridas por Tina Turner em “Drunk In Love”, foram muitas as vezes em que o público se questionou sobre o relacionamento entre JAY-Z e Beyoncé ser abusivo em algum nível e, além das confissões sobre suas traições, o rapper dá margem pra que também interpretemos isso.

Na faixa “4:44”, um dos versos que nos chama a atenção é quando ele relembra que, no aniversário dela de 21 anos, pediu: “não me envergonhe”. Hoje ele se diz arrependido e afirma que deveria ter dito “seja minha”, mas toda a canção segue nessa narrativa em que ele fala sobre o quanto foi um macho babaca, para hoje reconhecer a mulher que tem ao seu lado. Nessa canção, ele também conta sobre quando ela descobriu uma de suas traições e se desculpa, inclusive, por abortos que ela teria sofrido em 2010 e 2013.

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...ok, precisamos lidar com o fato de que JAY-Z foi um homem babaca.


“Eu vou acabar com algo bom se você me deixar. Becky, me deixa em paz”? Meu cu, né JAY-Z. Se não bastasse o histórico narrado em “4:44”, na faixa “Family Feud” ele é ainda mais direto sobre as traições, agora fazendo menção a mesma Becky que também virou música com a Beyoncé em “Sorry”, do “Lemonade”, mas se colocando numa posição de vítima bastante incômoda para quem está ouvindo.

Cê foi lá transar sem ninguém te obrigar, sabendo que era marido da fucking Beyoncé. Não vem se fazer de inocente pedindo pra mina te deixar em paz, porque era você quem poderia ter dado um fim nisso antes mesmo de ter começado. Cuzão.



A sacada de “Moonlight” foi genial


Depois do soco de realidade na letra de “The Story of O.J.”, o racismo volta a ser pautado em “Moonlight”, uma reflexão sobre como a maioria se apega ao conformismo em meio aos pequenos avanços. “Nós continuamos em La La Land. Mesmo quando ganhamos, estamos perdendo”, diz em seu refrão.

A sacada fica para a relação com o último Oscar, no qual o drama LGBT negro “Moonlight” venceu o musical favorito muito branco “La La Land” e, mesmo com a estatueta da noite, teve seu momento marcado pelo anúncio confuso da premiação, que inicialmente deu o prêmio ao segundo filme. O que deveria ser histórico pelo filme vencedor, terminou lembrado pela gafe, fato que, de certa forma, ofuscou o brilho da produção negra.



Caralho, Blue Ivy, tu é muito esperta


Agora que Beyoncé teve gêmeos, Blue Ivy precisa se preparar pra dividir a maior fortuna do mundo com mais duas crianças, mas a menina é esperta. Na faixa “Legacy”, é ela quem começa perguntando, “papai, o que é um testamento?”. Quer menina mais esperta?

Falando sério, a letra fala sobre o legado que o rapper quer deixar para seus filhos e termina com um sample do Donny Hathaway, no qual ele profetiza: “Algum dia, todos nós seremos livres.”

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Dá vontade, não dá, Macklemore?


A gente bebeu muito mijo do Macklemore & Ryan Lewis pelo sucesso de “Same Love”, que trazia vocais da cantora bissexual Mary Lambert, abordando a relação homoafetiva, raramente discutida por artistas do hip-hop, e aqui está JAY-Z indo ainda mais fundo em “Smile”, na qual sua mãe é quem revela ser homossexual, da forma mais bela e inspiradora possível.

“Mamãe teve quatro filhos, mas ela é lésbica”, canta JAY-Z. “Precisou fingir por tanto tempo que se tornou uma atriz. Precisou se esconder no armário até ser medicada. Por vergonha da sociedade e da dor ser grande demais para aguentar. Chorei lágrimas de alegria quando se apaixonou, porque pra mim não importa se será ele ou ela, só quero te ver sorrir apesar de todo esse ódio.”

No final da faixa, é a própria mãe do rapper, Gloria Carter, quem recita um poema, no qual diz:
Vivendo duas vidas, feliz, mas não livre. Você vive nas sombras pelo medo de ferir alguém da sua família ou pessoas que você ama. O mundo está mudando e eles dizem que está na hora de se libertar. Mas você vive com o medo de apenas ser você. Viver nas sombras parece a forma mais segura de ser. Sem danos pra eles, sem danos pra mim. Mas a vida é curta demais, então é hora de ser livre. Ame quem você ama, porque a vida não está ganha. Sorria.

