Com pop “industrial”, Luísa Sonza estreia novo álbum ao som da veloz “Campo de Morango”

Em fevereiro deste ano, Luísa Sonza surpreendeu os fãs da artista venezuelana Arca ao postar no seu Instagram um story ouvindo a música “Prada”, presente no trabalho mais recente da cantora e produtora, além de posteriormente segui-la na mesma rede social.

Conhecida por seu som que passeia do reggaeton experimental ao eletrônico industrial, com flertes ao chamado “hyperpop”, Arca se apresentou no Brasil em 2022, durante o Primavera Sound, e tem entre seus lançamentos futuros a promessa de uma parceria com a brasileira MC Dricka, estando frequentemente de olho em artistas nacionais. Mas, nesse caso, o processo foi ao contrário.

Luísa Sonza lançou na noite desta terça-feira (15) o carro-chefe do álbum “Escândalo Íntimo”, a veloz “Campo de Morango”, e pra além da curta duração da música, principal crítica dos ouvintes da cantora pelo Twitter, surpreende por sua proposta musical que passa pelo graves distorcidos e acelerados do industrial e hyperpop à cadência do trap, que pode ser explicado por um de seus produtores: o indicado ao Grammy, Roy Lenzo, parceiro de artistas como Lil Nas X, Kid Cudi e Jack Harlow.

A rapidez da música não se reflete só na duração: a música é estruturada numa escala de 159 BPM (batidas por minutos), acelerada para o pop tradicional, mas que condiz com as tendências atuais, como o pop acelerado da Charli XCX para o filme “Barbie” em “Speed Drive” ou o hit ‘jersey club’ das novas queridinhas do k-pop, NewJeans, “Super Shy”. Outro exemplo muito bem vindo é o recente “After”, álbum de remixes da Pabllo Vittar, também inspirado pelo hyperpop, entre outros subgêneros da música eletrônica.

Arca, que citamos no início da matéria, pode ser facilmente lembrada ao longo da produção por músicas como “La Chíqui”, em parceria com uma das artistas pioneiras do hyperpop, SOPHIE, e a caótica “Incendio”, do álbum “Kick III” (2021).

Em seu videoclipe, chamariz da sua divulgação por meio de fotos e vídeos curtos revelados ao longo da semana, a cantora protagoniza uma hipérbole do sonho que resultou na música nova, centrado na artista sensualizando numa cama repleta de morangos, ora sozinha, ora perseguida por outras mulheres sedentas por seu “suco”. Com direção do Diego Fraga, o cenário pacato e a estética do vídeo remete também a produções recentes do cinema como “Midsommar” e “Pearl”. Assista abaixo:

“Escândalo Íntimo” será lançado dia 29 de agosto e, como adiantou Sonza numa live pelo Instagram, deverá contar com cerca de 26 faixas, sendo divididos em blocos que contam diferentes momentos de uma mesma história. A cantora descreveu “Campo de Morango” como o ápice dessa narrativa e uma das poucas músicas animadas do disco.

Olivia Rodrigo não arrisca, mas segue acertando com “bad idea right?”

Olivia Rodrigo tá jogando no seguro. Depois da estreia meteórica do álbum “Sour” e seus smash hits “drivers license” e “deja vu”, a cantora americana prepara terreno para a chegada do seu novo trabalho, o álbum “GUTS”, e no que depender dos seus primeiros singles, podemos esperar por um resultado bem parecido com seu debut — o que não é de todo ruim, levando em consideração que é um baita disco.

Primeiro single do novo trabalho, a balada “vampire” é quase uma releitura da estrutura do hit “drivers license”: a música começa ao piano, oferecendo uma proposta simplista, que cresce ao decorrer dos seus versos até alcançar seu final dramático e apoteótico. E na sua música seguinte, “bad idea right?”, ela também se repete, mas desta vez aos moldes da roqueira “brutal”.

Com versos falados num tom de ironia juvenil, a música emula um indie-rock anos 2000 com pé no punk rock, estourando no refrão meio The Ting Tings, meio Charli XCX “Sucker” era, que em muito remete a receita da faixa de abertura do seu álbum anterior.

