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Jonas Brothers lança “The Álbum” com influência dos anos 70 e fãs comemoram com festa em SP

Nick, Joe e Kevin juntos são os Jonas Brothers! A banda americana, formada pelos três irmãos, lançou na última sexta-feira (12) seu mais novo álbum intitulado "The Album", disco inspirado nos anos 70.

Após um longo hiato de 6 anos (2013 a 2019), Jonas Brothers fizeram um comeback com o álbum "Happiness Begins". No entanto, a alegria dos fãs durou pouco e, logo em seguida, entraram em novo hiato que durou até 2022, engavetando projetos de álbuns. Contudo, eles prometeram que 2023 seria um grande ano para o trio e cumpriram: álbum novo e anúncio de turnê nos Estados Unidos (por enquanto).

Eles com certeza marcaram a infância e adolescência de muita gente. A banda pop iniciou sua carreira no começo dos anos 2000, mas foi ganhar notoriedade com sua aparição no Disney Channel. "The Album" é o sexto álbum de estúdio da banda e segundo os meninos "o melhor trabalho de suas carreiras".

E o novo trabalho dos irmãos Jonas chegou com tudo, arrebentando as paradas mundiais com os singles "Wings" e "Waffle House". Atualmente, a segunda faixa título está em #88 no ranking da Billboard, seguindo os passos do lead single "Sucker", do álbum anterior, que atingiu o top 1 em vários países do mundo. Além disso, o "The Album" debutou em #2 no iTunes Brasil, ficando atrás apenas de um álbum da Rita Lee. Ele ainda conta com a participação do renomado produtor Jon Bellion (Justin Bieber, Maroon 5 e Halsey) e possui referências ao trio australiano Bee Gees.


Enquanto a turnê não passa pelo Brasil, para comemorar esse lançamento dos irmãos favoritos da indústria musical, a Fandom Experience está promovendo a Jonas Brothers Party. Relembre a discografia completa desde o início da carreira até o "The Album" e curta essa noite incrível como um verdadeiro fã com direito à rodada de waffles durante "Waffle House"! Você não vai querer perder essa, né?

Jonas Brothers Party acontece sábado, 13 de maio na Rua Augusta, 591 a partir das 22h. Ingressos estão disponíveis no Sympla.

Demorou, mas chegou: Taylor Swift “fala mesmo” e finalmente anuncia a regravação de “Speak Now”

Durante o primeiro de 3 shows de Taylor Swift com a "The Eras Tour" na sua cidade natal Nashville, no bloco do álbum "Speak Now" a loirinha fez todo mundo surtar com o anúncio da tão aguardada regravação do álbum para o dia 7 de Julho deste ano, seus fãs já vinham pedindo por isso nas redes sociais desde que ela anunciou que regravaria seus seis primeiros álbuns.

A postagem em seu Instagram em menos de 24 horas bateu +8.1M de curtidas, superando assim o anúncio do álbum "Midnights".


"Speak Now (Taylor's Version)" se junta ao "Fearless (Taylor's Version)" e "Red (Taylor's Version)", faltando assim três álbuns para serem regravados, sendo eles "Taylor Swift", "1989" e "Reputation" até que ela conclua esse projeto. As regravações contam com as faixas originais e faixas inéditas, cujo título conta com "From The Vault".

Aos 13 anos, Taylor assinou um contrato com a gravadora Big Machine Records com a duração de 13 anos. Entre 2006 e 2017 ela lançou músicas e 6 álbuns de estúdio sob o selo da gravadora, e quando o contrato chegou ao final, a cantora fez uma proposta para comprar os masters de suas músicas, ou seja, as gravações dos seus seis discos, e assim ter controle total sobre seu trabalho. Acontece que a gravadora não quis vender para a cantora os direitos, mas os vendeu para Scooter Braun. Após muita conversa um acordo foi feito e Taylor anunciou que para adquirir os direitos sobre seu catálogo, teria que regravar todos os seus álbuns e relançá-los com a adição do título “Taylor’s Version”.

Ansiosos para ouvir as músicas desse álbum incrível?


Texto por Ana Carolina Germano 

Com referências aos anos 80, McFly lança clipe para “God of Rock & Roll” e manda recado para fãs brasileiros

A banda inglesa McFly lançou nessa quarta-feira (26) o single "God of Rock &Roll", com direito a clipe oficial e muita inspirações em bandas de rock dos anos 80. A faixa faz parte do álbum "Power To Play", que conta com uma turnê agendada pelo Reino Unido.

Com um clipe divertido cheio de neon e solos de guitarra, podemos perceber na música influências de bandas de Glam e Hard Rock.

A banda inglesa esteve em alta em 2004, e em 2016 entrou em hiato (por aqui temos medo dessa palavra), mas no ano de 2019 anunciaram um comeback marcante com um novo álbum e uma turnê mundial. 