Dá o Grammy pra ela!

***


JAY-Z foi um puta babaca com a Beyoncé? Sim, ele foi. Mas, assim como ela fez em “Lemonade”, transformou todo esse transtorno em um dos seus melhores álbuns – e, felizmente, em um dos melhores álbuns desse ano – de uma forma em que não ficaremos surpresos se, assim como ela, conquistar o apreço critico como nunca antes – e, provavelmente, perder o Grammy para algum artista branco.

“4:44” é um disco que resgata a qualidade dos primeiros trabalhos de JAY-Z, com toda a maturidade artística que ele só poderia apresentar nos dias atuais, com o acréscimo do que absorveu ao longo de suas parcerias com artistas como Kanye, Beyoncé e até nomes mais novos do que ele neste jogo, como Frank Ocean e Kendrick Lamar.

É um disco sofisticado e agressivo, sutil e escandaloso, feito para ser amado e odiado. E, disponível apenas no Tidal, definitivamente, vale a audição.

Kanye West teve alta de clínica e já está em casa com sua família, diz site

O rapper Kanye West passa por um período conturbado e, na segunda-feira da semana retrasada (21), deu entrada numa clínica médica de Los Angeles, mas, de acordo com o site da revista People, o músico recebeu alta nesta quarta (30) e já está em casa, descansando.


Embora não tenha muitos detalhes, a publicação afirma que Kanye já está bem e na companhia de Kim Kardashian e seus dois filhos. Eles ainda contam que o dono de “Fade” continuará recebendo tratamento em casa, cuidando também dos seus problemas com estresse e necessidade de descanso e tempo para a vida pessoal.



Antes da internação, West estava em exposição por conta do último show da turnê Saint Pablo, que contou com um longo e confuso desabafo, no qual ele criticou grandes corporações e disse estar chateado com Beyoncé, que teria aceitado um prêmio da MTV em troca de uma performance na sua premiação.

Em meio às notícias, cerca de vinte shows que concluiriam essa turnê foram cancelados, até que os fãs receberam a notícia de que Kanye West estava hospitalizado.

Nós ficamos na torcida pra que o rapper consiga ter seu merecido descanso e, claro, se recupere o quanto antes de tudo o que vem passando.

Editorial: “What happened, Mr. West?”

Kanye West nunca foi um santo. O rapper, autointitulado Yeezus no seu disco lançado em 2013, protagonizou uma série de polêmicas que, de certo, merecem ser questionadas, como o episódio com Taylor Swift no MTV Video Music Awards 2009 e o lançamento de “Famous”, do seu mais recente álbum, “The Life of Pablo”, mas quanto mais sua imagem caminhou para essa personalidade midiática, mais seu comportamento foi afetado por todo o assédio.



Tudo aconteceu muito rápido na vida e carreira de Kanye. Seu disco de estreia, “The College Dropout” (2004), lhe rendeu seu primeiro Grammy (por ‘Melhor Álbum de Rap’) e, na mesma edição, ele conquistou os gramofones por ‘Melhor Música de Rap’ (“Jesus Walks”) e ‘Melhor Música de R&B’ (como compositor, por “You Don’t Know My Name”). O reconhecimento veio acompanhado de ainda mais espaço pra que fizesse a sua arte e, consequentemente, o seu nome. Assim, de College Dropout até aqui, Kanye acumulou invejáveis 21 prêmios Grammy. Mas algo neste caminho deu errado.

Sempre lembrado por sua música, o nome de Kanye West foi aos poucos se tornando sinônimo de polêmica e, apesar de muitas atitudes e declarações questionáveis, a imprensa e todo seu racismo e sensacionalismo teve uma grande culpa nisso. O rapper, para terem uma ideia, discutia no começo da carreira sobre a importância de desconstruirmos a homofobia no hip-hop, porque tinha um tio gay e nunca havia pensado no quanto era preconceituoso com a comunidade LGBTQ+, e pensar nisso hoje, nos faz questionar o que houve com The Old Kanye, como ele mesmo se refere em “I Love Kanye”, também do último disco.



