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Baco Exu do Blues anuncia disco gravado em 3 dias, “Não tem bacanal na quarentena”

Autointitulado o ‘Kanye West da Bahia’, como canta em seu último disco, “Bluesman”, o rapper baiano Baco Exu do Blues está pronto pra virar a trilha sonora da nossa quarentena com seu novo álbum extraoficial: “Não tem bacanal na quarentena”.

O título, além da ironia sobre nosso estado de isolamento, é também um aviso sobre seu terceiro disco prometido para este ano, “Bacanal”, que deverá contar com a participação de nomes como Duda Beat, Urias e BK’ e, por enquanto, não tem previsão de lançamento.



Neste novo trabalho, Exu do Blues se desafiou enquanto artista e liricista, se unindo a um time de produtores e compositores para, em três dias, finalizarem o registro que conheceremos na próxima segunda, dia 30. Já nos vocais, o rapper divide espaço com nomes como 1LUM3, com quem colaborou no hit “Me Desculpa Jay-Z”, e Aísha, que o acompanhou como backing vocal da turnê “Bluesman”. As produções são assinadas por DKVPZ, JLZ, Nansy Silvz e PG.

A tracklist será a seguinte:

1. Jovem Preto Rico 
2. Tudo Vai Dar Certo (part. 1LUM3)
3. Ela É Gostosa Pra Caralho (part. Maya)
4. Preso Em Casa Cheio de Tesão (part. Lelle)
5. Humanos Não Machucam Deuses
6. O Sol Mais Quente (part. Aisha)
7. Dedo No Cu e Gritaria (part. Celo Dut, Piva e Vírus)
8. Tropa do Babu (part. Dactes)
9. Amo Cardi B e Odeio Bozo

Baco Exu do Blues se consagrou como um dos grandes novos nomes do rap há cerca de três anos, com o disco “Esú”. Em seu trabalho seguinte, “Bluesman”, emplacou hits como “Me Desculpa Jay-Z”, “Kanye West da Bahia” e “Flamingos”, se tornando figurinha carimbada em alguns dos principais festivais do país.

Tyler The Creator é um dos artistas mais interessantes da atualidade e "See You Again" está aqui para provar

Tyler The Creator nos presenteou com mais um clipe visualmente incrível na última quarta-feira (8), dessa vez para a faixa "See You Again", que conta com a participação de Kali Uchis. O vídeo deve ser o último lançamento do seu quarto álbum de estúdio, "Flower Boy", e traz mais da estética cheia de tons pastel e imagens surreais que acompanhou todo o disco.

O clipe tem a direção do próprio rapper, sob o seu codinome Wolf Haley. Ele traz Tyler cantando versos românticos em uma base naval - estrelando A$AP Rocky entre os marinheiros figurantes -, enquanto Kali completa o dueto em um pequeno barco próximo do navio. O rapper ainda surge vestido de fantasma para cantar um trecho de “Where This Flower Blooms”, outra faixa do álbum que tem a participação de Frank Ocean.

"See You Again" é a terceira parceria de Tyler com Kali Uchis. Os dois já haviam colaborado em "Perfect", do disco anterior do rapper "Cherry Bomb", e em "After The Storm", do seu álbum "Isolation". A estética dos trabalhos dos dois artistas é bastante semelhante - muitas cores, elementos surrealistas e expressões faciais apáticas -, e dá sempre para esperar resultados interessantes da união criativa da dupla.


Durante o mês de julho, Tyler ainda lançou um clipe de uma nova colaboração com o rapper A$AP Rocky, para o single inédito "Potato Salad". O vídeo traz um lado mais bem humorado do artista, enquanto os dois se divertem pelas ruas de Paris acompanhados de Jaden Smith.

Atualmente, Tyler the Creator está em turnê pelos Estados Unidos, mas aproveitou o lançamento de "Potato Salad" para anunciar um projeto em conjunto com A$AP, chamado de WANG$AP. Além da mensagem "Coming soon" ao final do clipe, nenhum dos dois artistas trouxe mais detalhes sobre a nova empreitada, e ainda não foram anunciadas datas de lançamento. Por enquanto, nos resta esperar por mais da criatividade e irreverência de Tyler - que nunca deixam a desejar - nos próximos trabalhos.

Pare o que estiver fazendo e vem conhecer a Quebrada Queer, o primeiro grupo LGBTQ de rap do Brasil

O rap nacional ganhou uma novidade poderosa na última semana com a estreia do grupo Quebrada Queer, primeiro cypher a ser composto exclusivamente de artistas LGBTQ no Brasil e na América Latina. O primeiro trabalho do grupo foi apresentado pela plataforma RapBox na semana passada e veio acompanhado de um clipe, apresentando uma proposta de resistência e combate à normatividade típica do gênero.