Além da faixa lançada na última semana, McFly já disponibilizou outra faixa do próximo álbum da banda, a "Where Did All the Guitars Go?", mostrando que podemos esperar muito rock e guitarras eletrizantes para o "Power To Play". 

Fãs brasileiros de McFly podem ficar felizes, além do lançamento dos singles, a banda inglesa encaminhou um vídeo exclusivo convidando fãs e todos para mais uma festa da Fandom Experience, a McFly Party, que aconteceu na último sexta-feira (21) em São Paulo:

O quarteto formado por Tom Fletcher, Danny Jones, Dougie Poynter e Harry Judd tem lançamento de álbum novo marcado para junho. A banda, que já é conhecida pelo seu carinho com o fandom brasileiro, manda recado falando de uma possível turnê. 

Será que já podemos esperar os meninos em solo brasileiro? Acreditamos que o vídeo gravado para uma festa nacional nos dá muita margem pra sonhar, hein?

“Depois do fim”, tem Lagum: banda mineira lança álbum visual em nova fase da carreira

A banda mineira Lagum lançou nessa sexta-feira (14) o seu quarto álbum, “Depois do fim”, após uma pré-exibição gratuita para alguns fãs em Belo Horizonte. 

O disco traz uma nova cara com músicas mais reflexivas e melancólicas, com letras sobre términos de relacionamento. Diferente do que a banda vinha fazendo anteriormente, onde suas letras tinham como tema principal o positivismo.

"Depois do fim", traz em suas faixas influências da bossa nova e do jazz, com inspirações como João Gilberto e Frank Sinatra. 

Sobre o novo disco a banda falou:
“A narrativa dele [o disco] começa a partir do fim de um relacionamento [...] Mas o ponto chave da narrativa desse disco é depois do fim como um recomeço. [...] Ele é um mergulho pra dentro de si. É como enfiar a cabeça de baixo d’agua, lá no fundo e ir subindo de novo para respirar de novo em outros ares."
Além da nova sonoridade, o álbum traz mais uma novidade, ele será um álbum visual, nunca feito antes pela banda.

Lagum mostra uma nova fase com um som totalmente diferente do que os fãs estão acostumados a ouvir da banda até aqui. Segundo os meninos, vocês vão amar ou odiar! Não é um álbum de meios termos.

A banda também lançou recentemente o EP "Fim", que conta com 3 faixas, já trazendo essa nova fase musical. Do EP, somente a música "Ponto De Vista" fará parte do novo álbum.

Mas as novidades não param por aí, a banda anunciou também uma nova turnê, que passará por todo o Brasil e algumas partes da Europa. Alguns shows já foram divulgados e estão com ingressos à venda.

 
Texto por Mariana Citron e Aline Brotto

Agnes lança seu "Magic Still Exists" provando que o revival da Disco ainda não acabou!



Ganhadora do programa “Ídolos” da Suécia em 2005, Agnes volta a música após 9 anos em hiato. Seu poderoso e cintilante “Magic Still Exists” emana o poder da liberdade por meio do hedonismo e da psicodelia da disco music dos anos 70. 

“Fingers Crossed” foi seu primeiro single lançado ainda em agosto de 2020, que já nos dava um gostinho do que vinha por ai!


Trazendo influências de Donna Summer, Grace Jones, CHIC, Boney M. e até seus conterrâneos do ABBA, “Magic Still Exists” propõe reflexões existenciais, como a liberdade do corpo, da alma e do gênero e até nossa busca incessante por algo superior que nos conduza. 


Com pouco mais de 35 minutos, o LP possui 4 interlúdios que servem de sons psicodélicos a verdadeiros mantras, conectando perfeitamente uma música a outra e tornando indispensável qualquer segundo da obra. 

as referências a Grace, TU-DO! cê também catou?!

Ano passado tivemos o grande revival da Disco  com Dua Lipa e seu estrondoso “Future Nostalgia”, Kylie Minogue com seu delicioso “DISCO” e o majestoso taça-de-gin-dançando-na-sala; “What’s Your Pleasure?” de Jessie Ware. Agora, Agnes volta mostrando que ainda há muito o que ser explorado no gênero que fomentou a música pop e o conceito das pistas de dança.

FREE YOUR MIND AND FREE YOUR BODY!


Com "Faking Love", Anitta avança no seu projeto de exportação do funk para o mundo

 


Nesta quinta-feira, Anitta deu mais um passo na divulgação do seu futuro álbum de estúdio, “Girl From Rio”, com o lançamento de seu novo single, a faixa “Faking Love”, parceria com a americana Saweetie. 