O MTV Video Music Awards de 2009 talvez seja um importante divisor na carreira do rapper. Naquela época, Kanye West não discutia apenas a qualidade do videoclipe de Beyoncé (“um dos melhores clipes de todos os tempos. De todos os tempos.”), mas também o privilégio branco na indústria e, não só nessa edição da premiação, ele seguiu questionando publicamente sobre isso e o quanto esses tipos de eventos são desrespeitosos com os artistas. “Amanhã, essa arena estará completamente diferente”, disse no seu discurso de agradecimento no VMA de 2015. “Terá algum show, algo assim. O palco irá partir. Depois dessa noite, o palco irá partir, mas o efeito disso [o evento] nas pessoas permanecerá”. E permaneceu.

Do MTV Video Music Awards 2009 até as premiações atuais, é difícil pensar numa retrospectiva em que a emissora não tenha relembrado o triste episódio de Taylor Swift ao lado do lobo mau do hip-hop e, reforçando a memória, fizeram questão de colocar a cantora ao lado do rapper em 2015, dando na edição seguinte 15 minutos pra que ele fizesse exatamente o que desse na telha – ele escolheu um breve discurso, seguido da estreia de seu novo videoclipe, “Fade”.



A edição desse ano, entretanto, ganhou um novo capítulo há alguns dias, quando Kanye West afirmou, durante um show, que a emissora o confidenciou que Beyoncé ganharia o prêmio de ‘Vídeo do Ano’ por “Formation”, numa decisão que teria sido feita por ela, em troca de uma performance no palco da premiação. No show, que aconteceu no dia 17 de novembro, o rapper afirma: “Beyoncé, isso me machucou”. E explica que o problema sequer foi o prêmio, mas, sim, saber que ela aceitou isso, ciente de que acarretaria numa vitória sobre ele e Drake, que concorriam por “Famous” e “Hotline Bling”, respectivamente.

A imprensa, obviamente, amou a novidade. O que se viu por aí foram vários “Kanye West acusa Beyoncé de fraudar o VMA”. Mas só esqueceram de analisar o que ele contou como um todo, porque, sim, faz mais sentido do que gostaríamos.

Apesar do longo e confuso desabafo desse show, que aconteceu em San Jose, na Califórnia, o rapper estava focado em criticar grandes corporações. Ele gritou “Google mente pra vocês, Facebook mente pra vocês, as rádios mentem pra vocês”, em certo momento. E, sobre a premiação da MTV, afirmou que a emissora te deu essa notícia momentos antes dos seus “quinze minutos livres”, o que, se não fosse a satisfação em lançar seu novo videoclipe com tamanha exposição, poderia tê-los rendido outra grande polêmica para os próximos anos. Se Kanye falou a verdade, a MTV queria que ele confrontasse Beyoncé ao vivo, mas o que tiveram foi um sincero e bem humorado rapper, que afirmou no palco da premiação: “Nesta noite, ‘Famous’ deve perder para Beyoncé, mas eu não posso me chatear. Eu estou sempre desejando que ela vença, então tudo bem”.



No mesmo show, Kanye ainda pediu pra que Jay Z o ligasse, eles precisavam conversar como homens crescidos, e estranhamente deixou o apelo: “não mande seus homens atrás da minha cabeça, me ligue, você ainda não me ligou”.

A apresentação foi alvo de muitas críticas pelo público presente, visto que o rapper apresentou apenas duas canções, deixando o palco antes do esperado, e na sequência Kanye West cancelou o restante da turnê, que ainda contaria com cerca de 20 shows.

Todos esses acontecimentos já sugeriam: algo estava errado com Kanye. A confirmação veio mais tarde, quando o rapper deu entrada numa clínica em Los Angeles, para tratar o que afirmaram serem problemas com a privação do sono, exaustão e excesso de trabalho.

Mas o que está acontecendo com Kanye West?

Se relembrarmos o ano como um todo, o rapper já passa por essa fase conturbada há algum tempo. Em seu perfil no Twitter, foram muitos os desabafos, dos problemas financeiros, contando até mesmo com um inusitado pedido de empréstimo ao dono do Facebook, Mark Zuckerberg, às discussões com outros artistas, e se tratando da indústria, também não faltaram pensamentos, com críticas às premiações, emissoras e rádios, além do claro descontentamento em ver trabalhos como o seu e outros artistas negros serem desvalorizados nos meios de massa.