Deixando de lado as letras sofridas sobre términos e traições, “bad idea right?” vira a mesa pra colocá-la no papel da amiga que está envergonhada de ter tido uma recaída. “Vê-lo esta noite é uma péssima ideia, né?”, pergunta em seu refrão, como aquela amiga que pede o seu conselho, sabendo que vai ouvir o que não quer.

Um show à parte, seu videoclipe acompanha a cantora de uma festa até a carona proibida para a cama do seu ex-namorado, enquanto ela entoa: “Sim, eu sei, ele é meu ex, mas duas pessoas não podem se reconectar?”

O novo álbum de Olivia Rodrigo será lançado dia 8 de setembro e conta com o mesmo produtor de “Sour”, o indie Daniel Nigro que, além da cantora, tem em seu histórico artistas como Kylie Minogue, Sky Ferreira, Conan Grey e Caroline Polachek.

Taylor Swift está prestes a relançar o melhor álbum da sua carreira (e é óbvio que estamos falando do “1989”)

Taylor Swift segue na empreitada de regravar todos os seus álbuns para se tornar proprietária dos seus fonogramas e, nesta quinta-feira (10), anunciou no palco da The Eras Tour que o próximo disco a ganhar sua “Taylor’s Version” será o aclamado “1989”.

Dono de hits como “Blank Space”, “Bad Blood” e “Shake It Off”, o álbum lançado em 2014 foi crucial para a virada definitiva da loirinha para a música pop e, para além do sucesso comercial, conquistou também aclamação crítica, chamando a atenção por parcerias como do produtor Jack Antonoff e do gênio do pop Max Martin. Leia a resenha que escrevemos para o álbum na época da sua estreia.

Em seu anúncio, Taylor afirmou que “1989” mudou a sua vida e confessou que essa é a sua regravação favorita até aqui:

“Para ser totalmente honesta, esta é a minha regravação favorita porque as cinco faixas ‘From The Vault’ são insanas. Eu nem consigo acreditar que elas foram deixadas para trás. Mas não por muito mais tempo!”

“1989 (Taylor’s Version)” será lançado dia 27 de outubro, 9 anos após a sua estreia, e será a quarta regravação do catálago da cantora, sucedendo as novas versões de “Fearless”, “Red” e “Speak Now”.

Jão anuncia a chegada do álbum “Super” com trailer cinematográfico

Tem disco novo do Jão vindo aí. Após divulgar sua tradicional carta de apresentação do novo álbum em suas redes sociais, o cantor confirmou a estreia de “Super” para o dia 14 de agosto (sim, nesta segunda!), com a estreia de um trailer que revela um pouco da estética e sonoridade do novo trabalho, revisitando também suas eras anteriores.

Como explicou em sua carta, Jão encara seus álbuns como elementos da natureza e se nos trabalhos anteriores explorou a terra (“Lobos”), ar (“Anti-herói”) e água (“Pirata”), em “Super” o cantor virá movido pelo fogo, destacado no final do seu trailer, no qual contracena ainda com um dragão.

No vídeo, ainda é possível ouvir alguns trechos de letras e instrumentais do seu novo trabalho. Olha só:

Com estreia marcada para o dia 14 de agosto, “Super” encerra a narrativa que Jão deu início em seu álbum de estreia e seguiu pelos discos seguintes, soando como uma conclusão de ciclo. “É a explosão de quem eu me tornei, mas, dessa vez, sem um pedido de desculpas”, concluiu o cantor.

O que sabemos sobre “Escândalo Íntimo”, o novo álbum de Luísa Sonza

Luísa Sonza tem um novo escândalo. De surpresa, a cantora gaúcha anunciou para o dia 29 de agosto a estreia do seu novo álbum: “Escândalo Íntimo”, revelando também a sua capa e os títulos de algumas faixas que compõem a sua tracklist.