Aliás, quanto à Saweetie, vale mencionar que a rapper, apesar da carreira recente, já conta com alguns sucessos na indústria fonográfica americana, muito graças ao seu bom desempenho com o público jovem em apps de dancinha, vide faixas como “My Type”, “Tap In” e “Best Friend (feat. Doja Cat)”, que alcançaram respectivamente as posições #21, #20 e #14 na Billboard Hot 100. E você aí achando que a Sassa não era famosa!

Além disso, a rapper também foi a primeira artista a colaborar com as Little Mix em sua nova formatação, agora como trio, na regravação da faixa “Confetti”, o que demonstra o bom senso natural e um feeling primoroso da gatinha para escolher parcerias (espero que o shade não esteja muito pesado). Por fim, visando afastar quaisquer questionamentos quanto à fama de Sassa, vale mencionar que, mesmo antes da parceria com a Anitta, Sawee já possuía uma carreira no Brasil, sendo bastante conhecida pelo hit “Lesgo”

Mas... esse não é um post sobre a carreira da Saweetie, então bora pro feat!

Com produção de Ryan Tedder, que tem um milhão e trezentos hits, Andres Torres e Mauricio Rengifo, nomes por trás de “Despacito” e “Me Gusta”, “Faking Love” é o terceiro single da era “Girl From Rio”, sendo, contudo, o primeiro deles a investir diretamente no funk como gênero central da produção. Aqui, um parêntese, ainda que “Me Gusta” também apresentasse alguns elementos do funk carioca fusionados ao pagode baiano e que “Girl From Rio” tenha ganhado um remix do Troyboi, no qual o funk foi incorporado à produção da música, esta foi a primeira vez que o funk veio como elemento central e facilmente identificável dentro de um single internacional da cantora. 

Claro que “Faking Love” chega como uma introdução do gênero ao mercado americano, sendo, portanto, um funk mais “clean”, sem muito barulho, sem muito grave, nem mesmo muita aceleração, afinal, como a própria Anitta já disse, não dá pra chegar lá fora e entregar de cara um funk 170 bpm, é preciso vencer por etapas, adotando uma fórmula mais radio-friendly, pro pessoal ir se acostumando com a sonoridade primeiro. E aqui está o provável grande acerto de “Faking Love”, ser um funk melody!

O funk melody é um subgênero do funk carioca, que conta com uma batida mais suingada e letras menos explicitas (mas nem sempre), que costumam retratar aspectos da vida e/ou relacionamentos amorosos, aumentando também a margem de identificação com o público. Aliás, o funk melody também teve um papel fundamental na popularização do funk carioca no próprio Brasil, servindo de base para carreiras de muitos artistas, inclusive da própria Anitta, que agora repete a fórmula lá fora, claro que com as  adaptações necessárias a esse tipo de investida. 


Inclusive, como boa poderosa, empresária, foda e milionária, Anitta planejou o lançamento com bastante cuidado, incluindo os versos de uma rapper para criar aproximação entre o ritmo brasileiro e o público americano, além de investir em uma composição que, além de falar muito sobre o próprio jeito da artista, reflete valores compatíveis com uma visão de mundo mais atual, apresentando a narrativa de uma mulher que, rompendo com as expectativas mais tradicionais, não sofre prelo final de um relacionamento, já que suas conquistas são maiores que um relacionamento, sendo muito fácil deixar o boy ir!

Também merece destaque o registro visual do lançamento, dirigido pelo duo de diretores Bradley & Pablo, responsáveis, dentre outros, pelos vídeos de “Aute Cuture” da Rosalia, “2099” da Charli XCX, “Electricity” do Silk City e Dua Lipa, “React” das PCD e “Watermelon Sugar” do Harry Styles, o que evidência, além da versatilidade dos diretores, o comprometimento da brasileira em entregar um trabalho tecnicamente competitivo no mercado internacional. 

Também é interessante apontar, dentro do clipe de “Faking Love”, a utilização de alguns elementos apreciados pela cultura pop e que podem interferir positivamente no desempenho de uma música, como a presença de uma coreografia replicável, principalmente em tempos de TikTok, e os visuais da própria artista. No caso de “Faking Love”, os looks utilizados pela cantora acabam funcionando como um reforço de imagem para a identidade visual que artista pretende trabalhar, sendo relativamente fácil associar cada look a um traço da persona Anitta, seja a sensualidade no look bege, a força no dominatrix, a “meiga” do vestido branco, a poderosa no dourado e a latina no look da coreografia, evidenciada, principalmente, pelos brincos, penteado e blusa (que a título de curiosidade é da shein e custa 33 reais! Lenda fashion que continua acessível mesmo após o MET!). 