O final desse ano, entretanto, conseguiu ser ainda pior. No começo de outubro, Kim Kardashian foi feita de refém e assaltada em Paris, optando por dar uma pausa nas redes sociais, e no dia 10 de novembro, o rapper passou por mais um ano desde o falecimento da sua mãe, acontecimento esse que desencadeou seus problemas com a depressão e quase levou o músico ao suicídio entre 2010 e 2011.

Neste mesmo período do ano passado, Kanye se refugiava em sua música, visto que estava em estúdio, produzindo o que viria a ser “The Life of Pablo”, mas em turnê, rodeado por toda a exposição que acompanha a família Kardashian e seu reality show que não termina quando a TV desliga, a pressão foi maior do que poderia aguentar.

Assim como um de seus maiores ídolos, a lendária Nina Simone, Kanye West usa muito de sua música como uma válvula de escape para o que tem sentido e, no disco “The Life Of Pablo” especificamente, dedicou alguns versos ao momento que vinha passando.

Na música com The Weeknd, “FML” – uma sigla para “fuck my life” –, ele fala sobre as pessoas sempre esperarem que ele cometa algum erro grave o suficiente para foder com a sua vida. “Eles queriam que eu fosse em frente e fodesse com a minha vida, mas não posso deixar que me atinjam. E mesmo se eu sempre estiver acabando com a minha vida, sou o único que posso falar disso”, canta seu refrão. Na mesma música, o rapper também faz menção a um remédio que trata distúrbios mentais, como depressão e bipolaridade, afirmando: “Você nunca verá um cara tão louco quanto esse sem seu Lexapro”.



Em tom mais sarcástico, Kanye faz uma longa reflexão sobre sua carreira em “Feedback”:

Parece que quanto mais fico famoso, mais fico selvagem. Tenho perdido a cabeça há muito tempo, tenho perdido a cabeça há muito tempo. Venho dizendo como me sinto nos momentos errados. (...) Não posso deixar que essas pessoas brinquem comigo. Me diga um gênio que não seja louco.



E, fora do seu disco, também há uma contribuição de Kanye em “Reaper”, lançada por Sia no disco “This is Acting” (2016). A música, descartada pelo rapper e por Rihanna, foi composta aos poucos, por meio de notas e conversas entre Kanye, Sia e Rihanna, e faz um pedido pra que a morte não o busque enquanto estiver se sentindo bem:

Não venha atrás de mim hoje, estou me sentindo bem e quero aproveitar isso. Não venha atrás de mim hoje, estou me sentindo bem e me lembro de quando você veio para me levar embora. Eu estive tão perto dos portões do paraíso. Mas, querido, hoje não. Você tentou me derrubar e me seguiu como uma nuvem negra, mas, querido, não, hoje não.



Em “What Have They Done To My Song, Ma”, originalmente lançada pela americana Melanie Safka, Nina Simone lamenta para sua mãe os efeitos da indústria em sua música, alma e mente. “Eles mexeram em minha mente como se fosse um pedaço de frango e agora acham que eu estou louca, mãe, olha o que fizeram comigo”. E apesar dessa não ser uma das muitas músicas da cantora reutilizadas por Kanye West, é possível associá-la bastante ao músico.

De Britney Spears à Amy Winehouse, foram muitas as vezes que os fãs da cultura pop tiveram a decadência de artistas famosos como seu entretenimento, e a imprensa aprendeu da pior forma possível o quanto isso pode ser lucrativo, então não deixará o nome do rapper em paz tão cedo. Mas no meio de toda essa realidade, na qual propagar o ódio tem parecido cada vez mais interessante, é importante ressaltar a necessidade da empatia e bom senso num momento como esse, em que não é preciso gostar ou admirar o artista para minimamente respeitar não apenas ele, mas todos que sofrem com algum desses distúrbios.

A reação contraditória das redes sociais, que comemoraram, afirmando que ele “está tendo o que merece”, é apenas mais um dos motivos pelos quais tantas vidas são perdidas, visto que muitas pessoas se tornam resistentes à pedir ajuda, temendo a mesma falta de consideração.

Nas palavras do próprio rapper: “we still love Kanye”. E estamos na torcida pra que ele se recupere dessa o quanto antes.

