Ontem (19) após muitos internautas perceberem que uma ferramenta do YouTube, chamada "Modo de Restrição", censura muitos vídeos com conteúdo LGBTQ+, o caos e a revolta se instaurou na rede mundial de computadores, também conhecida como internet.
A princípio, essa ferramenta serve como um controle para que os pais restrinjam o acesso de crianças à certos temas impróprios. Porém, ela não parece estar funcionando muito bem, pois até mesmo videoclipes inofensivos de alguns cantores vêm sendo escondidos.
Desde então, criadores de conteúdo internacionais e brasileiros vêm manifestando sua insatisfação com a plataforma, e a tag #YouTubeIsOverParty chegou ao topo dos tópicos mundiais no Twitter, gerando muito debate e pronunciamentos dos usuários de todo o mundo.
Enquanto isso, muitos vídeos com teor extremamente homofóbico, condenando agressivamente a comunidade LGBTQ+ com palavras ofensivas continuam visíveis.
Sem restrito/ com restrito ! Meu canal foi restrito pelo @YouTube por ter tags LGBT? #YouTubeIsOverParty pic.twitter.com/cCgDjzVmz5— Mandy Barbiezinha (@iMandyCandy) 19 de março de 2017
Bloquearam meu canal pq eu sou "gay demais"? Todo vídeo com temas maiores de 18 eu restringo, precisava o canal todo? #YoutubeIsOverParty https://t.co/9QNGyg1Qg0— Federico Devito (@federicodevito) 19 de março de 2017
Eu vou esfaquear os funcionários! #YoutubeIsOverParty— Duny (@DunyBR) 19 de março de 2017
Eis que ontem à noite, a empresa deu uma resposta bem breve e tosca, tocando bem superficialmente no real problema e sem dar nenhuma expectativa de solução.
A message to our community ... pic.twitter.com/oHNiiI7CVs— YouTube Creators (@YTCreators) 20 de março de 2017
Nós somos muito orgulhosos de representar a voz dos LGBTQ+ na nossa plataforma - eles são uma peça-chave importante do que o YouTube é sobre. A intenção do Modo de Restrição é filtrar o conteúdo adulto para o pequeno subconjunto de usuários que querem uma experiência mais limitada. Vídeos LGBTQ+ estão disponíveis no Modo de Restrição, mas vídeos que discutem temas mais sensível talvez não estejam. Nos arrependemos de qualquer confusão que isso tenha causado e estamos analisando suas preocupações. Nós agradecemos o feedback e a paixão para tornar o YouTube uma comunidade, inclusiva, diversa e vibrante.
A certeza que fica é que o YouTube, como uma grande plataforma formadora de opinião, requer uma responsabilidade bem maior ao tratar de temas sensíveis como este, principalmente no cenário mundial atual, com seus Trumps e Bolsonaros.