Por fim, vale mencionar também que, segundo a própria Anitta, tanto “Faking Love” quanto os singles anteriores, “Me Gusta” e “Girl From Rio”, não foram lançadas com a intenção de serem grandes sucessos, mas sim músicas de qualidade que pudessem compor um material de base para a criação da identidade da cantora no mercado americano, preparando o terreno para o lançamento do quarto single, esse sim, a grande aposta de hit do álbum! Vem aí!  






REVIEW: Lil Nas X nos convida a mergulhar no infinito complexo e particular de MONTERO

 

Aos 22 anos de idade, a maioria das pessoas pode não ter vivido muita coisa. Mas Lil Nas X de fato já viveu. Foi ainda aos 20 que, ao lado de Billy Ray Cyrus em “Old Town Road”, ele quebrou recordes da Billboard Hot 100 e passou 19 semanas no topo da parada dos Estados Unidos. Homem, negro e gay, Montero Lamar Hill teve um começo de carreira tão grandioso e histórico que dificilmente passaria batido. E o cantor, nascido e crescido no estado da Georgia, embarcou de vez no mainstream e logo teve os olhos ofuscados pelos holofotes da mídia e da indústria.

Se engana você que acha que de lá para cá as coisas foram fáceis. Lil sempre adotou uma postura autêntica e destemida ao falar sobre sua sexualidade de forma aberta e orgulhosa, se tornando um dos símbolos da nova geração de artistas LGBTQIA+.. Até que em março deste ano ele lançou “MONTERO (Call Me By Your Name)”, como lead single de seu debut álbum, e abalou as estruturas do pop.

As polêmicas foram imensas, dignas das grandes divas pop. As diversas referências a ícones e símbolos religiosos o fizeram persona non grata entre os conservadores. A Igreja Católica criticou. O mundo pop não só amou, mas elevou as expectativas sobre o que o artista estaria preparando para seu disco de estreia. Estetica e conceitualmente, já era claro que esse seria um dos destaques de 2021. Batizado de “MONTERO”, o disco quase homônimo prometia trazer um Lil Nas X independente, empoderado e livre das amarras que eventualmente poderiam o ter prendido quando ainda engatinhava (com muita cautela) e conhecia essa indústria por vezes tão ingrata.

Mas o que se viu – ou melhor, se ouviu – a partir da última sexta-feira, no entanto, foi revolucionário, extremamente vulnerável, pessoal e autêntico. Com 15 músicas - quatro delas em parceria com outros artistas, como Miley Cyrus, Doja Cat e Megan Thee Stallion, além da já lançada com Jack Harlow - MONTERO nos leva a uma jornada de vulnerabilidade, orgulho e inconstância sobre o que é ser Lil Nas X, mas mais do que isso: também expressa os sentimentos de uma geração confusa, insegura e que não tem certeza alguma de como será o dia de amanhã. 

Sem mais delongas, confira abaixo a nossa análise faixa a faixa do disco que conquistou nossos corações:

"MONTERO (Call Me By Your Name)"

O smash hit lançado em março e que abriu as portas da era Montero também é competente em abrir o disco. Aqui, Lil Nas X dá um pequeno spoiler do que vem nos próximos 38 minutos de disco. Melódica e liricamente, o artista ainda não entrega todo seu potencial logo de cara, mas nos convida a entender o mundo a partir do seu ponto de vista. Assim como seu nome de batismo, MONTERO apresenta um Lil Nas X se entregando aos socialmente ditos “pecados da carne”, enquanto na verdade aceita e abraça a própria sexualidade. Sem amarras, muito menos culpa.

"DEAD RIGHT NOW"

As intenções do artista ficam mais claras aqui. Nem só de prazeres e aceitações se vive em MONTERO. DEAD RIGHT NOW traz um flow mais lento e intimista que diminuiu o ritmo do disco e dá destaque ao rap do Lil Nas X de hoje que relembra um passado anterior ao de “Old Town Road”, abrindo o coração ao falar sobre todos que duvidaram de seu potencial na música e que, depois de seu sucesso, voltaram a aparecer como se nada tivesse acontecido. Ele também revela a complicada relação com a mãe, que ao beber o agredia. A faixa dois é um recado para essa galera: quem não o apoiou no passado não tem espaço no seu presente.  

"INDUSTRY BABY (feat. Jack Harlow)"

“And this one is for the champions”! Em INDUSTRY BABY, Lil Nas X sabe que venceu. Depois de tantos dias de luta depois do dilúvio, o artista acumula dois hits número 1 da Billboard, conquista fãs ao redor do mundo e se destaca como um dos maiores nomes do pop (e do rap) da nossa geração. A co-produção de ninguém menos que Kanye West, ao lado do duo Take a Daytrip, complementa com perfeição a letra já poderosa, tornando a faixa grandiosa com riffs e trompetes.