***

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 10% da população mundial possui algum distúrbio de saúde mental, e, apesar de ainda haver muito o que percorrer, esse é um assunto que tem sido cada vez mais debatido e desconstruído. Se você acredita lidar com algum transtorno mental, não hesite em procurar ajuda médica.

Pelas redes sociais, também recomendamos o maravilhoso trabalho do CVV (Centro de Valorização da Vida), que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio por meio de atendimentos gratuitos por seu site oficial, telefone, Skype e, presencialmente, em seus postos físicos.

Lady Gaga fala sobre Kanye West: “Eu te apoio e te amo, irmão, posso ver sua coragem”

A hospitalização repentina de Kanye West, após o cancelamento de todos os shows da turnê Saint Pablo, continua sendo assunto e, se existe um consenso sobre essas discussões, é de que transtornos mentais não devem ser motivos para piadas ou quaisquer outros tipos de brincadeiras.

Lady Gaga, com quem o rapper se desentendeu em 2009, resultando no cancelamento da turnê conjunta Fame Kills, se manifestou sobre os últimos acontecimentos com seu nome pelo Twitter e, da forma mais sensata possível, pediu pra que o público fosse amável e gentil.

“Não é engraçado brincar sobre a possibilidade de ninguém ter ou não transtornos mentais, esse é um momento sensível para muitos”, disse Gaga. “Vamos ser gentis e amorosos.”

Como o assunto da declaração não havia ficado claro, a cantora de “Million Reasons” continuou:

“Embora eu não concorde com tudo o que ele faz, espero que o público mostre compaixão e amor por Kanye West e uns aos outros. Um amor. Uma raça”, e completou: “Kanye, eu te apoio e te amo, irmão, eu vejo sua bravura e coragem em parar essa turnê para cuidar de VOCÊ. Você é um ÓTIMO artista.”

Que fofa!

A cantora Janelle Monáe foi outra artista que comentou sobre o rapper, afirmando pelo Twitter:

“Orando por Kanye. Orando pra que ele tenha as energias certas ao seu redor nesse momento. Enviando paz e amor.”

Kanye West foi hospitalizado na noite da última segunda-feira (21) para “sua própria segurança e saúde”, de acordo com a NBC. Os principais veículos da imprensa americana reportaram que tentaram diversos contatos com a equipe do rapper, mas não tiveram qualquer retorno com maiores informações.  

Aparentemente, Kanye West acabou de ser hospitalizado à força

As coisas não estão bem para Kanye West.

Os últimos dias foram turbulentos para o rapper de “Ultralight Beam” e, segundo veículos da imprensa americana, ele foi hospitalizado na noite dessa segunda-feira (21), após o que deveria ser uma consulta de rotina.

Como contam as fontes do tabloide TMZ, Kanye recebeu um de seus médicos para tratar seus problemas com o sono, entretanto, decidiram que ele precisava ser internado e, contra a sua vontade, o rapper foi levado por uma ambulância em Los Angeles.

Na NBC, também afirmaram que sua hospitalização foi para o “bem da sua própria saúde e segurança”, além de confirmarem que nenhuma atividade criminosa foi reportada.

A triste notícia chega após o cancelamento de todos os shows da turnê Saint Pablo, que teve sua última apresentação marcada por um confuso desabafo, no qual Kanye demonstrou sua insatisfação quanto aos negócios que acontecem por trás da indústria musical, com menções à Beyoncé, Drake, Jay Z e DJ Khaled.

No mesmo desabafo, o rapper também pediu pra que Jay Z o telefonasse, pois queria que resolvessem suas pendências conversando, e, após afirmar que estava contando coisas que poderiam custar sua vida e sucesso, pediu pra que seu parceiro do disco “Watch The Throne” não mandasse pessoas “atrás de sua cabeça”.



Há anos, Kanye West luta contra a depressão e, após o falecimento de sua mãe, chegou a tentar suicídio. Em várias entrevistas, o rapper falou sobre a importância da amizade de Jay Z e Beyoncé durante esse período, além da contribuição de Kim Kardashian, que naquele tempo foi não só sua amiga, mas também confidente e conselheira.

Até o momento, o rapper ou sua equipe não se pronunciaram sobre a suposta hospitalização, mas, assim que houver mais informações, atualizaremos a postagem aqui no blog.

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