O Quebrada Queer é composto por Guigo, Harlley, Lucas Boombeat, Murillo Zyess e Tchelo Gomez, rappers negros, gays e vindos da periferia de São Paulo, que formaram o grupo de forma totalmente independente e com o objetivo de trazer suas experiências como pessoas queer no Brasil para o cenário do rap no país.

Um momento histórico para o gênero musical que tem uma carência enorme de representatividade LGBTQ, se comparado com a indústria pop, por exemplo. O lançamento chamou atenção e foi apoiado por grandes nomes LGBTQ da música nacional através das redes sociais, como Pabllo Vittar, Linn da Quebrada e Mateus Carrilho.

A estreia do grupo é um reflexo claro de que não se pode limitar artistas queer e a sua produção a uma só caixinha. Novos nomes continuarão a surgir e mostrar que as suas histórias e experiências tem lugar nos mais variados espaços, gêneros e ritmos.

Fortaleça o trabalho da Quebrada Queer também no Spotify:

Com o disco “DAMN.”, Kendrick Lamar se torna o primeiro rapper a levar um Pulitzer

Essa semana, Kendrick Lamar fez história ao tornar-se o primeiro rapper a receber o prêmio Pulitzer. O Pulitzer é uma premiação americana coordenada pela Universidade de Columbia e dedicada a homenagear autores por trabalhos de excelência em jornalismo, literatura e composição musical. A categoria musical foi inclusa em 1943 e até esse ano só havia premiado artistas de música clássica e jazz.

A escolha do álbum de Lamar, "DAMN.", para suceder composições eruditas no seleto grupo de premiados do Pulitzer tem um enorme significado sobre a forma como o rap se insere no contexto social atual dos Estados Unidos.

O prêmio é normalmente lembrado por dar destaque a momentos importantes do jornalismo, em que histórias são contadas com excelência na reunião de fatos e geram impacto social após a sua publicação. "DAMN." carrega qualidades muito similares: o rapper "expõe" no álbum uma intimidade intensa sobre o que é ser negro no país, trazendo referências à religião, política e sexualidade.


O comitê responsável pelo prêmio definiu o álbum como "uma coleção virtuosística de canções, unificadas por sua autenticidade vernacular e dinamismo rítmico que captam a complexidade da vida afro-americana moderna". 
A grandiosidade do trabalho de Lamar vai além de alcançar o topo do chart de álbuns vendidos para tornar-se um símbolo político para o rap e a população negra nos Estados Unidos. Em um paralelo, Pulitzer de categoria jornalística foi concedido às matérias do New York Times e do New Yorker que denunciavam os abusos sexuais do produtor hollywoodiano Harvey Weistein. Tratando-se de um prêmio acadêmico e, até então, extremamente restrito, já é possível comemorar a abertura de novos espaços para discussões sobre questões de raça e gênero.

O clipe de “16 Shots”, do rapper Vic Mensa, é mais importante do que você imagina

Se você ainda não ouviu falar de Vic Mensa, esta é a primeira vez e, provavelmente, não será a última. O rapper de Chicago está crescendo e é a nova aposta do hip-hop. Em sua bagagem, parcerias com Kanye West e Chance The Rapper, festivais como Coachella e contrato com a Roc Nation, gravadora do JAY Z. Em sua história, encarou a morte duas vezes na adolescência: uma descarga elétrica de 15 mil volts derrubou o artista de uma altura de nove metros, quando ele tentava se infiltrar no Lollapalooza. Dois anos depois, ele dirigia para casa após um longa noite no estúdio, quando o carro capotou.
Esses são os motivos pelos quais eu tenho 'Still Alive' tatuado na minha barriga. Eu digo que não é uma coincidência eu ainda estar vivo. Estou vivo para mudar o mundo e fazer coisas que são importantes. Eu não sei das outras pessoas, mas fui colocado nesta terra por uma razão.
Em seu mais novo vídeo, "16 Shots", que estreou exclusivamente no Tidal, Mensa vinga Laquan McDonald, um jovem negro assassinado com 16 tiros por um policial de Chicago, em 2014. O visual angustiante traz poderosas reflexões abordando o racismo, principalmente por parte da polícia.

O rapper, que aparece usando uma jaqueta com a palava "resist" (resistir), é agredido e baleado por policiais, mas permanece ileso, trazendo o ideal de que sua vontade de resistir não poderá ser oprimida ou silenciada. O vídeo permanece, então, retratando o modo violento como os negros são abordados pela polícia americana.
Nossas vidas não são respeitadas.

Ao final do clipe, que pode ser conferido logo abaixo, foi inserida uma gravação da noite em que Laquan foi morto, mostrando o jovem caminhando na rua enquanto os policiais chegam e os tiros são disparados cruelmente.

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