"THAT’S WHAT I WANT"

Assim como todas as outras faixas do disco, a quarta traz um sentimento pessoal de Lil Nas X: a solidão e o consequente desejo de amar e ser amado. Sentimentos também universais e atemporais, mas que ganham relevância ainda maior encaixados em um contexto ainda pandêmico, incerto e inconstante. No final do dia, Lil nos representa ao traduzir em palavras aquilo que temos sentido há tanto tempo. Tudo isso sob uma melodia extremamente radiofônica. Te lembrou algo? Que tal dar uma relembrada em “Hey Ya”, do Outkast?

"THE ART OF REALIZATION"

Única interlude do disco, THE ART OF REALIZATION é essencial para respirarmos e entendermos o que vem pela frente. Aqui, diferente de interludes como as de Chromatica, por exemplo, o destaque vai para um pequeno poema em que Montero se pergunta se tem caminhado na direção certa – mesmo assumindo não ter uma direção.

"SCOOP (feat. Doja Cat)"

Direto e reto, SCOOP repete o mood do lead single do CD agora em uma sonoridade que remete facilmente a algum hit de Drake. Na faixa mais narcisista do disco, Lil Nas X desconstrói as ideias de “THAT’S WHAT I WANT”. Ele está focado em cuidar do corpo e, basicamente, continuar sendo um grande gostoso enquanto aproveita a vida de acordo com seus prazeres pontuais. Ele é claro: não quer conversinha, ele só precisa do cara durante a noite. A participação de Doja Cat, apesar de tímida, é certeira e complementa bem a música. Há quem diga que um feat desses merecesse mais. Mas SCOOP serve uma mescla equilibrada entre o pop e o rap, é gostosa e leve de ouvir e tem tudo para bombar em challenges daquele app que-não-podemos-nomear.

"ONE OF ME (feat. Elton John)"

O encontro de dois ícones LGBTs de gerações diferentes serve uma das músicas mais íntimas e profundas do disco, e inicia de vez o bloco mais “pop” do disco. Mesmo depois de se orgulhar do tanto que conquistou na música e de abraçar e se jogar em seu próprio eu, Lil se mostra vulnerável por ter que seguir se provando em uma indústria machista, homofóbica e racista que sempre o subestimou. Uma música sem dúvida grandiosa, cujo piano de Elton John dá um toque especial. Deixando, no entanto, um gostinho de quero mais.

"LOST IN THE CITADEL"

Auge do pop no disco, aqui o cantor abraça a guitarra e se joga na atual tendência emo, optando por se inspirar no pop rock dos anos 80 enquanto entoa uma letra que fala sobre o fim precoce de uma relação que tinha tudo para dar certo. Mais uma vez, o hitmaker deixa claro seus sentimentos e declara luto, assumindo que precisa de um tempo para se reerguer enquanto segue chorando e relembrando o início de tudo. Quem nunca?

"DOLLAR SIGN SLIME (feat. Megan Thee Stallion)"

Rap chiclete e beat envolvente compõem a nona faixa do disco. Sem vulnerabilidade alguma, Lil Nas X se une a Megan Thee Stallion e com uma autoconfiança gigante repete o que ele já tinha falado em lá em cima: “Eu sou o momento e eles vão ter que me engolir”. Outro hit pronto e certeiro para bombar no app de dancinhas.

"TALES OF DOMINICA"

“Back to Black”, a faixa 10 diminui mais uma vez o ritmo do disco, volta a destacar o violão e os sentimentos mais confusos do nosso anfitrião. Aqui, ele mais uma vez escancara sua vulnerabilidade, relatando como é difícil encarar o passado conturbado que marcou sua história. Em mais uma letra que aumenta o nível de suas composições, Nas X é transparente e assume: nenhuma fama, dinheiro e sucesso no mundo vai apagar de sua memória o que já passou.

"SUN GOES DOWN"

SUN GOES DOWN não foi a música que mais chamou a atenção do editor que vos escreve quando foi lançada no final de maio. Com uma letra indiscutivelmente forte, a faixa ganha destaque e qualidade dentro do contexto do álbum. Apesar de ter uma melodia radiofônica, simples, animada e extremamente agradável aos ouvidos, o single promocional aprofunda sua visitação a uma época em que o bullying corroía sua autoestima e confiança como um jovem gay e negro no sul dos EUA. Dor essa que inevitavelmente faz parte de sua história.

"VOID"

Mas é em VOID que Lamar Hill alcança o máximo de sua melancolia. Definitivamente a mais sentimental do disco, a 12ª música é um mergulho no vazio existencial do próprio autor em busca de cura. Versos poderosos como “Eu acho muito difícil conseguir, muito difícil viver. Me conte o que você sabe, agora antes que eu me vá”. A faixa mais longa da jornada homônima do nosso astro chega a ser curta tamanha intensidade, profundidade e complexidade de seus sentimentos. Um depoimento pessoal e extremamente íntimo que de alguma forma se encaixa a mais um sentimento que a maioria de nós experimentou nos últimos meses.