Antecedendo sua estreia no palco do The Town, “Escândalo Íntimo” é o primeiro álbum da artista desde o “Doce 22”, que rendeu hits como “VIP”, “Anaconda”, “Melhor sozinha” e “Penhasco”. Essa última música, inclusive, ganhará uma sequência no novo trabalho. “Penhasco 2” está entre as inéditas anunciadas pela cantora, ao lado de outros nomes como “Surreal”, “Carnificina”, “Principalmente me sinto arrasada” e “Chico”, nome também do seu namorado atual.

A capa de “Escândalo Íntimo” é assinada pela artista Olga Fedorova, que manteve a linha conceitual de seus últimos trabalhos, o que chama a atenção principalmente pela contracapa com uma espécie de cavalo com rosto humano.


Numa carta aos fãs, Luísa definiu seu novo álbum como o mais íntimo e doloroso de sua carreira até aqui, além de ter um divisor de águas na forma como compreende o relacionamento abusivo que manteve com ela mesma: “Me doeu tanta coisa por tanto tempo e agora tudo do meu eu mais íntimo vai estar aí, pra todo mundo ver e escutar.”

Após uma temporada nos Estados Unidos, é esperado que “Escândalo Íntimo” conte com a produção e composição de nomes internacionais com quem a cantora dividiu estúdio nos últimos meses, mas, até então, nenhum nome de sua ficha técnica foi revelado.

Sem headliners femininas, The Town recebeu não de Beyoncé, Taylor Swift, Lady Gaga e Rihanna

Em setembro acontece em São Paulo a primeira edição do The Town, festival idealizado pelo mesmo criador do Rock in Rio, Roberto Medina, que prometeu trazer para a capital paulista a mesma estrutura de sucesso de um dos maiores festivais musicais do mundo.

Realizado durante os dias 02, 03, 07, 09 e 10 de setembro no mesmo local que o Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, o festival foi alvo de críticas pela ausência de headliners femininas entre suas atrações, que incluem nomes como Bruno Mars, Post Malone, Foo Fighters e Maroon 5, mas parece que, inicialmente, os planos de Medina para o evento eram diferentes.

Em uma conversa com o portal Tracklist, o criador do The Town revelou que, atendendo aos pedidos do público, buscou por atrações femininas para compor a escalação principal do evento e, entre os nomes sondados, tentaram contato com Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna e Taylor Swift, e todas teriam recusado por indisponibilidade de agenda.

Atualmente em turnê com o álbum “Renaissance”, Beyoncé é um dos nomes mais aguardados para vir ao Brasil entre esse ano e o próximo, sendo frequentemente protagonista de especulações sobre uma possível passagem por estádios brasileiros; Taylor Swift tem passagem confirmada pelo país ainda este ano com a “The Eras Tour”, que compila os hits de todos os seus álbuns numa setlist repleta de fanservices; já Rihanna e Lady Gaga, não têm quaisquer indícios de que virão tão cedo ao Brasil. Gaga, inclusive, começará em outubro deste ano mais uma temporada da sua residência de jazz em Las Vegas, impossibilitando que faça viagens em turnê para outros países.

Apesar da ausência de mulheres entre suas atrações principais, há vários destaques femininos no line-up do The Town, dos mais diferentes gêneros musicais: no primeiro dia do evento, Demi Lovato e Iggy Azalea se apresentam no palco principal; já no dia 03 de setembro, Bebe Rexha e a brasileira Luísa Sonza são quem representam as mulheres no palco. Dia 07 de setembro, Ludmilla é a única atração feminina do palco Skyline; enquanto Pitty divide o posto com a vocalista do Garbage no dia 09. Exceção na programação, o dia 10 de setembro é o único em que as artistas femininas são maioria no palco, comandado por Kim Petras, Iza e H.E.R.

CNCO no Brasil: Banda emociona fãs com show de sua turnê de despedida em São Paulo

No último dia 6 (quinta-feira), o grupo latino CNCO se apresentou na AUDIO, em São Paulo, com a turnê de despedida "Ultima Cita Farewell Tour 2023".