"DON’T WANT IT"

Depois de tirar a máscara e mostrar sua insegurança nua e crua, Lil Nas X aborda a solidão de uma nova forma. Agora, ele busca a cura. Ou ao menos fazer as pazes com seus fantasmas (do passado e do presente). Em meio a faixas tão memoráveis, pessoais e intensas, a 13ª é uma das menos relevantes. Mas acerta em conduzir-nos à última parte da viagem por MONTERO.

"LIFE AFTER SALEM"

Na mera opinião deste editor, a penúltima música entrega uma das sonoridades mais carregadas do álbum - e isso é uma coisa ótima. A estética emo mais uma vez fica clara com as guitarras (o solo que começa aos 2:40 é de arrepiar), e o ritmo do disco começa mais uma vez a cair. Os vocais de Lil ganham destaque anunciando o fim próximo, enquanto o cantor se entrega mais uma vez à vulnerabilidade de um amor que não correspondeu às expectativas e praticamente clama: “Por que você só não pega o que você quer de mim?”.

"AM I DREAMING (feat. Miley Cyrus)"

Apoteótica e surpreendente, AM I DREAMING parece ter sido propositalmente idealizada, escrita e produzida para fechar o álbum. A presença de Miley Cyrus não poderia ser menos óbvia. Fugindo do lugar comum, a última música aposta nos vocais e nas cordas para deixar clara uma mensagem do autor de que nunca esqueçamos de quem ele é e do que conquistou nessas condições. Recado dado. Depois de uma jornada dessas, vai ficar difícil esquecer quem é Montero Lamar Hill. 

***

MONTERO é grandioso. Não apenas por suas composições, muito menos somente por suas melodias e beats de alto nível. É que o disco nos convida – e realmente nos guia – a uma viagem sobre o passado, o presente e o possível futuro do artista. Viagem essa paradoxal e complexa, pois sonoramente Lil Nas X se apresenta durante o percurso como um artista multifacetado e que explora com sucesso e conforto diferentes ritmos e vibes. Liricamente, também é um disco complexo, de altos e baixos, sem medo de dizer o que pensa e sente, nem de expurgar seus maiores demônios e até mesmo dançar com os mesmos.

Corajoso e ousado, o cantor não só se mostra vulnerável, inconstante, empoderado, carente, feliz, melancólico, orgulhoso ou magoado, mas nos faz sentir da mesma forma: mergulhando em seu infinito particular de uma forma igualmente intensa e autêntica.

Mais do que nunca vivemos um período de incertezas e inconstâncias, dias felizes seguidos de dias horríveis. Melancolia mesclada à esperança, e desesperança mesclada ao orgulho de ser quem somos. O debut do americano é sobre a complexidade e a inconstância dos nossos tempos a partir de uma visão pessoal e única. E se ele acha que tinha algo para provar com o disco, pode considerar a missão concluída.

Ele já mostrou que é o momento. MONTERO é o maior ato pop, hip-hop e rap de 2021. E esse título dificilmente estará aberto a discussões nos próximos meses.



Chameleo rasga o verbo e dá um ultimato ao boy em "Pendejo", primeiro single de sua nova era

Iniciando com o pé direito sua nova era, Chameleo lançou nesta quarta-feira "Pendejo", seu primeiro single solo em 2021. Sem deixar pedra sobre pedra, o artista apostou em uma letra que basicamente fala sobre assumir e aceitar os sentimentos que você tem por uma pessoa.

Mas se engana você se na mesma hora pensou em uma letra clichê sob uma simples balada. Chameleo abusa de sonoridade eletrônica mais densa, tão em alta na cena pop alternativa do Brasil e ainda manda um recado no refrão totalmente em espanhol: "Chinga tu madre pendejo. Estoy cansado de darte consejos. No quiero dinero, solo que seas sincero conmigo". Essa é especialmente praquele boy que tempera, tempera, e no final só te enrola. Já diria Regina Rouca: Se liga, hein?!

A estética da capa de "Pendejo" também mantém o nome de Chameleo entre um dos mais inovadores e esteticamente relevantes da cena musical brasileira. Os responsáveis são a dupla de fotógrafos MAR+VIN, que também vão cuidar de todo o conceito imagético do debut album do artista - cuja previsão de lançamento é ainda neste semestre. Vem muito close por aí!

Enquanto não temos esse disco na nossa mesa, vamos de ouvir e repetir o esse spoiler muito bem servido.

Chlöe Bailey estreia solo com o pé direito servindo a certeira "Have Mercy"

 


Depois de muita expectativa gerada, Chloe Bailey lançou na madrugada de hoje seu primeiro single solo oficial, "Have Mercy". Para a felicidade geral dos já fãs e entusiastas da bonita - que há alguns anos já vem dado o nome ao lado da irmã, Halle - o lançamento já veio acompanhado de um clipe, que é pra gente não passar vontade!


Abusando da sonoridade urban, em especial o trap, a novidade traz uma Chloe ciente, segura e confiante do poder de si mesma diante do boy. E se a música já emana toda essa energia, o clipe apenas a fortalece. Além de deixar a gente muito ansioso pra saber quais os próximos passos a irmã de Halle planeja dar.

Isso porque já de cara dá para perceber que o vídeo serve um combo completo para os fãs de pop: looks baphos, dança, estética, beleza e conceito. Na história contada pelo clipe, ao contrário do que o nome da própria música diz, Chloe não tem dó nenhuma de usar seus atributos como isca para "congelar" suas vítimas. Ela sabe que venceu!

Sem mais delongas, ouça, assista e se deleite com a estreia solo de Chloe. E não esquece de comentar se também ficou impressionado como a gente aqui. 


Dossiê: quem é quem em Chromatica Remix

 

Depois a gente se fala, Tony! No Twitter, Lady Gaga confirmou pela primeira vez que uma versão remix de “Chromatica” não só vem aí, como está “fucking fuego!🔥”


Essa até pode ser novidade para muita gente, mas há algum tempo o DJ e produtor Bloodpop, que trabalhou com a italianinha no seu último álbum, tem divulgado informações e rumores sobre o projeto. Ontem mesmo (09/08) o produtor nos deu a confirmação de todos os nomes que estarão presentes na tal versão de remixes do álbum. E pelos artistas confirmados até agora, a gente já pode se preparar pra muito hyperpop!

Esse nicho pop ganha cada dia mais fãs, mas ainda tem muita gente que torce o nariz ou mesmo desconhece a maioria do pessoal que faz a cena acontecer hoje em dia. Muitos deles inclusos no em breve real e pela glória do Senhor“Chromatica Remix”.

Se assim como muita gente você ficou: “Meu deus, mas quem é esse povo?!”, o It  pega na sua mão e te convidar a conhecer todos os nomes mencionados, além de dar um gostinho do que está por vir!


Alice (feat. LSDXOXO)

LDSXOXO é o nome artístico do Produtor e DJ Raushaan Glasgow, um americano radicado em Berlim que fez seu nome na cena house e ballroom de Nova Iorque. Dono de um som incrível, ele é um dos mais aclamados da música eletrônica LGBTQIAP+ pela crítica. Só acho que podemos esperar uma nova sonoridade muito mais chique para essa faixa de abertura, que já é boa pra c****!

Rain On Me (feat. Arca)

Alejandra Ghersi, mais conhecida como Arca, é uma cantora e produtora venezuelana conhecida e aclamada por seus trabalhos experimentais e que mergulham em atmosferas e texturas nada convencionais da música pop. Por esse motivo, ela é alvo de muitas discussões por parte dos fãs de pop. Pra você entender o poder da gata, Kanye West, Bjork e FKA Twigs são apenas alguns dos artistas com álbuns produzidos por ela. Até onde sabemos, a versão de "Rain On Me" sob a ótica de Arca vai incluir samples das faixas “Mequetrefe” e “Time”, do mais recente disco da artista, “KICK i”, além de “Métalo Sácalo”, do DJ Yirvin. Simplesmente TUDO!

Free Woman (feat. Rina Sawayama)

Um dos nomes mais amados e aclamados em ascensão no pop, Rina Sawayama é cantora nipo-britânica que, em termos de composição, não hesita em quebrar tabus (!) e fazer críticas sociais, como ao neoliberalismo e às vivências enquanto pessoa Queer. Tudo graças à influência adquirida durante sua formação em Política, Sociologia e Psicologia, pela Universidade de Cambrige (ehh gata!). Sua sonoridade mistura o pop anos 90 e 2000, com toques de metal e R&B.

Fun Tonight (feat. Pabllo Vittar)

Dispensa apresentações! A drag mais famosa do mundo se juntando a uma das maiores artistas de todos os tempos. Ela sabe que venceu, e nós também! Uma das músicas do Chromatica mais desdenhadas pelos Little Monsters, Fun Tonight tem tudo para ganhar uma versão poderosa com Pabllo Vittar na jogada. 

 911 (feat.Charli XCX)

Embaixadora oficial do hyperpop, Charli XCX tem sido um dos nomes mais criativos e inovadores do nosso tempo não apenas por suas composições para outros artistas que se tornaram sucessos mundiais, mas também como uma desbravadora do pop futurista que sempre está disposta a experimentar novas texturas. já estamos com a colher e a panela prontas pra bater!