Em julho do ano passado o grupo anunciou o fim da banda, junto com a última turnê deles, que contou com um show emocionante no Brasil.

No dia da apresentação, algumas fãs puderam ver a passagem de som e interagir com os rapazes (o que foi postado por eles no Instagram).


Próximo ao horário do show, a animação da plateia era contagiante, as fãs se agitavam a qualquer movimento que acontecia no palco,  todos enlouqueceram quando o show começou ao som de "Reggaeton Lento", o maior sucesso do grupo em parceria com a Little Mix.

Richard, Christopher, Erick e Zabdiel fizeram um show incrível de 2 horas, que contou com as principais músicas dos 5 álbuns deles. Lá pela metade do show, prestes a cantar a música "Primera Cita", dois fãs foram chamados pra subir no palco e a música foi cantada em uma roda no centro do palco e rolou até buquê de flores para a sortuda.

Durante o show também foi mostrado, pela primeira vez, o teaser de "4 ever", documentário que será lançado no Disney+, todos assistiram emocionados e logo depois foi a vez de "La Ultima Canción", música lançada após o anúncio do término da banda.

Por fim, quando achamos que o show havia acabado, o grupo voltou ao palco enquanto os fãs gritavam por uma última música, e a performance aconteceu com direito aos 4 vestidos com a camiseta da seleção brasileira. A noite foi regada a música boa, muita interação com os integrantes da banda e claro, muita dancinha sincronizada durante as canções.




Texto por Mariana Citron 

Os 10 melhores filmes de 2023 (até agora)


Você piscou e metade de 2023 já passou, acredita? Agora que estamos descontando tudo o que perdemos no mundinho da Sétima Arte nos tenebrosos anos de pandemia, estamos recheados de filmes fantásticos chegando nos cinemas, então é claro que eu teria que vir aqui com meus filmes favoritos de 2023 (até agora).

Caso você já conheça o Cinematofagia, o foco aqui sempre foi e sempre será a busca por filmes que não necessariamente estejam no radar na grande indústria - principalmente quando olhamos para a distribuição brasileira, que ainda sofre com atrasos de meses em comparação com estreias internacionais, inclusive de países minúsculos. Vários longas já aclamados lá fora só chegarão aqui no segundo semestre, mas tudo bem, a lista de fim de ano virá aí.

De vencedores do Oscar a pérolas de todos os cantos do mundo, os critérios de inclusão da lista são os mesmos de todo ano: filmes com estreias em solo brasileiro em 2023 - seja cinema, streaming e afins - ou que chegaram na internet sem data de lançamento prevista, caso contrário, seria impossível montar uma lista coerente. E, também de praxe, todos os textos são livres de spoilers para não estragar sua experiência - mas caso você já tenha visto todos os 10, meu amor por você é real.

Sem mais delongas, meus 10 filmes favoritos do primeiro semestre de 2023:


10. A Morte do Demônio: A Ascensão (Evil Dead Rise)

Direção de Lee Cronin, EUA.

Em 2013, o remake de "A Morte do Demônio" prometeu ser uma das mais assustadoras obras que o Cinema já pôs os olhos. Um sabor como terror, gore e insanidade que é característica da franquia, tivemos que esperar 10 anos para uma continuação, e a espera valeu a pena. "A Morte do Demônio: A Ascensão" consegue ir além e superar o filme de 2013 quando segue uma família arruinada que encontra o último prego no caixão quando o Livro dos Mortos cai em suas mãos. São 97 minutos de puro horror e com personagens fantásticos e uma das melhores atuações do ano: Lily Sullivan como a maestrina do gore.


09. Sem Ursos (No Bears)

Direção de Jafar Panahi, Irã.

O iraniano Jafar Panahi ficou famoso com seu estilo de misturar realidade com ficção, se inserindo em seus próprios filmes como um personagem central. Em "Sem Ursos", ele usa sua própria condição política - de ser impedido de deixar o Irã - como condutor do enredo: enquanto tenta dirigir um filme ao lado da fronteira, se mete numa confusão quando vira testemunha de uma briga familiar cunhada à base de religião e tradições conservadoras. "Sem Ursos" é mais um grito contra um país repressor que fez o diretor ir parar atrás das grades por sua "propaganda contra o regime". Cinema político em seu auge. 


08. Raquel 1:1 (idem)

Direção de Mariana Bastos, Brasil.

Mais um elemento do Novíssimo Cinema Brasileiro ao colocar suas mãos em discussões sociais embaladas em premissas extremamente criativas: Raquel é uma adolescente que, após uma tragédia, se curva à religião. A questão é que, quanto mais Raquel fortalece sua fé, mais ela discorda dos preceitos escritos na Bíblia, principalmente sobre a visão submissa da mulher. Então ela decide fazer algo que chocará toda a cidade: reescrever as escrituras sagradas. "Raquel 1:1" se deita sobre "Carrie: A Estranha" (1976) e "Santa Maud" (2020) nesse conto sacro, feminista e disruptivo que une folclore, cultura e elementos de terror para colocar a plateia para pensar nos símbolos que deixam dúbio o papel de Raquel como messias de uma nova crença.


07. Tori & Lokita (idem)

Direção Luc & Jean-Pierre Dardenne, Bélgica/França.

Os irmãos Dardenne estão desde 1987 explanando diversos cosmos sociais da Bélgica, que inesperadamente são universais. Indicados NOVE vezes à Palma de Ouro no Festival de Cannes - com duas vitórias -, os belgas são aclamados pela crueza e coragem de seus filmes, e com "Tori & Lokita" não poderia ser diferente: dois imigrantes africanos tentam sobreviver na Bélgica em meio a racismo, misoginia e um sistema que está empenhado em separá-los. Com um tom documental, o longa é uma jornada dolorosa que discute a crise imigratória na Europa e como esses imigrantes são corpos sujeitos à marginalização - até serem descartáveis.


06. A Piedade (La Piedad)

Direção de Eduardo Casanova, Espanha/Argentina.

Eduardo Casanova ficou famoso mundialmente logo no seu filme de estreia, "Peles" (2017), que com toda a certeza será uma das obras mais bizarras que você verá na vida (está disponível na Netflix, aproveite). Sua segunda película, "A Piedade", estava envolta de muita curiosidade por parecer seguir os moldes que formavam o cinema "casanovadiano": personagens estranhos, cenas desconcertantes e um design de produção cor-de-rosa. Aqui, uma mãe chamada Piedade é obcecada pelo seu filho, e a relação disfuncional dos dois vai sofrer um baque com o diagnóstico de câncer do filho. É verdade que "A Piedade" não vai até aonde "Peles" vai no quesito "o que diabos é isso", porém, é um capítulo fabuloso na filmografia do espanhol, um pilar chiquérrimo (e excêntrico) do cinema queer.


05. Beau Tem Medo (Beau is Afraid)

Direção de Ari Aster, EUA.

Um dos melhores diretores da atualidade, Ari Aster tinha um problemão em mãos: conseguir manter o nível dos seus dois primeiros filmes, "Hereditário" (2018) e "Midsommar: O Mal Não Espera a Noite" (2019). O mais curioso é que, se nos dois citados, o diretor teve que entrar no maquinário da indústria e moldá-los de acordo com o gosto da A24, sua distribuidora parceira, "Beau Tem Medo" recebeu carta branca para Ari despirocar e fazer o que diabos quisesse. O resultado? Um pesadelo satírico como nenhum outro. Sob o comando do vencedor do Oscar Joaquin Phoenix, "Beau Tem Medo" são 3h de insanidade que segue Beau em uma epopeia para chegar na casa da mãe após um acidente. Com sequências alucinógenas, cenas sem o menor sentido aparente e plot-twists incalculáveis, você passará dias tentando montar o quebra-cabeças do "mommy issues" do ano - e olha que acabamos de falar de "A Piedade". 

 

04. Até Amanhã (Until Tomorrow)

Direção de Ali Asgari, Irã/Catar.