Plastic Doll (feat. Ashnikko)

Ashnikko, é uma compositora cantora e rapper estadunidense, de 25 anos é uma aquariana que vem ganhando espaço com seus clipes em universos fantásticos, Ash em seu último álbum “DEMIDEVIL” misturando o trap com pop, e conta com parcerias como Grimes e a lendária, Kelis.

Sour Candy (feat. Shygirl)

Outra queridíssima da cena hyperpop, Blaine Muise é uma compositora, cantora e rapper britânica que vem criando misturas geniais de house com hip-hop e industrial. Suas maiores inspirações vão de Mariah Carey à Björk. Sem medo de ser feliz, Shy anteriormente tinha compartilhado em seu Instagram que estava mandando seus versos de última hora para Bloodpop. (lenda que deixa tudo pra última hora, assim como nós). Mas tratando-se de um dos pontos mais altos de Chromatica, as expectativas estão lá em cima!

Enigma (feat. DOSS)

DJ e produtora também de Nova Iorque, Doss é uma das mais elogiadas pela polêmica Pitchfork.    Suas produções misturam o house bubblegum (sim, esse subgênero existe!) com trance criando uma estética sonora alegre e pulsante. Doss é um nome que já estava sob o olhar da Mama Monster. No passado esteve presente como nome de destaque na playlist “Woman Of Choice”, feita pela nossa italianinha, e também fez parte da festa de lançamento virtual do “Chromatica” realizada pela Paper Magazine.

Replay (feat. Dorian Electra)

Quando se trata do hyperpop, a compositora, produtora e performer não binária, Dorian Electra é figurinha carimbada. Seus clipes, além de espetáculos visuais, trazem questionamentos sobre gênero e críticas à cultura pop.

Sine From Above (feat. Mood Killer, Lil Texas & Chester Lockhart)

A colaboração histórica de Gaga com Elton John vai ganhar uma cara nova com um toque de Mood Killer, Lil Texas e Chester Lockhart. Para entender um pouco mais sobre essa galera: Mood Killer que também arrasa no pop experimental, além de sempre ser muito cirúrgico quanto a temas sociais e de gênero. Lil Texas já é mais famoso por seu techno hardcore de 200 BPM, misturando também a música eletrônica com elementos de jazz e clássico. Enquanto isso, Chester Lockhart já está no mundo da música há uns bons anos e coleciona aparições, como nos programas “RuPaul’s Drag Race”, “Shameless”, além do clipe “You Need to Calm Down”, de Taylor Swift.  

Babylon (feat. Bree Runway)

Little Monster assumida e de longa data, a rapper britânica Bree Runway demonstrou diversas vezes seu amor por Gaga nas redes sociais. Cada vez mais conquistando seu espaço com suas músicas e videoclipes impecáveis, quando adolescente começou a fazer música sobre suas vivências enquanto mulher negra retinta no Reino Unido. Mesmo ainda em seu começo de carreira, Bree já realizou um de seus sonhos ao colaborar com a lendária Missy Fucking Elliot!

Babylon (Haus Lab/Early Verision)

Bloodpop também confirmou a tão esperada versão de “Babylon" produzida pelo DJ alemão Boys Noize, cujo suposto trecho gravado na sessão de fotos para a V magazine em 2019 foi vazado antes do lançamento do Chromatica ano passado. Óbvio que isso foi o suficiente pra deixar a fã base em choque. Isso porque nesta versão é possível notar a presença do sample da música “Fame”, do ícone maior David Bowie!!!


Chromatica I, II, III  - Grimes

Não podemos nos esquecer das icônicas interludes. Como não lembrar da transição de “Chromatica II” a “911”, que se tornou um viral estratosférico? Quem ficou responsável por essa ponte na versão remix foi nada menos do que uma das manjedouras do indie, GRIMES! A canadense criadora de mitologias contou em uma de suas lives no Discord que quase ficou de fora do projeto, mas com o adiamento ela teve tempo de criar seus “monólogos” para serem inclusos na edição final

Sentiu falta de alguma coisa?

Perguntado sobre quais artistas não mencionados estariam presentes no LP, o produtor confirmou o multiartista alemão Planningtortock sem mencionar em qual faixa ele fez sua colaboração. “Stupid Love” e “1000 Doves” foram as únicas que ainda não atribuídas a nenhuma participação do projeto. Quem será que fará parte do “deserto” e do pombal? Esperamos saber logo logo. Mas enquanto isso, já deu stream no Chromatica hoje?

Matéria produzida e redigida em colaboração com Allan Bussons (@allancorreiab)


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