Fereshteh é uma mãe solteira no coração do Irã, um escândalo por si só. Ela esconde a criança de todo mundo, com apenas duas pessoas sabendo da existência da filha: Atefeh, sua melhor amiga; e Yaser, o pai da criança que não tem o menor interesse em assumir o papel. Fereshteh segue bem com a vida, mediante a situação, mas tudo parece que está por um fio quando sua família informa que fará uma visita surpresa. Ela então corre pela cidade, à procura de alguém que poderá ficar com a menina por apenas uma noite. "Até Amanhã" é um drama impecável que estuda a vulnerabilidade da mulher num país que pinta um filho "ilegítimo" como desonra absoluta. Cada minuto que passa, mais o público se aflige com a situação de Fereshteh, que entrega uma das mais fantásticas cenas do ano - a do táxi. 

 

03. Tár (idem)

Direção de Todd Field, EUA/Alemanha.

Lydia Tár é uma maestrina de absurdo sucesso e conduz uma das melhores orquestras do mundo. Por trás de todo o glamour de sua abarrotada agenda, Lydia deve lidar com o casamento ameaçado, sua carreira em corda bamba e fake news sobre seu caráter. "Tár" tem quase 3h, em um robusto filme que está para a música clássica como "Cisne Negro" (2010) está para o balé e "Demônio de Neon" (2016) está para a moda, estudando as percepções de estrelas na mídia e a ascensão e queda de ídolos. Se o texto consegue carregar tantos temas complexos com maestria (bah dum tss), é a atuação lendária de Cate Blanchett que eleva a sessão a um patamar de obra-prima e que fará "Tár" ser lembrado por toda a história.


02. Morte Infinita (Infinity Pool)

Direção de Brandon Cronenberg, Canadá/Croácia.

Em 2022, David Cronenberg - um dos pais do horror norte-americano - voltou à velha forma com o incrível "Crimes do Futuro"; em 2023, é a vez do seu filho. Brandon Cronenberg prova que é um pupilo exemplar do Cinema de seu pai ao lançar "Morte Infinita": um rico casal está em luxuoso resort e verá suas férias (e suas vidas) pegarem um caminho monstruoso ao conhecer outro casal veterano. Ao causarem um acidente, os ricaços descobrem uma das leis do país: assassinato é pago com a morte do culpado pelas mãos da família da vítima, todavia, quem tem dinheiro tem uma saída, e no universo fílmico de "Morte Infinita" há um segredo macabro. Alexander Skarsgård e Mia Goth (que diz "SIM!" para qualquer roteiro que a descreve como "personagem psicótica") dão vida (e morte) para um roteiro narcotizante que possui cada vez mais camadas quanto mais você reflete sobre. O último pilar da "Santíssima Trindade do Transhumanismo Contemporâneo", ao lado de "Crimes do Futuro" e "Titânio" (2021). Amém.

 

01. A Baleia (The Whale) 

Direção de Darren Aronofsky, EUA.

Um dos longos mais polêmicos de 2023 - o que não é raridade dentro da carreira de Aronofsky, "A Baleia" conseguiu abocanhar dois Oscars e marcar o retorno triunfal de Brendan Fraser, que levou o careca de "Melhor Ator" ao viver um professor obeso em seus últimos dias de vida. A carga dramática de "A Baleia" engalfinha por um peso emocional raro - curiosamente, mesmo com toda a dor do texto, o filme possui o final mais esperançoso de toda a filmografia de Aronofsky, no entanto, chegar até lá é uma tortuosa viagem que com certeza não agradará a todos. A cereja do bolo que refletiu o status de obra-prima para "A Baleia" veio quando, na cena final, em uma revelação que amarra toda a história, uma pessoa sentada ao meu lado na sessão levou as duas mãos ao rosto em completo frenesi. É a beleza da tristeza e a feiura da alegria em um dos mais arrebatadores finais da década, que arrancaram minhas lágrimas como nunca antes diante da Sétima Arte.

Jonas Brothers lança “The Álbum” com influência dos anos 70 e fãs comemoram com festa em SP

Nick, Joe e Kevin juntos são os Jonas Brothers! A banda americana, formada pelos três irmãos, lançou na última sexta-feira (12) seu mais novo álbum intitulado "The Album", disco inspirado nos anos 70.

Após um longo hiato de 6 anos (2013 a 2019), Jonas Brothers fizeram um comeback com o álbum "Happiness Begins". No entanto, a alegria dos fãs durou pouco e, logo em seguida, entraram em novo hiato que durou até 2022, engavetando projetos de álbuns. Contudo, eles prometeram que 2023 seria um grande ano para o trio e cumpriram: álbum novo e anúncio de turnê nos Estados Unidos (por enquanto).

Eles com certeza marcaram a infância e adolescência de muita gente. A banda pop iniciou sua carreira no começo dos anos 2000, mas foi ganhar notoriedade com sua aparição no Disney Channel. "The Album" é o sexto álbum de estúdio da banda e segundo os meninos "o melhor trabalho de suas carreiras".

E o novo trabalho dos irmãos Jonas chegou com tudo, arrebentando as paradas mundiais com os singles "Wings" e "Waffle House". Atualmente, a segunda faixa título está em #88 no ranking da Billboard, seguindo os passos do lead single "Sucker", do álbum anterior, que atingiu o top 1 em vários países do mundo. Além disso, o "The Album" debutou em #2 no iTunes Brasil, ficando atrás apenas de um álbum da Rita Lee. Ele ainda conta com a participação do renomado produtor Jon Bellion (Justin Bieber, Maroon 5 e Halsey) e possui referências ao trio australiano Bee Gees.


Enquanto a turnê não passa pelo Brasil, para comemorar esse lançamento dos irmãos favoritos da indústria musical, a Fandom Experience está promovendo a Jonas Brothers Party. Relembre a discografia completa desde o início da carreira até o "The Album" e curta essa noite incrível como um verdadeiro fã com direito à rodada de waffles durante "Waffle House"! Você não vai querer perder essa, né?

Jonas Brothers Party acontece sábado, 13 de maio na Rua Augusta, 591 a partir das 22h. Ingressos estão disponíveis no Sympla.

Demorou, mas chegou: Taylor Swift “fala mesmo” e finalmente anuncia a regravação de “Speak Now”

Durante o primeiro de 3 shows de Taylor Swift com a "The Eras Tour" na sua cidade natal Nashville, no bloco do álbum "Speak Now" a loirinha fez todo mundo surtar com o anúncio da tão aguardada regravação do álbum para o dia 7 de Julho deste ano, seus fãs já vinham pedindo por isso nas redes sociais desde que ela anunciou que regravaria seus seis primeiros álbuns.

A postagem em seu Instagram em menos de 24 horas bateu +8.1M de curtidas, superando assim o anúncio do álbum "Midnights".


"Speak Now (Taylor's Version)" se junta ao "Fearless (Taylor's Version)" e "Red (Taylor's Version)", faltando assim três álbuns para serem regravados, sendo eles "Taylor Swift", "1989" e "Reputation" até que ela conclua esse projeto. As regravações contam com as faixas originais e faixas inéditas, cujo título conta com "From The Vault".

Aos 13 anos, Taylor assinou um contrato com a gravadora Big Machine Records com a duração de 13 anos. Entre 2006 e 2017 ela lançou músicas e 6 álbuns de estúdio sob o selo da gravadora, e quando o contrato chegou ao final, a cantora fez uma proposta para comprar os masters de suas músicas, ou seja, as gravações dos seus seis discos, e assim ter controle total sobre seu trabalho. Acontece que a gravadora não quis vender para a cantora os direitos, mas os vendeu para Scooter Braun. Após muita conversa um acordo foi feito e Taylor anunciou que para adquirir os direitos sobre seu catálogo, teria que regravar todos os seus álbuns e relançá-los com a adição do título “Taylor’s Version”.

Ansiosos para ouvir as músicas desse álbum incrível?


Texto por Ana Carolina Germano 

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